12% DAS MORTES POR CÂNCER DE MAMA NO BRASIL SÃO ATRIBUÍVEIS AO SEDENTARISMO

Estudo, que teve colaboração do Ministério da Saúde, ainda aponta que álcool, alto teor de açúcar e excesso de peso aumentam a mortalidade em 6,5% por câncer de mama. Pesquisa foi publicada na Revista “Nature”

Uma em cada 10 mulheres vítimas do câncer de mama (cerca de 12%) poderiam ter a vida poupada se praticassem atividade física regularmente (150 minutos por semana). É o que aponta o artigo científico “Mortality and years of life lost due to breast cancer attributable to physical inactivity in the Brazilian female population (1990–2015)”, divulgado na revista Nature, que contou com a participação do Ministério da Saúde. De acordo com a pesquisa, no ano de 2015, 2.075 mortes poderiam ter sido evitadas se as pacientes realizassem ao menos uma caminhada de 30 minutos por dia, cinco vezes por semana.

O artigo explica que um dos fatores que causam o câncer de mama é o excesso de estrogênio, que pode levar à formação de mutações e carcinogênese estimulando a produção de radicais. A atividade física diminui o estradiol e aumenta a globulina de ligação a hormonas sexuais, provocando uma redução de circulantes inflamatórios e aumentando as substâncias anti-inflamatórias.

“A prática de atividade física melhora o metabolismo de alguns hormônios relacionados com o câncer de mama, o que pode evitar e até melhorar o quadro de uma paciente com a doença. Estamos conseguindo evidências para mostrar a vantagem de se reduzir o sedentarismo na população”, alerta Fatima Marinho, Diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Os estados brasileiros com melhores indicadores socioeconômicos apresentaram as maiores taxas de óbitos de câncer de mama atribuível à inatividade física. O Rio de Janeiro aparece em primeiro lugar, seguido pelo Rio Grande do Sul e São Paulo. Além disso, nos estados do Norte e Nordeste, verifica-se uma transição de mortalidade, com explica a Diretora do Departamento de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde, do Ministério da Saúde (DANTPS/MS), Fátima Marinho. “Apesar de não aparecerem no topo desta lista, estados do Norte e Nordeste estão passando por uma transição de mortalidade, ou seja, aumentando o número de óbitos por doenças crônicas e diminuindo as resultantes de outros tipos”, afirma a diretora.

A pesquisa também chama atenção para o impacto de outros fatores de risco em mortes. 6,5% dos óbitos por câncer de mama são atribuídos ao uso de álcool, índice alto de massa corporal e uma dieta rica em açúcar. “Esta informação reforça a importância de ter uma política nacional de promoção da saúde que contribua para mudança dos comportamentos de risco para doença crônica. Estimular o consumo de alimentos frescos e ricos em nutrientes, reduzir o sedentarismo, além de evitar o uso abusivo de álcool e o tabagismo, por exemplo. A adoção de um estilo de vida saudável evitaria 39% das mortes por doença crônica, que responde por 76% das causas de morte no Brasil, sendo a promoção da saúde uma política com baixo custo e com grande impacto populacional. Se a saúde/doença da população brasileira continuar a tendência atual, com grande crescimento da doença crônica em adultos jovens, não haverá financiamento suficiente para o SUS, devido ao alto custo da doença crônica”, completa a diretora do Ministério da Saúde.

Dados da última Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2017) aponta que 13,9% das mulheres das capitais brasileiras são sedentárias. O número é maior entre as que têm mais idade, mas também entre as jovens com idades entre 18 e 24 anos (21%). A pesquisa traz ainda que 51,3% delas praticam atividade física insuficientemente, ou seja, não alcançam o equivalente a pelo menos 150 minutos semanais de atividades de intensidade moderada ou pelo menos 75 minutos semanais de atividades de intensidade vigorosa.

ATIVIDADE FÍSICA COMO PREVENÇÃO AO CÂNCER DE MAMA

O incentivo para uma alimentação saudável e balanceada e a prática de atividades físicas é prioridade do Governo Federal. Desde 2011, os municípios recebem recursos financeiros para implantar o programa Academia da Saúde. Atualmente, o programa conta com mais 3.800 polos habilitados. Nesses locais, a população pode contar com uma infraestrutura e equipamentos adequados; e profissionais qualificados para promover práticas corporais e atividade física, promoção da alimentação saudável e educação em saúde.

Além das práticas corporais (dança, jogos, aeróbica, dentre outros), que vão estimular o movimento, o gasto energético, o autoconhecimento, o equilíbrio e outros componentes da produção do cuidado devem ser incentivados e promovidos nos polos, como as práticas integrativas e com grupos multiprofissionais que vão auxiliar e monitorar os usuários.

MUDANÇA DE HÁBITOS 

O Ministério da Saúde adotou internacionalmente metas para frear o crescimento do excesso de peso e obesidade no país. Além de deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019, por meio de políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional, o país acordou em reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta e ampliar em no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até o mesmo ano.

Outra ação para a promoção da alimentação saudável é o Guia Alimentar para a População Brasileira. Reconhecida mundialmente pela abordagem integral da promoção à nutrição adequada, a publicação orienta a população com recomendações sobre alimentação saudável e consumo de alimentos in natura ou minimamente processados. Em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), o Ministério também conseguiu retirar mais de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos processados em quatro anos.

Fonte: www.saude.gov.br

ABSTINÊNCIA DO CIGARRO: SAIBA COMO SUPERAR OS SINTOMAS

Sintomas da abstinência do cigarro variam de pessoa para pessoa, considerando o nível de dependência. Reações são passageiras e tendem a desaparecer em algumas semanas

Dor de cabeça, irritabilidade, dificuldade de concentração, ansiedade e alteração do sono são alguns dos sintomas da abstinência do cigarro. Esse conjunto de reações desconfortáveis, que podem incluir o aumento do apetite, tristeza e até depressão, é chamado de síndrome de abstinência da nicotina.

A psicóloga e técnica da Divisão de Controle de Tabagismo do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), Vera Lucia Gomes Borges, explica que é justamente a síndrome de abstinência o que mais dificulta que as pessoas parem de fumar.

“Quem quer parar de fumar precisa saber que os sintomas da abstinência do cigarro são transitórios e vão passar”, ressalta Vera. “A primeira semana pode ser a mais difícil, mas isso significa que o corpo está se adequando a uma nova forma de funcionar. Por mais desconfortável que seja, a síndrome de abstinência da nicotina é um sinal de que o organismo está voltando a funcionar normalmente”, completa.

Confira os 10 passos para parar de fumar

Principais sintomas da abstinência do cigarro

Com o entendimento de que o fumante é um dependente químico da nicotina, que é uma droga que atua no cérebro estimulando de forma desordenada a liberação de substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar e prazer, é possível compreender que ao parar de fumar haverá uma menor concentração dessas substâncias no organismo e essa mudança provocará a síndrome de abstinência.

Segundo a especialista do INCA, a intensidade dos sintomas de ficar sem o cigarro variam de pessoa para pessoa, considerando também o nível de dependência. Contudo, todas as reações são passageiras e tendem a desaparecer em uma ou duas semanas – no máximo um mês. Dor de cabeça, tonteira e tosse são sinais do restabelecimento do organismo. Já o sintoma mais intenso e mais difícil de se lidar, a chamada “fissura" (grande vontade de fumar), tende a ficar mais tempo que os outros sintomas, mas cada vez que a fissura surge não dura mais que cinco minutos, e com o tempo vai perdendo a intensidade.

Leia mais: Novas terapias do SUS ajudam a parar de fumar

Enfrentando o primeiro dia sem fumar

Quase um ano após deixar de fumar, Hamilton Veiga, 39 anos, conta que o primeiro dia sem fumar foi o mais difícil, mas valeu a pena enfrentá-lo para se livrar dos 22 anos de fumante.

“Acordava de manhã e a primeira coisa que fazia era acender um cigarro. Quando resolvi parar de fumar, o primeiro dia foi o mais crítico. Senti aquela fissura, muito desespero e passei o dia inteiro mal, com vontade de fumar, muito nervoso. Cheguei a cancelar compromissos. No final do dia estava muito tenso. Aí fui na casa de um amigo, conversei um pouco e consegui relaxar, voltar para casa e dormir. No dia seguinte acordei, joguei a carteira de cigarros fora e foi imediato: já não tinha mais vontade de fumar”, relembra.

A especialista do INCA destaca que os sintomas de abstinência aparecem de maneira mais acentuada e desconfortável, especialmente 24h após a pessoa deixar de fumar, conforme descrito por Hamilton.

“Ao parar de fumar e assim reduzir a estimulação de substâncias no cérebro responsáveis pela sensação de bem-estar e prazer, a pessoa pode ficar muito irritada ou ansiosa, ter dificuldades de concentração ou apresentar problemas para dormir. Pode também sentir mais apetite ou necessidade de comer mais para lidar com a ansiedade e até mesmo tristeza e depressão”, pontua Vera Lucia.

Para ela, é fundamental compreender a transitoriedade do desconforto para logo se beneficiar da sensação de liberdade que é não ter que obedecer a ordem interna para acender outro cigarro. “Quando a pessoa para de fumar experimenta a liberdade para fazer do tempo dela o que quiser”, assegura.

4 dicas para lidar com a síndrome de abstinência

Nas primeiras semanas sem fumar os sintomas de abstinência podem ser mais drásticos. Por isso, para sofrer menos com as reações físicas e psicológicas (que existem, mas são passageiras), a psicóloga Vera Lúcia, do INCA, dá as seguintes dicas:

Assista aos vídeos do Saúde Brasil com depoimentos de pessoas que superaram o tabagismo

Fonte: www.saude.gov.br

LEVANTAMENTO RENAME ESTÁ REABERTO PARA ATINGIR TOTALIDADE DE MUNICÍPIOS DO PAÍS

Entre os meses de junho e agosto deste ano, o Conasems lançou o Levantamento Nacional Sobre a Relação Municipal de Medicamentos do Componente básico da Assistência Farmacêutica (RENAME). Com o intuito de atingir 100% dos municípios do país e concluir as duas etapas do Levantamento, o RENAME estará aberto para cadastro até 7 de dezembro deste ano.

A proposta do projeto é aperfeiçoar a representação do Conasems na proposição dos aprimoramentos necessários nas Políticas Farmacêuticas no país e contribuir na definição das estratégias nacionais para garantir o acesso aos medicamentos e serviços da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica financiados de forma tripartite.

O Conasems agradece o cadastro de 4.341 gestores municipais e a conclusão de todo o processo do Levantamento feito por 2.755 municípios, durante a primeira abertura do Rename. (Confira matéria publicada no site do Conasems sobre os resultados preliminares da primeira fase da RENAME).  

Para os municípios que não iniciaram ainda nenhuma etapa do Levantamento, cada Cosems disponibilizará o link de acesso ao cadastro inicial dos municípios e seus respectivos secretários municipais de saúde e responsáveis pela AF. Concomitante a isso, os responsáveis pela AF cadastrados receberão o link de acesso individualizado para o preenchimento do levantamento nacional.

Aqueles que já finalizaram essa primeira etapa do cadastro e já possuem o link para o preenchimento dos instrumentos, o prazo para finalização do processo também é 7 de dezembro. Dúvidas podem ser enviadas para o e-mail: levantamentorename@conasems.org.br.

Fonte: www.conasems.org.br

CONGRESSO NACIONAL, EM ATO DE IRRESPONSABILIDADE, DERRUBA VETO DO PRESIDENTE QUE REAJUSTA PISO SALARIAL DOS ACSS E ACES

Deputados Federais e Senadores votaram nesta quarta-feira, 17 de outubro, no Congresso Nacional, pela derrubada do veto presidencial da Medida Provisória 827/2018 que previa o aumento do piso salarial dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e dos Agentes de Combates às Endemias (ACE).

 

É preciso deixar claro que o Conasems reconhece a extrema importância do trabalho prestado pelos ACSs e ACEs em todo o território nacional em prol do SUS. O Conasems acompanhou de perto o processo legislativo durante toda a discussão, alertou sobre os impactos financeiros severos nos cofres públicos de cada um dos 5.570 municípios deste país, além da flagrante inconstitucionalidade ao desconsiderar as regras do Novo regime Fiscal (EC 95). Foram apontados perigos de tamanha irresponsabilidade fiscal. Em parceria com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), foram apresentados para os nossos parlamentares estudos extensos com detalhamentos sobre a saúde financeira dos municípios.

A partir do ano que vem a remuneração base que é R$ 1.014,00 salta para R$ 1.250,00 (23,27% de reajuste), R$ 1.400 em 2020 (12%) e R$ R$ 1.550 em 2021 (10,71%). O Conasems questionou a viabilidade de se reajustar o piso salarial de cerca de 400 mil profissionais em todo o país, que acontecerá de forma escalonada, conforme texto aprovado pelo Congresso Nacional. Segundo cálculos realizados pela Confederação Nacional dos Municípios, o piso e o reajuste vão gerar, somente nos três primeiros anos de aumento progressivo, despesa extra superior a R$ 9 bilhões para a União e Municípios. Por ano, os entes municipais deverão arcar com pelo menos R$ 1,8 bilhão.

O Conasems, enquanto entidade que representa as mais de cinco mil secretarias municipais de saúde do país, conhece a realidade do gestor na ponta do sistema. Registra-se, aqui, o iminente risco de desassistência aos cidadãos. O lento e cruel processo de “asfixia financeira” pelo qual os Municípios estão passando nos últimos anos, acrescido por mais este forte arrocho, será limitador na capacidade de financiamento das ações e serviços de saúde tais como: UTI – Unidade de Tratamento Intenso, hemodiálise, dispensação de medicamentos e toda a gama de serviços da Atenção Básica sob responsabilidade dos Municípios. Sob pena, inclusive, da demissão de ACSs e ACEs para fechar a folha de pagamento em dia.

O Conasems, seguidamente, vem alertando para o quadro de subfinanciamento do SUS. Nos últimos 16 anos, a média anual de aplicação dos recursos próprios municipais em saúde subiu 10 pontos percentuais, atingindo 24% em 2017. Mais alarmante é o fato de que em 2017 o valor total aplicado pelos Municípios, acima do mínimo constitucionalmente estabelecido, ultrapassou R$ 31 bilhões, o que representa o total de todo Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU arrecadado no País.  

Embora tenha maior poder de arrecadação de tributos, próximo a 59% do bolo tributário brasileiro, a União vem migrando a responsabilidade do financiamento da saúde aos estados e municípios. Em 1993, a União era responsável por financiar 72% da Saúde. Em 2017, sua participação está em 42%. No mesmo período, os dois outros entes da Federação duplicaram suas representatividades no gasto total do sistema de saúde: 25% Estados e 32% Municípios.  Vale destacar que a Emenda 95/16 que limitou o teto dos gastos públicos, congelou por 20 anos o orçamento da União, que pode impactar diretamente no financiamento do SUS, desta forma, o governo federal não tem como destinar novos recursos ao cumprimento do piso. Os municípios brasileiros já não suportam mais aumentos de despesas, principalmente, com pessoal (LRF).

O CONASEMS apresentou sua posição contrária à  Medida Provisória 827/18, matéria que será promulgada e incorporada à Lei 13.708/18, ferindo a autonomia dos entes, promovendo a inversão de competências federativas quanto à regulamentação das atividades e direitos de servidores e empregados públicos municipais, além dos impactos financeiros desastrosos que a causará nos orçamentos federal e municipais.

Fonte: www.conasems.org.br

MAIS DA METADE DOS JOVENS ACOMPANHADOS NO SUS TÊM ALIMENTAÇÃO INADEQUADA

Os adolescentes acompanhados pelos serviços de atenção básica, do Sistema Único de Saúde (SUS), estão se alimentando mal. Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), apontaram que, em 2017, 55% deles consumiram produtos industrializados regularmente, como macarrão instantâneo, salgadinho de pacote ou biscoito salgado. Além disso, 42% desses jovens ingeriram hambúrguer e/ou embutidos; e 43% biscoitos recheados, doces ou guloseimas. Os números foram divulgados nesta terça-feira (16/10), data que é comemorada o Dia Mundial da Alimentação, e vem como um alerta para a má alimentação por esta parcela da população.

Para o coordenador-substituto de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Eduardo Nilson, os jovens precisam se atentar mais à alimentação adequada. “Dados revelam que adolescentes com obesidade aos 19 anos têm 89% de chance de ser obeso aos 35 anos, por isso é necessário investir na promoção de uma alimentação adequada e saudável, especialmente na infância e na adolescência, tendo em vista a relação de práticas alimentares inadequadas com o aumento da obesidade na população.”

O balanço também trouxe dados por região, que mostram que o Sul do país é o que apresenta a maior quantidade de jovens consumindo hambúrguer e/ou embutidos; macarrão instantâneo, salgadinho de pacote ou biscoito salgado, com 54% e 59% respectivamente. Já o Norte vem com o menor percentual nesses dois grupos, com 33% e 47%, respectivamente. Quando o assunto são biscoitos recheados ou guloseimas, a região Sul, também está na frente (46%), mas empatada com os jovens nordestinos (46%).

Quando falamos por sexo, os percentuais mostram que o consumo de industrializados, fast foods e alimentos doces recheados/guloseimas não se diferenciam muito, sendo um pouco maior nos meninos. O primeiro grupo alimento, por exemplo, é consumido por 58% deles, enquanto as adolescentes representam 54%. O segundo é alimento de 41% dos jovens do sexo masculino e 38% do feminino. Já os recheados, são preferência de 42% deles e 41% delas.

Os maus hábitos à mesa têm refletido na saúde e no excesso de peso dos adolescentes. Números da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PENSE) trouxeram que 7,8% dos adolescentes das escolas entre 13 e 17 anos estão obesos, sendo maior entre os meninos (8,3%) do que nas meninas (7,3%). O Sisvan revela que 8,2% dos adolescentes (10 a 19 anos) atendidos na Atenção Básica em 2017 são obesos.

ALIMENTAÇÃO DOS ADULTOS

Os brasileiros adultos já demonstram hábitos mais saudáveis, de acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2017, do Ministério da Saúde. Isso porque, o consumo regular de frutas e hortaliças cresceu 4,8% (de 2008 a 2017), e o consumo de refrigerantes e bebidas açucaradas caiu 52,8% (de 2007 a 2017).

A pesquisa percebeu, também, que a ingestão regular (em 5 ou mais dias na semana) destes alimentos aumentou em ambos os sexos, mas o crescimento geral ainda foi menor que 5,0% no período de 2008 a 2017. Quando observado o consumo recomendado, 5 ou mais porções por dia em cinco ou mais dias da semana, houve aumento de mais de 20% entre os adultos de 18 a 24 anos e 35 a 44 anos. Os dados apontaram, também, uma diminuição da ingestão de ingredientes considerados básicos e tradicionais na mesa do brasileiro. O consumo regular de feijão diminuiu de 67,6% em 2011 para 59,5% em 2017.

NCENTIVO A HÁBITOS SAUDÁVEIS 

O incentivo para uma alimentação saudável e a prática de atividades físicas é prioridade do Governo Federal. Para apoiar a adoção de hábitos alimentares saudáveis, o Ministério da Saúde publicou em 2014 o Guia Alimentar para a População Brasileira que traz as diretrizes nacionais e as recomendações sobre alimentação adequada e saudável. Dentre elas, a regra de ouro que facilita a aplicação das recomendações – “Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados”.

Para proteger trabalhadores(as) do Ministério da Saúde e de outros órgãos, a pasta publicou uma Portaria proibindo venda, promoção, publicidade ou propaganda de alimentos industrializados ultraprocessados com excesso de açúcar, gordura e sódio e prontos para o consumo dentro das dependências do Ministério. O órgão também participou da assinatura da portaria de Diretrizes de Promoção da Alimentação Adequada e Saudável no Serviço Público Federal. Sugerida pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, a diretriz orienta formas da alimentação adequada e saudável nos ambientes de trabalho do serviço público federal. Além disso, constrói uma campanha pela adoção de hábitos saudáveis chamada Saúde Brasil.

O Ministério da Saúde também adotou internacionalmente metas para frear o crescimento do excesso de peso e obesidade no país. Durante o Encontro Regional para Enfrentamento da Obesidade Infantil, realizado em março de 2017 em Brasília, o país assumiu como compromisso deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019, por meio de políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional; reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta, até 2019; e ampliar em no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019.  Outras iniciativas que buscam proteger indivíduos e coletividades apoiam-se na prevenção de danos e riscos ocasionados por ambientes desfavorecedores de uma prática alimentar saudável.

Destacamos ações realizadas no ambiente escolar, como o Programa Saúde na Escola que orienta a articulação no território entre os profissionais de saúde da Atenção Básica e os profissionais da escola para desenvolver ações de promoção da saúde e prevenção de doenças como obesidade, por exemplo e a implementação de normas e regulamentações para cantinas de escolas públicas e privadas com objetivo de limitar a venda de alimentos não saudáveis, considerando que o ambiente em que crianças e adolescentes fazem suas escolhas alimentares precisa favorecer as opções saudáveis e protegê-los dos fatores que contribuem para as doenças relacionadas à alimentação.

As cantinas escolares que muitas vezes oferecem alimentos de baixo valor nutricional contribuem para escolhas não saudáveis pelas crianças e, é papel do estado priorizar o ambiente escolar como um dos espaços para o desenvolvimento de estratégias de Promoção da Alimentação Adequada e Saudável.

Fonte: www.saude.gov.br

PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES COMPLETA 45 ANOS

Nas últimas décadas, diversas doenças foram eliminadas do país ou tiveram grande redução no número de casos, devido ao sucesso das estratégias adotadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. No início do século XX, doenças imunopreveníveis como a poliomielite e a varíola, eram endêmicas no Brasil, causando elevado número de casos e mortes em todo o país. A eficiência do programa brasileiro fica evidente com a erradicação da febre amarela urbana, a varíola e a poliomielite, além da eliminação da rubéola e do sarampo.

Ao longo destes 45 anos, inúmeras conquistas fizeram do PNI um dos pilares do Sistema Único de Saúde (SUS), como o acesso gratuito e igualitário às vacinas que protegem a população. Em alusão à data, comemorada no dia 18 setembro, o PNI realizou nesta terça-feira (16) uma homenagem à equipe e a todos os colaboradores que atuam diariamente na construção desta politica pública.

O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, ressaltou durante a homenagem o protagonismo do PNI na agenda internacional. “Todos os lugares onde eu fui representando o Ministério da Saúde, o Brasil é reconhecido pelo seu Programa Nacional de Imunizações. As pessoas querem saber como fazer um programa de tamanho sucesso em um país grande e diverso como o nosso, ofertando tantas vacinas gratuitamente a uma população inteira. Precisamos ter orgulho disso”, destacou Occhi.

Desde que foi criado, em 1973, o PNI busca a inclusão social, assistindo todas as pessoas, em todo o País, sem distinção de qualquer natureza. As vacinas ofertadas pelo programa estão à disposição nos postos de saúde ou são levadas diretamente à população,  graças aos esforços das equipes de vacinação, cujo empenho permite que a imunização chegue até mesmo nos locais de difícil acesso.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), Osnei Okumoto parabenizou o Programa pela trajetória de sucesso e pelo empenho técnico da equipe. “É com muita satisfação que comemoramos esses 45 anos de um programa robusto que vem crescendo a cada ano com a colaboração do Comitê Técnico Assessor de Imunização junto com toda a equipe da Secretaria de Vigilância em Saúde e com todos os atuais integrantes do PNI, assim como todos os outros que já passaram por aqui, pois estes também colaboraram para esse sucesso, evidente a nível mundial”, disse.

Durante a comemoração, a coordenadora do PNI, Carla Domingues, foi homenageada pela equipe, e recebeu uma placa dedicada ao trabalho desenvolvido como gestora. “É uma honra muito grande eu estar à frente do programa, coordenando uma equipe que se dedica e que tem um compromisso com a saúde púbica do País e de salvar vidas”, ressaltou.

Atualmente, são disponibilizadas pela rede pública de saúde, em mais de 36 mil salas de vacinação espalhadas por todo território nacional, 27 vacinas que integram o Calendário Nacional mais a vacina de raiva canina. Por ano, o Ministério da Saúde aplica mais de 300 milhões de doses de vacinas na população brasileira. Há ainda vacinas especiais para grupos em condições clínicas específicas, como portadores de HIV, disponíveis nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).  O esforço foi fundamental para a erradicação de doenças no país, como a poliomielite, e a rubéola, por exemplo.

Atualmente, o PNI é parte integrante do Programa da Organização Mundial de Saúde, com o apoio técnico, operacional e financeiro da UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e contribuições do Rotary Internacional e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Campanhas de vacinação

Há mais de 100 anos foi realizada a primeira campanha de vacinação em massa feita no Brasil. Idealizada por Oswaldo Cruz, o fundador da saúde pública no Brasil, a campanha tinha o objetivo de controlar a varíola, que então dizimava boa parte da população do Rio de Janeiro. O êxito das Campanhas de Vacinação contra a varíola mostrou que a vacinação em massa tinha o poder de erradicar a doença. O último caso de varíola notificado no Brasil foi em 1971 e, no mundo, em 1977, na Somália.

Em 1980, foi realizada a 1ª Campanha Nacional de Vacinação Contra Poliomielite, com a meta de vacinar todas as crianças menores de cinco anos em um só dia. O último caso de poliomielite no Brasil ocorreu na Paraíba, em março de 1989. Em setembro de 1994, o Brasil recebeu, junto com os demais países da região das Américas, a certificação de que a doença e o vírus foram eliminados do continente.

Segurança das vacinas

As vacinas são seguras e estimulam o sistema imunológico a proteger a pessoa contra doenças transmissíveis. Quando adotada como estratégia de saúde pública, elas são consideradas um dos melhores investimentos em saúde, considerando o custo-benefício. Ainda assim, muitas pessoas deixam de comparecer aos postos de saúde para atualizar a carteira de vacinação, e também de levar os filhos no tempo correto de aplicação das vacinas.

Um exemplo da falta de conhecimento de certas doenças é em relação a poliomielite, extinta há mais de 20 anos. Milhares de profissionais de saúde nunca viram surtos desta doença e, consequentemente, a população não a reconhece como uma enfermidade importante. Com a diminuição dos riscos de transmissão de algumas doenças, as pessoas passam a se preocupar mais com notícias equivocadas que circulam nas redes sociais do que com a importância da vacinação. Só vamos conseguir de fato a garantia da imunização da população se tivermos altíssimas coberturas vacinais em todos os municípios brasileiros. Por isso, é fundamental que a população tome consciência de que é preciso acompanhar as campanhas e ir regularmente às unidades de saúde para a vacinação.

Fonte: www.saude.gov.br

CONASEMS APOIA CAMPANHA DA CNM PELA MANUTENÇÃO DO VETO DA MP 827/2018

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) lançou campanha de apoio à manutenção do veto presidencial da MP 827/2018 que prevê o aumento do piso salarial dos Agentes de Saúde. O Conasems apoia o movimento por entender que os municípios serão os principais prejudicados caso o veto seja derrubado.

 

Fonte: www.conasems.org.br

REDE CONASEMS-COSEMS DISCUTE AVANÇOS DA INFORMÁTICA EM SAÚDE

 

Com participação do nosso representante, Apoiador Regional Rafael Maciel Acosta, aconteceu o XVI Congresso Brasileiro de Informática em Saúde (CBIS 2018) aconteceu de 1º a 4 de outubro em Fortaleza, Ceará, com o tema “Saúde digital para a cidadania”. O CBIS reuniu profissionais das áreas de informática e saúde de todo o Brasil, especialistas internacionais, representantes dos Cosems e do Grupo Técnico de Governança de Informação do Conasems. O grupo participou das mesas, conferências e debates do evento, que é um dos mais tradicionais da área de Saúde Digital . Representantes do grupo ainda fizeram reuniões no intuito de elencar as ações necessárias para o devido apoio aos municípios no que tange à Informação em Saúde.

No Congresso foram discutidas questões como padrões nacionais e internacionais da Informação em Saúde, novidades e perspectivas para a área. O diretor do DATASUS, Guilherme Ribeiro Telles, anunciou na quarta-feira (03/10) o retorno do Programa de Informatização das Unidades Básicas de Saúde (PIUBS) até novembro de 2018. “O Prontuário Eletrônico do Paciente eliminará da vida do usuário deslocamentos desnecessários. Isso reduzirá tempo de espera nas filas, além de proporcionar agilidade e redução de custos para os cofres públicos”, apontou.

Foi destaque da programação o lançamento da quinta edição da pesquisa TIC Saúde, na terça-feira (2/10), pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). A divulgação dos indicadores apontou que nos estabelecimentos públicos que utilizaram a Internet, a evolução da presença de sistemas eletrônicos para registro das informações dos pacientes passou de 55%, em 2014, para 68%, em 2017. “Apesar do crescimento relevante, ainda foram poucos os estabelecimentos que, em 2017, mantiveram as informações apenas em formato eletrônico (21%). Também é importante ressaltar que os dados em formato digital mais presentes são aqueles de natureza puramente administrativa. Ainda tem uma grande parcela de dados e informações relacionadas ao atendimento clínico e de apoio direto no cuidado aos pacientes que se encontram apenas em papel”, pontua Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

Também foi destaque o showcase de interoperabilidade (interação entre sistemas). O espaço inédito mostrou em tempo real a interação entre sistemas de prontuário eletrônico utilizados em diversos níveis de atenção — básica, especializada e hospitalar. Na apresentação, foi demonstrado a troca  de mensagens com informações clínicas que serão utilizadas para a continuidade do cuidado dos cidadãos em diferentes serviços de saúde.

Confira a apresentação da consultora do Conasems, Marizélia Leão.

Fonte: www.conasems.org.br

OUTUBRO ROSA ALERTA SOBRE PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA

O mês de Outubro já é conhecido mundialmente como um mês marcado por ações afirmativas relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. O movimento, conhecido como Outubro Rosa, é celebrado anualmente desde os anos 90. O objetivo da campanha é compartilhar informações sobre o câncer de mama e, mais recentemente, câncer do colo do útero, promovendo a conscientização sobre as doenças, proporcionando maior acesso aos serviços de diagnóstico e contribuindo para a redução da mortalidade.

 

O nome da campanha remete à cor do laço que é um símbolo internacional usado por indivíduos, empresas e organizações na luta e prevenção do câncer de mama. É por esse motivo que durante esse mês a cor rosa ilumina a fachada de diversas instituições públicas e privadas iluminam suas fachadas com objetivo promover indicar a adesão ao movimento.

O diagnóstico precoce ainda é o maior aliado para o tratamento eficaz do câncer de mama. Quando identificado cedo pode ser tratado, impedindo que o tumor alcance outros órgãos.

O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim as chances de tratamento e cura.

Saiba mais: saude.gov.br/cancerdemama

A amamentação gera inúmeros benefícios para a saúde da mãe e do bebê. A prevenção do câncer de mama é um deles. O risco de contrair a doença diminui 4,3% a cada 12 meses de duração de amamentação, estima um estudo com mulheres de 30 diferentes nacionalidades, publicado em 2002. Essa proteção independe de idade, etnia, paridade e situação hormonal (pré ou pós- menopausa).

Perguntas frequentes sobre câncer de mama

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido enquanto outros são mais lentos. Confira o perguntas e respostas sobre as principais dúvidas sobre a doença.

Tratamento no SUS ajuda militar a superar câncer de mama

Aos 34 anos a policial militar Joyce Avelar recebeu o diagnóstico de câncer de mama. A notícia foi seguida de uma intensa busca pela sua recuperação, no Hospital Federal dos Servidores (HFSE). Em 2015 ela passou por duas cirurgias e sessões de quimioterapia. Hoje é acompanhada por uma equipe multidisciplinar e retomou a rotina doméstica e as atividades profissionais. Quando questionada sobre os planos para o futuro ela é taxativa: Estou sedenta por viver!

Documentário mostra iniciativa que ajuda mulheres a superar câncer de mama

Amigas do Peito aborda afeto como estratégia de superação em grupo de pacientes do Hospital Federal Cardoso Fontes. Experiência do grupo será piloto de humanização no tratamento de mulheres mastectomizadas nos hospitais federais

Câncer de MAMA – Instituto Nacional do Câncer

Saiba mais sobre o câncer de mama, segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil – atrás apenas do de pele não melanoma –, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.

Conheça os direitos das trabalhadoras diagnosticadas com câncer de mama 
Saque do FGTS e do PIS/Pasep, auxílio-doença, acompanhante e isenção do Imposto de Renda estão entre as medidas de apoio às mulheres com a doença

Fonte: www.saude.gov.br

ESTUDO APONTA QUE 75% DOS IDOSOS USAM APENAS O SUS

No Dia Nacional e Internacional do Idoso, celebrado nesta segunda-feira (1º), o Ministério da Saúde divulga estudo com dados inéditos sobre o perfil de envelhecimento desta população no Brasil. O Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) faz parte de uma rede internacional de grandes estudos longitudinais sobre o envelhecimento e traz informações sobre como a população está envelhecendo e os principais determinantes sociais e de saúde. A ideia é que esse estudo traga subsídios para a construção e adequação de novas políticas públicas para fortalecer a saúde do idoso.

O Elsi- Brasil apontou que 75,3% dos idosos brasileiros dependem exclusivamente dos serviços prestados no Sistema Único de Saúde, sendo que 83,1% realizaram pelo menos uma consulta médica nos últimos 12 meses. Nesse período, foi identificado ainda 10,2% dos idosos foram hospitalizados uma ou mais vezes. Quase 40% dos idosos possuem uma doença crônica e 29,8% possuem duas ou mais como diabetes, hipertensão ou artrite. Ou seja, ao todo, cerca de 70% dos idosos possuem alguma doença crônica.

“Nós temos que cuidar da saúde dos brasileiros desde a infância para que eles tenham uma vida cada vez mais saudável. Isso significa voltar nossas ações para uma alimentação saudável, para a promoção de atividades físicas, inibir o consumo do álcool e do tabaco, e ainda para as pessoas com idade acima de 60 anos, oportunizar o diagnóstico de doenças de forma cada vez mais precoce. É dessa maneira que podemos oferecer à nossa população um envelhecimento saudável”, afirmou o Ministro da Saúde, Giberto Occhi.

O estudo apontou também que 85% da população com 50 anos ou mais vivem em área urbanas. E entre os relatos sobre os hábitos de comportamento, 43% dos idosos acompanhados pelo estudo disseram ter medo de cair na rua.

“Mais de 80% da população se diz satisfeita com a atenção que ela recebe. Então ter um sistema público de saúde universal é extremamente importante. O SUS possui bons indicadores de resolutividade, então é necessário que se preserve o sistema que é modelo para o mundo. Se você melhora a condição de saúde da população, você também aumenta a longevidade no trabalho", ressaltou a pesquisadora da Fiocruz Minas Gerais, Maria Fernanda Lima-Costa.

Para a realização do ELSI-Brasil foram investidos R$ 7,3 milhões. Deste total, R$ 4,2 milhões são do Ministério da Saúde e R$ 3,1 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. A pesquisa foi coordenada pela professora Maria Fernanda Lima-Costa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Minas Gerais. Na primeira etapa, participaram da pesquisa pessoas com 50 anos ou mais entre os anos 2015 e 2016 em 70 municípios nas cinco regiões do país. A idade de 50 anos foi utilizada devido ao interesse em analisar o período de transição do momento produtivo para o início da aposentadoria dos idosos (60 anos ou mais).

SAÚDE DO IDOSO

Atualmente, os idosos representam 14,3% dos brasileiros, ou seja, 29,3 milhões de pessoas. E, em 2030, o número de idosos deve superar o de crianças e adolescentes de zero a quatorze anos. Em sete décadas, a média de vida do brasileiro aumentou 30 anos saindo de 45,4 anos, em 1940, para 75,4 anos, em 2015. O envelhecimento da população tem impactos importantes na saúde, apontando para a importância de organização da rede de atenção à saúde para a oferta de cuidados longitudinais.

As doenças crônicas não transmissíveis atualmente afetam boa parte da população idosa. De acordo com pesquisas anteriores promovidas pelo Ministério da Saúde, 25,1% dos idosos tem diabetes, 18,7% são obesos, 57,1% tem hipertensão e 66,8% tem excesso de peso. Também são responsáveis por mais de 70% das mortes do país.

LINHA DE CUIDADO DO IDOSO

O Ministério da Saúde lança pela primeira vez documento para orientar a implementação de linha de cuidado integral às pessoas idosas no SUS. O documento colocado em consulta pública em 2017 e finalizado em 2018 contribui para a garantia do bem-estar desta população.  O objetivo é que o profissional de saúde deixe de olhar somente para o cuidado da doença e invista na necessidade dos idosos, a partir do diagnóstico de vulnerabilidades sociais, nível de independência e autonomia e estilo de vida, considerando alimentação, prática de exercícios e prevenção de quedas, hábitos de saúde e histórico clínico.

“Para melhorar a saúde do idoso, temos focado muito na qualificação da atenção primária com a capacitação e atualização dos profissionais. Principalmente para que eles tenham um olhar diferenciado voltado às necessidades da população idosa, uma vez que o processo de envelhecimento é rápido e ainda temos desafios a serem superados. Estamos preparando o sistemapúblico de saúde para as causas que geram maior vulnerabilidade dessa população”, ressaltou a coordenadora da Saúde do Idoso, Cristina Hoffmann.

Com esse novo olhar mais humanizado o Ministério da Saúde elaborou este documento com orientações técnicas para que os gestores municipais e estaduais possam construir e implementar essa linha de cuidado da pessoa idosa. Essa iniciativa deve organizar a Rede de Atenção à Saúde, o que significa qualificar o acolhimento, evitar internações desnecessárias e preservar a capacidade funcional do paciente. Além disso, a linha de cuidado vai possibilitar que o profissional de saúde identifique precocemente e monitore os casos de doenças crônicas como hipertensão, diabetes e melhore também o controle e o rastreio de doenças e agravos como depressão, demência e quedas.

CADERNETA DA PESSOA IDOSA

O Ministério da Saúde também oferta gratuitamente, a nova Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa que, após passar por atualização, permite conhecer as necessidades de saúde dessa população atendida na Atenção Básica. As informações contidas nesse documento passarão a ser inseridas no Prontuário Eletrônico.

Pela Caderneta, é possível identificar o comprometimento da capacidade funcional, condições de saúde, hábitos de vida, vulnerabilidades, além de apresentar orientações para o autocuidado como alimentação saudável, atividade física, prevenção de quedas, sexualidade e armazenamento de medicamentos. Em 2017, foram distribuídas 3,9 milhões de exemplares aos municípios com um investimento de R$ 2,9 milhões. Em 2018, mais 3 milhões de unidades devem ser entregues.

Também é ofertado gratuitamente no Google play, pelo Ministério da Saúde, um aplicativo desenvolvido em parceria com a FIOCRUZ /BsB chamado Saúde da Pessoa Idosa. Este aplicativo reúne três ferramentas para ajudar na avaliação dos idosos identificando os mais vulneráveis.

Fonte: www.saude.gov.br