A ala de pediatria e ginecologia do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HR) está sendo totalmente reformada. Com a ampliação o HR vai dobrar o número de leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, que passará de 20 para 40, sendo 10 leitos destinados às mães integradas ao método Canguru. Os quartos são equipados com poltronas reclináveis para amamentação e camas para permanência da mãe no hospital. Na UTI neonatal permanecem bebês com peso entre 500 gramas e 2,5 quilos.

O setor materno- infantil atende mulheres com gestação de alto risco e realiza em média 150 partos por mês. Em 2009 o Hospital Regional realizou 1,5 mil partos. Os bebês saem do hospital já registrados no cartório que funciona dentro do HR. No local também são realizados os testes do pezinho – para detectar cinco doenças entre elas hipotireoidismo e fibrose cística- e da orelhinha, que faz a triagem para verificação do desenvolvimento auditivo.  

As obras de reforma e ampliação do segundo andar do hospital, onde ficará concentrado o setor materno-infantil, devem ser concluídas em outubro deste ano. Para a reforma geral da unidade de saúde, que inclui além da UTI neonatal o banco de leite, ampliação do setor de hemodiálise, do pronto socorro e UTI adulto, a administração estadual vai investir R$ 10 milhões.

Mãe canguru

Como o animal que dá nome ao método a mãe mantém o bebê prematuro junto ao corpo para que ele receba calor e leite materno, para que possa se desenvolver normalmente.  A aplicação exige forma diferenciada de manipulação da criança e ainda o controle de ruído para que o ambiente externo seja semelhante ao meio intrauterino.  “Tentamos minimizar o choque para o bebê”, explica a médica Mirian Jorge Azevedo.

O sistema inclui a participação de toda a família e a mãe fica com a criança todo o tempo em que ela permanecer no hospital.  Os profissionais da equipe multidisciplinar -formada por oftalmologista, pneumologista, cardiologista, gastroenterologista, nutricionista, fisioterapeuta e psicólogo- que fazem o acompanhamento dos bebês orientam os pais em como proceder durante a adaptação do filho prematuro.

Fonte: Site SES/MS