Oficina ImunzaSUS reúne cerca de 200 pessoas e discute cobertura vacinal

A oficina ImunzaSUS, que aconteceu em Bonito nos dias 22 e 23 de setembro, reuniu cerca de 200 pessoas, para o fortalecimento das ações de imunização nos territórios municipais e enfrentamento às baixas coberturas vacinais.

A Presidente do COSEMS/MS e Secretária de Santa Rita do Pardo, Maria Angélica Benetasso relata “antes da pandemia já havia quedas das coberturas vacinais, baseado em três vertentes, pesquisa, capacitação e comunicação, o Programa ImunizaSUS foi criado para auxiliar esta problemática. Este é um importante evento para que juntos possamos aperfeiçoar o nosso trabalho, discutir as dificuldades e procurar soluções”.

No primeiro dia de evento, foi discutido as Lições Aprendidas no enfrentamento da Covid-19 e desafios futuros. O Conselheiro Nacional da Organização Pan-Americana da Saúde, Rodrigo Said realizou uma apresentação sobre o tema, com a moderação de Alessandro Chagas, assessor técnico CONASEMS.

 “O Brasil sempre teve um Know-how na vigilância, mas com pandemia, que foi um aprendizado, percebemos que há poder para crescimento e aperfeiçoamento, temos que interiorizar a levar essa discussão de forma mais crítica, do que podemos e devemos melhorar independente de uma nova pandemia”, contou Alessando.

No segundo dia, foi apresentado a Pesquisa Nacional sobre a Cobertura Vacinal, seus Múltiplos Determinantes e as Ações de Imunização nos Territórios Municipais Sul-Matogrossense, pelo professor da NESCOM/UFMG ,Jackson Freire, com moderação da Kandice Falcão, membro da equipe da Secretaria Executiva do CONASEMS.

Durante a abertura da mesa, a  secretária-adjunta da SES, Christine Maymone  ressaltou o trabalho que o Estado de Mato Grosso do Sul realizou “Nós vamos deixar um legado, fomos o Estado que mais vacinou contra o Covid-19, fizemos história. Somos o Estado que possui mais notificações de tuberculose e câncer bucal, isso é sinal que nossa vigilância funciona, que nós notificamos os casos”.

O Ministério da Saúde esteve presente com a consultora técnica da Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunização, Michele Flaviani, e do técnico do Núcleo de Análise de Dados do Ministério da Saúde, Tiago Mendonça de Oliveira.

O evento foi uma realização do COSEMS/MS, com apoio do CONASEMS, OPAS, Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde, com a contribuição da Prefeitura de Bonito por intermédio da sua Secretaria de Saúde.

Fotos: Marcos Barros (Bonito)

COSEMS/MS reforça a prorrogação da campanha contra a poliomielite

A campanha nacional contra a poliomielite foi prorrogada até 30 de setembro, devido a baixa cobertura em todo o território nacional. O prazo inicial da campanha que começou em 8 de agosto era até hoje, dia 09 de setembro.

Mato Grosso do Sul aplicou 70.511 doses, o que corresponde a 40,72% de cobertura vacinal. Apenas 7 municípios, dos 79, alcançaram o objetivo de vacinar mais de 90% do público alvo.

A Presidente do COSEMS/MS, Maria Angélica Benetasso comenta “Dez países das Américas (Argentina, Bolívia, Brasil, Equador, Haiti, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Venezuela) estão em risco alto ou muito alto de reintrodução da pólio. De acordo com dados do Programa, em 2015 a cobertura nacional foi de 98,29%, e em 2021 de 69,47%. São dados preocupantes”.

“Temos chamado atenção da população diuturnamente sobre o tema, todo os dias os noticiários falam sobre. Todos os municípios estão adotando estratégias diferenciadas, como por exemplo vacinação extra muros, nas escolas e aos finais de semana, mas infelizmente como é uma doença sob controle a população perdeu o medo”, complementa Maria Angélica.

A Secretária de Saúde de Vicentina, Josiane de Oliveira conta como fez para melhorar a adesão e alcançar 90% do público alvo, “realmente é muito difícil, para conseguir atingir a meta intensificamos a busca ativa, diariamente emitimos um relatório nominal das crianças, ligamos, fazemos visitas domiciliares, se a criança não é vacinada ligamos novamente, ficamos monitorando. Durante a puericultura, que é o acompanhamento periódico levamos a vacinas também”.

Público-alvo
As idades recomendadas para que crianças tomem as cinco doses da vacina contra pólio são: aos 2, 4 e 6 meses de vida (injetável) e duas doses de reforço (gotinhas) aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
Se perdeu algum desses prazos, busque a Unidade Básica de Saúde mais próxima para atualizar a caderneta de vacinação da criança e receber orientações sobre o período mais adequado para a dose seguinte.

COSEMS/MS realiza Oficina Imuniza SUS

Nos dias 22 e 23 de setembro o COSEMS/MS  irá realizar oficina ImunizaSUS, em Bonito MS, no Hotel Marruá. O evento é uma parceria com Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde para o fortalecimento das ações de imunização nos territórios municipais e enfrentamento às baixas coberturas vacinais, conta com o apoio do CONASEMS, OPAS e da Secretaria Estadual de Saúde.

A oficina possui 250 vagas, destinadas para gestores municipais de saúde, coordenadores da atenção primária e coordenadores da vigilância em saúde.

A inscrição deverá ser realizada pelo link: https://forms.gle/x4BxmQWXfGNrJhUz5

Confira a programação:

Dia 22 – 14hs

Lições Aprendidas no enfrentamento da Covid-19 e desafios futuros

Com: Arnaldo Medeiros (Secretário de Vigilânciaem Saúde/MS), Alexander Rosewell (Opas/OMS), Maria Angélica Benetasso (COSEMS/MS) e SES/MS.

Moderador: Alessandro Chagas (CONASEMS)

Dia 23 – 8hs

Pesquisa Nacional sobre a Cobertura Vacinal, seus Múltiplos Determinantes e as Ações de Imunização nos Territórios Municipais Sul-Matogrossense

Pesquisadoras: Dayse Xavier e Alice Werneck. Debatedores: Arnaldo Medeiros (Secretário de Vigilância em Saúde/MS), Maria Angélica Benetasso (COSEMS/MS) e SES/MS.

Moderadora: Kandice Falcão (CONASEMS)

Inscrição:

https://forms.gle/x4BxmQWXfGNrJhUz5

COSEMS∕MS chama atenção para o mês de prevenção ao suicídio

Setembro é um mês marcado pela conscientização de doenças e ações importantes, sendo uma delas a prevenção ao suicídio. Todos os municípios de Mato Grosso do Sul estão promovendo a campanha ‘Setembro Amarelo’, em suas unidades de saúde, com os objetivos de mobilizar e informar a população sobre essa causa que acomete a cada dia mais pessoas,

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, no Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia. 

A Presidente do COSEMS∕MS, Maria Angélica Benetasso comenta “a saúde mental é um tema que tem ganhado cada dia maior atenção, todos os municípios do Estado, estão realizando diversas ações para abordar o tema, desmistificar o assunto e conscientizar  a população que os transtornos mentais têm tratamento específico, e que procurar ajuda não é sinônimo de fraqueza”.

Sabe-se os casos de suicídio estão relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa forma, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento e informações de qualidade. 

“O registro de transtornos mentais aumentou muito durante e após a pandemia. Não só com a população em geral, mas também entre os profissionais de saúde, o medo, incerteza,  a sobrecarga de trabalho. Por isso no SUS temos inúmeras práticas integrativas que promovem o bem-estar e evitam o agravamento, como, por exemplo, as academias ao ar livre os grupos terapêuticos”, relata a Presidente.

Conforme o Ministério da Saúde, em 2021, os atendimentos a pessoas com transtornos mentais e comportamentais devido ao uso abusivo ou dependência de álcool e outras drogas aumentaram 11%.

“A cada dia que passa a rede de saúde têm se preparado mais para enfrentar o tema, temos municípios pequenos como Anastácio que têm desenvolvido um trabalho em rede fantástico. Infelizmente não são todos os municípios que possuem CAPS, temos uma dificuldade de contratação de psiquiatras, principalmente em municípios pequenos, longe dos grandes centros, mas todos, dentro de suas estruturas e possibilidades estão atentos e enfrentando esse problema que é uma questão mundial”, complementa Angélica.