Secretaria de Estado de Saúde informa 18º óbito por coronavírus em Mato Grosso do Sul

 A Secretaria de Estado de Saúde (SES) anuncia, com pesar, o registro de mais um óbito por coronavírus em Mato Grosso do Sul, nesta terça-feira (26.05). Com isso, o Estado contabiliza 18 vítimas fatais da doença.

A 18ª vítima era do sexo feminino, tinha 78 anos, residente em Três Lagoas, com pneumopatia crônica. Ela veio a óbito no Estado de São Paulo, mas computa para Mato Grosso do Sul por ser este seu local de residência. Ela foi internada no dia 12 de maio deste ano e faleceu no dia 24.

Sendo assim, em Mato Grosso do Sul registra 6 óbitos em Campo Grande, 5 em Três Lagoas, 2 em Batayporã, 1 em Paranaíba, 1 em Vicentina (também ocorrido no Estado de São Paulo), 1 douradense que morreu em Tocantins e 2 óbitos de Brasilândia.

Mato Grosso do Sul tem, atualmente, 1.100 casos confirmados de coronavírus, segundo o último boletim epidemiológico.

Com mais 77 confirmados, Mato Grosso do Sul passa para 1.100 pacientes com coronavírus

Com mais 77 exames positivos para coronavírus (Covid-19) nas ultimas 24 horas, o número de casos confirmados da doença no Estado chega a 1.100. As informações foram apresentadas nesta terça-feira (26.05) em coletiva de imprensa online com autoridades do Governo do Estado.

Dos 1.100 casos confirmados, 660 estão em isolamento domiciliar, 374 estão sem sintomas e já estão recuperados. 50 estão internados, sendo 22 em hospitais públicos e 28 em hospitais privados. Um paciente internado é procedente de fora do Estado. Foram registrados 17 óbitos.

Desde o dia 25 de janeiro, foram registradas 8.474 notificações de casos suspeitos da coronavírus em Mato Grosso do Sul. Destes, 6.563 foram descartados após os exames darem negativo para Covid-19 e 21 foram excluídos por não se encaixarem na definição de caso suspeito do Ministério da Saúde. 146 exames aguardam resultado do Lacen. 665 casos foram notificados e não foram encerrados pelos municípios.

Os dados publicados a partir de 19 de maio têm como fonte de dado o sistema de informações oficiais SIVEP Gripe e E-SUS VE. Esses dados são alimentados pelos municípios. Os dados estão sujeitos a alteração pelos municípios nos sistemas de informação oficial. 

Os 146 casos suspeitos em investigação tiveram as amostras encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/MS), onde será feito o exame para nove tipos de vírus respiratórios, incluindo influenza e Coronavírus. O Lacen/MS realiza os exames para Covid-19 em Mato Grosso do Sul. Os resultados ficam prontos entre 24h a 72 horas, após o recebimento das amostras.

A Secretaria de Estado de Saúde publica o boletim epidemiológico referente às notificações de casos suspeitos de coronavírus (Covid-19) diariamente. As informações divulgadas pela Secretaria são os dados oficiais consolidados do Estado que são repassados ao Ministério da Saúde.

Acompanhe os boletins periódicos no link: http://www.vs.saude.ms.gov.br.

Conselho lança campanha “#VisiteDepois”: objetivo é conscientizar pessoas a evitarem visitas a municípios durante a Pandemia

Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Mato Grosso do Sul  lançou nesta Terça -feira, 26, a campanha “#VisiteDepois”, que tem como objetivo conscientizar as pessoas a não visitarem seus familiares e amigos, especialmente em municípios do interior do Estado, durante a Pandemia de Coronavírus. A intenção é de levar informações sobre diversos problemas ocasionados nas cidades, como a circulação e proliferação do vírus.

A iniciativa foi pensada depois de Gestores de Saúde detalharem sobre diagnósticos positivos de Covid-19. Muitos casos nesses municípios do interior foram confirmados após a visita de pessoas de fora e também após moradores retornarem de cidades com vários casos da doença.

 

Para Maria Angélica Benetasso, Secretária de Saúde de Bataguassu, as visitas de pessoas de outros municípios foram determinantes para a proliferação do vírus. A cidade, que até esta Terça Feira, 26, com 7 casos confirmados “Como diz a campanha do COSEMS, não é hora de visitar as pessoas que moram no interior. Precisamos cuidar do nosso povo, especialmente os que são grupo de risco. Peço que as pessoas se conscientizem e que, caso seja mesmo necessário vir a nossa cidade, que informem a Secretaria de Saúde para que possamos orientar e monitorar como se deve”, explicou.

De acordo com a Coordenadora da Atenção Primária  da Cidade de Porto Murtinho Ana Paula Bittencourt, ações de informação são de extrema importância para a conscientização da sociedade. O município de Porto Murtinho foi um dos que ainda não tiveram casos positivos, vindos de outras cidades. “Tivemos problemas com pessoas que moram em nossa cidade e que receberam parentes de outro município que já tinha casos confirmados de Covid-19. Portanto a recomendação de não visitar é muito importante. Precisamos do apoio de todos para combater o Coronavírus”, disse.

Recomendações

Na campanha é esclarecido que não é hora de visitar familiares e amigos que moram no interior. Também é reforçado que as pessoas devem evitar viagens para cidades maiores, com muitos casos confirmados.

O Conselho reconhece que há situações em que algumas visitas são necessárias e indispensáveis. Nestes casos, ele recomenda à população a seguir as orientações da Secretaria de Saúde do Município, como permanecer em isolamento prévio e posterior à visita.

Após ouvir alguns Secretários de Saúde dos municípios, o COSEMS-MS montou uma pequena lista de recomendações a serem seguidas por aqueles que não podem adiar uma visita. São elas:

  1. Se for uma visita rápida, como um final de semana, adie.
  2. Antes de visitar alguém, permaneça em isolamento prévio por até 14 dias.
  3. Ao chegar em um município, permaneça em isolamento por até 14 dias.
  4. Se for receber visita, informe com antecedência a Secretaria Municipal de Saúde.
  5. Se for você o visitante tenha consciência: você pode estar levando o vírus para as pessoas que você ama e para uma comunidade inteira.
  6. Está com algum sintoma, comunique imediatamente a Secretaria Municipal de Saúde.
  7. Ajude sempre a Secretaria Municipal de Saúde a monitorar os casos. Ela é sua melhor amiga neste momento de Pandemia.

Secretários de Saúde explicam os problemas

Angela Marques, Secretária de Saúde de Douradina- MS, cidade com 5.900 habitantes

“As pessoas vêm ao nosso município visitar familiares, mas não fazem o isolamento prévio, nem posterior. Elas andam nas ruas normalmente como se nada estivesse acontecendo. Então a gente recebe inúmeras ligações de pessoas reclamando e denunciando. Já fizemos um comunicado tentando esclarecer sobre os problemas, mas muitos dos que vêm de fora não ouvem. Esse é uma das nossas dificuldades. Orientamos tudo, mas não há conscientização dos visitantes".

 

 

Outros Depoimentos:

“Nesse momento muitas pessoas estão procurando a casa de familiares pra visitar ou morar. Nos finais de semana, por exemplo, muitas pessoas saem de cidades maiores para ir pra zona rural da nossa cidade. Por mais que a gente faça o serviço de divulgação de informações, de monitoramento dessas pessoas de fora, realizando as consultas in loco e fazendo toda a triagem necessária, ainda é muito difícil a falta de conscientização. Pedimos para as pessoas não saírem de casa e evitarem receber visitas de parentes de outros municípios, mas geralmente muitos vêm cá numa sexta e voltam pras suas cidades de origem na segunda. Ficamos fazendo trabalho de monitoramento dos que receberam visitas durante dias, mas muitos não seguem as recomendações. É um momento complicado e precisamos da ajuda de todos para que possamos vencer esse vírus”.

 

“Nós estamos com dificuldades nos municípios pequenos, e conversando com os colegas Gestores, vejo esse problema é praticamente geral, na questão dos familiares que moram nas cidades grandes e querem se refugiar por aqui. Muitos não cumprem o isolamento e não seguem as orientações técnicas da saúde. Como a cidade é pequena e todos se conhecem, a população começa a ligar para a gente. Estamos fazendo a nossa parte, orientando e buscando conscientizar as pessoas que vem de fora a não circular pelas ruas, porque isso faz com a nossa população fique exposta e com medo. É preciso que essas pessoas e seus familiares se conscientizem do problema que é essa pandemia e nos ajudem a vencer essa batalha”.