SAÚDE E INDÚSTRIA ASSINAM ACORDO PARA REDUZIR TEOR DE SÓDIO EM ALIMENTOS

 

 
                  Na data de comemoração do Dia Mundial da Saúde, o governo federal reforça ações para a promoção de hábitos de vida saudáveis. O termo de compromisso – assinado nesta quinta-feira (7) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pelas associações que representam os produtores de alimentos processados – estabelece um plano de redução gradual na quantidade de sódio presente em 16 categorias de alimentos, começando por massas instantâneas, pães e bisnaguinhas.

O objetivo é reduzir o consumo excessivo de sal (cerca de 40% do sal é composto de sódio), que está associado a uma série de doenças crônicas, como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, problemas renais e cânceres. “Este acordo com a indústria alimentícia representa um passo fundamental para que seja atingida a recomendação de consumo máximo da Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de menos de 5 gramas de sal diários por pessoa, até 2020”, diz o ministro Padilha.

O documento define o teor máximo de sódio a cada 100 gramas em alimentos industrializados. Algumas metas devem ser cumpridas pelo setor produtivo até 2012 e aprofundadas até 2014. No caso das massas instantâneas, a quantidade fica limitada a 1.920,7 miligramas (ou 1,9 grama), até 2012. Isso representa uma diminuição anual de 30%.

Nos pães de forma, o acordo prevê redução do teor máximo de sódio para 645 miligramas, até 2012, e para 522 miligramas, até 2014; enquanto que, nas bisnaginhas, o limite será de 531 e 430 miligramas, nas mesmas datas. Essas metas estabelecidas correspondem a uma redução de 10% ao ano.

Está previsto, também, o estabelecimento de metas, ainda em julho deste ano, para o pão francês, os bolos prontos, as misturas para bolos, os salgadinhos de milho e as batatas fritas. Até o fim de 2011, será a vez dos biscoitos (cream cracker, recheados e maisena), embutidos (salsicha, presunto, hambúrguer, empanados, lingüiça, salame e mortadela), caldos e temperos, margarinas vegetais, maioneses, derivados de cereais, laticínios (bebidas lácteas, queijos e requeijão) e refeições prontas (pizza, lasanha, papa infantil salgada e sopas).

Segundo dados da Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF) 2002/03, o consumo individual de sal, apenas nos domicílios brasileiros, foi de 9,6 gramas diários, o que representa quase o do dobro do recomendado pela OMS.

ESFORÇO CONJUNTO – O acordo estabelecido entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia), Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (Abima), Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) e a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip) é mais um resultado positivo da articulação e do esforço entre governo e indústria para aperfeiçoar a qualidade dos produtos disponíveis no mercado, como já ocorre no caso das gorduras trans. Essas ações integram o Fórum de Alimentação Saudável e mostra a preocupação do Ministério da Saúde com os padrões alimentares dos brasileiros.

Entre 2007 e 2010, um acordo entre o Ministério da Saúde e a Abia conseguiu retirar cerca de 230 mil toneladas de gordura trans ao ano dos alimentos processados. Estudo feito pela associação, em parceria com o governo federal, revelou que 94,6% das empresas ligadas à entidade, alcançaram a meta estabelecida em 2007, que limita a 5% de presença de gordura trans do total de gorduras em alimentos industrializados e 2% do total de gorduras em óleos e margarinas.

Para o presidente da Abia, Edmundo Klotz, o acordo representa "um compromisso entre governo federal e indústria para reunir esforços e trabalhar conjuntamente em ações de fomento à alimentação saudável, equilibrada e nutricionalmente adequada. Desta forma, a indústria se propõe a reduzir gradualmente o uso do sódio em seus produtos a fim de promover melhor qualidade de vida à população".

No termo de compromisso, o Ministério da Saúde, em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), compromete-se a elaborar o Plano Nacional de Redução do Consumo de Sal, a monitorar o teor de sódio nos alimentos processados, a acompanhar as tendências de consumo alimentar da população e a avaliar o impacto da redução desse consumo nos custos do Sistema Único de Saúde e na incidência de doenças crônicas.

ACORDO ABRAS – O ministro Alexandre Padilha também assinou acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e com a Anvisa, que vão constituir um grupo de trabalho conjunto para definir ações de proteção à saúde e para a promoção de estilos de vida saudáveis entre consumidores e trabalhadores do setor.

Entre as medidas a serem adotadas, está a adoção de campanhas informativas para o consumo consciente, para a promoção da alimentação saudável e da prática de atividade física, para o controle do tabagismo e a redução do uso abusivo de álcool e outras drogas, para a redução de acidentes de trânsito e estímulo à cultura da paz.

O acordo estabelece, também, o fomento a programas de atualização dos trabalhadores envolvidos com manipulação, fiscalização e produção de alimentos nestes estabelecimentos e a adoção de políticas internas de controle da qualidade de matérias-primas e seleção de fornecedores.

Fonte: www.saude.gov.br

SAÚDE GANHA NÚMERO 136 PARA ATENDIMENTO AO CIDADÃO

Fonte: www.saude.gov.br

                                 A pedido do Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou nesta quinta-feira (7) a homologação do número 136 para acesso do cidadão à Ouvidoria do Sistema Único de Saúde e serviços de orientação à população. Os três dígitos substituem o 0800 61 1997, com o objetivo de facilitar a memorização e a utilização dessa ferramenta. O número, gratuito para a população, deverá entrar em vigor entre 30 e 90 dias, conforme determinação da norma 410 da Anatel.

Em 2010, o serviço da Ovidoria recebeu 4,6 milhões de ligações. Atualmente o Sistema Nacional de Ouvidorias possui 26 estados com unidades implementadas – Rio Grande do Sul está em fase de estruturação. Nas capitais, 23 já contam com o serviço. Outras 238 unidades estão espalhadas por outros municípios, hospitais e laboratórios da rede pública.

Linhas de atendimento direto ao cidadão com três dígitos já são utilizadas por outros órgãos do governo federal, como Receita Federal, Polícia Federal e Previdência Social; e dos estados, como Departamentos de Trânsito e Polícias Civil e Militar. O próprio Ministério da Saúde já utiliza uma linha de três dígitos – o 192, de acesso ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Odorico Monteiro, secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério, explica que outra vantagem da mudança é a padronização nacional do serviço de ouvidoria da Saúde. Apesar de todas as unidades de Ouvidoria utilizarem o sistema “Ouvidor SUS”, criado e disponibilizado pelo Ministério da Saúde, cada uma delas usa um número diferente, o que dificulta o acesso do cidadão.

O objetivo é que o telefone da Ouvidoria do SUS seja o mesmo em todo o território nacional, como ocorre com o SAMU. Todas as ouvidorias locais que integram o Sistema Nacional de Ouvidorias (SNO) poderão ser acessadas pelo 136, uniformizando o número de acesso.

“A padronização permitirá maior aproximação entre população e Estado, e, por consequência, a possibilidade de maior acesso aos serviços de saúde e fortalecimento do exercício da cidadania. Trabalhamos agora para não ser apenas uma ouvidoria passiva. Estamos fortalecendo o controle social e a participação do cidadão, para a solução dos desafios do SUS”, esclarece o secretário Odorico Monteiro.

MAIS PARTICIPAÇÃO – De acordo com Luís Carlos Bolzan, diretor do Departamento de Ouvidoria Geral do SUS, atualmente a Ouvidoria é associada exclusivamente ao serviço do Disque Saúde (leia mais abaixo). Ele afirma que a mudança para o número 136 contribuirá para a reconstrução do conceito da Ouvidoria. “Não é uma simples mudança de número, mas de símbolo. A Ouvidoria antiga simboliza um simples ‘disque’, para o qual as pessoas ligam apenas para perguntar ou reclamar”.

A mudança de número pretende instituir o conceito de Ouvidoria Ativa. A ideia é que o canal telefônico torne o cidadão mais participativo, fazendo com que ele tenha acesso a informações mais detalhadas sobre ações e programas do SUS e responda a pesquisas do Ministério, por exemplo.

Bolzan informa, ainda, que o Disque Saúde é apenas um dos canais de acesso à Ouvidoria do SUS. No portal www.saude.gov.br, o canal “Fale Conosco” permite que o usuário faça críticas e sugestões por escrito, e acompanhe o processamento de suas manifestações. Outros meios de acesso à Ouvidoria são a carta e o atendimento presencial.

SAIBA COMO USAR A OUVIDORIA DO SUS

Por telefone
Pelo número 136, o cidadão terá em até 90 dias acesso gratuito à Ouvidoria do SUS, 24 horas por dia. São oferecidas diversas opções, tais como: fazer solicitações, sugestões, reclamações ou elogios; solicitar informações sobre saúde, doenças, medicamentos ou sobre campanhas do Ministério da Saúde. É possível, também, optar por falar diretamente com um atendente.

Pela internet
Por meio da página http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=141, é possível registrar e acompanhar o andamento da crítica ou sugestão feita por escrito.

Por carta
Deve-se enviar a carta com nome e endereço completos para o seguinte destinatário:

Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde
Departamento de Ouvidoria-Geral do SUS
Setor da Administração Federal (SAF) Sul
Quadra 2, Lotes 05/06, Ed. Premium, Torre I
3º andar, sala 305
CEP: 70.070-600. Brasília-DF

Atendimento presencial
É necessário ir ao Departamento de Ouvidoria Geral do SUS, que fica no endereço citado acima. Este canal possibilita ao cidadão detalhar suas opiniões, sugestões e reivindicações.

MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS MUNICIPAIS EM SAÚDE: “BRASIL AQUI TEM SUS”

Mostra de Experiências Municipais em Saúde “Brasil Aqui Tem SUS”

Acontecerá durante o XXVII Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde 09 a 12 de Julho de 2011 em Brasília / DF.

 O objetivo é abrir espaço para a troca de conhecimentos com a
 exposição de pôsteres e exibição de vídeos e propiciar o intercâmbio de trabalhos bem sucedidos no SUS, estimulando e fortalecendo municípios que procuram soluções inovadoras rumo ao direito à saúde e assim divulgar estas experiências.

Os interessados devem enviar seus trabalhos para o COSEMS/MS por meio eletronico para o e-mail cosemsms@conasems.org.br até o dia 13 de Abril, que por sua vez, deverá selecionar os dez melhores e enviar para a assessoria técnica do CONASEMS até o dia 13 de maio.

O regulamento da mostra poderá ser solicitado a Assessoria Técnica do  COSEMS/MS  através do telefone (67)3312-1110 ou pelo e-mail: cosemsms@conasems.org.br .

CONASEMS neste ano traz a proposta de premiar os 5 (cinco) melhores trabalhos por região, com prêmio intitulado "Brasil aqui tem SUS."A premiação será feita após o Congresso, e consistirá na entrega de placa de homenagem acompanhada de certificado de premiação aos autores

MORTES POR DENGUE CAEM 64% NO PRIMEIRO TRIMESTRE DO ANO

                                        O número de mortes, casos graves e notificações de dengue no Brasil caiu nos três primeiros meses de 2011, em comparação com o mesmo período de 2010. Balanço preliminar divulgado nesta quarta-feira (6) pelo Ministério da Saúde mostra que, entre 1º de janeiro e 31 de março deste ano, foram confirmados 95 óbitos pela doença, em todo o país. No mesmo período do ano passado, foram 261 mortes – indicando queda de 64%.

A maior parte dos óbitos confirmados ocorreu no Nordeste – 32 casos, dos quais 20 no Ceará. Em seguida vêm as regiões Sudeste (27 casos confirmados, sendo 19 no Rio de Janeiro) e Norte (20 mortes por dengue, 12 delas no Amazonas). O Paraná concentra os dez óbitos confirmados na região Sul e Goiás, as seis mortes por dengue no Centro-Oeste (tabela 1). Um total de 123 óbitos suspeitos por dengue permanece em investigação.

CASOS GRAVES – As formas graves de dengue tiveram redução de 69% no primeiro trimestre de 2011. Foram 2.208, contra 7.064 no mesmo período de 2010. A região Sudeste concentra 1.260 casos graves confirmados – dos quais 1.064 foram registrados no Rio de Janeiro.

No Norte, foram confirmados 498 casos graves, sendo 407 no Amazonas. O Nordeste confirmou 315 casos graves, dos quais 123 no Ceará. No Centro Oeste, foram 88 confirmados (35 em Goiás) e, no Sul, 47 – a maioria no Paraná (46).

Tabela 1. Comparativo de casos graves e óbitos confirmados por dengue, Brasil, Janeiro –Março, 2011
 

DENGUE CLÁSSICA – O total de notificações de dengue clássica no primeiro trimestre de 2011 também foi menor do que o registrado no mesmo período de 2010. Os registros gerais da doença caíram 43% – de 448.701 para 254.734 (tabela 2).

Aproximadamente 68% de todos os casos do país (184.646) concentram-se em sete estados: Amazonas (36.841), Rio de Janeiro (31.412), Paraná (27.217), Acre (21.199), São Paulo (19.538), Minas Gerais (18.070) e Ceará (16.659).

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, observa que a redução geral no total de notificações, casos graves e óbitos por dengue não deve representar o fim da mobilização de gestores, profissionais de saúde e da população contra a doença.

“Isso [a redução no primeiro trimestre] não é motivo para baixar a guarda. O mosquito da dengue consegue sobreviver em ambiente seco por mais de 300 dias, quase um ano. Por isso, cada um tem um pouquinho de responsabilidade. A participação da população é decisiva. Na região Sudeste, por exemplo, 90% dos focos do mosquito estão dentro da casa das pessoas”, alerta o ministro Padilha.

Manaus (29.318 casos), Rio Branco (19.595) e Rio de Janeiro (11.934) foram os municípios que concentraram as notificações de dengue no primeiro trimestre de 2011. No Nordeste, destaque para Fortaleza (6.085); e, no Sul, para Londrina, no Paraná (7.554).

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Jarbas Barbosa, destaca que, no momento, todas as regiões apresentam tendência de queda nas notificações. “A transmissão da dengue, em geral, se concentra no período de janeiro a maio, com maior concentração de casos no mês de março. Mas, em alguns estados, principalmente no Nordeste, ainda podem ocorrer surtos nos próximos meses”, adverte.

Tabela 2. Comparativo de casos notificados de jan a mar/2011, por Região e UF

UF
Janeiro a Março
2010
2011
% Variação
Norte
             45.445
           76.671
69
RO
             16.605
             2.418
-85
AC
             17.802
           21.199
19
AM
               1.247
           36.841
2854
RR
               1.109
                462
-58
PA
               3.348
             9.806
193
AP
                  733
             1.662
127
TO
               4.601
             4.283
-7
Nordeste
             31.440
           47.404
51
MA
                  558
             3.119
459
PI
               1.510
             2.791
85
CE
               3.883
           16.659
329
RN
                  422
             4.527
973
PB
                  729
             3.403
367
PE
               4.056
             5.320
31
AL
               7.452
             1.976
-73
SE
                    53
             1.035
1853
BA
             12.777
             8.574
-33
Sudeste
           209.820
           81.179
-61
MG
             91.674
           18.070
-80
ES
               4.803
           12.159
153
RJ
               6.231
           31.412
404
SP
           107.112
           19.538
-82
Sul
             17.207
           28.445
65
PR
             14.346
           27.771
94
SC*
                  114
                215
89
RS
               2.747
                459
-83
Centro Oeste
           144.789
           21.035
-85
MS
             44.785
             6.271
-86
MT
             28.193
             3.819
-86
GO
             65.067
             9.863
-85
DF
               6.744
             1.082
-84
Total
           448.701
         254.734
-43

Fonte: 2010: Sinan Net; casos prováveis, 2011: SES/UF
* Casos importados

SOROTIPOS – Entre janeiro e março deste ano, 3.187 amostras de sangue de pacientes com suspeita de dengue foram submetidas ao exame de isolamento viral – para identificar qual dos quatro tipos de vírus da dengue causou a doença. Ao todo, 610 (19,1%) deram positivo para a dengue, após análises realizadas pela rede nacional de laboratórios de saúde pública, coordenada pelo Ministério da Saúde.

Do total de amostras positivas, 73,1% (446) apresentavam o sorotipo DENV-1, predominante no país. O sorotipo DENV-2 estava presente em 12,9% (79) das amostras positivas e o DENV-3, em 1,5% (9).

O sorotipo DENV-4 foi encontrado em 12,4 % (76) das amostras positivas. Este sorotipo, que não circulava no país desde 1982, foi detectado no ano passado, nos estados de Roraima e Amazonas. Em 2011, o DENV-4 foi identificado em Roraima (34), Amazonas (24), Pará (11), Bahia (2), Pernambuco (2), Rio de Janeiro (2) e Piauí (1). No dia 4 de abril, a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou uma infecção de dengue tipo 4.

Os quatro sorotipos virais da dengue estão presentes no país. Eles são transmitidos da mesma maneira (pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti), produzem a mesma doença, têm sintomas idênticos e requerem os mesmos cuidados e tratamento. “Não é necessário identificar o sorotipo que está provocando a doença, pois essa informação não muda os procedimentos médicos a serem adotados”, informa Jarbas Barbosa.

Para a população, a recomendação é eliminar os criadouros presentes no ambiente doméstico, como pratos de vasos de planta, calhas obstruídas e recipientes como embalagens plásticas e garrafas. Além disso, devem ser adotadas medidas de proteção contra a infestação pelo mosquito Aedes aegypti em locais como caixas d’água, toneis e outros recipientes de armazenagem de água.

Ao apresentar os primeiros sintomas da doença, como febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos, deve procurar o serviço de saúde mais próximo. E, fundamental, não se deve tomar remédio por conta própria, pois isso pode mascarar sintomas e dificultar o diagnóstico.

As pessoas também devem estar atentas para os sinais de alarme que podem indicar o agravamento da doença, como vômitos persistentes, desmaios e dores abdominais intensas.

Fonte: www.saude.gov.br

PUCCINELLI SOLICITA AO MINISTRO DA SAÚDE R$29,5 MILHÕES

                                      O governador André Puccinelli solicitou ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, R$ 29,5 milhões em custeio e investimentos no sistema de saúde do Estado, financiamento para postos de saúde, bem como aumento do repasse de recursos a 12 municípios da faixa de fronteira, que atendem os brasiguaios.

No encontro, Puccinelli  enfatizou ao ministro que o repasse do PAB (Piso  de Atenção Básica), da Assistência Farmacêutica Básica e das  internações  para atendimento nas cidades da fronteira só leva em consideração a população que reside em território brasileiro, entretanto quem mora em países vizinhos utiliza o Sistema Único de Saúde (SUS). “São 12 municípios de fronteira, com 305 mil habitantes, mas os recursos são somente  para a população brasileira”, destacou o governador. 

 

Para relatar suas dificuldades, participaram da reunião os prefeitos de Coronel Sapucaia, Rudi Paetzold; de Sete Quedas, Sérgio Mendes; e de Aral Moreira, Edson Luiz de David.  O prefeito Paetzold afirmou que: “Nós temos dificuldade muito grande na saúde. Existem muitos brasileiros, que vivem do lado do Paraguai. Por ser fronteira seca é fácil o brasileiro estar do lado de cá e de lá. Hoje, temos 14,6 mil habitantes, só que outros 17 mil brasileiros que vivem no Paraguai são atendidos no município, mas não são contados no censo. São R$ 18 ano/habitante do PAB, só que nós atendemos o dobro da população oficial. Precisamos de  um valor maior, pedimos ao ministro que dê uma olhada especial na faixa de fronteira, que tem esse problema. A gente acaba usando o dinheiro da prefeitura na saúde, o que prejudica os investimentos”. Para o prefeito Sérgio Mendes, de Sete Quedas, é importante que “haja diferenciação no repasse para a cidade de fronteira. Hoje, temos de dividir comprimido para atender a todos, o que prejudica  a qualidade do atendimento oferecido”.

Outro assunto tratado com o ministro, segundo a secretária de Estado de Saúde, Beatriz Dobashi, foi o financiamento para os prontos socorros do Hospital da Vida, de Dourados; da Santa Casa de Campo Grande; do Hospital Regional Rosa Pedrossian em Campo Grande; do Hospital Universitário da UFMS de Campo Grande; e do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora de Três Lagoas. “Precisamos de R$ 1,5 milhão por mês para atender os prontos socorros”, enfatizou a secretária. O prefeito de Campo Grande que também estava na reunião destacou a Padilha que “o perfil do doente mudou, é o paciente do trauma”, explicando que isso fez aumentar a demanda nos locais de atendimentos emergenciais.

Para o Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande, foram solicitados R$ 450 mil/mês para custeio e investimentos de R$ 10 milhões para aquisição de equipamentos para diagnóstico por imagem. “O  Hospital Regional foi credenciado como hospital de ensino, precisamos do acréscimo de recurso para este atendimento”, afirmou Puccinelli ao ministro.

O pleito para a Santa Casa de Campo Grande é investimento de R$ 9 milhões para aquisição de equipamentos do centro cirúrgico e CTI (Centro de Tratamento Intensivo) e adequação de espaços físicos.

Também houve o pedido de R$ 4 milhões para reformas do prédio e compra de novos equipamentos para o Hospital da Vida, em Dourados. O deputado federal Geraldo Resende enfatizou para o ministro a importância do recurso, uma vez que a unidade atende todas as urgências e emergências mais complexas da região, que tem cerca de 800 mil habitantes.

O grupo – que também teve a participação do senador Waldemir Moka – pediu acréscimo de R$ 630 mil/mês ao teto financeiro dos hospitais microrregionais e  R$ 4,5 milhões para os macrorregionais.

Durante a reunião, Puccinelli e Beatriz Dobashi explicaram que o governo do Estado criou o incentivo à regionalização, com investimentos de R$ 15,5 milhões; e que também aloca recursos próprios na Programação Pactuada e Integrada (R$ 10,3 milhões). O governador destacou que são investidos R$ 499,3 milhões na atenção hospitalar, sendo 53% do Ministério da Saúde, 29% recursos do governo estadual e 18% dos municípios.

         O ministro, ao fim da reunião, disse que vai procurar atender as demandas e fechou o encontro com esta afirmação: “Vamos trabalhar!!”.

Fonte: www.saude.ms.gov.br

 

BRASIL VAI PRODUZIR QUATRO NOVOS MEDICAMENTOS

                          Quatro novos medicamentos serão fabricados no país a partir de parcerias entre empresas públicas e privadas articuladas pelo Ministério da Saúde. Os acordos que viabilizam a produção nacional de tratamentos de doença de Parkinson, aids, artrite reumatóide e doença de Croh foram assinados nesta terça-feira, 5 de abril, em reunião com representantes do governo federal e da indústria farmacêutica realizada no auditório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAs), em Brasília.

As novas Parcerias Público-Privadas (PPPs) fortalecerão o complexo industrial brasileiro e resultarão em uma economia de R$ 700 milhões no decorrer de cinco anos – período em que o país deverá se tornar autossuficiente na produção destes medicamentos. “Essas parcerias representam perspectiva de ampliar o acesso da população a medicamentos e, ao mesmo tempo, o nosso compromisso de enfrentar cada passo para o desenvolvimento tecnológico do Brasil”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. As medidas também prevêem redução do déficit anual de mais de US$ 10 bilhões na balança comercial do setor de saúde.

“Estas parcerias fortalecem a indústria nacional e contribuem para tornar o país independente do mercado internacional de medicamentos e insumos”, explica o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha. “Com a economia que vamos obter, ampliaremos e melhoraremos o acesso da população a medicamentos e outros produtos para a saúde”, completa.

As quatro novas parcerias envolvem o laboratório público Farmanguinhos e o privado Bristol Myers/Nortec para a produção do antirretroviral Atazanavir (aids); o Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe) e o Merck Sharp & Dohme (MSD) / Nortec para produção do antirretroviral Raltegravir (aids) e a Fundação para o Remédio Popular (Furp) e o Boehringer/Nortec para a produção do Pramipexol (mal de Alzheimer). Além disso, o Instituto Vital Brazil (IVB) e a PharmaPraxis vão se unir em um projeto de pesquisa para a fabricação do medicamento Adalimumabe (artrite reumatóide e doença de Crohn).

As parcerias compõem uma série de iniciativas do Complexo Industrial da Saúde, uma frente de trabalho do governo federal, com a participação da sociedade civil, para o fortalecimento da indústria nacional. As ações são articuladas por um grupo executivo coordenado pelo Ministério da Saúde.

AVANÇOS – Com as novas PPPs, já são 24 as parcerias público-privadas na área da saúde (ver Tabela 2 ao fim do texto). Elas permitem a produção nacional de um total de 29 produtos estratégicos (28 princípios ativos e o contraceptivo DIU), por meio de transferência de tecnologia. Estas 24 parcerias envolvem nove laboratórios públicos e 20 privados.
Atualmente, o governo federal gasta R$ 1,5 bilhão com a importação dos 29 medicamentos, sendo R$ 300 milhões só com os quatro incluídos nas PPPs formalizadas nesta terça-feira (5).

TABELA 1: As quatro novas parcerias para o desenvolvimento do complexo industrial brasileiro

Instituições
Produto
Doença
FARMANGINHOS – Bristol Myers/Nortec
Atazanavir
Antirretroviral – aids
FURP – Boehringer/Nortec
Pramipexol
Doença de Parkinson
LAFEPE – Merck Sharp & Dohme/Nortec
Raltegravir
Antirretroviral – aids
IVB – PharmaPraxis
Adalimumabe            
Artrite rematóide e doença de Crohn

Fonte:  Agência Saúde – Ascom/MS

AUMENTA CONTROLE SOBRE PROFISSIONAIS QUE ATENDEM À SAÚDE

Aumenta controle sobre profissionais que atendem à Saúde

Ministério da Saúde publicou nesta terça-feira (5) novas regras para dificultar irregularidades nas informações prestadas por profissionais, gestores e unidades de saúde ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). O sistema é um registro de trabalhadores e serviços do setor em atividade no país. Uma das alterações é proibir o cadastramento de profissionais de saúde que exerçam mais de dois cargos ou empregos públicos. Na iniciativa privada, deve ser comprovada a compatibilidade de horários.

As medidas vão reforçar as orientações técnicas para o registro e operacionalização de informações contidas no sistema. As novas regras para os profissionais de saúde obedecem o inciso XVI do art. 37 da Constituição Federal de 1998. Hoje existem 284.996 médicos cadastrados nos 227.095 estabelecimentos de saúde.

Desde o início do ano, o Ministério da Saúde, por exemplo, já descadastrou 7.891 agentes comunitários de saúde, 1.137 equipes de Saúde da Família e 914 equipes de saúde bucal, em 1.294 municípios. Entre as principais irregularidades, estão a duplicidade de cadastro de profissionais e o descumprimento de carga horária semanal prevista.

“Este é um passo dentro do processo de amadurecimento do sistema de saúde. Medidas como esta fortalecem o controle social”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Para ele, um dos grandes desafios é aprimorar continuamente os mecanismos de transparência e fiscalização.

No caso de um profissional exercer suas atividades como liberal ou trabalhador autônomo em mais de cinco (05) estabelecimentos de saúde não públicos, terá de justificar esse acúmulo. Pela portaria, a justificativa deverá ser feita pelo gerente do estabelecimento, validada pelo gestor municipal, estadual ou do Distrito Federal. Haverá um campo específico no sistema para o preenchimento dessa justificativa.

O novo cadastro também permitirá o bloqueio do credenciamento quando identificar possíveis irregularidades com um mesmo CPF de um profissional de saúde. Haverá ainda um maior controle do fracionamento da carga horária semanal.

Responsabilidades – A portaria também reitera a responsabilidade do gestor local (estadual, municipal e do Distrito Federal) e dos gerentes dos estabelecimentos de saúde em inserir, manter e atualizar sistematicamente o cadastro dos profissionais de saúde em exercício nos respectivos serviços públicos e privados. Antes, a responsabilidade era apenas dos gestores locais. A atualização é mensal.

Um maior controle foi estabelecido sobre a carga horário dos servidores do Programa Saúde da Família. Em caso de irregularidades – acúmulo de mais de três empregos em estabelecimentos (públicos ou privados) – os repasses poderão ser suspensos até a devida justificativa.

Outra novidade do cadastro prevista na portaria é o confronto de informações com a base de dados do Conselho Federal de Medicina (CFM). Será avaliada a compatibilidade entre o nome do profissional médico e o número de seu registro no Conselho. O novo sistema entrará em vigor no próximo mês.

Fonte – Ascom/MS

MEDICAMENTOS CONTRA REJEIÇÃO DE TRANSPLANTES DE RINS

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério da Saúde) assinou um acordo com a multinacional Roche que permitirá ao Brasil produzir o medicamento Micofenolato de Mofetila, indicado contra a rejeição de órgãos transplantados, principalmente rins. Ainda em 2011, a Fundação fornecerá 9 milhões de comprimidos ao Sistema Único de Saúde (SUS). A parceria com a Roche também prevê intercâmbio científico para o desenvolvimento de novos tratamentos e transferência de tecnologia para a produção de medicamentos contra câncer, doenças neurológicas e virais.

O acordo levará a uma redução do preço praticado com o Ministério da Saúde (MS) durante o período de transferência de tecnologia (o valor passará de R$ 1,87 para R$ 1,67) e também propiciará o domínio de todas as fases do processo, incluindo a produção do insumo farmacêutico ativo (IFA). Com a incorporação do todo o processo de produção do medicamento, a estimativa é que o gasto anual do governo diminua nos próximos anos. A partir de 2012, a produção da Fiocruz atingirá 20 milhões de unidades por ano.

O presidente mundial da Roche, Severin Schwan, e o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, participaram da assinatura, na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro. Para o presidente da Fiocruz, o acordo com a multinacional permitirá aumentar a sustentabilidade do SUS e é mais um avanço no fortalecimento da política nacional de pesquisa e desenvolvimento (P&D), além de abrir oportunidade para outras parcerias.

“Essa capacidade de diálogo e intercâmbio tecnológico e científico é fundamental para o país, trazendo benefícios para a população”. Gadelha lembrou que o projeto contribui para reduzir o déficit comercial brasileiro na área da saúde, e que a Fundação e o Brasil ganham ao firmar parcerias que tenham como contrapartida o investimento em ciência e tecnologia. “Estamos garantindo o acesso a medicamentos”, complementou.

Segundo o diretor do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), Hayne Felipe, o acordo possibilita à instituição incorporar novas tecnologias e aumenta sua autonomia.

O presidente mundial da Roche, Severin Schawn, afirmou que espera desenvolver uma cooperação de longo prazo com a Fundação e o país. “É uma oportunidade para inovar e crescermos juntos. Por isso não penso em termos de meses ou em projetos de curto prazo. O Brasil é cada vez mais importante no mundo, e a Roche, que está aqui há 80 anos, quer ficar pelo menos mais 80”.

O número de transplantes realizados no país apresenta crescimento sustentado nos últimos anos. Enquanto em 2003 foram realizados 12.722 procedimentos, em 2009 o Brasil contabilizou 20.253 cirurgias desse tipo – um aumento de 59,2%. Só no primeiro semestre de 2010, o número de transplantes de órgãos sólidos (coração, fígado, rim, pâncreas e pulmão) chegou a 2.367. A quantidade é 16,4% maior que o número de procedimentos realizados no mesmo período de 2009 (2.033 transplantes).

A Roche é uma empresa suíça e ocupa a sétima posição no ranking das maiores empresas farmacêuticas em âmbito mundial, com um faturamento de 49,1 bilhões de francos suíços (US$ 50,7 bilhões) e investimento em pesquisa e desenvolvimento de 9,9 bilhões de francos suíços (US$ 10,3 bilhões), em 2009. A multinacional atua nas áreas de medicamentos e diagnósticos, com foco em oncologia, infecções virais, disfunções dos sistemas metabólico e nervoso central e doenças inflamatórias. Em 2009, com a aquisição da Genentech, empresa líder em biotecnologia, por US$ 46,8 bilhões, a Roche assumiu também a liderança no setor de oncologia.

Fonte:  Agência Saúde – Ascom/Fiocruz

ESTADO REAFIRMA COMPROMISSO COM A SAÚDE EM APOIO À SANTA CASA

                      A Junta Interventora da Santa Casa de Campo Grande definiu em reunião nesta quinta-feira (31) algumas ações imediatas e providências de médio prazo para melhorar o atendimento no hospital. Com apoio da bancada federal, governo e prefeitura também deverão tentar junto ao governo federal a viabilização de mais recursos financeiros.

 A secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, e o prefeito da Capital, Nelson Trad Filho, participaram da reunião, que acontece semanalmente, e anunciaram para a próxima semana a abertura de novos leitos de UTI, além de providências para agilizar procedimentos de reforma física que já estão com o processo em andamento.

 Na próxima semana, já deverão ser abertos mais oito leitos, sendo dois no setor de tratamento intensivo. “Isso já desafoga os [leitos] que estão sendo ocupados no Centro Cirúrgico”, explicou o prefeito, informando também que, através do governador André Puccinelli e da bancada federal, está sendo marcada uma reunião com o Ministério da Saúde para discutir a viabilização de mais recursos financeiros para o hospital.

 De acordo com a secretária Dobashi, também foram definidas na reunião as seguintes ações: a agilização para término da reforma para abertura de mais 12 leitos, para os quais será necessária compra de equipamentos; o início da reforma da Unidade Coronariana (UCO), que também vai necessitar ser equipada; e o início de procedimentos para a transformação jurídica da Santa Casa de Campo Grande, que passaria a ser administrada por uma fundação, de caráter privado, mas tendo co-participação da gestão pública estadual e municipal. A mudança é complexa, explicou Dobashi, mas entre as vantagens dessa nova situação jurídica estão a facilidade para contabilidade, para controle de contas, para captação de recursos e para implantação de uma gestão mais moderna.

 A Santa Casa é um hospital privado, que atualmente encontra-se sob intervenção do poder público, por ordem da Justiça, atendendo pedido dos ministérios públicos estadual e federal. Como interventores, o governo de Mato Grosso do Sul e Prefeitura de Campo Grande, vêm fazendo uma série de esforços para corrigir deficiências e melhorar as condições do atendimento. Por parte do Estado, a secretária de Saúde garantiu mais uma vez a aquisição de equipamentos para a Unidade Coronariana, que vai ser reformada. As obras somente ainda não começaram porque a reforma do Pronto Socorro teve custo três vezes maior que o inicialmente previsto. No entanto, explicou Dobashi, o município viabilizou os recursos adicionais, e a reforma vai acontecer.

 Secretária Beatriz Dobashi: Estado mantém compromissos assumidos com a Santa Casa “O Estado já havia se comprometido a dar esses equipamentos, e esse compromisso permanece; assim que a reforma estiver pronta, eles serão entregues”, assegurou. Conforme o prefeito Nelsinho, o hospital também vai contar com uma doação de equipamentos por parte de um empresário, que se comprometeu, como pessoa física, a contribuir com a compra de aparelhos para 12 leitos de UTI.

 Choque de gestão

 Ao falar da existência constante de atendimento nos corredores, por falta de espaço nos ambientes apropriados, Nelson Trad Filho ressaltou que essa “é uma questão de fluxo de pacientes, da regulação da entrada”. “Como é um hospital de alta complexidade, que recebe pacientes graves, não tem como recusar [o atendimento, mesmo com lotação]. A questão é dar mais agilidade ao paciente que está internado, a fim de desocupar os leitos para que os que vão entrar possam ser acomodados. Mas a premissa é atender a todo mundo, para terem preservadas as suas vidas”, garantiu.

 Conforme o prefeito e a secretária estadual de Saúde, mesmo com as medidas paliativas que possam ser tomadas durante a intervenção, a Santa Casa ainda precisará de mudanças como o aperfeiçoamento de gestão e de se adequar ao sistema de saúde pública estadual. Uma das pautas da reunião, conforme Nelson Trad Filho, foi a necessidade de uma eficiência mais apurada no choque de gestão, “a fim de fazer frente às despesas a maior que terá com a reativação das novas unidades”.

 “Precisa de providências maiores, como mais recursos, mais regulação interna, mais submissão às regras do sistema estadual”, avalia Beatriz Dobashi. A secretária explica que é preciso que a Santa Casa aceite ser regulada, assim também como o SAMU – que, dessa forma, encaminharia mais adequadamente o paciente ou para a Santa Casa, ou para o Hospital Universitário (HU). “E o HU precisa fazer o que foi pactuado e aceitar, por exemplo, a ortopedia de menor complexidade, deixando só a de maior complexidade para a Santa Casa”, completa a secretária.

 Fonte: www.saúde.ms.gov.br
 

PROGRAMA NACIONAL DE TELESAÚDE

O Programa Nacional de Telessaúde foi criado pelo Ministério da Saúde com objetivo de oferecer apoio ao processo de qualificação dos profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF). Em caráter de programa de educação permanente, utiliza a teleducação e teleassistência como ferramentas de suporte para os profissionais da Atenção Primária à Saúde. Hoje, o Telessáude já está instituído em nove Estados brasileiros. A coordenadora do Núcleo no Estado do Rio de Janeiro, Alexandra Monteiro, professora adjunta de radiologia da da Faculdade de Ciências Médicas  da  UERJ, conversou com a IATS News sobre os objetivos e serviços oferecidos pelo projeto e o que o gestor de saúde pode esperar desse auxílio.

1. Como funciona a  teleducação e a teleassistência como ferramentas de suporte para os profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS)?

Alexandra Monteiro – Com o suporte na infraestrutura do Laboratório de Telessaúde da UERJ, o Núcleo RJ promove aulas e seminários virtuais regulares e interativos onde os profissionais podem enviar dúvidas e comentários pela rede de internet, incluindo o acesso por alguns tipos de celulares. São também disponibilizados cursos de atualização à distância, certificados pela Universidade, com carga horária total de quinze horas.

Ao utilizar a teleconsultoria para uma segunda opinião em casos clínicos ou dúvidas gerais, o Núcleo RJ disponibiliza a interconsulta síncrona (teleconferência, em tempo real, pré-agendada através do site) e o  sistema web assíncrono (consultor tem até 72 horas para enviar  sua resposta). Para utilizar estas metodologias, o solicitante precisa antes se cadastrar no Programa pelo site. Estas duas metodologias aplicadas facilitam o acesso de todos os profissionais, pois podem ser selecionadas a qualquer momento,  dependendo  apenas da  boa qualidade e velocidade da internet do solicitante.

2. O que o gestor de saúde pode esperar? Como este Núcleo pode auxiliá-lo?

AM- O gestor pode esperar, resumidamente, a melhoria no atendimento da população do seu município, tendo em vista que os profissionais estarão em um processo permanente de capacitação e atualização, sem o afastamento prolongado do seu local de trabalho. Por outro lado, a possibilidade de envio de dados e imagens para uma segunda opinião, feita pela rede de telessaúde, pode acelerar o processo de atendimento reduzindo os deslocamentos no Sistema Único de Saúde. No período de junho de 2009 à junho de 2010, por exemplo, os resultados positivos da rede de telessaúde no estado do Rio de Janeiro demonstraram uma redução de 40% nos encaminhamentos de pacientes pelos municípios.

3. Como se dá a relação médico-paciente com a utilização da telemedicina/ telessaúde? Quem é o responsável pelo atendimento do paciente?

AM – Os Conselhos Federal de Medicina e de Odontologia já tem resoluções específicas que normatizam o atendimento quando é utilizada a rede de Internet. Em síntese nada é modificado. O profissional local é o responsável ético e legal pelo atendimento ao paciente. O que muda é a relação entre os profissionais que podem ter um teleconsultor especializado para dúvidas específicas notadamente na atenção primária.

4. Quais os resultados positivos já obtidos com a implementação desse sistema? Há quantos anos está em funcionamento?

AM – O Núcleo do Estado do Rio de Janeiro foi criado em 2007, mas iniciou sua atividades no final de 2008, após um longo processo de inclusão digital e implantação de uma rede estadual em telessaúde. Desta forma, no período de janeiro de 2009 à janeiro de 2011, cerca de 10.000 profissionais já foram beneficiados com as atividades de teleducação disponiblizadas. Algumas atividades, inclusive, integram nacionalmente os profissionais, como o programa de controle da hanseníase.

5. Quais são os projetos ou iniciativas futuras esperadas ou em andamento?

AM – Alguns desdobramentos positivos estão sendo consolidados com destaque à teleconsultoria especializada na telerradiologia. No Brasil há uma alta incidência de tuberculose onde a radiografia convencional do tórax pode auxiliar na facilitação do diagnóstico com consequente instituição imediata do tratamento. A telemedicina/telessaúde está diretamente relacionada à tecnologia, logo, a todo e qualquer momento, novas possibilidades estarão sendo incluídas.

Conheça mais sobre o Programa Telessaúde: http://www.telessaudebrasil.org.br/


Fonte: IATS/ Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde