No mês de conscientização do autismo municípios inovam buscando a inclusão

O “Abril Azul” foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas, ONU, como uma forma de conscientizar as pessoas sobre o autismo, e assim dar visibilidade ao Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Em Mato Grosso do Sul, além da informação, as Secretarias de Saúde querem levar a inclusão. Como o município de Douradina que realizou o 2º Pé na Areia de Vôlei de Praia, como explica a Secretária Ângela Marques Rosa, “realizamos este evento extramuros buscando a inclusão, e foi lindo, com participação expressiva, teve com shows, entretenimento, lazer, esporte e a conscientização”.

Já Iguatemi fez uma caminhada pelas ruas mais movimentadas da cidade, “tivemos a participação dos pais, professores e autoridades locais, vestidos de azul levamos cartazes e balões para chamar atenção pela causa”, conta o Secretário de Saúde, Janssen Portela.

Em Chapadão do Sul, foi instituído uma Lei da Semana do Autismo. No período a Secretaria de Saúde realizou inúmeras atividades “fizemos acolhimento em escolas, e ações diversas para abordar o tema, inclusive um dos palestrante foi um professor diagnosticado com autismo, para trabalhar as potencialidades dos pacientes”, informa a Secretária de Saúde, Waléria Lopes.

“A inclusão é muito importante, assim como ter uma rede preparada para identificar o transtorno, pois o diagnóstico e intervenção precoce podem oferecer mais qualidade de vida às pessoas com autismo”, complementa José Lourenço Braga Liria Marin, Presidente do COSEMS/MS e Secretário de Cassilândia.

Os primeiros sinais podem ser notados ainda na infância e persistir na adolescência e idade adulta. Cada indivíduo dentro do espectro desenvolve um conjunto de sintomas e características bastante particulares, afetando como se relaciona, expressa e comporta. Pode apresentar dificuldade para interagir socialmente, manter o contato visual, fazer amizade, dificuldade na comunicação e alterações comportamentais como o apego à rotina, interesse em assuntos específicos, sensibilidade sensorial, manias e padrões fixos de comportamento, entre outros sintomas. Nenhuma pessoa com autismo é igual a outra.

O diagnóstico do autismo é fundamentalmente clínico, realizado por meio de observação direta do comportamento do paciente e de uma entrevista com os pais ou cuidadores. O tratamento do TEA envolve diversos profissionais como médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, pedagogos, entre outros.

Estima-se que uma em cada 160 crianças tenha o transtorno. No mundo, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), acredita-se que mais de 70 milhões de pessoas convivam com o autismo.