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União da SES e Cosems-MS mantém MS no ranking da vacinação nacional e algumas cidades não registram novos casos de Covid-19 há vários dias. Como é o caso de Caracol, distante a quase 400km da capital, que há mais de 60 dias não possui novo caso.

A Secretária de Saúde de Caracol, Rosineia Gomes de Assis, explica “é uma vitória, resultado de trabalho árduo, graças aos esforços conjuntos do COSEMS e da SES fomos contemplados com o estudo da faixa de fronteira. Como grande parte da população está imunizada estamos focados na vacinação dos adolescentes e a terceira dose dos idosos, e sempre chamamos quem ainda não foi, independentemente da idade”.

Os municípios de Figuierão, Juti, Jaraguari e Novo Horizonte do Sul estão há mais de 30 dias sem novos casos e Antônio João há mais de 20 dias.

O Presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde – Cosems-MS, Rogério Leite conta “é uma imensa felicidade ver estes números, pois eles representam vidas. Estamos em constante construção, todos os municípios e o Estado, com o Dr. Geraldo Resende, às vezes há choques de ideias, pois apesar de estarmos dentro do mesmo Estado cada cidade possui sua peculiaridade, mas com diálogo e respeito seguimos juntos com o mesmo propósito”.

“Na semana passada, por exemplo, servidores de Amambaí tiveram que andar 250 km para aplicar a segunda dose, um município pequeno, com poucos vacinadores. Mas uma coisa é certa, todos estão empenhados, e o resultado é esse, MS liderando o cenário nacional, e inúmeros municípios sem novos casos”, complementa Rogério.

Vacinômetro

De acordo com o vacinômetro 93,87% da população acima de 18 anos e grupos prioritários já receberam a primeira dose ou dose única, sendo que 71,14% já estão imunizados (receberam as duas dose ou dose única.

No dia 10 de setembro, foi realizado uma reunião com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), a Associação de Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) e do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems-MS) para discutir o processo de imunização no Estado.

Durante a reunião o presidente do Cosems Rogério Leite enfatizou, “as equipes da SES e de todos os municípios estão imbuídas nesse processo. As doses estão nos municípios, as equipes estão trabalhando diuturnamente em todos os dias da semana e muitas vezes não conseguimos ter o êxito pela falta de procura”.

“O comparecimento da população é fundamental, pois os municípios estão fazendo o que lhes compete, cabe também a população colaborar. Se hoje temos hospitais vazios e decréscimo substancial de casos positivos, isso é resultado da vacinação, mas temos sim que estudar novas estratégias para que as pessoas tomem a segunda dose e o reforço”, complementa Rogério Leite.

O Secretário de Saúde do Estado, Geraldo Resende explica que alguns dados vêm preocupando, “das pessoas que estão indo a óbito em nosso Estado, 60% não tomaram nenhuma vacina ou tomaram apenas a primeira dose. E os outros 40% são de pessoas que tomaram as duas doses há mais de seis meses e têm mais de 60 anos”.

O presidente da Assomasul Valdir Júniorfaz um apelo, “não adianta o prefeito e o governo montar uma estrutura, distribuir as doses e a população não comparecer aos locais de vacinação. Precisamos dividir essa responsabilidade para que continuemos liderando o esse processo em nosso país”.

Participaram do encontro na manhã desta sexta-feira, além dos já citados, os prefeitos de Bela Vista, Reinaldo Piti e de Nova Alvorada do Sul, José Paulo Paleari; a diretora geral de Vigilância em Saúde da SES, Larissa Castilho; e o assessor técnico do Corpo de Bombeiros Militar na SES, Coronel Marcello Fraiha.

O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde e a Secretaria de Estado deliberaram que os municípios de MS podem aplicar a dose de reforço nos idosos a partir de cinco meses após a última dose do esquema vacinal (segunda dose ou dose única), independente do imunizante aplicado e não mais em 6 meses como previsto.

O Presidente do Conselho, Rogério Leite explica “a variante Delta está presente no Estado, a alteração no aprazamento da dose de reforço visa garantir que a variante não acometa os idosos, e assim evitar possíveis óbitos deste público”.

“Os municípios já podem alterar a data do reforço a partir do recebimento deste lote, claro que de acordo com o quantitativo recebido”, complementa Rogério.

Já as pessoas com alto grau de imunossupressão, que fazem quimioterapia, hemodiálise, transplantados, que vivem com HIV/AIDS, pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas (reumatológicas, auto inflamatórias, doenças intestinais inflamatórias), podem tomar o reforço após 28 dias, que tenham tomado a última dose do esquema.

A resolução traz ainda que devido à necessidade de atingir com a maior brevidade possível a imunidade coletiva em todo o território estadual, como medida de mitigação contra a variante Delta do Coronavírus, ficam autorizados os municípios a seguirem os seguintes períodos de aprazamentos:

I – Aprazamento de 21 dias a 12 semanas para a vacina Pfizer;

II – Aprazamento de 08 a 12 semanas para a vacina Astrazeneca; e

III – Aprazamento de 14 a 28 dias para a vacina Coronavac.

Importante destacar que o cidadão deverá consultar o calendário de vacinação do seu respectivo município, pois os prazos dependem da disponibilidade de doses.

Veja a resolução:

Mato Grosso do Sul recebeu hoje (06/09) a confirmação de três amostras sequenciadas com a variante Delta do Coronavírus, sendo duas amostras coletadas em Campo Grande e uma em Ladário.

A Secretária de Saúde de Ladário Josiane Braga conta “ficamos ciente do caso na data de hoje, logo após ao conhecimento, a equipe epidemiológica foi em busca desse caso. A paciente estava de passagem pelo município. A amostra foi coletada no dia 23/07, é de uma Senhora, de 52 anos, residente do Rio de Janeiro que estava em passagem pela cidade, os familiares já tinham sido vacinados e estão bem”.

O Presidente do Cosems/MS, Rogério Leite explica “mesmo sem saber que se tratava da Variante Delta os municípios realizaram o trabalho que lhes competes, notificando e monitorando os pacientes. Esta confirmação é para ficarmos vigilantes, a variante já circula em todo o País”.

As amostras são do monitoramento de rotina feita pelo Central de Saúde Pública (Lacen/MS)  como parte das ações de vigilância genômica. As amostras foram coletadas em 23 e 27 de julho deste ano e encaminhadas ao laboratório da  Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Amazonas.