Após um ano do início da imunização, Cosems/MS ressalta o empenho dos profissionais da saúde e reforça que a vacina é ciência

Em 18 de janeiro de 2021, Mato Grosso do Sul recebia as primeiras doses do imunizante CoronaVac, produzido pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. A data marcou a aplicação das primeiras doses nos profissionais de saúde que atuavam na linha de frente, nos idosos com mais de 80 anos, e indígenas.

No primeiro semestre de 2021, o recebimento das doses foi gradativo, até que de fato o Programa Nacional de Imunização exercesse sua capacidade operacional.

Desde então, o Cosems/MS tem se mostrado proativo, levando para a esfera Federal pautas que foram aprovadas e que beneficiaram todos os entes da federação. Como a resolução que instituiu o avanço da imunização por faixa etária e não por grupos, o custeio dos centros de reabilitação pós-covid, e a vacinação das crianças e adolescentes.

As equipes de todos os municípios de MS trabalham incansavelmente para salvar vidas, e nosso estado se tornou o nº 1 em vacinação por um longo período. Já foram aplicadas quase 5 milhões de doses, 91,67% das pessoas com 18 anos ou mais já concluíram o esquema vacinal.

No entanto, no aniversário de um ano da aplicação da 1ª dose, os profissionais da saúde ainda enfrentam desafios no combate a pandemia, alguns novos, como as variantes que surgem a cada dia, outros já conhecidos, como a resistência por parte da população e a propagação das fake news.

Neste cenário, iniciamos uma nova etapa, a imunização das crianças de 5 a 11 anos. A Vice Presidente do Cosems/MS, Maria Angélica Benetasso conta “há muitos pais que ainda possuem medo,  a vacina pediátrica é segura e  está em uso em mais de 30 países, temos que confiar na ciência, as reações adversas são muito menores do que quando a criança pega Covid”.

O Presidente do Cosems/MS Rogério Leite celebra a data reconhecendo o comprometimento de todos os gestores e de suas equipes. “a pandemia e vacinação ainda continuam sendo um desafio para os gestores, este ano não temos mais o financiamento do Governo Federal que tínhamos, mas cada um dentro da sua realidade está comprometido com a saúde da sua cidade”.

“E para quem tinha dúvidas sobre a eficácia da vacina o resultado está ai, estamos passando novamente por um surto, mas principalmente de casos leves, as taxas de internações e óbitos caíram abruptamente. Claro que queríamos que houvesse uma vacina para este vírus assim como o da Caxumba ou Rubéola que tomamos apenas uma dose, mas o vírus é totalmente diferente e mutável. Temos sim que acreditar na ciência e nos dados oficiais, as vacinas já salvaram vidas contra inúmeras doenças e também contra o Covid-19”, conclui o Presidente.

Foto divulgação Secretaria de Saúde de Bela Vista

O que você precisa saber sobre a vacinação contra a Covid-19 em crianças, que deve começar nos próximos dias

A Vacinação de crianças de 5 a 11 anos deve começar nos próximos dias, os municípios de MS já abriram cadastro para os pais ou responsáveis cadastrem os pequenos. O Cosems/MS e a SES já aprovou a pauta, em 27 de dezembro, em reunião extraordinária da Comissão Intergestores Bipartite (CIB a Resolução Nº 287/CIB/SES).

Será necessário apresentar um documento de identificação oficial da criança para fins de registro do imunizante, dos pais ou responsáveis, e se tiver o cartão do SUS.

A vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos tem uma formulação diferente e uma dose menor que a dos adultos e adolescentes, com apenas 10 microgramas (0,2 ml) do imunizante. Seu uso foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 16 de dezembro. A tampa do frasco da vacina é da cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de vacinação e também pelos pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para serem vacinadas.

A vacina já está em uso em crianças de 5 a 11 anos em mais 30 países, e mais de 10 milhões de doses foram aplicadas somente nos Estados Unidos e Canadá.

As sociedades brasileiras de Imunizações (SBIm), Pediatria (SBP), Infectologia (SBI) e Associação Médica Brasileira são favoráveis à vacinação em crianças.

Os eventos adversos podem ser reações comuns, como outras vacinas que já fazem parte do calendário infantil, como dor no local da aplicação, febre e mal-estar. A frequência de eventos adversos relacionados à vacina da Pfizer em crianças tem se mostrado inferior à de vacinas como a meningocócica B e a pentavalente.

Observou-se que a ocorrência de miocardite relacionada à vacina da Pfizer, é 16 vezes menor que a incidência de miocardite causada pela própria covid-19.

O risco de evento adverso é inferior ao que vem sendo observado nos casos de covid-19 em crianças. De janeiro ao início de dezembro de 2021, um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz mostrou que houve 1.422 mortes por síndrome respiratória aguda grave decorrente de covid-19 na faixa etária até 19 anos.

Outra preocupação no caso de crianças com covid-19 é a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica, quadro que gera inflamações em diferentes partes do corpo, incluindo coração, pulmões, rins, cérebro, pele, olhos ou órgãos gastrointestinais. Desde o início da pandemia, foram registrados 1.412 casos desse tipo no Brasil, causando 85 óbitos.

Cosems/MS recebe visita técnica do CONASEMS para organização do Congresso Nacional

Nos dias 06 e 07 de janeiro, o Cosems/MS está recebendo uma visita técnica do CONASEMS para tratar do XXXVI Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, que está previsto para ocorrer em Campo Grande este ano.

Como conta a Vice Presidente do Cosems/MS, Maria Angélica Benetasso “o último encontro foi realizado em 2019 e foi suspenso nos últimos dois anos devido a pandemia, estamos trabalhando para caso seja possível a realização este ano”.

A comitiva foi formada pelo Gerente Financeiro, Celso Santos; e pela Gerente Admistrativa Sônia Umeta. Foram realizados reuniões com representantes Secretaria de Turismo de Campo Grande, visita técnica ao local que acontecerá o evento e a Mostra Brasil aqui tem SUS.

O Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde promoverá o encontro de gestores municipais de saúde, trabalhadores do SUS, e de todas as esferas de governo, representantes de instituições ligadas à saúde pública e autoridades. O encontro é um momento de troca de experiências e informações que impactam diretamente no fortalecimento do SUS

Durante o evento, será promovida a “Mostra Brasil aqui tem SUS”, com apresentação de experiências exitosas de Secretarias Municipais de Saúde, com o objetivo de mostrar o SUS que dá certo em todas as regiões do país. 

Cosems/MS alerta sobre os cuidados com a Saúde Mental e destaca que o tema tem ganhado maiores proporções

Em Janeiro é realizado uma grande campanha em prol da saúde mental, com o objetivo de chamar a atenção da população dos cuidados necessários com a saúde mental e emocional, mudando a compreensão acerca do tema e desmistificando o assunto e promovendo um debate.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a ansiedade afeta 18,6 milhões de brasileiros e os transtornos mentais são responsáveis por mais de um terço do número de pessoas incapacitadas nas Américas. A Covid-19 fez não só com que esses transtornos se agravassem, mas também trouxe novas questões.


O Presidente do Cosems/MS, Rogério Leite conta “a pandemia agravou muito as questões relativas à saúde mental, precisamos discutir os serviços que temos. O Brasil e o Estado carecem de clínicas especializadas para internações de casos graves, e a judicialização, muitas vezes exime a família das responsabilidades com o indivíduo e repassa todo o dever de cuidado para o Estado”.


“A saúde mental é complexa, e está ligada a vários fatores como uma boa alimentação, o desemprego, o desconhecimento e a incompreensão por parte da família. O primeiro passo para enfrentar a doença é reconhecer a necessidade de ajuda e procurar um profissional. O atendimento começa na Atenção Primária, na unidade básica de saúde. Neste mês todos os municípios de MS vão trabalhar o assunto nas Unidades de Saúde, seja por meio de rodas de conversa, palestras e campanhas”, complementa Rogério.