NOVO MEDICAMENTO PARA CÂNCER DE MAMA SERÁ INCORPORADO NO SUS

 

                                                        O Ministério da Saúde (MS) vai incorporar o Trastuzumabe, um dos mais eficientes medicamentos de combate ao câncer de mama, no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa iniciativa faz parte do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, estratégia para expandir a assistência oncológica no país, lançado pela presidenta Dilma Rousseff, no ano passado. O ministério investirá R$130 milhões/ano para disponibilizar o medicamento à população.

O câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres, com uma estimativa de mais 1,15 milhão de novos casos a cada ano, e responsável por 411.093 mortes a cada ano. No Brasil, estimam-se 52.680 novos casos em 2012/2013. Em 2010 ocorreram 12.812 mortes por causa da doença. E neste ano, o Ministério da Saúde já custeou mais de 100 mil procedimentos para quimioterapia do câncer de mama inicial ou localmente avançado.

“A expectativa é que o Trastuzumabe beneficie 20% das mulheres com câncer de mama em estágio inicial e avançado”, afirma o ministro da saúde, Alexandre Padilha.

A partir da publicação, nesta semana, no Diário Oficial da União (DOU), o SUS tem prazo de 180 dias para efetivação de sua oferta á população brasileira.  E o novo medicamento diminui em 22% o risco de morte de mulheres com a doença e ainda reduz as chances de reincidência do câncer.  A incorporação do Trastuzumabe foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) para o tratamento de câncer de mama inicial e avançado.

INCLUSÃO – O Trastuzumabe é um dos primeiros medicamentos incorporados no SUS a partir da Lei 12.401, de 2011. O decreto, que cria uma Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), define regras que garantem a proteção do cidadão quanto ao uso e eficácia desses medicamentos, que devem ter registro nacional e serem reconhecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O documento estabelece também que seja publicado um protocolo de como e quais as situações que o medicamento deve ser utilizado. “A Conitec é um aprimoramento do sistema de incorporação de novas tecnologias, protegendo o cidadão e reduzindo os riscos de judicialização do medicamento, que muitas vezes é recomendado de forma indevida”, destaca o ministro. 

O medicamento é um dos mais procurados. Em 2011, o ministério gastou R$ 4,9 milhões para atender a 61 pedidos judiciais. Esse ano já foram gastos R$ 12,6 milhões com a compra do Trastuzumabe por demanda judicial. 

De acordo com o ministro Padilha, essa aquisição só foi possível devido à economia de custos gerada por inovação tecnológica, parcerias público-privadas, comparação de preços internacionais e a centralização de compras. “A melhor gestão dos recursos possibilitou gerar uma economia de R$ 1,7 bilhão/ano no orçamento do ministério. Isso nos permite ampliar o acesso dos brasileiros às novas tecnologias”, explica.

Fonte: www.saude.gov.br

SAÚDE MUDA REGRAS DO PROGRAMA MELHOR EM CASA

 

                                                 Para ampliar a oferta do serviço, o Melhor em Casa, programa do governo federal que oferece atenção domiciliar, mudou as regras de adesão dos municípios. Com a nova portaria nº 1.533 publicada nesta terça-feira (17), mais 432 municípios poderão implantar as equipes de atendimento domiciliar, chegando ao total de 759 cidades. Atualmente, o programa Melhor em Casa está presente em 44 municípios em 15 estados.

A principal mudança é que municípios com mais de 40 mil habitantes poderão implantar o programa, desde que tenham o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) ou serviço próprio de atendimento às urgências, além de possuir um hospital de referência. A portaria anterior restringia os municípios de 40 mil habitantes às regiões metropolitanas. “Essa mudança proporcionará um aumento de 130% do número de municípios que podem ter as equipes de atenção domiciliar”, destaca o coordenador do Programa Melhor em Casa, Aristides Oliveira.

Outra mudança importante refere-se à flexibilidade da carga horária dos profissionais que compõem as equipes. “A nova portaria facilitará o processo de contratação das equipes pelos gestores, de acordo com a realidade local”, explica o coordenador Aristides Oliveira. Os profissionais auxiliares ou técnicos de enfermagem, por exemplo, poderão ter somatório de sua carga horária semanal mínima de 120 horas. A portaria anterior previa 160 horas semanais. Hoje são 105 Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e 44 Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP) atendendo pacientes em casa.

Os critérios para implantação de mais de uma equipe de atendimento domiciliar também foram reduzidos. O município que tiver acima de 150 mil habitantes poderá implantar uma segunda equipe de atendimento domiciliar e assim sucessivamente. Antes, os municípios precisavam alcançar a população de 200 mil habitantes para constituir a segunda equipe.  

Cada equipe pode atender, em média, 60 pacientes, simultaneamente. O Ministério da Saúde custeia as equipes principais com o valor de R$ 34,56 mil mensais e R$ 6 mil por equipe de apoio. Pessoas com necessidade de reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou em situação pós-cirúrgica e com possibilidade de desospitalização, por exemplo, são atendidas por equipes multidisciplinares durante toda a semana (de segunda a sexta-feira), 12 horas por dia e, podendo ser em regime de plantão, nos finais de semana e feriados.

ORIENTAÇÃO AOS PROFISSIONAIS –Com o intuito de instruir os gestores e os profissionais de atendimento domiciliar nos estados e municípios, o Ministério da Saúde preparou dois Cadernos de Atenção Domiciliar. “Os cadernos servirão de orientação aos municípios que já possuem equipes habilitadas e aos que estão em processo de implantação”, enfatiza Aristides Oliveira.

O material traz informações sobre os aspectos históricos da atenção domiciliar no Brasil; gerenciamento do serviço; fluxos assistenciais; situações e procedimentos comuns em atenção domiciliar; situações especiais, como cuidados paliativos; intercorrências agudas; abordagem familiar; dentre outras.

“Estes cadernos estavam sendo aguardados pelos gestores e trabalhadores de todo o país. Eles são frutos de um esforço conjunto do Ministério da Saúde com vários parceiros, que são referência em Atenção Domiciliar no Brasil”, explica Oliveira. Dentre os parceiros estão: os coordenadores dos Serviços de Atendimento Domiciliar de Campinas, São Paulo, Ribeirão Preto, Cascavel e Pelotas; Associação Brasileira de Atenção Domiciliar (ABRASAD); Sociedade Brasileira de Atenção Domiciliar (SIBRAD); Instituto Nacional do Câncer (INCA); Grupo Hospitalar Conceição (GHC); Núcleo de Atenção Domiciliar Interdisciplinar do Hospital das Clínicas – FMUSP (NADI) e da Universidade Federal de Ouro Preto.

Os cadernos serão disponibilizados no site do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde e a versão impressa será enviada para todos os serviços habilitados em atendimento domiciliar no país.

Fonte: www.saude.gov.br

BRASIL É CITADO COMO REFERÊNCIA NO RELATÓRIO ANUAL DA UNAIDS

                                 “O acesso universal ao tratamento antirretroviral é uma política de Estado no Brasil. E nada teria acontecido sem o Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, durante divulgação do relatório anual do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), ocorrido quarta-feira (18).

O documento deste ano, que apresenta os novos dados da epidemia em todo o mundo, mostrou que, embora o financiamento internacional para o combate ao HIV/aids continue no mesmo patamar desde 2008, houve aumento de 11% nos investimentos domésticos dos países em desenvolvimento. Considerando o período de 2006 a 2011, o crescimento chega a 50%. “É um dos relatórios mais positivos que apresentamos nos últimos tempos”, afirmou o coordenador residente da ONU no Brasil, Jorge Chediek, referindo-se aos avanços na cobertura e na distribuição de antirretrovirais, principalmente nos países de baixa e média renda.

De acordo com o coordenador da Unaids no Brasil, Pedro Chequer, o Brasil é pioneiro na questão do acesso universal ao tratamento e serviu de inspiração a vários países em desenvolvimento. “O Brasil, desde os anos 90, contrariando a visão do Banco Mundial, adotou essa postura. Acreditamos que vamos alcançar o acesso universal até 2015 e parte dessa vitória é do Brasil”, elogiou.

Pedro Chequer destacou que 8 milhões de pessoas estão em tratamento atualmente em todo o mundo, enquanto, em 2003, eram apenas 400 mil. “Na África do Sul, foram mais de 300 mil novos pacientes em 2011, somando 1,7 milhão de pessoas em terapia naquele país. Isso é o dobro do que 2009”, disse.

Segundo o coordenador da Unaids, outra perspectiva do programa é chegar em 2015 praticamente sem nenhuma nova infecção em crianças. “Costumo dizer que existe, sim, um tipo de vacina para a aids: é a utilização de medicamentos antirretrovirais como profilaxia para gestantes infectadas pelo HIV para evitar a transmissão vertical, o que o Brasil também tem feito, há muito tempo”.

O país também foi mencionado no relatório com relação à política de medicamentos. Segundo o documento, de 2007 a 2011, o Brasil economizou 97 milhões de dólares, com a diminuição do custo de aquisição do medicamento efavirenz, que foi licenciado compulsoriamente em 2007.

“O Brasil fabrica 10 dos 21 antirretrovirais distribuídos atualmente pelo SUS. Vale destacar que o custo, por paciente, dos medicamentos importados, protegidos por patentes, é muito maior do que os aqui fabricados”, afirmou Dirceu Greco.

O diretor do Departamento disse também que, mesmo com o alto investimento – o orçamento de 2011 foi de R$ 1,2 bilhão – para controlar a epidemia de aids ainda há diversos desafios. Um deles é expandir o acesso ao diagnóstico. “Estima-se que 250 mil pessoas no Brasil não saibam ou nunca fizeram o teste de HIV. Diagnosticar essas infecções é um passo fundamental para o controle da transmissão. Para isso, mais de 2 milhões de testes rápidos foram distribuídos em 2011. Sabendo do diagnóstico, as pessoas receberão os cuidados de saúde necessários e o tratamento em tempo adequado”.

Fonte: www.saude.gov.br

O PRESIDENTE DO COSEMS/MS PARTICIPA DE REUNIÃO EM BRASÍLIA-DF

                                           O presidente do COSEMS/MS, Frederico Marcondes Neto participa hoje (19/07) em Brasília-DF, da Reunião de Discussão do Processo de Construção dos Contratos Organizativos de Ação Pública do Estado de Mato Grosso do Sul.

O evento acontecerá no Ministério da Saúde e tem como objetivo orientar eventuais ajustes nas minutas do COAP, e pactuar os compromossos da União (Ministério da Saúde) nos 04 contratos do Estado.

Além do Presidente do COSEMS/MS, estarão presentes: Beatriz Figueiredo Dobashi, a Secretária de Estado de Saúde, Técnicos do Ministério da Saúde, Técnicos do SES/MS, representantes do CONASS, CONASEMS e Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa/MS.

SAÚDE VAI INVESTIR R$ 2,7 BILHÕES PARA CONSTRUÇÃO DE 900 UPAS

                                        A presidenta da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda-feira (16), no programa de rádio Café com a Presidenta, que o governo federal investirá R$ 2,7 bilhões até 2014 para construir 900 UPAs. As novas unidades se somarão as 200 Unidades Pronto Atendimento (24 horas)  que já estão funcionando em todo o país e atendem a mais de 2 milhões de pessoas por mês. “Nós sabemos que o desafio é imenso, porque quase 140 milhões de brasileiros e brasileiras dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde, o SUS. E isso significa que o nosso grande desafio é garantir que esse atendimento seja de qualidade para todos. E, quando eu digo atendimento, significa ter médicos disponíveis e ter um atendimento humano e respeitoso”, destacou.

Ouça a íntegra do programa ou leia a transcrição do Café com a Presidenta.

A presidenta explicou durante o programa como é o funcionamento de uma Unidade de Pronto Atendimento 24h. “ A UPA foi criada para dar um atendimento rápido a quem está com um problema urgente de saúde. Pode ser uma criança que quebrou um braço ou que está com febre, ou que está com diarreia, ou teve asma… Mas pode também ser alguém que sofreu um acidente, um infarto, por exemplo. A UPA está preparada para atender a todos esses casos. Lá na UPA tem médico durante todo o tempo, além de uma equipe de enfermeiros, com equipamentos de raio-X, laboratórios para exames, leitos para os pacientes que precisam ficar em observação e até pequenas UTIs. Se o caso for mais grave, o paciente recebe o socorro necessário na UPA, para depois ser transportado, com segurança, para um hospital nas ambulâncias do SAMU”. Segundo a presidenta, a maioria dos casos é resolvida na própria UPA. De cada cem pessoas que procuram atendimento nas UPAs, apenas três pessoas precisam ser transferidas para um hospital. As outras 97 resolvem o seu problema lá mesmo e voltam para casa.

A presidenta comentou, ainda, que o atendimento melhorou muito onde as UPAs já estão funcionando. Isso porque a UPA desafoga a emergência dos hospitais, que é para onde todo mundo vai quando tem um problema de saúde. Um exemplo dado pela presidenta foi o que aconteceu no Hospital Miguel Couto, que é um grande hospital do Rio de Janeiro. “Antes da construção das UPAs na região do hospital, cerca de 850 pessoas procuravam o serviço de emergência do Miguel Couto todo dia. Muitas pessoas acabavam esperando muito tempo na fila ou até ficavam sem atendimento. Agora não, com as UPAs, o hospital está recebendo 350 pacientes na emergência e eles são atendidos com mais rapidez. Um hospital como o Miguel Couto tem toda uma estrutura para atender pacientes que precisam de uma cirurgia de emergência, precisam ficar internados na UTI por um tempo maior ou de uma cirurgia programada, por exemplo. Então, ao desafogar o hospital, a UPA ajuda a melhorar todo o sistema de saúde”.

Dilma Rousseff destacou, também, que os pacientes que precisam continuar o tratamento médico iniciado na UPA, devem procurar as Unidades Básicas de Saúde, que são os postos de saúde. Ela explicou que, às vezes, a pessoa procura a UPA com uma dor de cabeça forte e descobre que está com pressão alta. O médico da UPA vai aliviar o sofrimento dela naquele momento, mas, depois, ela vai precisar continuar o tratamento nas Unidades Básicas de Saúde e não precisa ir na UPA.

“Nós ainda, precisamos avançar muito, mas, hoje, o SUS é uma rede que conta com hospitais, com o socorro e o transporte eficiente do SAMU, com as UPAs e com o programa Saúde da Família, que atende nas Unidades Básicas. Para funcionar bem, um serviço precisa completar o outro, por isso, além de investir nas UPAs, estamos cuidando também das Unidades Básicas de Saúde. Até 2014, nós vamos investir R$ 3,5 bilhões para construir e equipar quase 4 mil novas Unidades Básicas de Saúde, e reformar e ampliar outras 21 mil em todo o país”, assegurou.

A presidenta concluiu o programa afirmando que se preocupa e trabalha muito para fazer o Brasil crescer e se desenvolver, mas é preciso cuidar especialmente do desenvolvimento das pessoas, porque um país só se desenvolve de verdade se a vida das pessoas melhora. “É isso que estamos fazendo quando investimos na saúde. Porque dar qualidade ao atendimento de saúde, é cuidar bem das pessoas, é investir no bem-estar de todos os brasileiros e brasileiras. Uma coisa eu posso te garantir, Luciano, nós vamos continuar avançando, a cada dia mais”, concluiu.

Fonte: www.saude.gov.br

ABERTA AS INSCRIÇÕES PARA 12ª EXPOEPI

                                             Estão abertas as inscrições para a 12ª Mostra Nacional de Experiências Bem Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças – 12ª Expoepi. O evento acontecerá em Brasília (DF), no período de 16 a 19 de outubro de 2012 e tem como objetivo difundir temas importantes para a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) e premiar, por meio de sua Mostra Competitiva, os profissionais e os serviços de saúde do País que se destacaram no desenvolvimento de ações de vigilância em saúde relevantes para a Saúde Pública. Serão promovidos, ainda, por meio de painéis e mesas redondas, debates técnico-científicos relevantes para o aprimoramento das ações de vigilância em saúde.

As inscrições para experiências do SUS municipais, estaduais ou do Distrito Federal poderão ser realizadas nas seguintes áreas temáticas:

1 – Vigilância em saúde ambiental e em saúde do trabalhador
2 – Integração das ações de vigilância, prevenção e controle das doenças e agravos com os serviços de saúde
3 – Vigilância, Controle e Prevenção das DST/HIV/aids e hepatites virais
4 – Vigilância, controle e prevenção da dengue
5 – Melhoria da qualidade da informação em saúde
6 – Vigilância, controle e prevenção dos agravos e doenças não transmissíveis e promoção da saúde
7 – Vigilância, controle e prevenção da hanseníase, leishmanioses e outras doenças relacionadas à pobreza
8 – Vigilância, controle ou eliminação das doenças imunopreveníveis
9 – Vigilância, controle e prevenção da tuberculose
10 – Investigações de surtos conduzidas pelas esferas estadual e municipal do SUS – Prêmio Carlos Chagas

A experiência vencedora em cada uma das áreas receberá a premiação no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), mediante repasse de recurso financeiro do Fundo Nacional de Saúde ao Fundo Municipal ou Estadual de Saúde ou do Distrito Federal.

Além disso, os profissionais que atuam no SUS poderão inscrever seus trabalhos técnico-científicos decorrentes de pós-graduação na área de saúde coletiva ou afins, realizados por instituições reconhecidas pelo Ministério da Educação e que contribuam para o aprimoramento das ações de vigilância em saúde, prevenção e controle de doenças e agravos de interesse da Saúde Pública.

Os trabalhos técnico-científicos vencedores, de cada categoria – especialização, mestrado e doutorado – serão premiados nos valores de R$ 6.000,00 (seis mil reais), R$ 9.000,00 (nove mil reais) e R$ 12.000,00 (doze mil reais), respectivamente.

O edital que disponibiliza o regulamento do processo de seleção das experiências e dos trabalhos técnico-científicos, candidatos aos prêmios dela decorrentes está disponível na página: www.saude.gov.br/svs.

As inscrições para a mostra competitiva encerram-se em 15/07/2012.

Fonte: www.conasems.org.br

MINISTÉRIO DA SAÚDE FACILITA O ACESSO AO MEDICAMENTO OSELTAMIVIR

                                       O Ministério da Saúde retirou o medicamento oseltamivir – de nome comercial tamiflu – da “lista de substâncias sujeitas a controle especial”. A partir de agora, o remédio, que é usado no tratamento da gripe, passa a ser comercializado nas farmácias de todo o país como os demais medicamentos com receita médica simples, sem a necessidade de controle especial em duas vias (original e cópia). A determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),  publicada no Diário Oficial da União, visa facilitar o acesso da população ao medicamento. O antiviral já é oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS), gratuitamente, às pessoas que necessitam. Para retirar o antiviral, no entanto, o paciente deve apresentar prescrição médica, emitida tanto por profissionais da rede pública, como da rede privada.

Com esta iniciativa, o Ministério da Saúde reforça o Protocolo de Tratamento de Influenza – 2011, que atualizou os profissionais de saúde quanto ao tratamento dos casos de gripe, ratificando junto aos médicos a prescrição e orientação para o acesso rápido ao antiviral oseltamivir. A determinação é clara: O tratamento com o remédio deve ser iniciado o mais rápido possível, após os primeiros sintomas, sem aguardar resultados de laboratório ou sinais de agravamento, nas pessoas que apresentarem a síndrome gripal e fazem parte dos grupos vulneráveis para complicações – como gestantes, crianças pequenas, idosos, obesos e portadores de doenças crônicas.

Já os pacientes com síndrome gripal, que não pertencem aos grupos de risco, devem receber o medicamento imediatamente caso apresentem sinais de agravamento, como falta de ar ou persistência da febre por mais de três dias. Para atingir sua eficácia máxima, o antiviral deve ser iniciado nas primeiras 48 horas após o início da doença. Entretanto, mesmo ultrapassado esse período o Ministério da Saúde indica a prescrição do medicamento.

ESTOQUE – Só neste ano, o Ministério da Saúde enviou, às secretarias estaduais de saúde, 418,8 mil caixas do remédio. Antes desta distribuição, no entanto, os estados já estavam abastecidos do medicamento. Cada caixa contém 10 comprimidos, suficientes para um tratamento completo. Nenhum dos 26 estados e Distrito Federal apresenta carência do antiviral. “Pelo contrário, o Ministério da Saúde tem acompanhado os estoques junto às secretarias estaduais de Saúde e, na medida em que forem consumidos, novos lotes serão enviados. O Ministério da Saúde mantém estoque estratégico de oseltamivir”, afirma a secretária substituta de Vigilância em Saúde, Sônia Brito.

A secretária substituta destaca a importância do tratamento precoce com o antiviral oseltamivir para reduzir a possibilidade da gripe evoluir a complicações e desencadear óbitos.  “Por isso, é preciso que o remédio seja usado imediatamente, após o início dos primeiros sintomas de síndrome gripal”, assegurou Sonia Brito. Os sintomas são surgimento simultâneo de febre, tosse ou dor na garganta, cefaleia (dor de cabeça) ou mialgia (dor nos músculos) ou artralgia (dor nas articulações). Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastro-intestinais ou dor muscular intensa.

RECOMENDAÇÃO DO CONASEMS: REFEXÃO SOBRE SAÚDE PARA AS ELEIÇÕES

Nos aproximamos de mais uma eleição municipal. No outubro próximo, milhares de prefeitos e vereadores estarão sendo eleitos nos municípios brasileiros.As eleições brasileiras representam o maior exercício de democracia no mundo e continuamente tem possibilita do avanços e conquistas de direitos para a população.
Não será diferente em outubro. Para nós, Secretários Municipais de Saúde brasileiros, a preocupação com saúde apontada por todas as pesquisas de opinião divulgadas, traz a responsabilidade de apontar rumos para que o anseio da sociedade por uma saúde publica universal, integral,sobcontrole social e resolutiva possa encontrar respostas na atuação dos futuros prefeitos e vereadores em todos os municípios.

Aos vinte e quatro anos de continuados esforços para aimplementação do Sistema Único de Saúde (SUS), as avaliações da sociedade, dos conselhos de saúde, dos gestores públicos e dosespecialistas em políticas públicas são inequívocas para a inadiávelreafirmação dos rumos constitucionais da Seguridade Social na implementação do SUS, e por isso o Conselho Nacional de SecretariasMunicipais de Saúde (CONASEMS), em seu  XXVIII CongressoNacional, propõe: 

1. Reconhecer a grande vulnerabilidade do SUS pelaimplementação reduzida ou nula de seus avanços legais.Compromisso: Cumprir e fazer cumprir no âmbito e nas competências municipais as disposições constitucionais para a saúde, e as Leis 8080/90 e 8142/90, bem como 12.466/2011 e141/2012. 

.2. Reconhecer a histórica e marcante inclusão social promovidapelo SUS.Compromisso: Completar, qualificar e consolidar a inclusãosocial pelo sistema público de saúde nos municípios brasileiros. Conduzir o sistema municipal de saúde norteado pelosprincípios de universalidade, eqüidade e integralidade daatenção à saúde dos cidadãos, por meio de estratégias quetrabalhem o princípio da integralidade da atenção mediante aadscrição, territorialização, vínculo e acolhimento, dedicandoatenção especial às populações e grupos mais vulneráveis earticulando com outros municípios, estados e união o acesso atodos os serviços necessários.

3. Reconhecer as dificuldades do SUS para avançar no desenvolvimento do novo modelo de atenção à saúde orientado pelas necessidades da população, voltado para as ações e serviços básicos à saúde de qualidade e resolutivos, e indutor da organização de todo o sistema de atenção integral àsaúde, universal e equitativo.

Compromisso: Dar uma pronta resposta aos anseios da população ligados a suas necessidades e interesses. Só conseguimos ter adesão à mudança do fazer saúde se formos construindo com as pessoas o jeito novo. Só com credibilidadee confiança das pessoas implantaremos um sistema de saúdecom integralidade de visão do ser humano e com ações de promoção, proteção e recuperação.Investir na atenção básica, nos próximos quatro anos, com vistas à elevação da cobertura, da qualidade e da resolutividadedos serviços básicos de saúde. Privilegiar em todas as ações omodelo de atenção à saúde com base nas necessidades edireitos de toda a população e afastar das políticas municipais os interesses da oferta de serviços como norte da organizaçãodo sistema municipal de saúde.Incorporar à gestão municipal da saúde, por meio dassecretarias, órgãos e equipes de atendimento à população nomunicípio, os princípios da cultura de paz e não violência:" respeito à vida; rejeição à violência sob todas as formas;generosidade, diálogo; preservação do planeta e solidariedade. 

4. Reconhecer que as políticas públicas que valorizem osprof issionai s de saúde devem ser constantemente desenvolvidas para atender as necessidades do sistemapúblico, com ênfase na universalização, resolutividade equalificação da atenção básica da saúde.

Compromisso: Desenvolver e realizar políticas que valorizemos trabalhadores da saúde e sociais e que garantam um processo de formação e educação permanente desses profissionais. Tais políticas devem buscar constantemente o aumento da participação dos trabalhadores nos espaços decisórios em todas o processo produtivo da saúde.

Analisar a possibilidade de criação de uma "Escola de Saúde" no mínimo em ambiente virtual coordenando o trabalho educativodos trabalhadores, dos conselheiros de saúde e da comunidade.

Desenvolver os limites orçamentários e as condições vigentesde trabalho, com a intensificação e publicização de esforços e pressões por concursos e processos seletivos públicos e planosde cargos, empregos, carreiras e salários, tanto para os estatutários como para os celetistas; inovações e adequações nos processos de trabalho de acordo com as necessidades edireitos da população; objetivação e divulgação das responsabilidades sanitárias das ESF, das UBS, das Policlínicas,dos Laboratórios de Exames, dos Hospitais, dos Distritos deSaúde, da SMS, do CMS; elevação e humanização das condições de trabalho em todos os níveis da atenção integral àsaúde, incluindo a participação dos trabalhadores de saúde noplanejamento, gestão e avaliação dos resultados para apopulação, e adesão dos trabalhadores de saúde à condição deusuários do SUS.

5. Reconhecer as grandes dificuldades estruturais para arealização dos princípios e diretrizes constitucionais do SUS representadas pelo subfinanciamento . Os recursos novos parao SUS, nos seus 24 anos, originaram-se crescentemente nosmunicípios, o que ocorreu simultaneamente à retraçãoproporcional dos recursos federais, inclusive após a promulgação da EC 29 no ano 2.000.

Compromisso: Propor e defender a extensão para a esfera federal do mesmo critério da EC 29, já em vigor para estados e municípios, utilizando também uma porcentagem sobre a arrecadação, com estabelecimento de no mínimo 10% da receita corrente bruta da União.

6. Reconhecer a inadiabilidade de medidas para superar asdificuldades na plena gestão por meio do compartilha mentoregional e controle social, e na implementação da diretriz constitucional da Regionalização com a implantação das redesregionais de cuidados integrais de saúde.

Compromisso: Apoiar as instâncias de pactuação e derepresentação municipal no SUS: Comissões IntergestoresRegional, Bipartite e Tripartite, Conselho Estadual dosSecretários Municipais de Saúde e Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde;

Intensificar e acelerar a implementação da regionalização cooperativa e solidária, conforme disposto na legislação.

Contribuir eficazmente ao conhecimento e consideração dosgestores dirigentes e técnicos, sobre as deliberações e posicionamentos dos conselhos de saúde; ao conhecimento econsideração dos conselhos, sobre as decisões da gestão nas atividades meio e finalísticas; e às entidades representadas nos conselhos de saúde, aos formadores de opinião, aos membros do Legislativo, etc., sobre os avanços, dificuldades e limites do sistema público de saúde, inclusive a impossibilidade de haver sistema só para os pobres, que não seja também pobre em tudo.

Disponibilizar ativamente nos espaços da gestão, do controlesocial, do Legislativo e das entidades da sociedade, as informações estratégicas sobre os rumos do SUS no Município e na Região, sobre os avanços e distorções. Contribuir para aformação da consciência de cidadania e do direito à saúde, não substituível pelos direitos do consumidor, assim como para a consciência da "minha atenção integral à saúde na minha região".

Contribuir na democratização dos conhecimentos paraposicionamento sobre questões básicas e estratégicas como a Regionalização dos serviços de saúde, a Gestão Financeira e a Gestão do pessoal de saúde e das relações de trabalho no SUS.

Desenvolver em cada município e no espaço intermunicipal da região, o planejamento participativo e a oferta universal da atenção integral à saúde, com prioridades, etapas e custosdiscutidos e aprovados nos conselhos de saúde.

Articular e integrar na região, a convivência e superposição dasdiversas situações de riscos à saúde e de doenças, com afinalidade de formular e planejar a oferta matriciada das açõespreventivas e curativas, de acordo com as necessidades eprioridades próprias da região e como alternativa àfragmentação em programas e projetos específicos.

7. Reconhecer que não conhecemos o custo de um sistema desaúde que atenda as necessidades da população, pois a historia do sistema de saúde brasileiro foi financiar a oferta deserviços e seus interesses.

Compromisso: Fustigar os limites orçamentários e os repassesfinanceiros com vistas a organizar e disponibilizar para apopulação a AB e as linhas de cuidado pelas redesregionalizadas.

Desenvolver desde já o cálculo de custos das ações e serviçosna realidade regional em todos os níveis da atenção integral.

Projetar o custo total anual da atenção integral universal e dequalidade.

Divulgar aos CMS, às entidades da sociedade, às lideranças eaos vereadores, os benefícios do sistema regional de saúde, osdireitos da população e a disposição de pactuar etapas na suaconquista.

Fonte: www.conasems.org.br

POLIOMIELITE: BRASIL ATINGE META DE COBERTURA

 

                                                 A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite alcançou a meta de 95% de imunização das 14,1 milhões de crianças que formam o público-alvo. Ao todo, 13,4 milhões de pessoas de até 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade receberam as duas gotinhas que garantem a imunidade contra a paralisia infantil. Em 15 estados a meta foi atingida e nos outros a vacinação poderá continuar até que a cobertura ideal seja alcançada. Em 15 estados a meta foi atingida: Acre, Amapá, Rondônia, Alagoas, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Espírito Santo, Minas gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Goiás. Nos demais,  a vacinação poderá continuar até que a cobertura ideal seja alcançada. 

A paralisia infantil é uma doença infecto-contagiosa viral aguda que atinge principalmente crianças de até cinco anos. É caracterizada por quadro de paralisia flácida de início súbito, principalmente nos membros inferiores. Sua transmissão ocorre pelo Poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local favorecem a transmissão.

O Ministério da Saúde repassou 21,2 milhões de doses da vacina para as secretarias estaduais e municipais de saúde. Além disso, o Ministério da Saúde repassou R$ 37,2 milhões, por meio do Fundo Nacional de Saúde, aos fundos dos estados e dos municípios para operacionalização das campanhas.

ELIMINAÇÃO – O último caso da doença no país foi registrado em 1989, na Paraíba. Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. Embora não haja circulação do vírus em território nacional, neste ano, 16 países registraram casos de paralisia infantil e, em três deles, a doença é endêmica: Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Para evitar a reintrodução do vírus no Brasil, é fundamental a manutenção da vacinação.

A aplicação das gotinhas tem como objetivo manter o Brasil na condição de país certificado internacionalmente para a erradicação da poliomielite, estabelecendo proteção coletiva com a vacinação de todas as crianças menores de cinco anos no mesmo período. Esta estratégia também permite a disseminação do vírus vacinal no meio ambiente, ajudando a criar a imunidade de grupo. É importante ressaltar que não existe tratamento para a pólio, apenas a prevenção por meio da vacina.
 

UF

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96,07

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69.994

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687.709

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RO

129.844

126.591

97,49

RR

47.819

43.637

91,25

TO

124.688

112.113

89,91

NORTE

1.567.365

1.413.865

90,21

AL

276.467

266.014

96,22

BA

1.080.715

970.021

89,76

CE

656.647

622.122

94,74

MA

640.579

625.842

97,7

PB

295.190

286.530

97,07

PE

696.028

664.932

95,53

PI

254.147

236.234

92,95

RN

241.152

219.906

91,19

SE

173.528

169.521

97,69

NORDESTE

4.314.453

4.061.122

94,13

ES

250.250

247.728

98,99

MG

1.284.628

1.235.162

96,15

RJ

1.030.026

1.020.515

99,08

SP

2.818.614

2.684.317

95,24

SUDESTE

5.383.518

5.187.722

96,36

PR

729.410

722.936

99,11

RS

658.728

622.159

94,45

SC

411.967

415.734

100,91

SUL

1.800.105

1.760.829

97,82

DF

202.083

187.302

92,69

GO

440.856

439.493

99,69

MS

195.136

179.627

92,05

MT

244.666

217.059

88,72

C.OESTE

1.082.741

1.023.481

94,53

BRASIL

14.148.182

13.447.019

95,04

POLIOMIELITE – CAMPANHA DE VACINAÇÃO TERMINA NESTA SEXTA-FEIRA

 

                                                        A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite se encerra nesta sexta-feira (6). Balanço parcial da manhã desta terça-feira (3) aponta que quase 12,3 milhões de crianças em todo o país já foram vacinadas contra a paralisia infantil. O número representa 86,9% do total de crianças de zero a cinco anos. A meta é vacinar 95% do total de 14,1 milhões de crianças nesta faixa etária, o que corresponde a 13,5 milhões. Todas os menores de até 4 anos, 11 meses e 29 dias devem tomar as duas gotinhas, mesmo que já tenham sido vacinadas.

O desempenho por grupo de idade até o momento foi melhor entre os menores de um ano de idade, atingindo 92,7%, o que representa quase 2,7 milhões de crianças. Os estados com as maiores coberturas vacinais, até o momento, são Santa Catarina (96,2%), Paraná (94,4%), Goiás (93,8%), São Paulo (91,7%), Rio de Janeiro (90,8%) e Rio Grande do Sul (90,6%). Entre as regiões, o melhor desempenho é da Sul (93,4%), seguida pelas regiões Sudeste (90,8%), Centro-Oeste (86,9%), Nordeste (82,2%) e Norte (79,3%).

O Ministério da Saúde repassou 21,2 milhões de doses da vacina para as secretarias estaduais e municipais de saúde. Foram destinados R$ 16,7 milhões para a aquisição das vacinas. Além disso, o Ministério da Saúde investiu R$ 37,2 milhões em repasses do Fundo Nacional de Saúde para os fundos dos estados e dos municípios.

Neste ano, a campanha acontece em etapa única, sendo no primeiro semestre com a vacina oral, as chamadas gotinhas. Em agosto, será realizada, em todo o país, a campanha para atualização dos esquemas vacinais do calendário básico de vacinação da criança. Assim, a partir de agosto deste ano, as crianças que estão começando o esquema vacinal, ou seja, nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil, irão tomar a primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina poliomielite inativada, de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses), a dose de reforço (aos 15 meses) e as demais doses de campanha continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas. 

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Carla Domingues, explica que, embora a campanha siga em ritmo considerado satisfatório, a meta de 95% de imunizados ainda não foi atingida. “Estamos na reta final. Neste momento, é fundamental que os pais e responsáveis se conscientizem da importância de proteger as crianças para que possamos manter o Brasil livre da poliomielite”, afirmou, frisando que a vacina é segura.

POLIOMIELITE – A paralisia infantil é uma doença infecto-contagiosa viral aguda que atinge principalmente crianças de até cinco anos. É caracterizada por quadro de paralisia flácida de início súbito, principalmente nos membros inferiores. Sua transmissão ocorre pelo Poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local favorecem a transmissão.

O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é geralmente de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. A transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação.

ELIMINAÇÃO – O último caso da doença no país foi registrado em 1989, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. Embora não haja circulação do vírus no Brasil, neste ano, 16 países registraram casos de paralisia infantil e, em três deles, a doença é endêmica: Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Por isso, para evitar a reintrodução do vírus no Brasil, é fundamental a manutenção da vacinação.

A aplicação das gotinhas tem como objetivo manter o Brasil na condição de país certificado internacionalmente para a erradicação da poliomielite, estabelecendo proteção coletiva com a vacinação de todas as crianças menores de cinco anos no mesmo período. Esta estratégia também permite a disseminação do vírus vacinal no meio ambiente, ajudando a criar a imunidade de grupo. É importante ressaltar que não existe tratamento para a pólio, apenas a prevenção por meio da vacina.
 

Balanço parcial da Campanha de Vacinação contra a Poliomielite

UF

Total

Meta

Doses

Cob.

SC

411.967

396.430

96,2

PR

729.410

688.774

94,4

GO

440.856

413.338

93,8

SUL

1.800.105

1.681.826

93,4

SP

2.818.614

2.584.563

91,7

RJ

1.030.026

935.661

90,8

SUDESTE

5.383.518

4.888.444

90,8

RS

658.728

596.622

90,6

MG

1.284.628

1.149.616

89,5

ES

250.250

218.604

87,4

DF

202.083

175.696

86,9

C.OESTE

1.082.741

941.359

86,9

PE

696.028

596.809

85,7

PB

295.190

252.042

85,4

AL

276.467

235.733

85,3

SE

173.528

147.763

85,2

RO

129.844

110.121

84,8

RN

241.152

204.527

84,8

CE

656.647

556.799

84,8

AP

70.700

58.391

82,6

NORDESTE

4.314.453

3.544.130

82,2

PI

254.147

208.367

82

AM

376.280

306.062

81,3

MS

195.136

157.596

80,8

AC

81.351

65.302

80,3

MT

244.666

194.729

79,6

NORTE

1.567.365

1.243.241

79,3

PA

736.683

575.999

78,2

BA

1.080.715

842.650

78

MA

640.579

499.440

78

TO

124.688

94.967

76,2

RR

47.819

32.399

67,8

BRASIL

14.148.182

12.299.000

86,9

 Fonte: www.saude.gov.br