MINISTÉRIO DA SAÚDE DIVULGA NOVOS CASOS DE MICROCEFALIA

Até 5 de dezembro de 2015, foram registrados 1.761 casos suspeitos de microcefalia, em 422 municípios de 14 unidades da federação. As informações são do Informe Epidemiológico sobre Microcefalia, divulgado nesta terça-feira (08).  O Ministério da Saúde, junto com gestores de Saúde de estados e municípios, continua tratando como prioridade a investigação desses casos e suas possíveis causas e consequências.

Neste período, o estado de Pernambuco registrou o maior número de casos (804). Em seguida estão os estados de Paraíba (316), Bahia (180), Rio Grande do Norte (106), Sergipe (96), Alagoas (81), Ceará (40), Maranhão (37), Piauí (36), Tocantins (29), Rio de Janeiro (23), Mato Grosso do Sul (9), Goiás (3) e Distrito Federal (1).

Entre o total de casos, foram notificados 19 óbitos, nos estados do Rio Grande do Norte (7), Sergipe (4), Rio de Janeiro (2), Maranhão (1), Bahia (2), Ceará (1), Paraíba (1) e Piauí (1). As mortes foram de bebês com microcefalia, e suspeita de infecção pelo vírus Zika. Os casos ainda estão em investigação para confirmar a causa dos óbitos.

 

UNIDADE DA FEDERAÇÃO CASOS SUSPEITOS ÓBITOS
Pernambuco 804 0
Paraíba 316 1
Bahia 180 2
Rio Grande do Norte 106 7
Sergipe 96 4
Alagoas 81 0
Ceará 40 1
Maranhão 37 1
Piauí 36 1
Tocantins 29 0
Rio de Janeiro 23 2
Mato Grosso do Sul 9 0
Goiás 3 0
Distrito Federal 1 0
Total       1.761 19

 

Desde o dia 7 de dezembro, o Ministério da Saúde passou a adotar, em consonância com as secretarias estaduais e municipais de Saúde, a medida padrão da Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 32 cm, para a triagem de bebês suspeitos de microcefalia. Até então, a medida utilizada pelo Ministério era de 33 cm. A iniciativa teve como objetivo incluir um número maior de bebês na investigação, visando uma melhor compreensão da situação.

Vale esclarecer que o perímetro cefálico (PC) varia conforme a idade gestacional do bebê. Assim, na maioria das crianças que nascem após nove meses de gestação, o crânio com 33 cm de diâmetro é considerado normal para a população brasileira, podendo haver alguma variação para menos, dependendo das características étnicas e genéticas da população.

PROTOCOLO – O Ministério da Saúde elaborou um protocolo emergencial de vigilância e resposta aos casos de microcefalia relacionados à infecção pelo Zika. O objetivo do protocolo é passar informações, orientações técnicas e diretrizes aos profissionais de saúde e equipes de vigilância. O material foi elaborado a partir das discussões entre o Ministério da Saúde e especialistas de diversas áreas da medicina, epidemiologia, estatística, geografia, laboratório, além de representantes das Secretarias de Saúde de Estados e Municípios afetados.

O protocolo contém orientações como a definição de casos suspeitos de microcefalia durante a gestação, caso suspeito durante o parto ou após o nascimento, critérios para exclusão de casos suspeitos, sistema de notificação e investigação laboratorial.  Além disso, há orientações sobre como deve ser feita a investigação epidemiológica, dos casos suspeitos e sobre o monitoramento e análise dos dados. Por fim, o protocolo traz informações sobre o reforço do combate ao mosquito Aedes aegypti. Confira o protocolo na íntegra.

PLANO NACIONAL – No dia 5 de dezembro, foi lançado o Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia.  Trata-se de uma grande mobilização nacional envolvendo diferentes ministérios e órgãos do governo federal, em parceria com estados e municípios, para conter novos casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika. O Plano é resultado da criação do Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em saúde Pública de Importância Nacional e Internacional (GEI-ESPII), que envolve 19 órgãos e entidades.

Com o crescente número de casos de microcefalia no país, o Ministério da Saúde declarou, no mês passado, Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional no país.

O plano é dividido em três eixos de ação: Mobilização e Combate ao Mosquito; Atendimento às Pessoas; e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa. Essas medidas emergenciais serão colocadas em prática para intensificar as ações de combate ao mosquito.

 

CASOS DE MICROCEFALIA EM INVESTIGAÇÃO

UNIDADE DA FEDERAÇÃO CASOS SUSPEITOS ÓBITOS
Pernambuco 804 0
Paraíba 316 1
Bahia 180 2
Rio Grande do Norte 106 7
Sergipe 96 4
Alagoas 81 0
Ceará 40 1
Maranhão 37 1
Piauí 36 1
Tocantins 29 0
Rio de Janeiro 23 2
Mato Grosso do Sul 9 0
Goiás 3 0
Distrito Federal 1 0
Total       1.761 19

 

CASOS DE MICROCEFALIA NOTIFICADOS POR ANO NAS CATORZE UF

UF 2010 2011 2012 2013 2014
Pernambuco 7 5 9 10 12
Paraíba 6 2 3 5 5
Rio Grande do Norte 2 2 4 0 1
Sergipe 3 1 2 0 2
Alagoas 3 7 2 3 2
Bahia 12 13 7 14 7
Piauí 1 0 4 4 6
Ceará 8 4 9 5 7
Maranhão 3 2 6 2 2
Tocantins 1 0 1 4 0
Rio de Janeiro 10 15 8 19 10
Goiás 3 4 3 2 3
Distrito Federal 3 3 1 2 2
Mato Grosso do Sul 0 0 1 3 0

 

CASOS DE MICROCEFALIA NOTIFICADOS POR ANO NO BRASIL

  2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 153 139 175 167 147
 

 

Fonte: www.conasems.org.br

BRASIL REGISTRA QUEDA NA TAXA DE DETECÇÃO E MORTALIDADE POR AIDS

De 2013 a 2014, a taxa de detecção caiu 5,5%, sendo a maior redução dos últimos 12 anos. A mortalidade por aids teve queda de quase 11% desde 2003. Os números foram divulgados hoje pelo Ministério da Saúde  

A taxa de detecção de aids caiu 5,5% em um ano, de 20,8 casos por 100 mil habitantes em 2013 para 19,7 casos por 100 mil habitantes, em 2014. A redução é a maior nos últimos 12 anos de epidemia. Os dados são do novo Boletim Epidemiológico de HIV e Aids de 2015, divulgado nesta terça-feira pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro, por ocasião do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro. Na solenidade, realizada em Brasília, também foi lançada a campanha de prevenção ao HIV e aids deste ano. Ainda segundo o boletim, nos últimos 12 anos, a taxa de detecção de aids caiu 9%. De 21,6 casos por 100 mil habitantes, em 2003, para 19,7 por 100 mil habitantes em 2014.

Confira aqui a apresentação

O incentivo ao diagnóstico e ao início precoce do tratamento, antes mesmo do surgimento dos primeiros sintomas da doença refletiram na redução da mortalidade e a morbidade do HIV. Desde 2003, houve uma queda de 10,9% na mortalidade dos pacientes com aids no país. A taxa caiu de 6,4 óbitos por 100 mil habitantes em 2003 para 5,7 óbitos por 100 mil habitantes em 2014. Em 2014, foram registradas 12.449 mortes.

“Nossa preocupação é garantir que todo e qualquer cidadão se submeta ao exame para identificar a existência do vírus e, em caso positivo, inicie imediatamente o tratamento que é fornecido gratuitamente na rede pública de saúde para 100% dos pacientes com HIV. Essa ação tem um impacto crucial na mortalidade e na qualidade de vida dessas pessoas”, orientou o ministro da Saúde, Marcelo Castro.

No novo boletim é possível observar quedas importantes no coeficiente de mortalidade em estados como o Rio Grande do Sul (-10,9% no período de 2003 a 2014); Santa Catarina (-19,8%), São Paulo (-40,2%) e Goiás (-12,5%). Os números são resultado de um conjunto de medidas desenvolvidas pelo Ministério da Saúde como a implantação, em 2013, do Novo Protocolo Clínico de Tratamento de Adultos com HIV e Aids. De janeiro a outubro de 2015, mais de 65,7 mil novas pessoas com HIV e aids entraram em tratamento pelo SUS, um crescimento de 7% comparado ao mesmo período de 2014.

Para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Nardi, as quedas nas taxas de mortalidade são resultado de um trabalho em conjunto com estados e municípios. “A redução no número de óbitos no país é observada tanto no cenário nacional quanto estadual, com destaque para a situação do Rio Grande do Sul que já apresentou quedas importantes em suas taxas de mortalidade. Esse resultado é fruto de um conjunto de ações desenvolvidas ao longo do ano por ocasião do acordo interfederativo estabelecido entre o Estado e o Ministério  da Saúde para combater os altos índices no estado”, avaliou.

90-90-90 – Um dos resultados mais expressivo das ações de combate ao HIV e aids no país é o alcance das metas 90-90-90. Estabelecida pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), as metas tem como objetivo 90% das pessoas testadas, 90% tratadas e 90% com carga viral indetectável até 2020.

O Brasil tem avançado rapidamente nestas metas, tendo alcançado melhoras significativas em todos os indicadores. No diagnóstico, o Brasil passou de 80%, em 2012, para 83%, em 2014, um aumento de cerca de 4%. A ampliação da testagem é uma das frentes da nova política de enfrentamento do HIV e aids no país. Em 2014, foram realizados 7,8 milhões de testes no país, sendo que, em 2015 (até setembro) foram 9,6 milhões de testagem, um aumento de 22,4%.

“O conjunto de ações que vem sendo desenvolvidas pelo Ministério da Saúde há 30 anos colocou o Brasil em uma posição privilegiada: somos um dos primeiros países do mundo com possibilidade de alcançar as metas do 90/90/90 estabelecida pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) da Organização Mundial de Saúde (OMS). E estamos reunindo todos os esforços para garantir essa conquista tão importante”, afirmou o ministro.

Os maiores incrementos foram observados na meta relacionada ao tratamento, que passou de 44%, em 2012, para 62%, em 2014, um aumento de 43%. De 2009 a 2015, o número de pessoas em tratamento no Sistema Único de Saúde aumentou 53,2%, passando de 231 mil pessoas para 450 mil.

Ainda em 2015, foi possível observar um crescimento de 41% no número de pessoas com sistema imunológico não comprometido (CD4 superior a 500 células por mm3) em tratamento. São pessoas que, na recomendação anterior, não tinham indicação de tratamento e que a partir do novo protocolo tiveram acesso aos medicamentos, melhorando a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV e aids e reduzindo também a transmissão do vírus. Em 2014, esse número era de 37% dos pacientes.

Outro dado que demonstra o sucesso da nova estratégia de tratamento é a queda na proporção das pessoas que chegam aos serviços com diagnóstico tardio, apresentando comprometimento imunológico sério. Esta proporção passou de 31%, em 2009, para 25% em 2015.

Os números em relação à transmissão vertical de mãe para filho também apresentam uma importante redução. Segundo o novo boletim, entre 2013 e 2014, houve redução de 9,7% na taxa de detecção em menores de cinco anos: de 3,1 para 2,8 por 100 mil habitantes. Entre os anos de 2002 e 2014 essa queda é ainda mais acentuada – 58,2% –, de 6,7 casos a cada 100 mil habitantes, em 2012, para 2,8 em 2014. Os resultados são impacto do trabalho desenvolvido pela Rede Cegonha na atenção básica.

NOVAS AÇÕES – Este ano, o Ministério publicou um novo Protocolo Clinico de Diretrizes e Tratamento que simplifica os procedimentos para o uso de medicamentos antirretrovirais após exposição ao vírus do HIV. Publicada em agosto deste ano, o documento recomenda um esquema único de tratamento a todas as situações. Além disso, há também a redução do tempo de acompanhamento dos pacientes que passa de seis para três meses. Todas essas mudanças fizeram com que o número de Profilaxia Pós Exposição (PEP) passassem de 3,6 mil tratamentos – no segundo semestre de 2014 – para mais de 10,4 tratamentos no mesmo período de 2015, um aumento de 186%.

A ampliação da oferta de testagem também recebeu um novo incentivo com a publicação de resolução da Anvisa que permite o registro no Brasil de autotestes orais para a triagem do vírus HIV e que poderão ser utilizados por usuários leigos. Publicada nesta segunda-feira (30), a medida permite a comercialização do produto no país, tornando o Brasil um dos poucos do mundo a adotar a estratégia. A resolução regulamenta a comercialização dos autotestes farmácias e postos de medicamentos.

Os produtos deverão conter informações claras que indiquem seu uso seguro e eficaz, incluindo ilustrações sobre a obtenção da amostra, execução do teste e leitura do resultado. A norma também responsabiliza os produtores para o esclarecimento quanto à janela imunológica humana – intervalo de tempo entre a infecção pelo vírus e a produção de anticorpos no sangue –, bem como orientações de conduta do indivíduo após a realização do teste. A Anvisa estabeleceu ainda que os produtores devem disponibilizar uma central telefônica de suporte ao usuário 24 horas, sete dias da semana, além de uma embalagem contendo indicação do serviço Disque Saúde do Ministério da Saúde (136).

REDUÇÃO DE PREÇOS – O Brasil também tem realizado um grande esforço para  reduzir os preços dos medicamentos antirretrovirais. Em novembro deste ano, países do Mercosul fecharam a primeira compra conjunta de medicamentos durante reunião de ministros de saúde do bloco, em Assunção, Paraguai. Um das primeiras conquistas da negociação foi a aquisição do medicamento Darunavir, usado no tratamento de aids, por oito países.

A negociação garantiu uma economia de U$ 20 milhões para os países do bloco. No Brasil, a redução esperada é de U$ 14,2 milhões. Atualmente, o darunavir é usado no tratamento de nove mil pessoas vivendo com HIV e aids no país.

CAMPANHA – Durante o lançamento do novo boletim foi apresentada a nova campanha publicitária do Dia Mundial de Luta contra a Aids. Com o slogan “Com o tratamento, você é mais forte que a aids”, a nova campanha foca na importância do início do tratamento tão logo o paciente descubra ser soropositivo, que é o segundo pilar na Meta 90-90-90. A nova comunicação dá seguimento a campanha #PartiuTeste, primeiro pilar da Meta 90-90-90.

O objetivo é incentivar a prevenção, testagem e principalmente o início do tratamento em todos os diagnósticos positivos. O material é composto por peças para rádio, jornal, televisão e redes sociais, além dos materiais gráficos (cartazes e folder) que serão enviados aos estados e também estarão disponíveis para download no site do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

Outra novidade é a disponibilização, pela primeira vez, de um banco de dados com informações básicas de aids dos 5.570 municípios do Brasil. Por meio da página www.aids.gov.br/indicadores, os gestores poderão ter acesso a dados de população; nascimentos; casos de aids; óbitos por aids e indicadores de detecção de casos de aids; de razão de sexo; de gestantes infectadas pelo HIV e coeficientes de mortalidade por aids. Assim, os gestores municipais terão informações para formulação, gestão e avaliação de políticas e ações públicas para a resposta à epidemia pelo SUS.

Durante a cerimônia, também serão lançados o livro “A Síndrome” – Histórias de luta contra a aids e apresentado o trailer do documentário: “Aids no Brasil”- Lutas e memórias. No hall de entrada do Auditório Emílio Ribas, haverá a exposição: Vida, HIV e Juventude com fotos de jovens vivendo com HIV e jovens ativistas.

NÚMEROS AIDS – A epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 19,7 casos, a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 40 mil casos novos ao ano. Desde o início da epidemia de aids no Brasil – em 1980 –, até junho de 2015, foram registrados no país 798.366 casos de aids.

A epidemia tem se concentrado, principalmente, entre populações vulneráveis e os mais jovens. Em 2004, a taxa de detecção entre jovens – de 15 a 24 anos – era de 9,5 casos a cada 100 mil habitantes, o que equivale a cerca de 3,4 mil casos. Já em 2014, esse número foi de 4,6 mil casos, representando um taxa de detecção de 13,4 casos por 100 mil habitantes, um aumento de 41% na taxa de detecção nessa população.

“Este é um fenômeno geracional que tem nos preocupado. Vários podem ser os fatores que levam a esse crescimento. Trata-se de uma geração muito mais liberal do que a anterior, em relação às questões sexuais. Além disso, é uma geração que não viveu o auge da epidemia de aids nos anos 80, quando muitos ídolos da juventude morreram de forma dramática”, avaliou o  diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita.

Segundo o diretor, o crescimento da epidemia entre jovens não é um fenômeno apenas no Brasil, mas comum a todos os países. Todos os fatores comportamentais mencionados levaram os jovens de todos os países a se exporem mais ao vírus, como observado nos novos índices.

DOAÇÃO DE SANGUE: CAMPANHA VISA SENSIBILIZAR NOVOS DOADORES E FIDELIZAR OS EXISTENTES

Cerca de um milhão de pessoas praticaram o ato pela primeira vez em 2014. Outras 1,6 milhão retornaram para doar

Sensibilizar novos doadores e fidelizar os já existentes é o objetivo da Campanha Nacional de Doação de Sangue em 2015. A ação vai ao ar a partir desta quinta-feira (26/11) com o slogan “Doar sangue é compartilhar vida” e também uma mensagem de agradecimento aos atuais doadores. Em 2014, cerca de um milhão de pessoas praticaram o ato de solidariedade pela primeira vez, o que representa 38% do total das doações de sangue. Já outras 1,6 milhão (62%) retornaram para doar.

Atualmente, 1,8% da população brasileira doa sangue. Embora o percentual fique dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) – de pelo menos 1% da população – o Ministério da Saúde trabalha para aumentar o índice. A expectativa é reforçar a importância dessa atitude por meio da campanha, que contará com spot, vídeo e peças para redes sociais, além da distribuição de material gráfico nos estabelecimentos de saúde.

“O mais importante é despertar o compromisso de um gesto de solidariedade, concretizado com o ato da doação. Por isso, devemos aproveitar este dia para conclamar a população a doar vida, sendo um doador de sangue”, ressalta o ministro da Saúde, Marcelo Castro.

Entre 2013 e 2014, houve aumento de 5% nas coletas de bolsa de sangue no país, passando de 3,5 milhões para 3,7 milhões. Já as transfusões de sangue aumentaram 6,9%. Em 2013, foram realizados 3 milhões de procedimentos, sendo que no ano passado foram 3,3 milhões. O perfil dos doadores de sangue se mantém estável ao longo dos últimos anos. Em 2014, 61% eram do sexo masculino e 39% do sexo feminino. O maior percentual está na faixa etária a partir dos 29 anos, com 59% do total dos doadores, enquanto as pessoas de 18 a 29 anos representam 41%.

“A grande preocupação é sensibilizar novos doadores e agradecer aos que já doaram no sentido de mobilizar que sejam fidelizados no ato da doação. Doar sangue é compartilhar vida, já que uma simples doação pode salvar até quatro vidas. Por isso a importância de conscientizarmos cada vez mais a população para se sensibilizarem com o tema e ajudarem cada vez mais pessoas”, coordenador Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, João Paulo Baccara.

ASSISTÊNCIA – No Brasil, pessoas entre 18 e 60 anos podem doar sangue. Para os menores, é necessário o consentimento dos responsáveis e entre 60 e 69 anos a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. Além disso, é preciso pesar no mínimo 50 quilos e estar em bom estado de saúde. O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação, não fumar e não estar de jejum. No dia, é imprescindível levar documento de identidade com foto.

A doação é 100% voluntária e beneficia qualquer pessoa independente de parentesco. É importante lembrar que o sangue é essencial para os atendimentos de urgência, realização de cirurgias eletivas de grande porte e tratamento de pessoas com doenças crônicas, como Doença Falciforme e a Talassemia, além de doenças oncológicas variadas que necessitam de transfusão frequentemente. Atualmente, 32 hemocentros coordenam os 530 serviços de coleta (hemocentros regionais e núcleos de hemoterapia) distribuídos por todo o país. 

INVESTIMENTO – Em 2014, o Ministério da Saúde investiu R$ 917,6 milhões na rede de sangue e hemoderivados. Os recursos foram destinados ao fortalecimento da rede nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) para a modernização das unidades, qualificação dos profissionais e processos de produção da hemorrede, além da atenção aos pacientes.

Fonte: www.saude.gov.br  

REUNIÃO DA CIT DEBATE MICROCEFALIA E CORTE ORÇAMENTÁRIO PARA A SAÚDE NOS MUNICÍPIOS

A Comissão Intergestores Tripartite (CIT) se reuniu nesta quinta-feira (26), na OPAS, em Brasília. Dentre os pontos discutidos, destacaram-se o panorama dos casos de dengue no Brasíl e dados sobre a microcefalia, que possivelmente está associada ao Zika Vírus. Além disso, o Conasems apresentou a nota de repúdio ao corte de 3,8 bilhões feito pelo Governo Federal no orçamento do Ministério da Saúde no PLOA 2016, relativo as despesas destinadas ao MAC nos municípios.

O presidente do Conasems, Mauro Junqueira, leu a nota de repúdio durante a reunião e cobrou explicações do Ministério. “Com esse corte eu ouso dizer com toda certeza que não vamos conseguir honrar com nossos compromissos. O Ministério da Saúde já havia exposto um déficit no MAC de R$ 5,32 bilhões agora com essa decisão, elevou o déficit para R$ 9,12 bilhões no MAC. A falta de recursos vai trazer consequências ainda mais danosas aos serviços de saúde ofertados pelo ente municipal à população”. Na ocasião, o Conass manifestou apoio à nota produzida pelo Conasems e o Ministério garantiu avaliar a situação.

Leia a Nota de Repúdio na íntegra

 

Surto de dengue e zika X microcefalia

Ainda durante a CIT, o Secretário de Vigilância em Saúde (SVS), Antônio Carlos Nardi, apresentou os resultados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), lançado nesta terça-feira (24) que indicou 199 municípios em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e zika.

Confira a matéria completa sobre os dados do LIRAa

Já o presidento do Conasems lembrou que a luta contra a dengue não é responsabilidade apenas do ministério, estados e municípios. “O direito à saúde que está na constituição não exclui o dever das pessoas e das empresas em fazer a sua parte”. Segundo ele, o modelo para o enfrentamento do mosquito que transmite a dengue está falido. ”Os agentes de endemia vão até as casas, encontram os focos de reprodução do mosquito, avisam o morador, fazem a limpeza, porém, na semana seguinte quando voltam lá, está tudo cheio de água parada novamente”.

Para ele, são necessárias medidas mais drásticas nesse combate. “O maior foco do mosquito é dentro de casa e não na rua. Se começar a mexer no bolso das pessoas e multa-las se não seguirem as recomendações, talvez a situação comece a mudar” e acrescentou “Existem três doenças ligadas a esse mosquito, que está cada vez mais adaptado. Todos já estão cansados de saber o que deve ser feito, é preciso agora ter consciência da responsabilidade”, concluiu.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Agenor Àlvares, também ressaltou a importância da conscientização da população. “Os brasileiros não dão credibilidade às ações de saúde do SUS, as pessoas pensam ‘eu pago imposto, sou mal atendido no hospital e ainda tenho que me preocupar em acabar com o mosquito?’ Isso é o que mais se ouve por aí, precisamos mudar essa ideia de não pertencimento ao problema e que tudo é culpa do governo”.

Agenor afirmou que “O surto dessas doenças não é responsabilidade apenas da Saúde, é responsabilidade de todos e do governo no geral. "Não estamos falando de um mosquito que vai transmitir dengue e o doente vai até o hospital ser tratado, vai muito além, mexe com a economia do país, com o turismo, com a produtividade das pessoas. Acabar com esse mosquito, mais do que nunca, é interesse de todos", disse.

Em relação a possível ligação entre o Zika Vírus e o surto de microcefalia, especialmente no Nordeste, o secretário municipal de saúde de Aquiraz, no Ceará, Wilames Freire, expos a preocupação com as gestantes. “Já são mais de 700 casos de microcefalia, praticamente todos no nordeste, as gestantes estão apavoradas e nós, gestores municipais, que trabalhamos diretamente com a população estamos vendo esse drama diariamente sem ter o que dizer para essas mulheres”. Segundo ele, é necessária uma campanha voltada para as gestantes em relação ao surto de microcefalia. “Estamos sendo bombardeados de perguntas, precisamos ter informações concretas para passar à equipe de saúde para que essas mulheres sejam orientadas de forma segura”.

Em resposta a solicitação do secretário municipal, Sonia Brito, secretária substituta da SVS, afirmou que os protocolos de atendimento já foram refeitos e estão mais completos, além de uma campanha voltada para as gestantes, que está em processo de produção pelo Ministério. “Como ainda não temos absoluta certeza sobre o que gerou o surto, estamos fazendo reuniões com especialistas para conseguirmos produzir uma orientação validada, que extrapole as questões de vigilância, dirigida à essas mulheres”, acrescentou.

 

Pontos pactuados na CIT:

a) Minuta de Portaria que altera e acresce dispositivos à Portaria GM/MS nº 1.378, de 09 de Julho de 2013, que regulamenta as responsabilidades e define diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, relativos ao Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária – SVS/MS

b) Minuta de Portaria que institui o incentivo financeiro destinado aos Estados, Distrito Federal e Municípios para fortalecimento das ações de vigilância sanitária relacionadas aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos – Rio 2016, na forma do Bloco de Financiamento de Vigilância em Saúde – ANVISA.

c) Minuta de Portaria que autoriza o repasse financeiro aos estados e municípios afetados pelo rompimento/colapso de barragem de mineração, com o derramamento de rejeitos na Bacia do Rio Doce, para a implementação de ações contingenciais de vigilância sanitária – ANVISA.

d) Minuta de Portaria que altera o art. 1º da Portaria nº 670/GM/MS, de 3 de junho de 2015, que altera o § 2º do art. 5º da Portaria nº 425/GM/MS, de 19 de março de 2013, que estabelece regulamento técnico, normas e critérios para a Assistência de Alta Complexidade ao Indivíduo com Obesidade – SAS/MS.

e) Minuta de Portaria que alterar o prazo estabelecido pela Portaria SAS/MS nº. 288, de 19 de maio de 2008, para credenciamento/habilitação dos serviços de Oftalmologia, até dezembro de 2016.

f) Minuta de Portaria que altera dispositivos da Portaria nº 2776/GM/MS, de 18 de dezembro de 2015, que aprova diretrizes gerais, amplia e incorpora procedimentos para a Atenção Especializada às Pessoas com Deficiência Auditiva no Sistema Único de saúde.

Fonte: www.conasems.org.br

SES/MS INICIA AÇÕES PARA O DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS

A partir do dia 30 de novembro o Programa Estadual de DST/ AIDS e Hepatites Virais da Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Mato Grosso do Sul inicia as ações que celebra o Dia Mundial de Luta Contra Aids, celebrado no dia 1º de dezembro. As ações começam com a realização de testes rápidos no Comando Militar do Oeste em um trabalho conjunto com técnicos da Gerência de Atenção à Saúde do Homem da SES.

No dia 1º de dezembro, às 9h, a gerente técnica do Programa Estadual de DST/AIDS da SES, Danielle Martins realizará a palestra “HIV e AIDS” para servidores da Secretaria de Estado de Saúde. O objetivo é levar informações essenciais para os servidores e tirar dúvidas sobre a doença e a prevenção.

“A palestra abordará informações fundamentais para que as pessoas conheçam melhor a doença e possa se prevenir. O foco é sempre esclarecer dúvidas e falar da importância do tratamento imediato. Para isso, o Programa Estadual vem trabalhando para que o paciente tenha fácil acesso aos exames e também aos medicamentos. Este trabalho é ampliado através da parceria com os municípios com capacitação de profissionais, distribuição de informativos, medicamentos e testes rápidos”, disse Danielle.

A falta de informação vem sendo uma das principais barreiras para o tratamento efetivo da AIDS no âmbito nacional. De acordo com o Programa Estadual de DST/ AIDS, a falta de informações tem como consequência o tratamento tardio da doença. Em Mato Grosso do Sul, no ano de 2014, foram registrados 364 casos de AIDS, com os novos parâmetros de registro foram separados os casos de HIV positivo e de AIDS. Com isso, em 2015 foram registrados até novembro 312 casos de HIV positivo e 165 casos de AIDS.

A rede de assistência em Mato Grosso do Sul conta com 11 Unidades Dispensadoras de Medicamentos assim como 12 unidades com Serviço de Atendimento Especializado para o acompanhamento e tratamento de AIDS. O estado já conta em sua grade de medicamentos a Dose Fixa Combinada (DFC) que trás em um único comprimido, três medicamentos. Esta combinação faz parte do Protocolo Clinico de Tratamento de Adultos com HIV e AIDS do Ministério da Saúde, publicado em 2013.

O principal benefício está na redução do número de pacientes que não aderem ao tratamento. Com a oferta de três medicamentos em um único comprimido, tem-se um maior conforto posológico, a ingestão dos medicamentos fica facilitada, assim como a guarda e o transporte do medicamento, no cotidiano do paciente.

Fonte: www.saud.ms.gov.br

SAÚDE REGISTRA 739 CASOS SUSPEITOS DE MICROCEFALIA E INVESTIGA LIGAÇÃO COM ZICA VÍRUS

O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (24) a notificação de 739 casos suspeitos de microcefalia em 160 municípios de nove estados do país, praticamente todos na região Nordeste. Pernambuco possui a maior parte dos casos suspeitos: são 487 registrados até o momento.

De acordo com o ministro da saúde, Marcelo Castro, a principal hipótese para o surto de microcefalia é o contagio com o Zika vírus. “O Zika era visto como uma dengue mais branda, também transmitido pelo Aedes, porém agora ele está sendo relacionado com os casos de microcefalia”. Segundo ele, essa relação ainda não foi confirmada, mas com o avanço das pesquisas, as chances são altas. ”Pesquisadores da Fiocruz encontraram o vírus no líquido amniótico de duas grávidas da Paraíba”, informou.

Castro destacou que não existe registro na história da medicina sobre a microcefalia ligada ao Zika vírus. “O Brasil está sendo o primeiro país a investigar essa hipótese. Vamos ter que experimentar as tecnologias novas para tentar combater o mosquito vetor, porém, para termos bons resultados é preciso uma ação conjunta entre o Ministério, estados e municípios”. O ministro destacou a importância do engajamento dos municípios nessa luta contra o mosquito. “Contamos com os estados e municípios para realização de mutirões e campanhas locais", convocou.

Confira a nota do Ministério da Saúde sobre microcefalia

LIRAa APONTA 199 MUNICÍPIOS EM SITUAÇÃO DE RISCO PARA DENGUE

Levantamento do Ministério da Saúde, realizado em 1.792 cidades, orienta as ações de controle da doença. Novo boletim registrou 1,5 milhão de casos no país até 14 de novembro

O resultado do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) indica 199 municípios brasileiros em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e zika. Isso significa que mais de 4% das casas visitadas nestas cidades continham larvas do mosquito. Os dados do novo LIRAa foram divulgados pelos ministro da Saúde, Marcelo Castro, nesta terça-feira (24), em Brasília. Além do levantamento, também foram divulgados a campanha  de combate ao mosquito, o balanço da dengue e chikungunya, além da investigação dos casos de microcefalia.

Confira a apresentação

Lista dos municípios participantes do LIRAa

 

Baixe os vídeos:

 

Realizado em outubro e novembro, o LIRAa teve adesão recorde para este período do ano, com 1.792 cidades participantes, aumento de 22,4% se comparado ao número de municípios em 2014. A pesquisa é um instrumento fundamental para o controle do Aedes aegypti. Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas.

Além das cidades em situação de risco, o LIRAa identificou 665 municípios em alerta, com 1% a 3,9% dos imóveis com focos do mosquito, e 928 com índices satisfatórios, com menos de 1% das residências com larvas do mosquito em recipientes com água parada. O levantamento identificou a presença do mosquito Aedes albopictus, que pode também transmitir a chikungunya, em 262 municípios.

Entre as 18 capitais que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre o LIRAa, apenas Rio Branco está em situação de risco. São sete as capitais em alerta (Aracaju, Recife, São Luís, Rio de Janeiro, Cuiabá, Belém e Porto Velho) e dez com índices satisfatórios (Boa Vista, Palmas, Fortaleza, João Pessoa, Teresina, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Campo Grande e Curitiba). As cidades de Macapá, Manaus, Maceió, Natal, Salvador, Vitória, Goiânia, Florianópolis e Porto Alegre não encaminharam os resultados.

CRIADOUROS – A metodologia permite identificar onde estão concentrados os focos do mosquito em cada município, além de revelar quais os principais tipos de criadouros, por região. Os resultados reforçam a necessidade de intensificar imediatamente as ações de prevenção contra a dengue, em especial nas cidades em risco e em alerta.

O armazenamento de água, como tonel e caixa d’água, foi o principal tipo de criadouro na região Nordeste. Já o depósito domiciliar, categoria em que se enquadram vasos de plantas e garrafas, predominou nas regiões Sudeste e Centro-oeste. Nas regiões Norte e Sul, o lixo foi o depósito com maior número de focos encontrados.

BALANÇO – O Ministério da Saúde registrou, até 14 de novembro, 1,5 milhão casos prováveis de dengue no país. O aumento é de 176%, comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 555,4 mil casos. Nesse período, a região Sudeste apresentou 63,6% do total de casos (975.505), seguida das regiões Nordeste (278.945 casos), Centro-Oeste (198.555 casos), Sul (51.784 casos) e Norte (30.143 casos).

O estado de Goiás registrou a maior incidência de dengue, com 2.314 casos por 100 mil habitantes, seguido por São Paulo, com 1.615 casos por 100 mil habitantes, e Pernambuco, com incidência de 901 casos por 100 mil habitantes. Até a semana epidemiológica 45, o número de óbitos aumentou 79%, passando de 453 mortes, em 2014, para 811, em 2015.

No Brasil, também foram registrados em 2015, até 14 de novembro, 17.146 casos suspeitos de febre chikungunya, sendo 6.726 confirmados. Outros 8.929 estão em investigação. Em 2014, foram notificados 3.657 casos suspeitos da doença. Em relação ao Zika, até esta terça-feira (24), 18 estados tiveram confirmação laboratorial do vírus: RR, PA, AM, RO, TO, MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, BA, RJ, SP, ES, MT e PR.

AÇÕES – As ações contra dengue devem ser permanente durante todo o ano. Como preparação para o período de maior circulação da dengue, que vai de janeiro a maio, o Ministério da Saúde distribuiu insumos estratégicos, como larvicidas, inseticidas e kits para diagnóstico. A pasta também está fortalecendo a revisão, atualização e divulgação dos planos de contingência nacional para febre chikungunya, dengue e zika, e assessoria a estados na criação dos planos locais, além da divulgação dos guias de vigilância. O Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde, que, em 2015, será de R$ 1,25 bilhão e se destina ao custeio de todas as ações de vigilância em saúde, inclusive da dengue.

Na área de assistência ao paciente, a página da Secretaria de Vigilância em Saúde disponibiliza aos profissionais de saúde os guias de manejo clínico e protocolo de classificação de risco para dengue e chikungunya. O material, também disponível em aplicativos para celular, orienta o profissional sobre sinais de agravamento da doença. O portal da Universidade Aberta do SUS oferece um curso de capacitação a distância sobre assistência a pacientes com dengue e um módulo sobre chikungunya está sendo preparado. Os profissionais de saúde da atenção básica também têm a disposição o serviço de telessaúde para esclarecer dúvidas sobre a doença.

CAMPANHA – A nova campanha do Ministério da Saúde de conscientização contra a dengue chama a atenção para importância da limpeza para eliminação dos focos do mosquito da dengue. “Sábado da faxina. Não dê folga para o mosquito da dengue”, apresenta a campanha. O material alerta “Se o mosquito da dengue pode matar, ele não pode nascer”, reforçando que o mesmo mosquito também transmite os vírus chikungunya e Zika. A campanha será veiculada na TV, rádio, internet e redes sociais. Em 15 minutos, é possível fazer uma vistoria nas casas e eliminar os locais que podem se transformar em criadouros do Aedes aegyti.

Fonte: www.saude.gov.br

AMEAÇA TRIPLA: DENGUE, ZYKA E CHIKUNGUYA

Diversas ações pelo país marcaram o dia nacional de combate à dengue, nesta quinta-feira, (19). O mosquitoaedes egypt, que é transmissor não só vírus da dengue, mas também dos vírus zyka e chikunguya. Nesta época de final de ano, por questões climáticas, como o aumento das chuvas, o alerta é redobrado, além disso, há suspeita de nova doença possivelmente relacionada à circulação do mosquito.

Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), os números de caso de dengue este ano triplicaram: são 1.495.708 casos notificados até o momento, porém 522.021 já forma descartados. Os dados mostram um aumento de 178% de casos notificados em relação ao ano de 2014. Dentre os casos confirmados já há um aumento do número de óbitos superior a 70% frente ao ano anterior. Foram confirmados 439 óbitos por dengue em 2014, já este ano são, até o momento, 775 confirmações.

É importante ressaltar o papel dos municípios na notificação dos casos de dengue, a partir dos dados coletados é que as ações de combate podem ser intensificadas em regiões mais afetadas. Outro dado importante é a incidência nacional do mosquito – todas as regiões do país têm casos relatados, não existindo mais prevalências das regiões norte e nordeste.  Com a chegadas das chuvas torna-se essencial a intensificação das medidas de combate ao mosquito, que continuam sendo a eliminação dos focos de proliferação formados pelo acúmulo de água parada.

De acordo com Giovanini Coelho, Coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, é o maior número de casos confirmados em 30 anos, porém, não há novidade nos motivos do aumento. “O mosquito é adaptado ao ambiente urbano e na maioria dos lugares com grande número populacional, há problemas na coleta de lixo, no acúmulo de água da chuva, entre outros fatores que contribuem para a proliferação do vetor”. Segundo ele, não é possível tratar os doentes porque não temos uma droga e nem prevenir a população, pois ainda não há vacina. “Nos resta focar os trabalhos na eliminação do mosquito, que é o vetor não só da dengue, mas de outras doenças que estão se disseminando no país”

Chikungunya

O vírus que antes se restringia as regiões norte e nordeste já foi confirmado em 14 estados da federação. Ele é causador de doença infecciosa febril, que causa dores nas articulações, na cabeça e nos músculos e manchas vermelhas na pele, durando de três a 10 dias. Os sintomas surgem entre dois a dez dias após a picada do inseto.

Não existe transmissão entre pessoas, única forma de infecção é pela picada dos mosquitos. Em média 30% das pessoas infectadas não apresentam os sintomas clássicos da doença. O vírus pode afetar pessoas de qualquer idade ou sexo, porém os sintomas tendem a ser mais intensos em crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas

Giovanini ressalta que “apesar desse vírus estar presente apenas em alguns estados, a chance dele proliferar e virar uma epidemia, é alta pois a população não tem imunidade a ele”. Além disso, a pessoa contaminada com esse vírus pode desenvolver doenças crônicas que vão sobrecarregar os sistemas de saúde.

Confira os dados sobre dengue, zyka e chikunguya no Brasil.

Fonte: www.conasems.org.br

MINISTÉRIO DA SAÚDE DISPONIBILIZA PUBLICAÇÃO “RETRATOS DA ATENÇÃO BÁSICA”

A divulgação dos Resultados do Primeiro Ciclo do Pmaq-AB tem seguimento com a apresentação do terceiro relatório: Equipes de Atenção Básica. Este relatório está dividido em dois volumes: o primeiro está relacionado à Gestão do processo de trabalho. Acesse o conteúdo na íntegra

O processo contou com a parceria de 45 Instituições de Ensino e Pesquisa (IEPs) brasileiras de reconhecida experiência em pesquisas avaliativas.  O “Relatório Equipes de Atenção Básica – Volume I”, divulga os resultados referentes a 17.202 UBS com EABs que foram visitadas no primeiro ciclo do Programa.- Dedicado à gestão do processo de trabalho.

Fonte: www.conasems.org.br

MINISTRO DA SAÚDE APRESENTA NOVO SECRETARIADO

 
 

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, apresentou na manhã do dia 11 de novembro, na 275ª Reunião Ordinária (RO) do Conselho Nacional de Saúde (CNS), a composição do novo secretariado do MS. O encontro segue até o fim da tarde desta quinta-feira, dia 12. Esta foi a primeira vez que Castro participou de uma reunião do CNS, desde sua posse.

Além de apresentar o novo secretariado do MS, a pauta da RO tem como pontos de destaque as perspectivas e destaques para a realização da 15ª Conferência Nacional de Saúde — que acontece de 1 a 4 de dezembro, em Brasília, informes da Comissão Intersetorial de Recursos Humanos, Relatório Anual de Gestão, Projeto de Lei Orçamentária Anual, eleição da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) e balanço da eleição das entidades representadas no Conselho, ocorrida na última reunião.

NOVOS SECRETÁRIOS – Lenir Santos foi apresentada como a nova titular da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Santos é doutora em saúde coletiva pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down e Conselheira Nacional de Saúde. A nova secretária, que é advogada de formação, é especialista em direito público e sanitário e foi consultora do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems).

Agenor Paiva, que já foi Ministro da Saúde, assume a Secretaria Executiva (SE); Antonio Alves de Souza será mantido como titular da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI); Alberto Beltrame fica na Secretaria de Atenção à Saúde (SAS); a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos (SCTIE) será conduzida por Adriano Massuda; Antonio Carlos Nardi permanece na Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e Hêider Aurélio Pinto continua na Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), que cuida do Programa Mais Médicos.

Fonte: www.conasems.org.br