SAÚDE REPASS QUASE R$ 55 MILHÕES A HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS

                                O Ministério da Saúde liberou, nesta segunda-feira (29), quase R$ 55 milhões para 41 hospitais universitários de cinco estados, que integram o Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários (Rehuf). Do total dos recursos, R$ 37,9 milhões são destinados aos hospitais do Mato Grosso do Sul, R$ 5,6 milhões para São Paulo, R$ 5,5 milhões para o Rio de Janeiro, R$ 3,4 milhões para a Bahia e R$ 2,2 milhões para o estado do Ceará.

O RehuF é um programa desenvolvido e financiado em parceria com o Ministério da Educação. Para as universidades contempladas, o valor corresponde a 60% do total destinado ao custeio dos serviços realizados pelos hospitais, em 2012.

O financiamento do Rehuf é dividido em três blocos: custeio, compra de equipamentos e realização de obras de reformas. Este ano, os repasses feitos pelo Ministério da Saúde, somente para custeio, totalizarão R$ 270 milhões. Deste montante, R$ 118,8 milhões já foram transferidos para 45 instituições de ensino.

No total, em 2012, os hospitais universitários contam com o volume de R$ 585 milhões – R$ 85 milhões a mais do que no ano passado. Além do recurso destinado ao custeio destes hospitais, o ministério totalizará, até o final do ano, o repasse de recursos para a realização de obras de reforma (R$ 180 milhões) e compra de equipamentos (R$ 135 milhões).

MELHORIA DA GESTÃO – Criado em 2010, o Rehuf tem o objetivo de melhorar a gestão hospitalar para a qualificação da assistência, do ensino e da pesquisa. A compra de equipamentos e o financiamento de obras nos hospitais são os focos do programa.

Ou seja, o Rehuf contribui para a modernização das instituições e o aprimoramento das condições de ensino para os alunos da área da saúde. Os recursos do programa são adicionais, complementando outras fontes de financiamento para a melhoria das atividades dos hospitais.

Fonte: www.conass.org.br

HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS BENEFICIADOS

UF

Município

Universidade

UNIDADES ASSISTENCIAIS

ORÇAMENTO (R$)

MS

Campo Grande

UFMS – Universidade Federal Mato Grosso do Sul – Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian –

PAM

700.633,16

Cl. Intermediária UCO

893.341,95

Cl. Cirúrgica Cardiovascular

798.084,59

Enf. UTI Neonatal/BLH

1.382.167,70

Enf. Pediatria

1.163.860,00

Un. Terapia Renal (Diálise)

917.626,10

Enf. Cl. Médica

2.003.599,70

Setor Órteses e Próteses

251.713,91

Lab. Células Tronco (CTC)

262.246,98

Lab. Análises Clínicas

2.230.866,80

Almoxarifado/Patrimônio

3.229.183,30

Cl. Cirúrgica III

507.785,14

Ambulatório

6.954.425,00

Telhado

10.100.559,15

Pintura externa

6.519.150,00

SUBTOTAL

37.915.243,48

RJ

Rio de Janeiro

Universidade Federal Fluminense – Hospital Universitário Antônio Pedro/UFF

Enfermaria semi-intensiva de transplantados renais

447.573,16

Alojamento Conjunto, PPP e Centro Cirúrgico Obstétrico da Maternidade

1.456.887,03

UTI Neonatal

609.198,48

SUBTOTAL

2.513.658,67

RJ

Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro- Instituto de Psiquiatria

Reforma do Hall do Prédio das Enfermarias/Direção e Salas de Chefia de Enfermagem e Serviço Social

306.417,55

Reforma do Pátio dos Refeitórios

230.947,96

Reforma do Telhado da Residência Médica

192.888,79

Telemedicina

290.739,92

Telhado do SPIA

279.494,70

Reforma da Fachada Externa do Ambulatório

165.842,12

Enfermaria Feminina e Enfermaria Masculina

1.522.176,56

SUBTOTAL

2.988.507,60

CE

Fortaleza

Universidade Federal do Ceará – Maternidade Escola Assis Chateaubriand/UFC

Complemento reformas constantes na Portaria GM/MS 1979/12

2.299.596,12

SUBTOTAL

2.299.596,12

BA

Salvador

Universidade Federal da Bahia – Hospital  Prof. Edgard Santos/UFBA

Un. de Neurociências, Psiquiatria e Farmácia

160.833,36

Un. de Gastro-Hepatologia e Urologia

155.109,69

Un. de Odontologia

261.011,71

Un. de Cardiologia

187.362,59

Un. de Genética

35.365,18

Áreas de Atendimento Externo

123.856,10

Un. de Internação 1D

1.008.788,82

Abrigo Externo de Resíduos Sólidos

65.586,13

Armazenamento Temporário de Rejeitos Radioativos e Resíduos Químicos

81.874,90

Recuperação Estrutural e Pintura de Fachada

1.346.607,42

SUBTOTAL

3.426.395,90

SP

São Paulo

Universidade Federal de São Paulo

Unidade de Internação de Endocrinologia, Geriatria e Cirurgia do Tórax

693.608,92

Centro de Diagnósticos por Imagem

4.407.130,96

Grupo de Apoio Técnico – Centro de Apoio à Engenharia Clínica

74.789,59

Setor de Tomografia do Serviço de Diagnóstico por Imagem

377.435,07

Sala de Gama – Câmara

141.583,83

SUBTOTAL

5.694.548,37

TOTAL GERAL

54.837.950,14

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BRASIL MANTÉM 95% DE COBERTURA VACINAL NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

                              Manter o calendário de vacinas em dia garante a saúde do bebê e ajuda o Brasil a continuar registrando altos índices de coberturas vacinais contra doenças imunopreviníveis. A cobertura vacinal no país nos últimos dez anos atingiu em média 95% para a maioria das vacinas do calendário da criança e em campanhas de vacinação. As doses são disponibilizadas gratuitamente nos 35 mil postos da rede pública.

O Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde instituiu calendários não só para o primeiro ano de vida, mas também para crianças, adolescentes, adultos e idosos. “O Brasil tem um dos melhores e mais complexos programas de imunização do mundo, oferecendo de forma gratuita vacinas contra diversas doenças. A vacina é uma aliada importante para controlar, combater e eliminar essas doenças; o Brasil é modelo para outros países que não conseguem atingir uma cobertura vacinal como a nossa”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

Como exemplo, em 2011, a vacina BCG, que combate a tuberculose atingiu 107,7% de cobertura vacinal; a tríplice viral, que combate sarampo, caxumba e rubéola atingiu 102,2% e meningocócica conjugada C, inserida no calendário em 2011, atingiu 105,5% de cobertura vacinal. Na campanha de vacinação contra poliomielite para menores de 5 anos de idade em 2012 foram vacinadas mais de 14 milhões de crianças atingindo uma cobertura vacinal de 98%. As campanhas de vacinação contra influenza também mostram a capacidade de mobilização do PNI na adesão da população ao chamado a vacinação. Neste ano foram registradas mais de 25 milhões de dose da vacina e a cobertura total atingiu 86,24% da população-alvo estimada em cerca de 30 milhões de pessoas.

O Ministério da Saúde disponibiliza 43 tipos diferentes de imunobiológicos: 26 vacinas, 13 soros heterólogos (imunoglobulinas animais) e quatro soros homólogos (imunoglobulinas humanas), utilizadas na prevenção e/ou tratamento de doenças. Desde a década de 70, estratégias diferenciadas como campanhas e vacinação de rotina resultaram na eliminação da varíola, em 1973, da poliomielite, em 1989, e, mais recentemente, em 2001, a eliminação da transmissão autóctone do sarampo no país. Além da erradicação destas doenças, o Programa vem controlando, por meio da vacinação, o tétano neonatal, as formas graves da tuberculose, a difteria, o tétano acidental e a coqueluche.

Novas Vacinas –  Em 2010, duas novas vacinas foram introduzidas no calendário vacinal: a pneumo 10 valente e a meningocócica conjugada. Com o objetivo de ampliar o uso das vacinas combinadas, o Ministério da Saúde incluiu em 2012, no calendário de vacinação da criança, a vacina pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B), visando diminuir o número de aplicações de injeções nas crianças. Nesse ano também foi incluída no calendário da criança a vacina inativada poliomielite com o esquema vacinal sequencial de quatro doses em crianças menores de um ano de idade que estejam iniciando seu calendário de vacinação. Para 2013, o Ministério da Saúde vai oferecer mais duas vacinas no calendário básico de imunização: contra a varicela e contra a hepatite A.

Caderneta de Vacinação – A servidora pública Luciana Curvelo sabe da importância de manter a caderneta de vacinação do filho Henrique, de um ano, em dia. “Acho que vacinar é fundamental e, tenho muito pena dele na hora da furadinha da agulha, mas sei que dói muito menos do que qualquer uma dessas doenças que podem ser prevenidas com a vacina”, diz a mãe.

A coordenadora do Programa de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, diz que a caderneta é tão importante quanto qualquer outro documento de identificação do cidadão. “A mãe deve sempre levar a caderneta de vacinação da criança toda vez que for aos serviços de saúde, em especial nas campanhas ou nas vacinas rotineiras. É uma oportunidade para que os profissionais de saúde avaliem a situação vacinal de criança e se houver alguma vacina em atraso, há a oportunidade de atualizar o esquema vacinal da criança”, diz.

Fonte: www.conass.ogr.br

MINISTÉRIO DA SAÚDE REFORÇA ALERTA SOBRE OS RISCOS DE BEBER E DIRIGIR

A Lei que proíbe beber antes de dirigir está em vigor no Brasil desde 2008. Mesmo assim, ainda existe gente que bebe e pega o volante. Segundo levantamento do Ministério da Saúde feito em 2010, 15 por cento dos pacientes que sofreram acidentes no trânsito disseram que beberam antes de dirigir.

Para a coordenadora da Área Técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes do Ministério da Saúde, Marta Silva, qualquer quantidade de bebida alcoólica é suficiente para colocar as pessoas em risco no trânsito.”Toda bebida tem uma interação, uma interferência, que depende do peso. Essa que só foi uma tacinha, só foi uma latinha, não vale. Estamos falando de vida, estamos falando de prevenção, e a recomendação é: independentemente da quantidade, não dirigir depois de beber. ”

A servidora pública Gabriela Drumond sabe bem disso. Ela fez um acordo com o marido para garantir a diversão nos finais de semana, sem abrir mão da segurança. ”Desde que a gente começou a namorar que o acordo é este: quando um bebe o outro dirige e quando os dois bebem a gente pega um táxi.  Preferimos garantir a nossa segurança do que correr o risco de ser parado, de perder carteira e ser penalizado por conta da lei seca.”

A coordenadora da Área Técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes do Ministério da Saúde, Marta Silva, falou também sobre o apoio do Ministério da Saúde à fiscalização prevista pela Lei, incluindo os testes de bafômetro.

” É lei seca mesmo, é tolerância zero, alcoolemia zero, se beber qualquer quantidade não dirigir, e para isso, o Vida no Trânsito, trabalha nos municípios, nas capitais e estados, com setores como batalhão de transito, com Detran, justamente nessa parceria de ações de implementar as ações de fiscalização de uso de bafômetro, de controle de velocidade, associando toda uma mudança de comportamento, fiscalização e controle. ”

Ouça a matéria da Web Rádio Saúde 

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O Projeto Vida no Trânsito do Ministério da Saúde foi criado há dois anos para contribuir com a segurança no trânsito e assim reduzir o número de mortos e feridos. Em setembro, o Governo Federal repassou mais de 12 milhões de reais para todos os estados e o Distrito Federal fortalecerem a vigilância e a prevenção nas ruas e estradas.

INFLUENZA: SAÚDE FACILITA ACESSO DOS DOENTES CRÔNICOS À VACINAÇÃO

                             O Ministério da Saúde vai descentralizar o acesso à vacina contra a influenza para pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições que possam favorecer o surgimento de casos graves. Uma lista apontando em quais casos a vacina é recomendada será amplamente divulgada pelo Ministério da Saúde.  O detalhamento permitirá que os profissionais de saúde possam avaliar, com mais precisão, a adequação da pessoa com doença crônica à recomendação de uso da vacina.

No grupo, a existência destas doenças ou condição prévia é um fator de risco quando associada com a infecção pelo vírus da influenza, situação chamada de comorbidade. Com a lista, o entendimento para quais casos e condições a vacina é indicada fica mais clara. Por exemplo, as doenças cárdicas crônicas passam a ter as seguintes descrições: doença cardíaca congênita, hipertensão arterial sistêmica com comorbidade, doença cardíaca isquêmica e insuficiência cardíaca. A expectativa é que com esse detalhamento, um maior número de pessoas desses grupos seja vacinado.

A ação já entra em vigor na próxima campanha de vacinação contra a influenza, em 2013, e deve atender a cerca de seis milhões de pessoas em todo o país. Com o estabelecimento e a divulgação da lista de doenças crônicas e outras condições de maior risco para casos graves e complicações da influenza, as pessoas portadoras poderão ter acesso à vacina em qualquer uma das 35 mil salas de vacina do Sistema Único de Saúde (SUS).

A medida conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, Sociedade Brasileira de Cardiologia, Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Sociedade Brasileira de Imunização, Comitê Técnico Assessor em Imunização, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, Sociedade Brasileira de Endocrinologia, Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e a Sociedade Brasileira de Pediatria.

Neste ano, a recomendação durante a campanha foi para que as pessoas com comorbidades se dirigissem aos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIES). “Não havia uma proibição para que esse grupo fosse vacinado nos postos de saúde, entretanto a medida possibilita que equipes de qualquer unidade de saúde avaliem corretamente a adequação da pessoa à recomendação de uso da vacina. Isso facilitará a descentralização, preservando a indicação técnica adequada”, esclarece Jarbas Barbosa.

 O objetivo da campanha de vacinação contra a influenza é proteger os grupos mais vulneráveis, reduzindo os casos graves e óbitos. O Ministério da Saúde segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) ao eleger, como grupo prioritário, os idosos, crianças menores de dois anos, gestantes, profissionais de saúde, indígenas, pessoas privadas de liberdade e portadores de determinadas doenças crônicas.

Em 2012, a meta de vacinação, que era de 80% para os grupos prioritários, foi superada. A cobertura alcançou 86,24%, o que corresponde a 25.9 milhões de pessoas vacinadas. “Foi uma das maiores coberturas vacinais contra a influenza do mundo, obtida graças à parceria entre o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de saúde, e também devido à dedicação das equipes de profissionais de saúde e ao apoio da população brasileira às ações de vacinação”, observa o secretário.   

COMPOSIÇÃO – A vacina contra a gripe é segura e protege contra os três tipos de vírus da influenza que mais circularam no inverno do ano anterior. Todos os anos, a Organização Mundial da Saúde divulga, em fevereiro e em setembro, a composição da vacina para os hemisférios Norte e Sul, respectivamente. Na vacina que começou a ser elaborada para utilização na campanha de 2013 encontra-se o vírus da influenza A (H1N1). 

A gripe é diferente do resfriado e de outros quadros respiratórios mais leves. A característica principal da gripe é o aparecimento de febre (temperatura maior que 38º C), sintomas respiratórios (tosse, dor na garganta e outros) e sintomas gerais, como cefaleia, moleza e dores no corpo. A grande maioria dos casos de gripe é leve e cura-se espontaneamente. Entretanto, em algumas situações, particularmente nesses grupos mais vulneráveis, ela pode evoluir para casos graves, necessitando atenção médica imediata. Uma boa maneira de aumentar a proteção contraa gripe é adotar as medidas de higiene pessoal, como lavar as mãos várias vezes ao dia e proteger a tosse e o espirro com lenço descartável ou na dobra do cotovelo.

GRUPO DE COMORBIDADE A SER INCLUÍDO NA CAMPANHA DE VACINAÇÃO COM PRESCRIÇÃO MÉDICA

Categoria de risco clínico

Definição

1-Doença respiratória crônica

  • Asma em uso de corticóides inalatório ou sistêmico (Moderada ou Grave).
  • DPOC.
  • Bronquioectasia.
  • Fibrose Cística.
  • Doenças Intersticiais do pulmão.
  • Displasia broncopulmonar.
  • Hipertensão arterial Pulmonar.
  • Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade.

 

 2-Doença cardíaca crônica

  • Doença cardíaca congênita.
  • Hipertensão arterial sistêmica com comorbidade.
  • Doença cardíaca isquêmica.
  • Insuficiência cardíaca.

3-Doença renal crônica

  • Doença renal nos estágios 3,4 e 5.
  • Síndrome nefrótica.
  •  Paciente em diálise.

 

4-Doença hepática crônica

  • Atresia biliar.
  • Hepatites crônicas.
  • Cirrose.

 

 

5-Doença neurológica crônica

  • Condições em que a função respiratória pode estar comprometida pela doença neurológica.
  • Considerar as necessidades clínicas individuais dos pacientes incluindo: AVC, Indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares; doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular; deficiência neurológica grave.

 

6- Diabetes

  • Diabetes Mellitus tipo I e tipo II em uso de medicamentos
  • Observação: ainda será revisto para melhor especificação do grupo a ser atendido na campanha

 

7- Imunossupressão

  • Imunodeficiência congênita ou adquirida
  • Imunossupressão por doenças ou medicamentos

 

 

 

8 –  Obesos

  • Obesidade grau III

 

 

9 –  Transplantados

  • Órgãos sólidos
  • Medula óssea

 

10 –  Síndrome de Down

 

PAÍS REGISTRA QUEDA DE 26% NOS CASOS DE HANSENÍASE

 

                             Nos últimos 10 anos, o número de casos de hanseníase no Brasil caiu 26%. Em 2011, foram registrados 33.955 casos novos, contra 45.874 em 2001. O recuo da doença é um dos destaques do estudo Saúde Brasil 2011, apresentado durante a 12ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi). O evento, do Ministério da Saúde, termina nesta sexta-feira (19).

O estudo, que faz uma análise da situação de saúde dos brasileiros, revela ainda que o coeficiente de detecção de casos novos por 100 mil habitantes também reduziu: 26,61 (2001) para 17,65 (2011) – queda de 34%. A publicação também mostra que o número de casos novos em menores de 15 anos caiu 32% nos últimos 10 anos. Em 2011, foram registrados 2.420 casos novos de hanseníase em menores de 15 anos e um coeficiente de detecção de 5,2 por 100 mil habitantes – em 2001, o coeficiente era de 6,96.

A redução pode ser justificada pela ampliação da oferta de tratamento nas unidades públicas de saúde, pelo aumento da capacidade de profissionais para realizar diagnósticos e, ainda, pelo esforço dos profissionais da rede básica e dos centros de referência. O Ministério da Saúde tem o compromisso de eliminar a hanseníase como problema de saúde pública até 2015, o que significa alcançar menos de um caso por 10.000 habitantes. Em 2011, o Brasil registrou 1,54 casos para cada 10.000 habitantes, correspondendo a 29.690 casos em tratamento.

BUSCA ATIVA – Para impulsionar o combate à hanseníase como problema de saúde pública, o Ministério da Saúde lançou o “Plano Integrado de Ações Estratégicas para Enfrentamento das Doenças em Eliminação”. O plano está focado nas atividades de busca ativa de casos e oferta de tratamento para este grupo de doenças. O Ministério da Saúde também disponibilizou recursos de R$ 25 milhões para 796 municípios prioritários, com a maior carga das seguintes doenças: Hanseníase, Tracoma, Geohelmintíases e Esquistossomose.

A hanseníase éuma doença infecciosa que atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo e varia de dois a cinco anos. É importante que, ao perceber algum sinal, a pessoa com suspeita de hanseníase não se automedique e procure imediatamente um serviço de saúde mais próximo.

É preciso observar manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo e áreas da pele. Estas manchas não causam coceiras, mas produzem a sensação de formigamento e ficam dormentes, com diminuição ou ausência de dor, da sensibilidade ao calor, ao frio e ao toque.

TRATAMENTO – Todos os casos de hanseníase têm tratamento e cura. A doença pode causar incapacidades físicas, evitadas com o diagnóstico precoce e o tratamento imediato, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento, que é gratuito e eficaz, pode durar de seis a 12 meses. Os medicamentos devem ser tomados todos os dias em casa e, uma vez por mês, no serviço de saúde. O tratamento é complementado com exercícios, para prevenir as incapacidades físicas, e com as orientações da equipe de saúde.

Fonte: www.saude.gov.br


PADILHA DESTACA AÇÕES PARA REDUÇÃO DE MORTE POR CÂNCER

 

                                    O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou desta sexta-feira (19/10) do programa de entrevistas Bom Dia Ministro. No programa, o ministro falou sobre o Outubro Rosa, estratégia que reúne as ações do governo federal de prevenção e combate ao câncer de mama e colo de útero, as medidas para a redução de acidentes de trânsito, além dos mutirões de cirurgias ortopédicas e de cataratas. A entrevista é produzida e coordenada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, e transmitida ao vivo pela NBR TV e via satélite, no período das 8h às 9h.

O câncer de mama é o primeiro tipo que mais afeta a mulher brasileira. Este ano, estima-se o surgimento de mais de 52 mil novos casos da doença. Buscando ampliar o acesso a exames e tratamentos preventivos, o governo federal tem investido na ampliação da assistência e prevenção do câncer de mama. Até 2014, o Ministério da Saúde (MS) vai investir R$ 4,5 bilhões para fortalecer o Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer do Colo do Útero e de Mama.

 “A mamografia é fundamental para se identificar um tumor de mama antes que ele possa ter sinais e sintomas e o Ministério da Saúde tem feito um grande esforço para aumentarmos o número de mamografias no nosso país”, destaca o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao responder a rádio TUPI, do Rio de Janeiro.

No primeiro semestre de 2012, mais de um milhão de mulheres de 50 a 69 anos fizeram o exame preventivo de câncer, o que representa um aumento de 41% do número de mamografias realizadas no SUS, se comparado ao mesmo período de 2010. Este ano, 2.139.238 exames foram realizados, sendo 1.022.914 na faixa prioritária; em 2010, foram feitas 1.667.272 mamografias, sendo 726.890 na faixa prioritária. Segundo o Ministério da Saúde, esse aumento está condicionado à ampliação e à qualidade dos serviços oncológicos. O número de mamografias também cresceu 16% entre 2012 (2.139.238) e 2011 (1.839.411), e 21% na faixa prioritária, 1.022.914 e 846.494, respectivamente.

Para qualificar e ampliar ainda mais a assistência oncológica no país, o MS assinou portaria que cria o Programa de Mamografia Móvel, que consiste na liberação de Unidades Oncológicas Móveis que percorrerão locais estratégicos dos municípios para a realização dos exames. A estimativa é a de que as unidades móveis tenham capacidade de fazer 800 mamografias por mês. O Ministério da Saúde também incorporou ao SUS o Trastuzumabe, um dos mais eficientes medicamentos de combate ao câncer de mama, com previsão de investimento da ordem de R$ 130 milhões/ano para disponibilizar o medicamento à população.

“O Ministério da Saúde além de garantir cada vez mais um esforço de ter acesso aos exames de mamografia, também está montando um grande plano de expansão dos centros de radioterapia no Brasil, para que a gente leve cada vez mais aceleradores lineares e centros de radioterapia para os interiores do país, sobretudo na região Norte e Nordeste”, conta o ministro Padilha à Rádio Excelsior, da Bahia

TRÂNSITO – As mortes de crianças de até 10 anos de idade que estavam sendo transportadas em automóveis reduziram 23% após um ano da entrada em vigor da Resolução nº 277/2008 do Contran, conhecida como Lei da Cadeirinha. Os dados são do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde (MS). Para ampliar e fortalecer ações do Projeto Vida noTrânsito, o MS definiu em setembro do ano passado o repasse de R$ 12,8 milhões aos estados brasileiros. Esses recursos serão destinados à ampliação das políticas de prevenção de mortes no trânsito por meio da qualificação das informações de óbitos, monitoramento, acompanhamento e avaliação das ações a partir de fatores de risco, como velocidade e consumo de álcool.

Em resposta a Rádio O Povo – CBN, de Fortaleza, o ministro Alexandre Padilha destaca a importância da lei da cadeirinha. “Para se ter uma ideia, desde 2000, o número de mortes de crianças por acidente de trânsito só crescia. Depois da obrigatoriedade, nós conseguimos reduzir. Eu acho que todo o esforço para proteger as nossas crianças vale a pena”.

MUTIRÕES – Em setembro deste ano, o MS iniciou o mutirão de cirurgia ortopédica com acompanhamento de pós-operatório. Em agosto, foi realizado o mutirão de catarata, com objetivo de zerar a fila de espera pela cirurgia nos municípios em situação de extrema pobreza e ampliar o atendimento aos usuários que necessitam deste procedimento através do SUS. Ao todo, serão destinados R$ 420 milhões para a realização de cirurgias ortopédicas e R$ 230 milhões para as cirurgias de catarata. Os estados brasileiros e o Distrito Federal receberam os recursos, em parcela única, para o período de um ano, e serão aplicados nas especialidades de maior demanda e naquelas escolhidas pelos gestores locais, conforme a realidade de sua região.

“É importante saber que este programa é para o Brasil inteiro. O Ministério da Saúde já conseguiu, no ano passado, aumentar em 65% o número de cirurgias, comparado ao ano de 2010, mas nós queremos aumentar ainda mais para 2012, exatamente para reduzir as filas e reduzir o tempo de espera. Em alguns casos as pessoas esperam um ano, um ano e meio, e isso não é certo”, destaca o ministro Padilha, ao falar com a rádio Atividade FM, de Brasília.

Participam do programa, ao vivo, as rádios: Tupi (Rio de Janeiro/RJ); Capital AM (São Paulo/SP); Excelsior AM (Salvador/BA); Farroupilha AM (Porto Alegre/RS); Belém FM (Belém/PA); Bandeirantes AM (Porto Alegre/RS); Difusora 590 AM (Curitiba/PR); CBN (Rio de Janeiro/RJ); Atividade FM 107.1 (Brasília/DF); Banda B (Curitiba/PR); Boas Novas 580 AM (Recife/PE); Terra FM (Goiânia/GO); Inconfidência AM (Belo Horizonte/MG); Difusora FM (Manaus/AM) e O Povo/CBN (Fortaleza/CE).

O áudio da entrevista está disponível no site da Secretaria de Imprensa da Presidência da República.

Fonte: www.saude.gov.br

MINSITÉRIO IRÁ INCLUIR EXAMES LABORATORIAIS EM PESQUISA DOMICILIAR

 

 

                                     O Ministério da Saúde vai realizar pela primeira vez uma pesquisa baseada em exames laboratoriais para avaliar a saúde da população brasileira. O estudo, denominado “ Pesquisa Nacional de Saúde (PNS)” , será realizado em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir do próximo ano. 

Além dos questionários, também farão parte da pesquisa a coleta de sangue e urina, aferição de medidas antropométricas e medição da pressão arterial. Cerca de 16 mil pessoas deverão ser submetidas aos exames, dos 80 mil domicílios pesquisados, em 1.600 municípios brasileiros. 

A pesquisa faz parte do Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT) e tem como meta produzir novas informações sobre os hábitos de alimentação, tabagismo, uso de bebidas alcoólicas, prática de atividade física e fatores associados aos comportamentos não saudáveis da população. As informações vão subsidiar as ações de combate às DCNT, responsáveis por 72% dos óbitos no Brasil. O Hospital Sírio Libanês será o responsável por contratar as coletas de sangue e urina.

“Este estudo é um dos mais completos já realizados pelo Ministério da Saúde. Teremos um leque de informações que nos permitirá uma avaliação mais ampla e um melhor planejamento das ações estratégicas e políticas públicas”, destaca o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. A iniciativa propõe que a PNS dê continuidade aos inquéritos do Plano Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), realizado em 2003 e 2008. O estudo deve ser realizado a cada cinco anos.

O levantamento pretende estimar a cobertura de exames preventivos de câncer de colo de útero e mama, investigar a atenção fornecida aos doentes diagnosticados com hipertensão, diabetes e depressão, incluindo acesso a medicamentos, exames complementares de diagnóstico e continuidade nos cuidados. A PNS também deve delinear o perfil lipídico da população e dimensionar o acesso ao diagnóstico de alguns agravos crônicos (como hipertensão, diabetes, hipercolesterolemia, creatinina no sangue, dosagem de sal na urina), com base na comparação de medidas objetivas (medidas antropométricas, de pressão arterial e exames laboratoriais) e subjetivas (morbidade auto referida), além de outras investigações.

HISTÓRICO – Desde 2009, o Ministério da Saúde se reúne com pesquisadores para iniciar a elaboração da pesquisa. De 2010 a 2011, ocorreram reuniões periódicas com representantes do IBGE, onde foram estudadas experiências nacionais e internacionais, definidas a metodologia, a amostragem e outros pontos importantes. Já em 2012, ficaram fechados os questionários e a parceria com o Hospital Sírio-Libanês para a realização dos exames laboratoriais.

O Ministério da Saúde já realiza, anualmente, o Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), estudo feito por inquérito telefônico em 26 estados e no Distrito Federal. O Vigitel 2011 entrevistou 54 mil pessoas e é uma importante fonte para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde preventiva. A Pesquisa Nacional de Saúde, portanto, servirá como aliada para agregar informações estatísticas dos hábitos de vida da população comprovadas através dos exames.

Fonte: www.saude.gov.br

 

LEI DA CADEIRINHA REDUZ EM 23% MORTES DE CRIANÇAS

 

 

                       As mortes de crianças de até 10 anos de idade que estavam sendo transportadas em automóveis reduziram 23%, após um ano da entrada em vigor da Resolução nº 277, de 28 de maio de 2008, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), conhecida como Lei da Cadeirinha.

De setembro de 2009 a agosto de 2010, o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde notificou a morte de 296 crianças nessa faixa etária. Entre setembro de 2010 – quando a lei passou a valer – e agosto de 2011, o número caiu para 227. Se comparado com a média dos cinco anos anteriores à Lei (267,9), a queda foi de 15%.

Os dados fazem parte da primeira “Avaliação Preliminar do Impacto da Lei da Cadeirinha Sobre os Óbitos de Menores de 10 anos de Idade no Brasil”, elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). O estudo foi   apresentado nesta terça-feira (16) durante a 12ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi), evento da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Em seis anos, é a primeira vez que há registro de queda. Nos cinco anos antes da entrada em vigor da lei, vinha ocorrendo um crescimento gradual de mortes de crianças durante o transporte: de 238 óbitos – no período de 1º de setembro de 2005 até 31 de agosto de 2006 – para 296 óbitos no período de 1º de setembro de 2009 até 31 de agosto de 2010. “A redução do número de mortes nesta faixa etária reverteu a tendência de crescimento da década de 2000. A lei da cadeirinha comprova que aliar fiscalização severa  e ações de conscientização no trânsito pode salvar vidas “, observa o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O estudo também revela que as principais vítimas fatais são crianças de até dois anos. Dos óbitos registrados no período de setembro de 2005 a agosto do ano passado, 32% foram de crianças nesta faixa etária. “Os pais e responsáveis pela criança nunca podem esquecer que a lei deve ser respeitada todos os dias.”, afirmou o ministro. No mesmo período, 42,5% dos óbitos aconteceram nos fins de semanas e 23,9% nos meses das férias escolares. 

Lei da Cadeirinha – Conhecida como Lei da Cadeirinha, a resolução obriga o uso de dispositivos de retenção para o transporte de crianças em veículos. De acordo com a medida, crianças até 12 meses devem ser transportados no bebê-conforto. De um a quatro anos, devem viajar em cadeirinhas. Já entre quatro e sete anos e meio, o ideal é que utilizem o booster — assento elevatório. O cinto de segurança do veículo deverá ser usado por aquelas com idade superior a sete anos e meio e igual ou inferior a 10 anos. O descumprimento da norma prevê multa gravíssima de R$ 191,54, além da perda de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e retenção do veículo até que o assento seja colocado.

Vida no Trânsito – Em setembro, o Ministério da Saúde autorizou novo repasse no valor de R$ 12,8 milhões para que todos os 26 estados, o Distrito Federal, suas respectivas capitais, além das cidades de Campinas e Guarulhos, possam ampliar e fortaleces ações previstas no Projeto Vida no Trânsito.  A medida visa modificar a cultura de segurança no trânsito de forma a reduzir o número de mortos e feridos graves a partir da melhora da informação, da conscientização e mobilização da sociedade.

Um dos pontos principais do Projeto Vida no Trânsito é qualificação das informações. As secretarias estaduais e municipais de saúde deverão implantar o Projeto Vida no Trânsito por meio de articulação com outros setores governamentais e não-governamentais. Eles deverão integrar as informações sobre acidentes de trânsito e vítimas (como feridos graves e mortes). Os gestores de saúde deverão, ainda, identificar os fatores de risco e grupos de vítimas mais importantes nos respectivos municípios. A partir desta verificação, os municípios têm que desenvolver programas e projetos de intervenção para reduzir esses fatores e os pontos críticos de ocorrência de acidentes. Até o momento, já foram investidos cerca de R$ 25 milhões no projeto.

Fonte: www.saude.gov.br

UNA-SUS OFERCE CURSOS GRATUITOS À DISTÂNCIA

                         Profissionais da área de saúde podem aprimorar seus conhecimentos gratuitamente, por meio da Universidade Aberta do SUS (UnA-SUS), uma rede de instituições de ensino que oferece educação continuada on-line. A plataforma disponibiliza cursos autoinstrucionais a qualquer trabalhador da área, além de programas de especialização, aperfeiçoamento, extensão e atualização a profissionais do SUS. Todos os cursos são gratuitos, e realizados à distância.

Atualmente, dois cursos de autoaprendizagem estão disponíveis – um deles é voltado para o controle de tuberculose, e o outro aborda o manejo clínico de pacientes com dengue. As aulas podem ser acessadas por profissionais de 16 áreas da saúde registrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), e disponibiliza certificado on-line para os que cumprirem os requisitos de conclusão do curso.

Para participar, o profissional deve se registrar na Plataforma Arouca, sistema que viabiliza o acesso aos recursos da UnA-SUS – ou acessar o material como visitante, caso não possua registro no CNES (passo a passo). Se entrar como visitante, o profissional não obterá o certificado ao final do curso.

O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mozart Sales, enfatiza a importância da educação continuada para a qualidade dos serviços do SUS. “É essencial que os trabalhadores da rede pública aprimorem suas habilidades, seja por cursos mais simples, autoinstrucionais, seja por meio de cursos de especialização mais complexos. Em todos os casos, quem ganha é o usuário do SUS, que é atendido por um profissional mais qualificado”, esclarece.

PROFISSIONAIS DO SUS – Também estão disponíveis na UnA-SUS cursos de especialização, aperfeiçoamento, extensão e atualização para profissionais que trabalham na rede pública. Os programas são promovidos por instituições de ensino superior de referência, e também devem ser acessados pela Plataforma Arouca. Lá constam informações como lista de cursos ofertados, editais, contatos das instituições, datas previstas e requisitos.

Em geral, é exigido apenas vínculo com o SUS para inscrição e realização do curso, no entanto, outros requisitos, como área de atuação (por exemplo, enfermagem, médico, gestor), nível acadêmico (médio, superior completo), e localidade (pois alguns cursos podem estar disponíveis apenas para determinada região ou estado). Antes de se inscrever, é importante que o interessado leia detalhadamente o edital de convocação para verificar se compatibilidade há compatibilidade com o perfil exigido.

As metodologias de avaliação são definidas pelas universidades, que emitem, ao concluinte, certificado acadêmico da própria instituição.

INSTITUIÇÕES DE ENSINO DA UNA-SUS

Fundação Estadual Saúde da Família (SES/BA)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

Fundação Universidade de Brasília (UnB)

Universidade Federal de Goiás (UFG)

Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG)

Fundação Oswaldo Cruz – Pantanal (Fiocruz/Pantanal)

Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Centro Brasileiro de Estudos de Saúde        (CEBES)

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Universidade Federal do Rio de Janeiro      (UFRJ)

Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz)

Universidade Federal de Pelotas   (UFPEL)

Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Fonte: www.conass.org.br

MINISTÉRIO IRÁ AVALIAR USO E ACESSO A MEDICAMENTOS ENTRE A POPULAÇÃO

 


                                 O Ministério da Saúde irá promover uma pesquisa inédita para avaliar o impacto e a efetividade das políticas públicas de medicamentos no Brasil. O estudo, que será realizado em parceria com 11 universidades federais e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), vai traçar uma radiografia sobre o consumo e o acesso a medicamentos entre a população brasileira.

O principal objetivo é coletar dados e indicadores para priorizar os rumos estratégicos da Polícia Nacional de Assistência Farmacêutica no Sistema Único de Saúde (SUS). O Brasil está entre os 10 países que mais comercializam medicamentos. Por ano, o ministério investe R$ 9 bilhões na compra de remédios que são distribuídos pelo SUS.

Denominado Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), a avaliação vai expressar o acesso e o uso da população aos medicamentos, caracterizando as condições de saúde de seus usuários e de que forma são acessados. O estudo será dividido em dois componentes – inquérito e serviço –  e também levará em consideração as variáveis demográficas, sociais, estilo de vida e morbidade dos participantes.

“A pesquisa vai nos ajudar a fortalecer a política de assistência farmacêutica no país e seus resultados irão permitir um melhor direcionamento das ações, garantindo cobertura mais ampla e eficaz dos medicamentos fornecidos pelo SUS”, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Coordenada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, o estudo será aplicado em 35 mil residências de todos os estados brasileiros. Farão parte da amostra 300 municípios brasileiros.

Para o pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Sotero Serrate Mengue –  responsável pelo componente inquérito da pesquisa – a avaliação vai permitir identificar o que, de fato, as pessoas estão precisando. “Vamos ter uma ideia se o que falta são medicamentos ou se é necessário criar uma política pública para ajudar a prescrição e o uso racional dos remédios já ofertados”, explicou. De acordo com o professor, devido ao detalhamento e a escala, a pesquisa representa um ponto de partida para reestruturação da política de medicamentos no país.

SERVIÇO – O segundo componente da pesquisa vai avaliar o serviço prestado à população na Atenção Básica e o espaço onde o medicamento é prescrito: as unidades básicas de saúde e seus diferentes atores. Para essa etapa, serão entrevistadas quatro mil pessoas, 380 unidades, 800 profissionais de saúde e 135 coordenadores da assistência farmacêutica nos municípios. O questionário vai coletar informações sobre como é o atendimento prestado ao paciente, desde a prescrição e retirada do medicamento até o acompanhamento durante o tratamento nas unidades de saúde. Também serão analisadas as receitas médicas quanto à qualidade, letra, posologia e prescrição racional do uso do medicamento.

“O conjunto dessas variáveis vai nos mostrar que tipo de assistência existe nas diferentes comunidades. A partir destes dados, vamos analisar quais são os fatores que atuam, piorando ou melhorando o acesso aos medicamentos,” explica a coordenadora desse componente da pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais, Elza Machado de Melo.  “A pesquisa vai garantir que a política de assistência farmacêutica seja mais efetiva, capaz de contemplar a grande heterogeneidade brasileira”, observa Elza.

Os questionários que avaliam o componente serviço começam a ser aplicados ainda em novembro e deve durar cerca de três meses. Neste momento as universidades estão testando os instrumentos de pesquisa, para torná-los ainda mais rápidos e objetivos. Já o componente inquérito começa a ser aplicado no início do próximo ano.  

Os resultados da pesquisa serão divulgados até o final de 2013. A expectativa do Ministério da Saúde é produzir evidências que permitam alinhar as políticas públicas farmacêuticas aos princípios e diretrizes do SUS.

Fonte: www.saude.gov.br