MINISTÉRIO DA SAÚDE INCENTIVA “PRÉ NATAL MASCULINO”

Depois de ampliar o acesso da população masculina à rede de saúde, a Política Nacional de Saúde do Homem – que este ano completa um ano – tem agora um novo desafio. Paralelamente às ações de incentivo ao aumento da quantidade de procedimentos urológicos no Sistema Único de Saúde (SUS) – como exames e cirurgias de próstata, vasectomia e fimose – a Política vai estimular os futuros pais a fazerem um check up durante o pré-natal da parceira.

A ideia é que os profissionais de saúde aproveitem o momento em que o homem está mais sensível – às vésperas de ser pai – para incentivá-lo não só a acompanhar as consultas durante os nove meses de gestação da parceira como também a realizarem exames preventivos. O princípio é: ele precisa se cuidar para cuidar da família. “É uma estratégia que estamos difundindo entre as secretarias municipais de Saúde”, informa José Luiz Telles, diretor do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas (Dapes) do ministério, área responsável pela Coordenação de Saúde do Homem.

Às 18h desta terça-feira (14), em Brasília, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, encerrou o I Seminário Internacional de Saúde do Homem nas Américas. Promovido pelo ministério, o encontro começou segunda-feira (13), no Palácio do Itamaraty. O objetivo é estabelecer uma agenda comum de cooperação internacional para estimular os homens a se envolverem nos cuidados preventivos com a saúde.
Participaram do seminário autoridades e especialistas do Brasil e de mais 14 países. Durante o encontro, também foram apresentados exemplos de ações positivas implementadas no país com o objetivo de atrair os homens aos serviços de saúde.

EXEMPLOS – O Ministério da Saúde apoia diferentes iniciativas locais de “pré-natal masculino”. Em Ribeirão Preto (SP), profissionais do Hospital Universitário da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) incentivam os futuros pais a realizarem exames para diagnóstico precoce e tratamento de doenças que podem afetar a saúde da mulher e, por consequência, a do bebê.

As ações são desenvolvidas no campus da USP em Ribeirão Preto. O principal objetivo é combater Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), por meio de exames de sífilis, HIV e hepatites virais B e C. Na oportunidade, médicos também diagnosticam hipertensão arterial, diabetes e colesterol. Além disso, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Ribeirão Preto promovem reuniões mensais com os casais para informá-los sobre as alterações que podem ocorrer com a mulher e entre o casal durante a gravidez e o nascimento do filho.

“Consciente dessas mudanças, o homem tende a ficar mais compreensível com a parceira e entender melhor seus próprios sentimentos – o que reduz, inclusive, a violência doméstica”, destaca o diretor da faculdade de medicina da USP em Ribeirão Preto, Geraldo Duarte, responsável pela implementação do projeto no município. “Com isso, aumenta-se o vínculo entre a gestante e o companheiro e também entre ele e o filho”, completa.

Para realizar o trabalho com os homens, os médicos do hospital universitário foram capacitados a abordá-los de maneira acolhedora. A mulher é convocada a ir com o parceiro à primeira consulta do pré-natal, quando o médico prescreve exames para o homem e o convida a participar das reuniões de esclarecimentos e orientações.

Em Várzea Paulista (SP), a Secretaria Municipal de Saúde desenvolve um programa semelhante. Mas, com um diferencial: a realização de oficinas para os homens aprenderem a cuidar do bebê. Campinas também usa a estratégia. E em São José do Rio Preto (SP), o “pré-natal masculino” está previsto em lei municipal.

No Rio de Janeiro (RJ), a Secretaria Municipal de Saúde promove ações junto aos médicos da rede pública para que eles estimulem os futuros pais a cuidarem da saúde. O projeto foi batizado de Unidade de Saúde Parceira do Pai e tem como foco a sensibilização das unidades de saúde para que, gradativamente, elas ampliem as oportunidades de envolvimento e preocupação dos homens com a saúde deles e da família.

DOENÇAS – Considera-se que, por motivos culturais, os homens têm mais resistência a procurarem cuidados médicos e terem atitudes preventivas com relação a problemas de saúde. Segundo estudos do Ministério da Saúde, a população masculina geralmente procura os serviços de saúde por meio da atenção especializada, já com o problema de saúde detectado e em estágio de evolução.

Muitos deles também não seguem os tratamentos recomendados. Indicadores mostram que os homens têm hábitos de vida menos saudáveis e estão mais suscetíveis a fatores de risco para doenças crônicas.

“Eles utilizam mais álcool e outras drogas em maior quantidade do que as mulheres, não praticam atividade física com regularidade e se alimentam pior. Estão também mais expostos a acidentes de trânsito e de trabalho. Por isso, apresentam mais problemas de saúde do que elas e vivem, em média, 7,6 anos menos”, explica o diretor José Luiz Telles.

As internações de homens por transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de álcool representam 20% de todas as internações no SUS. Eles apresentam, entre outros problemas, mais doenças cardiovasculares, colesterol elevado, diabetes e hipertensão.

Fonte: Site Ministério da Saúde

 

MINISTÉRIO DA SAÚDE LANÇA FERRAMENTA PARA AVALIAR RISCO DE EPIDEMIAS DE DENGUE

 
O Ministério da Saúde elaborou uma nova ferramenta para avaliar o risco de epidemias de dengue nos estados e municípios brasileiros e orientar ações imediatas para evitar que elas se tornem realidade.

Batizada de “Risco Dengue”, ela utiliza cinco critérios básicos: três do setor Saúde – incidência de casos nos anos anteriores, índices de infestação pelo mosquito Aedes aegypti e tipos de vírus da dengue em circulação; um ambiental – cobertura de abastecimento de água e coleta de lixo; e um demográfico – densidade populacional. A nova metodologia reforça o caráter intersetorial do controle da dengue e permite aos gestores locais de Saúde intensificar as diversas ações de prevenção nas áreas de maior risco.

O Risco Dengue parte de dados já disponíveis nos municípios e estados e define ações a serem realizadas por todas as esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Para os 26 estados e o Distrito Federal, o risco de epidemia aumenta em municípios de maior porte e regiões metropolitanas que não tenham enfrentado epidemia recentemente nem tenham alta circulação do sorotipo viral predominante no país. Ausência ou deficiência dos serviços de coleta de lixo e abastecimento de água, além do índice de infestação pelo mosquito transmissor, também são indicadores importantes de risco para dengue.

Com base no cruzamento destes dados, o Ministério da Saúde alerta que, para o verão de 2010/2011, dez estados brasileiros têm risco muito alto de enfrentar epidemia de dengue, nove estados têm risco alto e cinco estados mais o Distrito Federal têm risco moderado (veja mapa). O Ministério ressalta que este mapa não considera uma eventual dispersão do vírus DEN-4 no país. O sorotipo foi identificado em Roraima no mês de agosto, após 28 anos sem circulação no Brasil. O Ministério alertou todas as unidades da Federação para intensificar o monitoramento viral e, até o momento, não há evidência deste vírus fora do estado de Roraima. 

 
Além do Risco Dengue, os Estados e municípios devem manter a realização do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), como vem sendo feito no mês de novembro desde 2003. Neste ano, no entanto, a recomendação é que o LIRAa seja ampliado de 169 para 354 municípios do país. Após a realização do LIRAa, os Estados e Municípios devem incorporar os seus resultados para nova análise das áreas de risco de transmissão.


Em 1º e 2 de setembro, representantes de todas as Secretarias Estaduais de Saúde estIiveram reunidos com técnicos do Ministério da Saúde, em Brasília, para treinamento sobre a ferramenta do Risco Dengue – a ser aplicada nos estados e municípios. Toda a metodologia segue as recomendações do Comitê Técnico Assessor Nacional do Programa Nacional de Controle da Dengue e da Sociedade Brasileira de Infectologi

PONTOS QUENTES – Nos municípios, a aplicação do Risco Dengue leva em conta não apenas a situação da doença no momento, mas também um estudo dos anos anteriores, considerando a circulação viral, a incidência de casos e os bairros e quarteirões que, historicamente, concentram os índices mais altos de infestação. Assim, a ferramenta permite identificar os chamados “pontos quentes”, locais onde as ações de prevenção e controle devem ser intensificadas antes do início das chuvas. “Como, no Brasil, 70% dos casos de dengue concentram-se entre janeiro e maio, estamos alertando todo o SUS com quatro meses de antecedência, para que as ações comecem imediatamente”, afirma o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

O Risco Dengue foi desenvolvido como experiência piloto no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia e Boa Vista. Em cada um desses municípios, foram identificados distritos, bairros ou quarteirões com maior risco. A recomendação do Ministério é que o Risco Dengue seja aplicado em todas as unidades da federação e nos municípios de maior porte, para nortear o planejamento de ações de prevenção.

AÇÕES IMEDIATAS – A partir do cenário de risco obtido em cada município, os gestores devem priorizar os “pontos quentes”, porém, sem deixar as demais áreas descobertas. Entre as ações imediatas a serem realizadas, estão: visitas domiciliares, mutirões de limpeza urbana, reforço da coleta de lixo, eliminação e tratamento de criadouros nas residências, aplicação de larvicidas e inseticidas e busca ativa de casos e óbitos suspeitos de dengue.

Outro objetivo fundamental das ações de controle é a redução da ocorrência de casos graves e mortes por dengue. Para isto, é fundamental que os estados e municípios organizem os serviços de saúde locais, , tendo como porta de entrada a unidade de atenção primária de saúde, e apliquem a classificação de risco para atendimento de pacientes de dengue em todos os níveis de atenção, conforme previsto nas Diretrizes Nacionais de Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue, lançadas em julho de 2009. Além disso, a mobilização da comunidade e a divulgação de campanhas de informação devem ser reforçadas, sobretudo nos “pontos quentes”.

As Secretarias Estaduais de Saúde ficam responsáveis por gerenciar os estoques de larvicidas e inseticidas, com distribuição prioritária aos municípios mais vulneráveis e monitoramento da resistência dos mosquitos. O acompanhamento e supervisão das atividades de campo, atualização periódica de dados, monitoramento da circulação viral e apoio na investigação de casos e óbitos também são atribuições dos estados.

GOVERNO FEDERAL – Como preparação para o verão 2010/2011, o Ministério da Saúde já comprou 100 nebulizadores portáteis, 20 veículos para reforçar a reserva estratégica nacional e 20 equipamentos de aplicação de inseticida (fumacê). Também foram adquiridos 263 mil litros de inseticidas e 3,5 mil toneladas de larvicidas para combate ao mosquito transmissor.

Para reforçar o monitoramento da circulação viral, as unidades sentinelas de coleta de amostras de sangue foram ampliadas de 48 para 66 em todo o país. Além disso, foram adquiridos 800 mil litros de soro fisiológico, 3 milhões de comprimidos de paracetamol e 1 milhão de envelopes de sais de reidratação oral.

Na área de assistência, até dezembro, o Ministério lançará um manual de diagnóstico e tratamento de dengue para auxiliar pediatras no diagnóstico e tratamento de crianças com suspeita de dengue e atualizará o manual de manejo clínico em adultos, com destaque para a necessidade de detectar precocemente sinais de alerta para agravamento da doença. Além disso, o Ministério fará parceria com operadoras de planos de saúde em todo o país, para que a classificação de risco de dengue seja aplicada também nos hospitais da rede privada.

O Ministério da Saúde também tem assessorado os estados e capitais na elaboração de planos de contingência para enfrentamento de epidemias de dengue. Desde janeiro, nove estados receberam visitas técnicas e outros oito estão na agenda até o final de outubro. De fevereiro a agosto, foram realizados 10 tipos de cursos, treinamentos e capacitações de profissionais de saúde e agentes comunitários para todos os estados. Entre os temas, estão: segurança química; utilização de larvicidas; treinamento em análise de dados; investigação de óbito; planos de contingência; gestão integrada, prevenção e controle da dengue.

Outra medida tomada foi a publicação, em maio, da Portaria 1.007/2010, que incorpora agentes de endemias nas Equipes de Saúde da Família (ESF). Os municípios que aderirem à Portaria receberão incentivo financeiro, num total de R$ 25 milhões para todo o país.

Os recursos financeiros para ações de prevenção de dengue e outras doenças foram mantidos para o ano de 2011. O Teto Financeiro de Vigilância em Saúde será de R$ 1,02 bilhão, repassados aos estados e municípios trimestralmente. Em relação à Comunicação, neste momento prosseguem as campanhas locais, com base no regime de chuvas das cinco regiões do país. Em outubro, está previsto o lançamento da campanha anual de combate à dengue.

Fonte: Site Ministério da Saúde

 

OMS ELOGIA AVANÇOS NA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL

 

Documento publicado com destaque na página na internet da organização ressalta, entre outras ações, a evolução do Saúde da Família e a queda da mortalidade infantil, além de alertar para necessidade de solução para o financiamento do setor
A maior autoridade em saúde do mundo, OMS (Organização Mundial da Saúde), publicou nesta quarta-feira (8) informe mundial com elogios aos avanços no sistema público de saúde brasileiro e com uma alerta para a necessidade de solução para o subfinanciamento do setor. A íntegra do documento está em destaque na página da OMS na internet (www.who.int).
Segundo avaliação da organização, o Brasil avança a caminho da cobertura universal em saúde, com destaque para o aumento no alcance da Estratégia de Saúde da Família, que hoje já conta com mais de 30 mil equipes, que já atendem mais de 97 milhões de pessoas em todo o Brasil. A Estratégia é peça chave do Sistema Único de Saúde, diz o documento, cuja íntegra está em destaque na página da OMS na Internet (www.who.int).
A Organização Mundial da Saúde menciona ainda os esforços que resultaram na redução da mortalidade infantil no Brasil, de 46 óbitos por 1.000 nascidos vivos, em 1990, para 18 mortes por 1.000 nascidos vivos, em 2008. Essa redução levará o Brasil a alcançar, em 2012, a quarta Meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, três anos antes da data limite fixada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
A OMS reforça que mais de 75% da população brasileira depende exclusivamente do SUS (Sistema Único de Saúde) para ter acesso a serviços de saúde, que além de ofertar o atendimento primário em saúde disponibiliza uma variedade de serviços hospitalares, incluindo cirurgias cardíacas, diagnósticos de imagem e laboratoriais sofisticados.
O documento destaca também as campanhas de prevenção e programas como o Farmácia Popular e o Brasil Sorridente, além do Programa Nacional de Imunizações, que contabiliza a aplicação de 130 milhões de doses/ano, sem contar com medidas recentes como a campanha de vacinação contra a gripe A(H1N1), quando foram imunizados 89,4 milhões de brasileiros e a vacinação de mais de 67 milhões de adultos contra a rubéola.
 
RECURSOS PARA A SAÚDE

Especialistas e gestores de saúde entrevistados pela Organização Mundial da Saúde são unânimes em avaliar que a continuidade dos bons resultados passa necessariamente por uma solução para a falta de recursos para o setor. Em nível federal, o problema principal é a falta de recursos, diz o documento.
Embora 98% dos municípios brasileiros cumpram o mínimo de 15% de destinação de seu orçamento à saúde, mais da metade dos Estados brasileiros não atinge a meta de 12% do orçamento investido em saúde. Apesar dos problemas relacionados ao financiamento, houve melhoras significativas no setor saúde no Brasil, diz a OMS.
 

Fonte: Ministério da Saúde

MINISTÉRIO DA SAÚDE APRIMORA POLÍTICA DE CIRURGIAS ELETIVAS

 

O Ministério da Saúde aprimorou a Política Nacional de Cirurgias Eletivas.os recursos da política foram incorporados ao chamado teto financeiro do estado, sem a necessidade de apresentação de um projeto prévio ao Ministério da Saúde. A prestação de contas, no entanto, continua obrigatória. Desde 2000, o número de procedimentos registrados aumentou 33%, atingindo cerca de 2 milhões, em 2009. O valor médio de repasse foi progressivamente crescente. Entre 2004 e 2009, o total chegou a R$ 3,7 bilhões, sendo mais de R$ 746 milhões em 2009.
A mudança no financiamento da política agiliza os processos e reforça o objetivo do Ministério da Saúde em descentralizar a gestão para a realização de procedimentos cirúrgicos eletivos de forma a permitir que gestores municipais ou estaduais invistam mais em procedimentos de maior necessidade da sua população. Em 1999, quando foram lançados os mutirões, a negociação era feita diretamente com o Ministério da Saúde, com foco em quatro procedimentos. Já em 2004, com o lançamento da política, os estados e municípios passaram a decidir quais cirurgias seriam realizadas, com base na necessidade de procedimentos e estratégias locais de atenção à população, que deveriam constar em um projeto encaminhado ao Ministério da Saúde. Além disso, ainda em 2004, a política foi ampliada, com a incorporação de 13 novos tipos de cirurgias às quatro que já vinham sendo realizadas. Em 2006, com nova ampliação, passaram a ser 90 tipos de cirurgias.
Entre os 15 procedimentos mais realizados em 2009, destacam-se as vasectomias, que acumulam desde 2000 um aumento de 457% (34.132 procedimentos, em 2009), as laqueaduras tubárias (ligadura das trompas), com crescimento de 482% (39.489 procedimentos, em 2009), as cirurgias de catarata, com alta de 72,79% (319.796 procedimentos em 2009) e a colecistectomia (retirada da vesícula biliar) com aumento de 51,6% (129.246 procedimentos, em 2009). Utilizada no tratamento da retinoplatia diabética, a fotocoagulação a laser passou de 2.828 procedimentos, em 2000, para 86.769 procedimentos, em 2009 (aumento de 2.968%). A tabela abaixo mostra a evolução dos procedimentos que se incluem na relação da Política Nacional de Cirurgias Eletivas.
A política de cirurgias eletivas representa um passo adiante em relação ao conceito inicial de mutirões, que mantinham um caráter emergencial e que utilizavam o mesmo modelo para as diferentes realidades e necessidades regionais e locais. Os mutirões não identificavam necessariamente pontos de estrangulamento e necessidades localizadas. A adesão, no entanto, era garantida pelo repasse de recursos financeiros aos itens previamente escolhidos, sem que os gestores municipais e estaduais fossem estimulados a identificar e quantificar sua demanda reprimida. A política também incorporou, além consulta pré-cirúrgica e a cirurgia propriamente dita, o acompanhamento pós-cirúrgico, permitindo que, em caso de eventuais complicações, o paciente tenha facilidade de atendimento.
Além dos procedimentos realizados pela Política de Cirurgias Eletivas, o Ministério da Saúde financia inúmeros outros tipos de cirurgias por meio de repasses, a estados e municípios, dentro do teto de média e alta complexidade. Esses repasses praticamente duplicaram entre 2003 e 2009, passando, em termos anuais, de R$ 4,2 bilhões para R$ 8,3 bilhões. A ampliação do chamado teto financeiro permite que os gestores locais tenham maior liberdade para estruturar e executar suas políticas de atenção à população nessa área, que envolve cirurgias, internações e exames, entre outros.
 
Fonte: Ministério da Saúde

ANTECIPADO EM 45 DIAS O LANÇAMENTO DA CAMPANHA CONTRA DENGUE

 Segundo o ministro, José Gomes Temporão, o lançamento foi antecipado em 45 dias devido ao risco de surto de epidemia em diversos estados brasileiros. A projeção, caso não haja uma atuação mais energética, é de um cenário preocupante, alertou o ministro.
 
Com base no cruzamento de dados, o Ministério da Saúde informou que, para o verão de 2010/2011, dez estados brasileiros têm risco muito alto de enfrentar epidemia de dengue, nove estados têm risco alto e cinco estados mais o Distrito Federal têm risco moderado
 
O assessor técnico do Conasems, Marcos Franco, que na ocasião representava o presidente Antônio Carlos Nardi, chamou atenção para o trabalho coletivo e integrado de todos os setores da saúde. ?Dentro das secretarias estaduais, secretarias municipais, e até mesmo no Ministério da Saúde, o enfrentamento deve ser imediato e integrado. A vigilância tem que conversar com a assistência, que por sua vez, deve trabalhar em parceria com epidemiologia.?
 
Franco lembrou também das parcerias entre os entes federativos (União, Estados, Município). ?Não adianta trabalhar sozinho no município ou em uma região isolada. A dengue extrapola os limites territoriais. Só é possível criar um sistema coerente a partir de uma interação também entre os entes. Deve haver parcerias nesta luta?.
 
Já o vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Hebert Motta de Almeida, defendeu a importância do trabalho entre as diversas áreas. ?A dengue não é problema apenas de saúde pública, envolve o saneamento, habitação, educação?.
 
O ministro, assim como o assessor técnico do Conasems, alertou a população para que não haja descontinuidade das ações de prevenção. ?Para isso, nós contamos com o esforço de toda a população brasileira. Este trabalho é de todos?, afirma Temporão.
 
RISCO DENGUE – Na ocasião, o ministro lançou uma nova ferramenta para avaliação de epidemias de dengue, o Risco Dengue. Esta ferramenta foi criada para avaliar o risco de epidemias de dengue nos estados e municípios brasileiros e orientar ações imediatas para evitar que elas se tornem realidade, explicou o secretário da Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Gerson Penna.
 
Batizada de ?Risco Dengue?, ela utiliza cinco critérios básicos: três do setor Saúde ? incidência de casos nos anos anteriores, índices de infestação pelo mosquito Aedes aegypti e tipos de vírus da dengue em circulação; um ambiental ? cobertura de abastecimento de água e coleta de lixo; e um demográfico ? densidade populacional. A nova metodologia reforça o caráter intersetorial do controle da dengue e permite aos gestores locais de Saúde intensificar as diversas ações de prevenção nas áreas de maior risco.
 
O Risco Dengue parte de dados já disponíveis nos municípios e estados e define ações a serem realizadas por todas as esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Para os 26 estados e o Distrito Federal, o risco de epidemia aumenta em municípios de maior porte e regiões metropolitanas que não tenham enfrentado epidemia recentemente nem tenham alta circulação do sorotipo viral predominante no país. Ausência ou deficiência dos serviços de coleta de lixo e abastecimento de água, além do índice de infestação pelo mosquito transmissor, também são indicadores importantes de risco para dengue.
 
Além do Risco Dengue, os Estados e municípios devem manter a realização do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), como vem sendo feito no mês de novembro desde 2003. Neste ano, no entanto, a recomendação é que o LIRAa seja ampliado de 169 para 354 municípios do país (veja tabela). Após a realização do LIRAa, os Estados e Municípios devem incorporar os seus resultados para nova análise das áreas de risco de transmissão.
 
 
PONTOS QUENTES – Nos municípios, a aplicação do Risco Dengue leva em conta não apenas a situação da doença no momento, mas também um estudo dos anos anteriores, considerando a circulação viral, a incidência de casos e os bairros e quarteirões que, historicamente, concentram os índices mais altos de infestação. Assim, a ferramenta permite identificar os chamados ?pontos quentes?, locais onde as ações de prevenção e controle devem ser intensificadas antes do início das chuvas. ?Como, no Brasil, 70% dos casos de dengue concentram-se entre janeiro e maio, estamos alertando todo o SUS com quatro meses de antecedência, para que as ações comecem imediatamente?, afirma o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
 
O Risco Dengue foi desenvolvido como experiência piloto no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia e Boa Vista. Em cada um desses municípios, foram identificados distritos, bairros ou quarteirões com maior risco. A recomendação do Ministério é que o Risco Dengue seja aplicado em todas as unidades da federação e nos municípios de maior porte, para nortear o planejamento de ações de prevenção.
 
AÇÕES IMEDIATAS ? A partir do cenário de risco obtido em cada município, os gestores devem priorizar os ?pontos quentes?, porém, sem deixar as demais áreas descobertas. Entre as ações imediatas a serem realizadas, estão: visitas domiciliares, mutirões de limpeza urbana, reforço da coleta de lixo, eliminação e tratamento de criadouros nas residências, aplicação de larvicidas e inseticidas e busca ativa de casos e óbitos suspeitos de dengue.
 
Outro objetivo fundamental das ações de controle é a redução da ocorrência de casos graves e mortes por dengue. Para isto, é fundamental que os estados e municípios organizem os serviços de saúde locais, , tendo como porta de entrada a unidade de atenção primária de saúde, e apliquem a classificação de risco para atendimento de pacientes de dengue em todos os níveis de atenção, conforme previsto nas Diretrizes Nacionais de Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue, lançadas em julho de 2009. Além disso, a mobilização da comunidade e a divulgação de campanhas de informação devem ser reforçadas, sobretudo nos ?pontos quentes?.
 
As Secretarias Estaduais de Saúde ficam responsáveis por gerenciar os estoques de larvicidas e inseticidas, com distribuição prioritária aos municípios mais vulneráveis e monitoramento da resistência dos mosquitos. O acompanhamento e supervisão das atividades de campo, atualização periódica de dados, monitoramento da circulação viral e apoio na investigação de casos e óbitos também são atribuições dos estados.
 
FORMAÇÃO DO RISCO DENGUE – O secretário da Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Gerson Penna, lembrou que nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, representantes de todos os estados e municípios brasileiros estão reunidos com o do Ministério da Saúde para um treinamento sobre a metodologia do Risco Dengue. Toda a metodologia segue as recomendações do Comitê Técnico Assessor Nacional do Programa Nacional de Controle da Dengue e da Sociedade Brasileira de Infectologia.
 
GOVERNO FEDERAL ? Como preparação para o verão 2010/2011, o Ministério da Saúde já comprou 100 nebulizadores portáteis, 20 veículos para reforçar a reserva estratégica nacional e 20 equipamentos de aplicação de inseticida (fumacê). Também foram adquiridos 263 mil litros de inseticidas e 3,5 mil toneladas de larvicidas para combate ao mosquito transmissor.
 
Para reforçar o monitoramento da circulação viral, as unidades sentinelas de coleta de amostras de sangue foram ampliadas de 48 para 66 em todo o país. Além disso, foram adquiridos 800 mil litros de soro fisiológico, 3 milhões de comprimidos de paracetamol e 1 milhão de envelopes de sais de reidratação oral.
 
Na área de assistência, até dezembro, o Ministério lançará um manual de diagnóstico e tratamento de dengue para auxiliar pediatras no diagnóstico e tratamento de crianças com suspeita de dengue e atualizará o manual de manejo clínico em adultos, com destaque para a necessidade de detectar precocemente sinais de alerta para agravamento da doença. Além disso, o Ministério fará parceria com operadoras de planos de saúde em todo o país, para que a classificação de risco de dengue seja aplicada também nos hospitais da rede privada.
 
O Ministério da Saúde também tem assessorado os estados e capitais na elaboração de planos de contingência para enfrentamento de epidemias de dengue. Desde janeiro, nove estados receberam visitas técnicas e outros oito estão na agenda até o final de outubro. De fevereiro a agosto, foram realizados 10 tipos de cursos, treinamentos e capacitações de profissionais de saúde e agentes comunitários para todos os estados. Entre os temas, estão: segurança química; utilização de larvicidas; treinamento em análise de dados; investigação de óbito; planos de contingência; gestão integrada, prevenção e controle da dengue.
 
Outra medida tomada foi a publicação, em maio, da Portaria 1.007/2010, que incorpora agentes de endemias nas Equipes de Saúde da Família (ESF). Os municípios que aderirem à Portaria receberão incentivo financeiro, num total de R$ 25 milhões para todo o país.
 
Os recursos financeiros para ações de prevenção de dengue e outras doenças foram mantidos para o ano de 2011. O Teto Financeiro de Vigilância em Saúde será de R$ 1,02 bilhão, repassados aos estados e municípios trimestralmente. Em relação à Comunicação, neste momento prosseguem as campanhas locais, com base no regime de chuvas das cinco regiões do país. Em outubro, está previsto o lançamento da campanha anual de combate à dengue.
 
DENGUE TIPO 4 – O Ministério ressalta que este mapa não considera uma eventual dispersão do vírus DEN-4 no país. O sorotipo foi identificado em Roraima no mês de agosto, após 28 anos sem circulação no Brasil. O Ministério alertou todas as unidades da Federação para intensificar o monitoramento viral e, até o momento, não há evidência deste vírus fora do estado de Roraima.
 
VACINA CONTRA DENGUE: Temporão anunciou também, que o primeiro teste da vacina contra dengue já está sendo testa em seres humanos. A pesquisa esta sendo desenvolvida na Universidade Federal do Espírito Santo.  
 
Fonte: Site CONASEMS
 

HOSPITAL REGIONAL VAI DOBRAR ATENDIMENTO NEONATAL

A ala de pediatria e ginecologia do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HR) está sendo totalmente reformada. Com a ampliação o HR vai dobrar o número de leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, que passará de 20 para 40, sendo 10 leitos destinados às mães integradas ao método Canguru. Os quartos são equipados com poltronas reclináveis para amamentação e camas para permanência da mãe no hospital. Na UTI neonatal permanecem bebês com peso entre 500 gramas e 2,5 quilos.

O setor materno- infantil atende mulheres com gestação de alto risco e realiza em média 150 partos por mês. Em 2009 o Hospital Regional realizou 1,5 mil partos. Os bebês saem do hospital já registrados no cartório que funciona dentro do HR. No local também são realizados os testes do pezinho – para detectar cinco doenças entre elas hipotireoidismo e fibrose cística- e da orelhinha, que faz a triagem para verificação do desenvolvimento auditivo.  

As obras de reforma e ampliação do segundo andar do hospital, onde ficará concentrado o setor materno-infantil, devem ser concluídas em outubro deste ano. Para a reforma geral da unidade de saúde, que inclui além da UTI neonatal o banco de leite, ampliação do setor de hemodiálise, do pronto socorro e UTI adulto, a administração estadual vai investir R$ 10 milhões.

Mãe canguru

Como o animal que dá nome ao método a mãe mantém o bebê prematuro junto ao corpo para que ele receba calor e leite materno, para que possa se desenvolver normalmente.  A aplicação exige forma diferenciada de manipulação da criança e ainda o controle de ruído para que o ambiente externo seja semelhante ao meio intrauterino.  “Tentamos minimizar o choque para o bebê”, explica a médica Mirian Jorge Azevedo.

O sistema inclui a participação de toda a família e a mãe fica com a criança todo o tempo em que ela permanecer no hospital.  Os profissionais da equipe multidisciplinar -formada por oftalmologista, pneumologista, cardiologista, gastroenterologista, nutricionista, fisioterapeuta e psicólogo- que fazem o acompanhamento dos bebês orientam os pais em como proceder durante a adaptação do filho prematuro.

Fonte: Site SES/MS

HOSPITAL REGIONAL VAI DOBRAR ATENDIMENTO NEONATAL

A ala de pediatria e ginecologia do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HR) está sendo totalmente reformada. Com a ampliação o HR vai dobrar o número de leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, que passará de 20 para 40, sendo 10 leitos destinados às mães integradas ao método Canguru. Os quartos são equipados com poltronas reclináveis para amamentação e camas para permanência da mãe no hospital. Na UTI neonatal permanecem bebês com peso entre 500 gramas e 2,5 quilos.

O setor materno- infantil atende mulheres com gestação de alto risco e realiza em média 150 partos por mês. Em 2009 o Hospital Regional realizou 1,5 mil partos. Os bebês saem do hospital já registrados no cartório que funciona dentro do HR. No local também são realizados os testes do pezinho – para detectar cinco doenças entre elas hipotireoidismo e fibrose cística- e da orelhinha, que faz a triagem para verificação do desenvolvimento auditivo.  

As obras de reforma e ampliação do segundo andar do hospital, onde ficará concentrado o setor materno-infantil, devem ser concluídas em outubro deste ano. Para a reforma geral da unidade de saúde, que inclui além da UTI neonatal o banco de leite, ampliação do setor de hemodiálise, do pronto socorro e UTI adulto, a administração estadual vai investir R$ 10 milhões.

Mãe canguru

Como o animal que dá nome ao método a mãe mantém o bebê prematuro junto ao corpo para que ele receba calor e leite materno, para que possa se desenvolver normalmente.  A aplicação exige forma diferenciada de manipulação da criança e ainda o controle de ruído para que o ambiente externo seja semelhante ao meio intrauterino.  “Tentamos minimizar o choque para o bebê”, explica a médica Mirian Jorge Azevedo.

O sistema inclui a participação de toda a família e a mãe fica com a criança todo o tempo em que ela permanecer no hospital.  Os profissionais da equipe multidisciplinar -formada por oftalmologista, pneumologista, cardiologista, gastroenterologista, nutricionista, fisioterapeuta e psicólogo- que fazem o acompanhamento dos bebês orientam os pais em como proceder durante a adaptação do filho prematuro.

Fonte: Site SES/MS

RSULTADO PARCIAL INDICA MAIS DE 10 MILHÕES DE CRIANÇAS VACINADAS

Pais ou responsáveis que não puderam levar as crianças menores de cinco anos para tomar a gotinha devem procurar a unidade de saúde mais próxima, pois a vacina continua disponível na rede pública.

O resultado preliminar da segunda fase da Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite mostra que, até as15h desta segunda-feira (16), as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde haviam informado ao Ministério da Saúde 10.139.452 crianças vacinadas em todo o Brasil. Este número é parcial e sofrerá alterações, à medida que os estados e municípios atualizem o banco de dados do Ministério da Saúde.

“O número muda a todo instante. Isso ocorre porque a digitação dos dados no sistema não ocorre no mesmo momento em que a criança recebe a gotinha. É comum que as equipes de profissionais de saúde comecem a digitar os dados depois que a vacinação termina”, explica a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carmem Osterno.

“Se os pais ou responsáveis, por algum motivo, não puderam levar as crianças, não há motivo para preocupação. Basta ir à unidade de saúde mais próxima, porque a vacina contra a pólio está disponível na rede pública de saúde em todo o país”, explica Carmem Osterno.

No último sábado (14), pais e responsáveis levaram crianças menores de cinco anos aos cerca de 115 mil postos de vacinação. A meta ca campanha é imunizar 14,6 milhões de crianças, representando 95%, meta mínima exigida, dos menores de cinco anos. Para isso, foram distribuídos 24 milhões de doses da vacina. No total, somando as duas etapas, foram distribuídos 48 milhões de doses. A primeira fase da campanha, realizada em 12 de junho, imunizou 14 milhões de crianças.

O investimento do Ministério da Saúde, nas duas fases da campanha, foi de R$ 40,9 milhões – sendo R$ 20,8 milhões para comprar vacinas e R$ 20,1 milhões em repasses para as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, parceiros do Ministério na realização da campanha.

BRASIL SEM PÓLIO – A estratégia adotada pelo Brasil, de realizar campanhas nacionais anuais, divididas em duas etapas, com intervalo de dois meses entre as doses, contribuiu para que o país eliminasse o vírus da poliomielite. Desde 1989, não são registrados casos da doença em território nacional. Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) a certificação internacional de erradicação da transmissão da poliomielite.

Segundo Carmem Osterno, apesar do Brasil não registrar casos há mais de vinte anos, a doença ainda é comum em outras partes do mundo. A imunização previne contra os riscos de importação de casos provenientes de outros países que ainda registram casos da doença, principalmente dos que têm relações comerciais ou registram um fluxo migratório com o Brasil, como é o caso de alguns países africanos e asiáticos.

De acordo com a OMS, 26 países ainda registram casos de poliomielite. Desses quatro são endêmicos, ou seja, possuem transmissão constante: Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão. Outros 22 países têm registro de casos importados: Tajiquistão, Angola, Chade, Sudão, Uganda, Quênia, Benin, Togo, Burkina Faso, Níger, Mali, Libéria, Serra Leoa, Mauritânia, Senegal, República Centro Africana, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Nepal, Guiné, Camarões e Burundi.

SOBRE A VACINA – Oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina contra a paralisia infantil é administrada via oral, em gotas, e está disponível durante todo o ano nos postos de saúde para a imunização de rotina. Pelo calendário básico de vacinação, os bebês devem receber a vacina aos dois, quatro e seis meses. Aos 15 meses, as crianças recebem o primeiro reforço. Porém, é importante que todas as crianças menores de cinco anos (de 0 a 4 anos 11 meses e 29 dias) tomem as duas doses da vacina durante a Campanha Nacional, mesmo que já tenham sido vacinadas anteriormente.

A vacina não apresenta contra-indicações. Porém, recomenda-se que as crianças que estejam com febre acima de 38º ou com alguma infecção sejam avaliadas por um médico antes de receberem as gotinhas. A vacina também não é recomendada para crianças que tenham problemas de imunodepressão (como pacientes de câncer e aids ou de outras doenças que afetem o sistema imunológico, de defesas do organismo).

A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa grave. Na maioria das vezes, a criança não morre quando é infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada e transmitida por um vírus (o poliovírus) e a contaminação se dá principalmente por via oral.

Fonte: Site / Ministério da Sáude

CONFIRMAÇÃO DE DENGUE TIPO 4 EM BOA VISTA

Três casos foram confirmados e um continua sendo investigado pelo Instituto Evandro Chagas. Medidas de contenção também incluem reforço de aplicação de fumacê e visitas domiciliares

O Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde do estado de Roraima e do município de Boa Vista intensificaram as buscas de casos suspeitos de dengue, depois que o Instituto Evandro Chagas (IEC) confirmou, nesta quarta-feira (11), três casos de dengue tipo 4 na capital. Nos bairros de Santa Teresa, Buritis e Cidade Satélite, onde vivem os três pacientes com confirmação de DEN-4, o trabalho de busca ativa já visitou 73 casas. Até o momento, 30 amostras de sangue foram colhidas e enviadas ao IEC, em Belém, no Pará, para confirmar o diagnóstico de dengue e, em caso positivo, identificar o sorotipo viral.

Desde a semana passada, agentes comunitários de saúde estão visitando domicílios nestes bairros para fazer a chamada busca ativa de novos casos suspeitos de dengue. Todas as pessoas que estão ou estiveram com sintomas da doença nos últimos dias respondem a um questionário e têm amostras de sangue colhidas para a realização de exames laboratoriais.

Os três pacientes que tiveram dengue do tipo 4 foram infectados em Boa Vista e as idades deles variam entre 15 e 44 anos. Todos tiveram sintomas de dengue clássica e se curaram sem necessidade de internação.

No bairro de Santa Teresa, onde mora o primeiro paciente confirmado com DEN-4, o levantamento de infestação por Aedes aegypti apontou que 1,95% das residências tinham focos do mosquito, com predominância de criadouros no lixo doméstico. Até ontem (11), 2.559 casas no bairro haviam sido visitadas por agentes comunitários para aplicação de larvicidas e inseticidas, numa cobertura equivalente a 81% dos imóveis. Além da aplicação de larvicidas e inseticidas nos três bairros onde foram confirmados os casos de DEN-4, as equipes de campo realizaram um mutirão de eliminação de criadouros em pontos estratégicos como ferros-velhos, borracharias e outros. O mesmo trabalho está sendo feito nos bairros de Buritis e Cidade Satélite.

O IEC permanece investigando um quarto caso suspeito de DEN-4, de uma moradora do bairro de Pricumã. Exames preliminares em amostras desta paciente já tinham resultado positivo para DEN-4. Porém, ainda não foi possível confirmar o diagnóstico por isolamento viral por cultura de células, técnica considerada “padrão ouro” pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

MEDIDAS DE CONTENÇÃO – A confirmação, até o momento, de três casos de DEN-4 em Boa Vista traz indícios de recirculação deste sorotipo viral após 28 anos, o que justifica as medidas que vêm sendo tomadas desde a semana passada para conter uma possível dispersão do vírus.

Mesmo antes do resultado da contraprova dos casos suspeitos, as Secretarias de Saúde de Roraima e de Boa Vista, apoiadas pelo Ministério da Saúde, iniciaram uma série de medidas de controle, divididas em duas frentes: combate ao mosquito e busca ativa de casos suspeitos de dengue. “Nós partimos da premissa de que os casos poderiam se confirmar e, por isso, agimos preventivamente”, explica o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho.

A equipe de técnicos que compõe a sala de situação da dengue criada no município de Boa Vista – uma espécie de gabinete especial para coordenar as atividades emergenciais – treinou 80 agentes comunitários de saúde para orientar a população sobre medidas de prevenção e controle do Aedes aegypti em ambiente doméstico.

ALERTA – O Ministério da Saúde enviou, na última sexta-feira (6), um alerta a todas as Secretarias Estaduais de Saúde sobre a possibilidade de reentrada do vírus DEN-4 no Brasil. A recomendação foi de que as Secretarias de Saúde intensifiquem o monitoramento de circulação viral e as medidas de controle do mosquito transmissor. “A confirmação dos casos em Boa Vista traz preocupação porque o trânsito de pessoas no país é intenso e não há como fazer barreiras sanitárias contra dengue”, esclarece Giovanini Coelho. Isto porque o período de incubação do vírus da dengue, antes dos primeiros sintomas, pode chegar a 15 dias.

Em 1981, os sorotipos DEN-1 e DEN 4 foram os primeiros a serem isolados no Brasil, em uma epidemia de dengue ocorrida Boa Vista, Estado de Roraima. Após um intervalo de cinco anos sem registro de casos no país, detectou-se a recirculação do sorotipo DEN-1 nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Alagoas, Ceará, Pernambuco e Bahia. Quatro anos depois, em 1990, o DEN-2 entrou no país e, em 2001, detectaram-se os primeiros casos de DEN-3. Desde então, os três sorotipos circulam de forma dispersa e heterogênea em todo o país.

O sorotipo DEN-4 não era detectado no país desde 1982, porém já circula há vários anos em dez países das Américas, incluindo Venezuela, Peru, Colômbia e Equador. O estado de Roraima faz fronteira com a Venezuela. Pelo fato de o único registro do sorotipo DEN-4 no Brasil ter ocorrido há quase três décadas, a detecção de um caso suspeito exige a confirmação laboratorial por diferentes técnicas.

SINTOMAS IGUAIS – Os quatro sorotipos virais de dengue causam os mesmos sintomas: dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, febre, dor atrás dos olhos, diarréia, vômito, entre outros. O protocolo de tratamento também é o mesmo, independentemente do tipo de vírus. O alerta nacional para a circulação do DEN-4 se justifica porque a população brasileira não tem imunidade contra este sorotipo e, por isso, há risco de epidemias caso ele se disperse para outros estados.

A ausência de imunidade ao DEN-4, associada à ocorrência de epidemias anteriores por outros sorotipos virais, aumenta a possibilidade de ocorrência de casos graves de dengue. Isto porque, quando o paciente pega a doença mais de uma vez, aumentam as chances de desenvolver formas graves da doença.

DENGUE EM QUEDA – Até o dia 3 de julho de 2010, Roraima registrou 4.834 casos de dengue. Por causa da sua baixa densidade populacional, o estado está entre os que registram a maior taxa de incidência de dengue, considerando a proporção de casos por 100 mil habitantes. Neste momento, o estado registra tendência geral de queda nas notificações de dengue, se acordo com o Programa Nacional de Controle da Dengue.

Ao longo do ano de 2010, o Ministério da Saúde já vinha apoiando as ações da Secretaria Estadual de Saúde de Roraima, com o envio de mais de duas toneladas de larvicidas e 1,2 mil litros de inseticidas, além de treinamentos de técnicos para utilização destes insumos e envio de material de segurança para a aplicação.

Fonte: Site / Ministério da Saúde

GRIPE H1N1: OMS ANUNCIA FIM DA PANDEMIA

 

Nesta terça-feira (10), a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou o início da fase pós-pandêmica da gripe H1N1. Isso significa que o vírus continua circulando no mundo, mas junto com outros vírus sazonais (da gripe comum) e em intensidade diferente entre os países. Alguns deles, como Índia e Nova Zelândia, ainda têm apresentado epidemia pela gripe H1N1. De acordo com a OMS, o monitoramento epidemiológico mostrou que o vírus H1N1 não sofreu mutação para formas mais letais, a resistência ao antiviral fosfato de oseltamivir não se desenvolveu de forma importante e a vacina se mostrou uma medida eficaz para proteger a população.

Essas evidências contribuíram para a decisão de mudar o nível de alerta para fase pós-pandêmica. No entanto, a OMS alerta que, mesmo com a mudança de nível, o monitoramento e as ações preventivas devem continuar, especialmente em relação aos grupos mais vulneráveis para desenvolver formas graves da doença, como gestantes, portadores de doenças crônicas e crianças menores de dois anos. "A vigilância contínua é extremamente importante", orientou a diretora-geral da OMS, Margareth Chan, que ressaltou a importância da vacinação no enfrentamento da pandemia.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reforça a recomendação da OMS e destaca a vacinação recorde realizada no Brasil. “Fizemos um imenso esforço conjunto e conseguimos vacinar, em apenas três meses, 88 milhões de pessoas. Isso nos permite ter todos os índices de gripe em queda e a demanda por atendimento médico por doenças respiratórias está menor que o esperado para esta época do ano”, afirma o ministro. Ele ressalta, no entanto, que é necessário continuar monitorando o vírus e manter os cuidados típicos do período do inverno, como os hábitos de higiene.

GRIPE NO BRASIL – A análise dos indicadores qualitativos informados à Organização Mundial da Saúde revela, além da queda de demanda por atendimento médico, que o Brasil apresenta, atualmente, uma intensidade baixa a moderada na proporção de pessoas com doenças respiratórias agudas.

De 1º de janeiro a 31 de julho deste ano, foram confirmados 753 casos de pessoas com influenza pandêmica que precisaram de internação e 95 mortes. Em 2010, vem sendo observada intensa redução no número de casos graves e mortes pela doença desde março. A gripe H1N1 vem se mantendo em baixa atividade mesmo nos meses de julho e agosto, nos quais ocorre, todos os anos, aumento no número de casos de influenza e pneumonias associadas.

Essas informações mostram a efetividade da vacinação no controle da doença. No entanto, seguindo orientações da OMS, o Ministério da Saúde manterá, junto com os estados e os municípios, o monitoramento da gripe H1N1. Em 2009, foram 46.100 casos graves e 2.051 óbitos.

PREVENÇÃO – Com o país ainda no inverno, a população deve ficar atenta, pois é nessa época do ano que costumam aumentar os casos de doenças respiratórias transmissíveis, como gripes e resfriados. A queda de temperatura, o ar mais seco e a maior concentração de pessoas em ambientes fechados favorecem a circulação dos diversos tipos de vírus respiratórios, como os vírus influenza, que causam gripe.

No Brasil, o aumento de casos de gripe geralmente ocorre entre maio e outubro. Porém, esse período varia de acordo com a região. Por exemplo, enquanto no Norte a tendência de crescimento se inicia em janeiro, no Sul e Sudeste, que têm invernos mais rigorosos, os casos se concentram de junho a agosto.

Portanto, a população deve continuar com os hábitos de higiene (como lavar as mãos frequentemente e usar lenços descartáveis ao tossir e espirrar) e ter atenção especial com crianças, gestantes, portadores de algumas doenças crônicas e idosos. Ao surgirem sinais de gripe ou resfriado, como febre, tosse, dor de cabeça e nas articulações, as pessoas não devem tomar remédios por conta própria (pois eles podem mascarar sintomas e dificultar o diagnóstico) e devem procurar o serviço de saúde mais próximo.

MEMÓRIA – No dia 24 de abril de 2009, a OMS fez o alerta sobre o surgimento da Influenza A (H1N1), inicialmente chamada de gripe suína. Desde o alerta da OMS, o Ministério da Saúde iniciou o seu plano de contingência, com uma estrutura construída desde o ano 2000. Este plano tem como base uma rede de vigilância e atenção em saúde para enfrentar possíveis pandemias causadas pelos vírus influenza. Ao todo, o governo federal investiu aproximadamente R$ 2,5 bilhões, principalmente na aquisição de vacinas, medicamentos, equipamentos hospitalares, adequação de infra-estrutura de hospitais, laboratórios, portos e aeroportos; capacitações profissionais e ações de comunicação.

Fonte: Site Ministério da Saúde