QUASE METADE DOS BRASILEIROS TEM EXCESSO DE PESO

O índice de sobrepeso e obesidade da população brasileira avançou nos últimos quatro anos. Levantamento mais recente do Ministério da Saúde aponta que, de 2006 a 2009, a proporção de pessoas com excesso de peso subiu de 42,7% para 46,6%. O percentual de obesos cresceu de 11,4% para 13,9% no mesmo período. Os dados fazem parte da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), que entrevistou 54 mil adultos.

A Vigitel 2009 aponta que 51% dos homens e 42,3% das mulheres têm excesso de peso. A ocorrência do problema está relacionada a fatores genéticos, mas há uma influência significativa do sedentarismo e de padrões alimentares inadequados no decorrer da vida. Entre os homens, a situação é mais comum a partir dos 35 anos, mas chega a 59,6% de 55-64. Na população feminina, o índice mais que dobra na faixa etária dos 45 aos 54 anos (52,9%) em relação a 18-24 anos (24,9%).

Já a prevalência da obesidade entre homens quase triplica do grupo etário de 18 a 24 anos (7,7%) para 55 a 64 anos (19,9%). Quando se levam em consideração só as mulheres, o índice aumenta mais de três vezes na comparação das duas faixas etárias: de 6,2% para 21,3%.

A coordenadora de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta, analisa que o expressivo crescimento no número de pessoas com sobrepeso e obesas, em um curto período, é uma tendência mundial. “O Brasil não está isolado nessas estimativas. É mais um reflexo da queda no consumo de alimentos saudáveis e a substituição deles por produtos industrializados e refeições pré-prontas”, comenta.

AÇÕES DE PREVENÇÃO – Além do excesso de peso, uma alimentação pouco balanceada aliada ao sedentarismo pode contribuir com o aparecimento de doenças crônicas. De acordo com a Vigitel 2009, 24,4% da população brasileira foi diagnosticada com hipertensão arterial e 5,8% afirma sofrer de diabetes. O consumo excessivo de sal e gordura é apontado como fator de risco para a pressão alta, enquanto a incidência de diabetes pode estar relacionada à ingestão de grande quantidade de açúcar, massas e alimentos calóricos.

Para reduzir o número de obesos, hipertensos e diabéticos, o Ministério da Saúde busca prevenir os problemas que começam na mesa e nos hábitos do brasileiro. As equipes da Estratégia Saúde da Família, que alcançam cerca de 100 milhões de pessoas, orientam as famílias a ter padrões alimentares saudáveis. Desde 2006, a Política Nacional de Promoção da Saúde estimula a realização de atividades físicas em 1,5 mil municípios.

Somente no período de 2006 a 2009, foram repassados R$ 122,4 milhões a todas essas cidades que integram a Rede Nacional de Promoção da Saúde com essa finalidade. Em 2010, serão outros cerca de 50 milhões para a sustentabilidade da Rede de Promoção.

“Nós repassamos recursos regularmente para as Secretarias Municipais oferecerem exercícios físicos para a comunidade. O dinheiro também é usado para capacitar os profissionais de saúde a orientar as atividades corporais e lúdicas”, explica Deborah Malta, do Ministério da Saúde.

O Ministério da Saúde também lançou em 2006 o Guia Alimentar para a População Brasileira. Trata-se da primeira vez que foi lançada uma orientação oficial para gestores, profissionais de saúde e população sobre alimentação saudável. Ainda, nutricionistas foram inseridos no apoio às equipes de saúde da família, com a criação do Núcleo de Apoio ao Saúde da Família (Nasf). Atualmente 1.132 unidades do Nasf estão habilitadas em todo o país. Além disso, por meio do Saúde na Escola, leva orientação à estudantes.

SAIBA MAIS
Os índices de excesso de peso são calculados com base no Índice de Massa Corporal (IMC). Qualquer pessoa pode descobrir qual é o próprio estado nutricional com base no peso e na altura. Esse cálculo vale para quem tem de 20 a 60 anos.

                    P (peso)
IMC =    _______________
                 A² (altura x altura)

IMC (kg/m²) Estado Nutricional
Menor que 18,5 Baixo peso
18,5 a 24,99 Peso adequado
25 a 29,99 Sobrepeso*
Maior que 30 Obesidade*

* Considera-se excesso de peso para IMC a partir de 25, o que inclui sobrepeso e obesidade.

Proporção de excesso de peso (%)
Tabela das capitais – Vigitel 2009

Aracaju 47,4
Belém 44,2
Belo Horizonte 39,9
Boa Vista 49,1
Campo Grande 50,8
Cuiabá 46,7
Curitiba 45,5
Florianópolis 45
Fortaleza 47
Goiânia 45,8
João Pessoa 42,9
Macapá 43,5
Maceió 41,5
Manaus 45,6
Natal 45,5
Palmas 37,7
Porto Alegre 46,1
Porto Velho 48,8
Recife 45,6
Rio Branco 52,2
Rio de Janeiro 50,4
Salvador 45,3
São Luís 40,3
São Paulo 50,5
Teresina 39,4
Vitória 46,3
Distrito Federal 36,2

Proporção de obesidade (%)
Tabela das capitais – Vigitel 2009

Aracaju 16,4
Belém 12,8
Belo Horizonte 11,2
Boa Vista 12,7
Campo Grande 17,3
Cuiabá 13,9
Curitiba 12,9
Florianópolis 12,7
Fortaleza 15,3
Goiânia 11,4
João Pessoa 12,3
Macapá 15,1
Maceió 13,1
Manaus 15
Natal 13,3
Palmas 8,8
Porto Alegre 14,3
Porto Velho 17,6
Recife 13,8
Rio Branco 17,1
Rio de Janeiro 17,7
Salvador 15,2
São Luís 12,1
São Paulo 13,1
Teresina 12,1
Vitória 13,1
Distrito Federal 9,3

Fonte: Site Ministério da Súde 

GOVERNO E PARCEIROS LANÇAM PROJETO PARA REDUZIR LESÓES E MORTES NO TRANSITO

 

O governo brasileiro lançou nesta sexta-feira (18), no Rio de Janeiro, o Projeto Vida no Trânsito, ação interministerial desenvolvida em parceira com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e a Bloomberg Philanthropies, fundação internacio-nal de promoção de atividades na área social. Os principais objetivos são reduzir lesões e óbitos no trânsito em alguns municípios, selecionados por uma comissão in-terministerial. No Brasil, as cidades avaliadas e selecionadas foram Teresina (PI), Palmas (TO), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR).

O projeto terá duas etapas, sendo que a primeira começa este ano e se estende até 2012. Até lá, as cidades selecionadas devem desenvolver experiências bem-sucedidas na prevenção de lesões e mortes provocadas pelo trânsito e que possam ser reproduzidas por outras cidades brasileiras. A segunda etapa será realizada entre 2013 e 2015.

Os municípios selecionados deverão, em um prazo de dois anos, planejar e implementar ações que reduzam as lesões e mortes provocadas pelo trânsito, bem como estruturar mecanismos de monitoramento e avaliação das atividades e dos re-sultados alcançados. Para a atuação das cidades, foram eleitos dois fatores de risco prioritários, que devem nortear as medidas de prevenção: associação entre direção e bebida alcoólica e o excesso de velocidade. Os municípios poderão agregar outros fatores de risco, de acordo com a realidade local.

CRITÉRIOS – A seleção e avaliação das capitais que integram o Projeto Vida no Trânsito foram realizadas a partir de março deste ano, com base em alguns critérios epidemiológicos e estruturais, como a alta prevalência de lesões e morte no tráfego urbano, fatores de risco como consumo de álcool antes de dirigir e precariedade da infraestrutura urbana, como a falta de faixa de pedestre. Também foram considerados critérios como a municipalização do trânsito, localização regional, porte do município, entre outros.

Ações positivas também foram incluídas nos critérios, tais como a existência de programas de prevenção de lesões e mortes no trânsito e ter capacidade técnica e operacional para o desenvolvimento das atividades. Além disso, durante as visitas de avaliação, feita por um grupo interministerial, os municípios assumiram o compromisso político de dar prioridade às ações do projeto.

NO MUNDO – O Projeto Vida no Trânsito teve origem com a escolha do Brasil pa-ra integrar uma ação global chamada Road Safety in 10 Countries (RS 10), coordena-da pela Organização Mundial de Saúde (OMS), OPAS e Bloomberg Philanthropies. Os objetivos são estimular nos países financiados ações de prevenção lesões e mortes no trânsito e aumento da capacidade de avaliar os projetos.

O RS 10 conta com recurso de US$ 125 milhões para cinco anos. Além do Brasil, a OMS/OPAS e Bloomberg Philanthropies selecionaram outros nove países para projetos de segurança no trânsito: Rússia, Turquia, China, Egito, Índia, Camboja, Quênia, México e Vietnã. Esses países foram selecionados em função da alta taxa de mortalidade causada pelo trânsito.

Para o Brasil, serão destinados aproximadamente US$ 3 milhões. No decorrer do Projeto Vida no Trânsito haverá investimentos também do governo brasileiro e das prefeituras selecionadas.

ELABORAÇÃO – O grupo que discutiu e elaborou o Projeto Vida no Trânsito é formado por representantes da Presidência da República (Casa Civil, Secretaria Na-cional de Políticas sobre Drogas/Senad do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e Secretaria Especial de Direitos Humanos/SEDH da Presi-dência da República, ministérios da Saúde, Justiça/Polícia Rodoviária Federal/DPRF, Transportes, Cidades/Departamento Nacional de Trânsito e Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana e Transporte), bem como os conselhos nacionais de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e Municipais de Saúde (Conasems).
Também integram o grupo representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Bloomberg Philanthopies, Universidade John Hopkins (JUH) e Global Road Safety Partnership (GRSP).

Além do Projeto Vida no Trânsito, o grupo interministerial brasileiro também está discutindo a proposta do país para o Plano de Ação de Redução de Lesões e Mortes no Trânsito, Segurança Viária e Cultura de Paz no Trânsito – Década 2011/2020, recomendada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e OMS.

CENÁRIO – De acordo com dados do Ministério da Saúde, mais de 300 mil brasileiros perderam a vida no trânsito, entre 2000 e 2008. Entre as causas externas, os óbitos decorrentes de acidentes de trânsito representam a primeira causa entre as faixas etárias de 5 a 14 anos e de 40 a 60 anos ou mais. Ainda considerando as mortes por causas externas, o trânsito foi o segundo maior motivo de morte para quem tem idade entre zero a 4 anos e de 15 a 39 anos.

Estimativas da OMS, publicadas no Informe Mundial sobre Situação da Segu-rança Viária, em 2009, indicam que 1,3 milhão de pessoas morrem anualmente no trânsito e que até 2030 esse número suba para 2,4 milhões. Mais de 90% dos acidentes com vítimas fatais ocorrem em países de baixa e média renda, que concentram 48% da frota mundial de veículos. Os usuários mais vulneráveis são pedestres, motociclistas e ciclistas. Os dados mostram também que 44% dos países no mundo não têm políticas que estimulem o uso de transportes públicos como alternativa aos auto-móveis.

Fonte: Site Ministério da Saúde

 

 

Profissionais participam de capacitação para enfrentar gripe H1N1 no inverno

 
     O Ministério da Saúde promove, nesta sexta-feira e sábado (18 e 19), em Brasília, curso de preparação de 500 profissionais de todo o país, que vão capacitar os trabalhadores que atuarão no enfrentamento da gripe H1N1 durante o inverno de 2010. Esses profissionais trabalham no Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente em unidades básicas de saúde, equipes de Saúde da Família, serviços de média e alta complexidade, hospitais e no atendimento de urgência e emergência (Samu/192); e também em instituições públicas de ensino. Participam, ainda, coordenadores estaduais de Vigilância em Saúde e da Política Nacional de Educação Permanente.

 Os profissionais vão atuar como multiplicadores em seus estados, repassando as informações recebidas durante o encontro para outros trabalhadores, por meio de capacitações locais. Durante o curso, será distribuído um material denominado “Vademecum Influenza”, formado por um DVD que contém manual com protocolos de tratamento e manejo clínico de pacientes, vídeos instrucionais e artigos científicos. Esse material servirá de base para a promoção regional de cursos para qualificação profissional e já está disponível no site www.saude.gov.br.

 O “Vademecum” também será entregue a aproximadamente 300 mil médicos e 292 mil enfermeiros, em parceria entre o Ministério da Saúde e os Conselhos Federais de Medicina (CFM) e Enfermagem (Cofen) e a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn). Durante o encontro, também será apresentada a autoavaliação on-line, que poderá ser utilizada por estudantes e profissionais de saúde. Essa ferramenta possibilita checar o nível de conhecimento referente à gripe pandêmica, além de estimular o processo de aprendizagem.

 A versão preliminar do “Vademecum Inzluenza” foi distribuída em março, no primeiro encontro desses profissionais. O objetivo foi avaliar o material e receber sugestões, por parte dos profissionais e gestores de saúde. A versão final a ser entregue no encontro foi coordenada pelo Núcleo de Educação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Minas Gerais (Nescon/UFMG) e teve a participação de técnicos do Ministério da Saúde, professores, especialistas e dos núcleos de Telessaúde da Universidade de São Paulo (USP) e da UFMG.

 

Programação

 Na manhã do primeiro dia do encontro, será apresentada a situação epidemiológica atual da influenza pandêmica, seguida da apresentação dos materiais que poderão ser usados pelas equipes que atuam no enfrentamento da gripe H1N1. O curso contempla, ainda, discussões em grupo a partir de casos, direcionados para os profissionais das diferentes áreas de atuação. No segundo dia, haverá reuniões em grupos divididos por estados e regiões para elaboração de propostas de capacitações regionais.

 Curso de preparação de multiplicadores para enfrentamento de pandemia de influenza

 Data: 18 e 19 de junho

 Horário: 8h30 (abertura)

 Local: Grand Bittar Hotel – Setor Hoteleiro Sul (SHS), Quadra 5, Bloco A – Brasília (DF).

 

Fonte:Site SES/MS

 
 

OITENTA E UM MILHÕES DE PESSOAS VACINADAS CONTRA O VÍRUS H1N1

 

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, divulgou dia 16 deste mês, na sede da Organização Pan-americana da Saúde, em Brasília, os números da Campanha de Vacinação contra o vírus H1N1. O balanço apresentado pelo ministro mostra que  81 milhões de pessoas já foram vacinadas contra a doença. Números esses, que segundo o ministro são constantemente atualizados pelo vacinômetro e demonstram o crescimento do percentual de pessoas vacinadas.

“Alcançamos 88% por cento de cobertura em todo o país. Essa é uma vitória importante e nos demonstra o sucesso desse grande esforço feito pelos profissionais de saúde”.

Temporão fez questão de informar que com a campanha, o Brasil bateu o próprio recorde. “Superamos a campanha de vacinação da rubéola que vacinou 67 milhões de pessoas. Isso nos leva a um novo patamar de qualidade no desempenho das campanhas de vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI)”, comemorou o ministro.

Em sua apresentação o ministro também falou sobre as medidas que o ministério vai manter para o enfrentamento da doença, principalmente agora que o inverno se aproxima. Dentre as principais medidas, Temporão destacou o investimento de R$ 270 milhões em equipamentos para leitos de UTI e para o SAMU 192, a dispensação gratuita de dois milhões de tratamentos ( que continuarão a ser distribuídos somente com a retenção da receita médica), além do treinamento de mais 500 profissionais de todo o país que atuam no SUS e em instituições de ensino.

Temporão fez ainda um agradecimento público aos profissionais que atuaram na campanha. “Quero parabenizar e agradecer publicamente os coordenadores estaduais e municipais de imunização e os vacinadores pelo excelente trabalho realizado. Todo o trabalho de monitoramento, suporte e acompanhamento nos deram a sustentabilidade para realizarmos um trabalho desse porte”.

Para a presidente do CONASS, Beatriz Dobashi o resultado positivo da campanha mostra o trabalho integrado dos três Entes Federados. “O resultado de uma campanha tão grande como essa nos faz enxergar o Pacto pela Saúde, o SUS tripartite que consegue resultados tão importantes e expressivos como esse”, finalizou.

COBERTURA DA VACINAÇÃO POR ESTADOS (%) 

Acre 86

Alagoas 82

Amapá 88

Amazonas 70

Bahia 73

 Ceará 77

Distrito Federal 84

Espírito Santo 92

Goiás 91

Maranhão 84

Minas Gerais 89

Mato Grosso 76

Mato Grosso do Sul 81

Pará 75

Paraíba 82

Paraná 106

Pernambuco 89

 Piauí 91

Rio de Janeiro 81

Rio Grande do Norte 83

Rio Grande do Sul 88

Rondônia 81

Roraima 69

Santa Catarina 97

São Paulo 97

 Sergipe 77

Tocantins 79

BRASIL 88

Fonte: Agência Saúde

 

 

 

Câmara não aprova inclusão da Emenda 29 na Ordem do Dia

As lideranças partidárias da Câmara dos Deputados reuniram-se no final desta terça-feira, 15 de junho, para aprovar a lista de projetos que devem ser votados na Casa esta semana. Apesar dos apelos dos prefeitos de todo país, incentivados pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), o PLP 306/2008 que regulamenta o financiamento da Saúde no país não foi incluído na Ordem do Dia.
Colocado em pauta pelo presidente interino, deputado Marco Maia (PT-RS), a votação do PLP não foi aprovada porque, segundo algumas lideranças da base do governo, "o momento não é oportuno". As bancadas do DEM, PSDB e PPS defenderam a reivindicação da CNM, mas foram voto vencido.

A Emenda Constitucional 29, determina a porcentagem da arrecadação que deve ser destinada para os serviços saúde por municípios (15%), estados (12%) e União (10%).

O Projeto de Lei Complementar 306/08, do Senado, regulamenta a Emenda 29, que vinculou receitas da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal a gastos na área da saúde. Ontem, o Plenário da Câmara aprovou urgência para a tramitação da proposta, que vai acrescentar entre R$ 9 bilhões e R$ 12 bilhões ao orçamento federal da saúde deste ano (que está fixado em R$ 48 bilhões). Esse acréscimo de recursos aumenta na proporção de 0,5 ponto percentual por ano, até chegar a R$ 22 bilhões em 2011.

O projeto obriga a União a aplicar na saúde, a partir de 2011, no mínimo 10% de suas receitas correntes brutas, que equivalem ao total da arrecadação federal, e não apenas as receitas decorrentes dos tributos.

As regras que estipulam o volume de recursos que os estados e municípios devem gastar na saúde não foram alteradas. O projeto, porém, fecha as brechas que vinham permitindo prefeitos e governadores contabilizarem com gastos em saúde despesas de natureza diversa, como dotações para a área de previdência.

Os estados e municípios que não estão aplicando os percentuais devidos na área da saúde terão até 2011 para se enquadrar. Os gastos no setor deverão ser elevados a uma taxa anual de um quarto entre os atuais e os devidos já a partir desse ano. Um estado que esteja destinando apenas 8% à saúde terá que aumentar 1 ponto percentual em cada exercício entre 2008 e 2011, até atingir os 12% previstos na Constituição.

V Jornada Nacional de Economia da Saúde discute o financiamento e a gestão

Recife será sede da V Jornada Nacional de Economia da Saúde e da II Jornada de Avaliação de Tecnologias de Saúde do Instituto de Medicina Integral (IMIP).  Realizado pela Associação Brasileira de Economia da Saúde (ABRES), o evento reunirá entre os dias 15 e 17 de setembro deste ano, docentes e outros profissionais com interesses na área da economia da saúde. Além de promover a atualização do conhecimento através de debate em palestras específicas e da apresentação de pesquisas recentes, que visa fortalecer o planejamento e a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), a jornada pretende difundir o conhecimento científico e tecnológico do campo da economia da saúde no Brasil.
 
Com o tema "Financiamento e Gestão da Saúde: Os dois desafios, duas dimensões", o evento busca colocar em contraponto as duas macro-questões da economia da saúde. Dentre os assuntos a serem abordados estão: a economia política da área, alocação de recursos entre esferas de governo, modelos de gestão de prestadores de serviços e o papel da avaliação de tecnologias na gestão de serviços de saúde.
 
Segundo os organizadores, a programação prevê apresentações de trabalhos, mesas redondas, painéis, mini-curso, palestras e a participação de pesquisadores e conferencistas do Brasil e do exterior, capazes de propiciar a transferência de conhecimentos. As inscrições para a jornada devem ser feitas pelo site www.abresbrasil.org.br.

Douradina ultrapassa a meta no Dia “D”

O município de Douradina foi o único de Mato Grosso do Sul a ultrapassar a meta no Dia “D”, foram vacinadas 103,03% das crianças na faixa etária recomendada. Outros municípios tiveram um resultado parcial que também merece destaque: Paranhos (90,41%), Deodápoilis (84,62%), Bataiporã, (83,36%), Inocência (83,33%), Eldorado (78,58%), Nova Alvorada do Sul (78,25%), Rochedo (77,55%) e Costa Rica (75,22%).

 No Dia “D” da campanha de vacinação contra a poliomielite foram imunizados em Mato Grosso do Sul 45,72% ou 94.024, das 206.035 crianças menores de cinco anos que precisam tomar a vacina.

 A 1ª etapa contra a poliomielite aconteceu em todo país e o balanço parcial é de 8.162.076 ou 52,79% já vacinadas. A meta é imunizar 95% do público alvo da campanha.

 Até o momento, nenhum estado conseguiu atingir a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, contudo, alguns se destacam pela cobertura vacinal realizada como, por exemplo, Rio Grande do Sul (76,45%), Amazonas (73,10%), Amapá (71,76%) e Santa Catarina (71,07%).

 Em todo país a campanha contra poliomielite continua nessa semana para os municípios que não alcançaram a meta. Pais ou responsáveis devem levar as crianças em alguma unidade de saúde para tomar a vacina (de preferência com a carteirinha de vacinação).

 A poliomielite é uma infecção transmitida por meio do contato com um portador da pólio ou então com fezes humanas. Os principais sintomas são: febre, mal-estar, dor-de-cabeça e em alguns casos paralisia flácida (incapacidade de mexer os membros). Para esta doença não existe tratamento, apenas a vacina garante a imunização.

Fonte: Site SES

 

Instituido o Dia Nacional de Combate ao Dengue.

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

 
 LEI Nº 12.235, DE 19 DE MAIO DE 2010.

O VICE–PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o É instituído como Dia Nacional de Combate ao Dengue o penúltimo sábado do mês de novembro, com o objetivo de mobilizar iniciativas do Poder Público e a participação da população para a realização de ações destinadas ao combate ao vetor da doença.

Art. 2o Os gestores do Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde ficam autorizados a desenvolver campanhas educativas e de comunicação social, na semana que contiver o referido dia.

Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 19 de maio de 2010; 189o da Independência e 122o da República.

JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA
Márcia Bassit Lameiro da Costa Mazzoli

Este texto não substitui o publicado no DOU de 20.5.2010

 

 

Começa Campanha Nacional de Doação de Sangue

O Ministério da Saúde lançou nesta segunda (14) uma nova campanha de incentivo à doação de sangue. Com o lema “Doe sangue, faça alguém nascer de novo”, a campanha vai mostrar, até o próximo dia 30, como esse gesto de amor pode salvar vidas.

A campanha vai mostrar o depoimento de pessoas que tiveram suas vidas salvas com a transfusão de sangue. Haverá também a imagem de um bebê fazendo tarefa de adulto, representando as pessoas que nasceram outra vez ao receber sangue doado. A campanha estará na TV e também em outras mídias, como jornal, rádio e mobiliário urbano.

Cada vez mais a demanda por sangue aumenta nos hemocentros. O aumento de 58,3% nos transplantes (de 2003 a 2009) e o crescimento da população estão entre os fatores que fazem o país precisar cada vez mais de sangue para transfusão. São coletadas por ano 3,5 milhões de bolsas de sangue no Brasil, quando o ideal seria 5,7 milhões.

No Brasil, 1,9% da população é doadora de sangue. Mesmo estando este percentual dentro do parâmetro da Organização Mundial de Saúde (OMS) – de 1% a 3% da população – o Ministério da Saúde considera que é urgente e possível aumentar o número de brasileiros doadores: se cada pessoa doasse duas vezes ao ano, não faltaria sangue para transfusão no país.

Dia 14 de junho é Dia Nacional do Doador de Sangue, instituído em pela OMS e celebrado no Brasil desde 2004. A data é em homenagem ao cientista Karl Landsteiner, descobridor dos sistemas de grupos sanguíneos ABO. Para doar sangue, basta ir ao hemocentro mais próximo. Todo procedimento demora muito pouco, é seguro e não dói.

Consulta pública – Além da campanha, o Ministério da Saúde realiza uma consulta pública desde o dia 2 de junho sobre a proposta de mudar as idades mínima e máxima para doação. Hoje podem doar sangue quem tem entre 18 e 65 anos. A proposta é que a idade seja de 16 a 68 anos. Com a mudança, 13,9 milhões de pessoas ficariam aptas a doar sangue.

OUTRAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Para doar sangue é necessário- Sentir-se bem, com saúde; apresentar documento com foto, válido em todo território nacional; ter entre 18 e 65 anos de idade; ter peso acima de 50Kg.

Recomendações para o dia da doação- Nunca vá doar sangue em jejum; faça um repouso mínimo de 6 horas na noite anterior a doação; não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores; evitar fumar por pelo menos 2 horas antes da doação; evitar alimentos gordurosos nas 3 horas antecedentes a doação; Interromper as atividades por 12 horas as pessoas que exercem profissões como: pilotar avião ou helicóptero, conduzir ônibus ou caminhões de grande porte, subir em andaimes e praticar pára-quedismo ou mergulho.

Quem não pode doar- Quem teve diagnóstico de hepatite após os 10 anos de idade; mulheres grávidas ou amamentando; pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como AIDS, hepatite, sífilis e doença de chagas; usuários de drogas; aqueles que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual, sem uso de preservativos.

Fonte:Site Ministério da Saúde

 

Oficina da Ripsa explica como foram os trabalhos para o lançamento do IDB estadual

 
  Na manhã do dia 10 de Junho( quinta-feira), durante a 5ª Oficina de Trabalho Interagencial da Ripsa no Mato Grosso do Sul o membro da Organização Panamericana de Saúde (OPAS), doutor João Baptista Rizzi Junior, ministrou a palestra sobre o que é a Ripsa (Rede Interagencial de Informações para a Saúde), como funciona, a história e objetivo dessa importante ferramenta de trabalho.

“A Ripsa é uma estratégia de cooperação do Ministério da Saúde com a OPAS e entidades representativas dos segmentos técnicos e científicos nacionais envolvidos na produção, análise e disseminação de dados objetivando sistematizar informações úteis como ferramenta de gestão e utilizá-las de maneira mais prática possível para que os trabalhos na área da saúde sejam melhor discutidos e soluções tomadas em dados concretos”.

No período matutino, aconteceu a apresentação do Comitê Temático Interdisciplinar “Ripsa no Estado”, pela doutora Ilara Hammerli Sozzi de Moraes, da Escola Nacional de Saúde Pública/FioCruz e também a apresentação dos comitês de gestão de indicadores da Ripsa de Mato Grosso do Sul pelos técnicos que coordenam os comitês.

O trabalho realizado pela equipe da Ripsa do Estado foi lançado às 13h30, durante a reunião da Comissãio Intergestora Bipartite (CIB). De acordo com a secretária de Estado de Saúde, Beatriz Dobashi, “os dados divulgados pelos Indicadores e Dados Básicos para a Saúde [IDB/2009] servirão tanto para atender o público interno [aquele que trabalha diretamente na área da saúde], quanto o público externo [acadêmicos, jornalistas, população em geral], além disso, com as informações será melhor direcionado o planejamento das ações do Sistema  Único de Saúde no Estado”.

 A Secretária também destacou que “a ripsa, mais do que números, é uma integração de recursos humanos de diversas instituições com o intuito de democratizar informações. No caso de Mato Grosso do Sul, as 11 microrregiões – Campo Grande, Coxim, Aquidauana, Corumbá, Jardim, Dourados, Nova Andradina, Naviraí, Ponta Porã, Paranaíba e Três Lagoas – tiveram um papel fundamental para a construção do material que será lançado”.

 No lançamento, o IDB – que de acordo com o Ministério da Saúde é “o conjunto de indicadores demográficos, socioeconômicos, de mortalidade, de morbidade e fatores de risco, de recursos e de cobertura, selecionados e construídos a partir de sistemas de informação ou de estudos de abrangência nacional” – de Mato Grosso do Sul traz informações como, por exemplo, incidência de doenças transmissíveis, proporção de internações hospitalares (SUS) por grupo de causas, proporção de nascidos vivos, taxa de fecundidade, faixa etária, índice de envelhecimento entre outros.

 Desde 2008 a SES vem promovendo as Oficinas Técnicas Interagencial que é o colegiado que delibera sobre a condução técnica e estratégica da Ripsa. Em Mato Grosso do Sul a estratégia é elaborada e conduzida por técnicos da SES; IBGE; Universidades Federal de Mato Grosso do Sul e da da Grande Dourados, Católica Dom Bosco, Estadual de Mato Grosso do Sul; Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia; Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde; DataSUS, entre outros.

   Após o lançamento, os dados também estarão disponíveis online pelos endereços eletrônicos www.saude.ms.gov.br ou ripsa.saude.ms.gov.br .

Fonte: Site SES