O que você precisa saber sobre a vacinação contra a Covid-19 em crianças, que deve começar nos próximos dias
A Vacinação de crianças de 5 a 11 anos deve começar nos próximos dias, os municípios de MS já abriram cadastro para os pais ou responsáveis cadastrem os pequenos. O Cosems/MS e a SES já aprovou a pauta, em 27 de dezembro, em reunião extraordinária da Comissão Intergestores Bipartite (CIB a Resolução Nº 287/CIB/SES).
Será necessário apresentar um documento de identificação oficial da criança para fins de registro do imunizante, dos pais ou responsáveis, e se tiver o cartão do SUS.
A vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos tem uma formulação diferente e uma dose menor que a dos adultos e adolescentes, com apenas 10 microgramas (0,2 ml) do imunizante. Seu uso foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 16 de dezembro. A tampa do frasco da vacina é da cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de vacinação e também pelos pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para serem vacinadas.
A vacina já está em uso em crianças de 5 a 11 anos em mais 30 países, e mais de 10 milhões de doses foram aplicadas somente nos Estados Unidos e Canadá.
As sociedades brasileiras de Imunizações (SBIm), Pediatria (SBP), Infectologia (SBI) e Associação Médica Brasileira são favoráveis à vacinação em crianças.
Os eventos adversos podem ser reações comuns, como outras vacinas que já fazem parte do calendário infantil, como dor no local da aplicação, febre e mal-estar. A frequência de eventos adversos relacionados à vacina da Pfizer em crianças tem se mostrado inferior à de vacinas como a meningocócica B e a pentavalente.
Observou-se que a ocorrência de miocardite relacionada à vacina da Pfizer, é 16 vezes menor que a incidência de miocardite causada pela própria covid-19.
O risco de evento adverso é inferior ao que vem sendo observado nos casos de covid-19 em crianças. De janeiro ao início de dezembro de 2021, um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz mostrou que houve 1.422 mortes por síndrome respiratória aguda grave decorrente de covid-19 na faixa etária até 19 anos.
Outra preocupação no caso de crianças com covid-19 é a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica, quadro que gera inflamações em diferentes partes do corpo, incluindo coração, pulmões, rins, cérebro, pele, olhos ou órgãos gastrointestinais. Desde o início da pandemia, foram registrados 1.412 casos desse tipo no Brasil, causando 85 óbitos.