COSEMS∕MS chama atenção para o mês de prevenção ao suicídio
Setembro é um mês marcado pela conscientização de doenças e ações importantes, sendo uma delas a prevenção ao suicídio. Todos os municípios de Mato Grosso do Sul estão promovendo a campanha ‘Setembro Amarelo’, em suas unidades de saúde, com os objetivos de mobilizar e informar a população sobre essa causa que acomete a cada dia mais pessoas,
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, no Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.
A Presidente do COSEMS∕MS, Maria Angélica Benetasso comenta “a saúde mental é um tema que tem ganhado cada dia maior atenção, todos os municípios do Estado, estão realizando diversas ações para abordar o tema, desmistificar o assunto e conscientizar a população que os transtornos mentais têm tratamento específico, e que procurar ajuda não é sinônimo de fraqueza”.
Sabe-se os casos de suicídio estão relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa forma, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento e informações de qualidade.
“O registro de transtornos mentais aumentou muito durante e após a pandemia. Não só com a população em geral, mas também entre os profissionais de saúde, o medo, incerteza, a sobrecarga de trabalho. Por isso no SUS temos inúmeras práticas integrativas que promovem o bem-estar e evitam o agravamento, como, por exemplo, as academias ao ar livre os grupos terapêuticos”, relata a Presidente.
Conforme o Ministério da Saúde, em 2021, os atendimentos a pessoas com transtornos mentais e comportamentais devido ao uso abusivo ou dependência de álcool e outras drogas aumentaram 11%.
“A cada dia que passa a rede de saúde têm se preparado mais para enfrentar o tema, temos municípios pequenos como Anastácio que têm desenvolvido um trabalho em rede fantástico. Infelizmente não são todos os municípios que possuem CAPS, temos uma dificuldade de contratação de psiquiatras, principalmente em municípios pequenos, longe dos grandes centros, mas todos, dentro de suas estruturas e possibilidades estão atentos e enfrentando esse problema que é uma questão mundial”, complementa Angélica.