MINISTÉRIO DA SAÚDE ADOTA NOVO MEDICAMENTO PARA TRATAR A TUBERCULOSE

Pacientes com tuberculose terão acesso a um novo tratamento com menor quantidade de comprimidos, passando de três para uma ingestão diária. Isso será possível com a nova apresentação do medicamento Isoniazida de 300 mg, que além de permitir redução dos comprimidos, favorece a adesão ao tratamento. O medicamento estará disponível a partir de maio na rede pública. Para a implantação da Isoniazida 300mg, o Ministério da Saúde vai financiar uma pesquisa, desenvolvida pela Universidade Federal do Espírito Santo e com apoio de pesquisadores externos nos estados do Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e no Distrito Federal.

 

O Ministério da Saúde vai começar a distribuição pelos estados participantes da pesquisa: Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e no Distrito Federal. Para isso, a pasta adquiriu 5 mil caixas, que correspondem a 2,5 milhões de comprimidos. O objetivo é conhecer o processo de utilização do medicamento, bem como a sua oferta em tempo oportuno pelos serviços de saúde.

Para o secretário de Vigilância em Saúde, Adeilson Cavalcante, esse é mais um avanço no tratamento. "Nosso objetivo é garantir o que há de mais inovador para o tratamento da doença. Estamos investindo na cura, mas precisamos garantir que o paciente inicie e conclua o tratamento. Com a nova apresentação, vamos facilitar a vida do paciente que precisará tomar apenas um comprimido por dia. Com isso, estamos dando mais um passo para incentivar e melhorar cada vez mais a adesão dos pacientes ao tratamento”, destacou.

CAMPANHA

Para marcar o Dia Mundial de Combate à Tuberculose e estimular a adesão ao tratamento da doença, reduzindo a taxa de abandono, o Ministério da Saúde lança a campanha “Tuberculose tem cura. Todos juntos contra a tuberculose”. Para isso, o tratamento precisa ser feito até o final. O Brasil conseguiu atingir as Metas dos Objetivos do Milênio (ODM) de combate à tuberculose com três anos de antecedência e, em 2015, aderiu ao compromisso global de redução de 95% dos óbitos e 90% do coeficiente de incidência da doença até 2035.

Acesse a campanha ‘Tuberculose tem cura. Todos juntos contra a tuberculose’

A campanha vai ao ar entre os dias 23 e 30 de março e visa conscientizar as pessoas a procurarem a unidade de saúde para o diagnóstico e os pacientes a realizarem o tratamento completo, para atingir a cura. Além disso, a campanha pretende alcançar, prioritariamente, os homens entre 30 e 40 anos de idade, das classes C, D e E por meio de um filme com um jingle e peças para internet, outdoors, tv aberta, rádio, jornal e revista.

“Essa campanha enfatiza que a responsabilidade pelo sucesso do tratamento não é somente do paciente, e deve ser compartilhada com a equipe de saúde, família e amigos. Todos são partes importantes no processo de cura da doença”, explicou a coordenadora do Programa Nacional de combate à tuberculose, Denise Arakaki.

Em 2014, o Ministério da Saúde implantou no país a Rede de Teste Rápido para Tuberculose (RTR-TB), que utiliza a técnica de biologia molecular PCR em tempo real. Denominado “Teste Rápido Molecular (TRM), conhecido como Xpert MTB/Rif ®”, o teste detecta a presença do bacilo causador da doença em duas horas e identifica se há resistência ao antibiótico rifampicina, um dos principais medicamentos usados no tratamento.

Foram distribuídos 248 equipamentos para laboratórios de 128 Municípios, em todas as unidades da federação. Os municípios escolhidos notificam, anualmente, cerca de 65% dos casos novos de tuberculose diagnosticados no país. O investimento inicial do Ministério da Saúde para estas ações foi de cerca de R$ 17 milhões. Para monitorar a implantação desta rede, mensurar a realização dos testes e auxiliar a vigilância epidemiológica da doença, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose publicou, em dezembro de 2015, um relatório em que estão descritas as principais atividades desenvolvidas pelos programas de controle da doença (nacional, estadual e municipal) e laboratórios municipais e centrais no primeiro ano de implantação da RTR-TB. 

Além disso, o Ministério da Saúde vai adquirir 70 mil frascos-ampolas do PPD, produto utilizado no teste tuberculínico para auxiliar no diagnóstico da infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis (ILTB). O quantitativo é suficiente para atender a demanda nacional e melhorar o rastreamento da doença.

CASOS

Em 2017, foram registrados 69,5 mil casos novos e 13.347 casos de retratamento (abandono ao tratamento) de tuberculose no Brasil. Em 2017, o coeficiente de incidência da doença foi de 33,5/100 mil habitantes em 2017. Os estados com maior proporção de retratamentos foram Rio Grande do Sul (23,3%), Rondônia (19,9%) e Paraíba (19,5%).

Nesse mesmo ano, o percentual de cura de casos novos foi 73%, maior do que se comparado ao ano de 2015 (71.9%). Os estados do Acre (84,2%), São Paulo (81,6%) e Amapá (81,7%) alcançaram os maiores percentuais de cura no mesmo ano. Em relação ao abandono, em 2016, o percentual foi 10,3%, duas vezes acima da meta preconizada pela Organização Mundial da Saúde (<5,0%).

Em 2016, foram registrados 4.426 óbitos por tuberculose, resultando em um coeficiente de mortalidade igual a 2,1 óbitos/100 mil hab., que apresentou queda média anual de 2,0% de 2007 a 2016.

No ano passado, o Ministério da Saúde lançou o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública, que ratifica o compromisso com a Organização Mundial de Saúde (OMS) de reduzir a incidência da doença na população mundial, que hoje é de aproximadamente 100 casos para cada 100 mil habitantes. A meta é chegar, até o ano de 2035, a menos de 10 casos por 100 mil habitantes. Juntamente com a redução da incidência, o Brasil também assume o compromisso de reduzir o coeficiente de mortalidade para menos de 1 óbito por 100 mil habitantes.

Fonte: www.saude.gov.br

VACINA DE FEBRE AMARELA SERÁ AMPLIADA PARA TODO O BRASIL

Todo o território brasileiro será área de recomendação para vacina contra a febre amarela. A ampliação, anunciada nesta terça-feira (20) pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, será feita de forma gradual, iniciando neste ano e sendo concluída até abril de 2019. A medida é preventiva e tem como objetivo antecipar a proteção contra a doença para toda população em caso de um aumento na área de circulação do vírus.

Confira a apresentação

“Estamos agindo antecipadamente ao estabelecer um cronograma para vacinar toda a população brasileira. É uma ação de prevenção, não de emergência. Buscaremos os mecanismos necessários para vacinar todos brasileiros ainda não imunizados dentro da cobertura adequada para cada uma dessas áreas. Vamos fazer por precaução, pois a melhor forma de evitar a doença é vacinando a população”, destacou o ministro Ricardo Barros.

Atualmente, alguns estados do Nordeste e parte do Sul e Sudeste não fazem parte das áreas de recomendação de vacina. Com a ampliação, devem ser vacinadas 77,5 milhões de pessoas em todo o país. O quantitativo corresponde à estimativa atual de pessoas não vacinadas nessas novas áreas.

A estratégia de vacinação em todo o Brasil será feita de forma gradativa, conforme cronograma do Ministério da Saúde de produção e distribuição da vacina. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia são os primeiros a estenderem a vacinação, que começou neste ano, a todos os municípios. Apenas estes três estados continuarão vacinando a população com a dose fracionada, seguindo a Campanha de Fracionamento da Vacina de Febre Amarela deste ano. Serão contempladas 40,9 milhões de pessoas nestes estados.

 

”Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia iniciaram a vacinação fracionada de febre amarela por conta da circulação do vírus e casos confirmados nessas localidades. Por isso, os três estados concluirão a vacinação com a dose fracionada, que tem a mesma proteção que vacina padrão. A Organização Mundial da Saúde indica a vacina fracionada em localidades onde o vírus está circulando e áreas de grande contingente populacional que precisa vacinar rapidamente”, explicou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Adeilson Cavalcante.

Em seguida, em julho deste ano, os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul adotarão a vacina padrão em todos os municípios para mais 11,3 milhões de pessoas. Em janeiro de 2019, os estados do Nordeste começam a vacinação da dose padrão. Os estados do Piauí, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Alagoas e Sergipe e Rio Grande do Norte totalizarão 25,3 milhões de pessoas. O estado do Maranhão não entra nessa medida porque já é considerado área com recomendação de vacina, ou seja, a vacina da febre amarela faz parte da rotina do estado.

Com isso, até abril de 2019, 1.586 novos municípios estarão incluídos como áreas com recomendação de vacina, atingindo 100% do território nacional. Desde 1997, o Ministério da Saúde vem ampliando as áreas de recomendação de vacinação. Até então, a vacina de febre amarela fazia parte da rotina de 23 estados, sendo nove com áreas parciais de recomendação de vacinação.

Para atender à demanda do país nos próximos anos, o Ministério da Saúde solicitou ao laboratório produtor da vacina de febre amarela, Bio-Manguinhos/Fiocruz, um aumento de doses para a rotina de vacinação de 2019. A ampliação não vai alterar o número de doses previstas para este ano, que é de 49 milhões. Desde janeiro de 2017, até o momento, foram enviadas 68,9 milhões de doses da vacina a todas as Unidades Federadas, sendo 23,8 milhões em 2018 e 45,1 milhões em 2017.

TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA

A parceria entre o Instituto Biomanguinhos/Fiocruz com o laboratório Libbs Farmacêutica, em São Paulo, pretende aumentar a capacidade de produção da vacina de febre amarela. A expectativa é que o laboratório passe a fornecer vacinas ao Ministério da Saúde a partir do segundo semestre deste ano. Atualmente, o laboratório Biomanguinhos/Fiocruz é o maior produtor da vacina de febre amarela do mundo.

CASOS

Entre 1º de julho de 2017 e 13 de março de 2018, foram confirmados 920 casos de febre amarela no país, sendo que 300 vieram a óbito. Ao todo, foram notificados 3.483 casos suspeitos, sendo que 1.794 foram descartados e 769 permanecem em investigação, neste período. No ano passado, de julho de 2016 a 13 de março de 2017, eram 610 casos confirmados e 196 óbitos confirmados. Os informes de febre amarela seguem, desde o ano passado, a sazonalidade da doença, que acontece, em sua maioria, no verão. Dessa forma, o período para a análise considera de 1º de julho a 30 de junho de cada ano.

Embora os casos do atual período de monitoramento tenham sido superiores à sazonalidade passada, o vírus da febre amarela circula hoje em regiões metropolitanas do país com maior contingente populacional, atingindo 32 milhões de pessoas que moram, inclusive, em áreas que nunca tiveram recomendação de vacina. Na sazonalidade passada, por exemplo, o surto atingiu uma população de 8,9 milhões de pessoas.

Isso explica a incidência da doença neste período ser menor que no período passado. A incidência da doença no período de monitoramento 2017/2018, até 13 de março, é de 2,7 casos para 100 mil/habitantes. Já na sazonalidade passada, 2016/2017, a incidência foi de 6,8/100 mil habitantes, no mesmo período.

Fonte: www.saude.gov.br

MINISTÉRIO DA SAÚDE QUER VACINAR 10 MILHÕES DE JOVENS E ADOLESCENTES CONTRA MENINGITE E HPV

Estudo realizado em 2017 indica que prevalência estimada do HPV nas capitais do Brasil é de 54,3%. Campanha visa aumentar a cobertura vacinal dos adolescentes de 9 a 14 anos contra o HPV e Meningite C

O Ministério da Saúde está convocando 10 milhões de jovens e adolescentes para se vacinar contra meningite e HPV (Papiloma Vírus Humano). Nesta terça-feira (13), o ministro Ricardo Barros lançou, em Brasília, a Campanha Publicitária de Mobilização e Comunicação para a Vacinação do Adolescente contra HPV e Meningites. Deverão ser vacinadas contra o HPV, meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Neste ano, o Ministério da Saúde está ampliando a faixa etária da vacina meningite C, que agora passa a ser 11 a 14 anos de idade. No ano passado, estavam sendo vacinados contra a doença meninas e meninos de 12 a 13 anos.

“Esta campanha está completamente de acordo com a mudança de foco que estamos implantando no Ministério da Saúde, que é priorizar a prevenção. Estamos investindo na prevenção para evitar que as pessoas fiquem doentes. O recente lançamento das novas práticas integrativas no SUS vai na mesma direção, nossos foco é o processo de saúde e não a doença”, explicou o ministro Ricardo Barros, durante o lançamento da campanha.

Confira a apresentação completa

Confira a íntegra da coletiva

A campanha publicitária será veiculada no período de 13 a 30 de março. No filme, dois jovens, um menino e uma menina, fogem do vírus em um cenário com inspiração nos seriados famosos que são de identificação do público jovem e dos pais. A fuga termina no momento em que os jovens entram em uma unidade de saúde e se vacinam. O filme mistura imagens reais e animação.

Com o slogan “Não perca a nova temporada de Vacinação contra a meningite C e o HPV”, a campanha conta ainda com peças publicitárias como: jingle para rádios, outdoor, envelopamento em metrô e ônibus, peças digitais e conteúdos para redes sociais, cartaz, folders. O público da campanha é formato por adolescentes (homens e mulheres) e responsáveis.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, Carla Domingues, enfatiza que as vacinas contra o HPV e a meningocócica C fazem parte do calendário de rotina disponível nas unidades do SUS, durante todo o ano e que esta é uma campanha de mobilização. “É importante ressaltar que esta é uma campanha informativa e de esclarecimento e não uma campanha de vacinas. A campanha é importante para alertar as pessoas s obre a necessidade da vacinação, esclarecendo o que é mito e boato, e informações verdadeiras, baseadas em estudos científicos”, observou a coordenadora.

HPV – Desde a incorporação da vacina HPV no Calendário Nacional de Vacinação, 4,9 milhões de meninas procuraram as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) para completar o esquema com a segunda dose, totalizando 48,7% na faixa etária de 9 a 14 anos. Já com a primeira dose, foram vacinadas 8 milhões de meninas nesta mesma faixa, o que corresponde a 79,2%. No entanto, o Ministério da Saúde alerta que a cobertura vacinal só está completa com as duas doses. Entre os meninos, 1,6 milhões foram vacinados com a primeira dose, o que representa 43,8% do público alvo. Desde 2014, início da vacinação para o HPV no SUS, foram distribuídas 32,9 milhões de doses. Para este ano, foram adquiridas 14 milhões de doses da vacina contra HPV.

No Brasil, são estimados 16 mil casos de câncer de colo do útero por ano e 5 mil óbitos de mulheres devido à doença. Mais de 90% dos casos de câncer anal e 63% dos cânceres de pênis são atribuíveis à infecção pelo HPV, principalmente pelo subtipo 16.

Estima-se que em 3 a 10% dos casos, especialmente entre as pessoas com um sistema imune comprometido (por exemplo, aqueles que vivem com HIV/aids), o vírus HPV pode persistir, levando a graves problemas de saúde.

PREVALÊNCIA HPV – Segundo estudo realizado pelo projeto POP-Brasil em 2017, a prevalência estimada do HPV no Brasil é de 54,3 %. O estudo entrevistou 7.586 pessoas nas capitais do país. Os dados da pesquisa mostram que 37,6 % dos participantes apresentaram HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer.

O estudo indica ainda que 16,1% dos jovens tem uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) prévia ou apresentaram resultado positivo no teste rápido para HIV ou sífilis. Os dados finais deste projeto serão disponibilizados no relatório a ser apresentado ao Ministério da Saúde até o final do ano.

O projeto POP-Brasil é uma parceria do Ministério da Saúde, o Hospital Moinhos de Vento (RS), a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Universidade de São Paulo (Faculdade de Medicina (FMUSP) – Centro de Investigação Translacional em Oncologia), Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Secretarias Municipais de Saúde das capitais brasileiras e Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal.

MENINGOCÓCICA C – Desde ano passado, já foram vacinados 32% do público-alvo, restando ainda 10 milhões de adolescentes. Para este ano, foram adquiridas 15 milhões de doses da vacina contra meninigite. A meta é vacinar 80% do público-alvo. Além de proporcionar proteção, a ampliação alcançará o efeito da imunidade de rebanho, ou seja, a proteção indireta das pessoas não vacinadas. O esquema vacinal para esse público será de um reforço ou uma dose única, conforme a situação vacinal.

Dados recentes enfatizam a necessidade da vacinação de adolescentes, com o intuito de reduzir o número de portadores da bactéria em nasofaringe. Recentes pesquisas constatam a ausência de anticorpos protetores poucos anos após a vacinação de lactentes e crianças mais novas. A vacinação de adolescentes proporcionará proteção direta impedindo o deslocamento do risco de doença para esses grupos etários.

VACINAÇÃO NAS ESCOLAS – O Ministério da Saúde considera de fundamental importância participação das escolas para reforçar a adesão dos jovens à vacinação e, consequentemente atingir o objetivo de redução futura do câncer de colo de útero, terceiro tipo de câncer mais comum em mulheres e a quarta causa de óbito por câncer no país.

“Vamos insistir para ampliar a cobertura vacinal e insistir na escola, onde podemos fazer uma potencialização da imunização e assim diminuir a prevalência do HPV, que hoje está muito alta, acima de 50% nos jovens brasileiros”, ressaltou o Ministro da Saúde.

O Ministério da Saúde enviou ao Ministério da Educação material informativo sobre as doenças. A ideia é estimular os professores a conversem com os alunos e familiares sobre o tema. O Brasil é o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina HPV para meninos em programas nacionais de imunizações.

“Com a publicação da portaria que incluiu a vacinação no Programa Saúde na Escola, agora temos os marcos legais e a garantia institucional para levar a prevenção e à saúde às escolas brasileiras. Nesta campanha, vamos pedir ao MEC que solicite às escolas o envio ao Ministério da Saúde da programação de vacinação em cada unidade escolar”, explicou o ministro.

Fonte: www.conasems.org.br

MINISTÉRIO DA SAÚDE REFORÇA COOPERAÇÃO COM A OPAS PARA CONTINUIDADE DO MAIS MÉDICOS.

Acordo voltado ao fortalecimento da Atenção Básica foi prorrogado para mais cinco anos na terça-feira (13). Ministro Ricardo Barros já havia firmado compromisso para manutenção do Programa

O Ministério da Saúde e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) assinaram, nesta terça-feira (13), em Brasília (DF), o documento Termo de Cooperação Técnica para o Desenvolvimento de Ações que tem como objetivo fortalecer o projeto “Ampliação do Acesso da População Brasileira à atenção básica”. O documento formaliza a prorrogação por mais cinco anos das ações voltadas a esta área de atendimento, inclusive a atuação de profissionais de Cuba no Programa Mais Médicos.

Participaram da cerimônia o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a diretora da OPAS, Carissa Etienne, e o representante da OPAS no Brasil, Joaquim Molina. Está previsto ainda no termo a qualificação profissional de médicos; a troca de experiências na área de atuação da atenção básica entre os profissionais brasileiros e intercambistas, além da ampliação do acesso a saúde a população. Atualmente, o programa Mais Médicos beneficia 63 milhões de. São 18.240 vagas em mais de 4 mil municípios e 34 DSEIs em todo o país.

“Com a renovação do termo de cooperação o Ministério da Saúde reafirma o seu compromisso em garantir o acesso da população a assistência médica nas regiões prioritárias. No entanto, é importante ressaltar que a prioridade da minha gestão é ampliar a participação de médicos brasileiros e, assim, garantir a autossuficiência do país nesta ação”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

“O Mais Médicos tem revolucionado o acesso aos cuidados de saúde no Brasil e a OPAS teve a sorte de fazer parte dessa experiência, garantindo que possamos trazer melhor saúde e cuidados em saúde, com um alto nível de satisfação e aceitação entre a população. O Mais Médicos também serve como um dos exemplos de melhores práticas que podem ensinar a outros países”, destacou a Carissa Etienne, diretora da OPAS/OMS.

A participação dos brasileiros formados no Brasil no programa Mais Médicos aumentou 38% em um ano, passando de 3.850, em 2016, para 5.247, em 2017. Do total de médicos participantes, 8.557 (47%) são profissionais cubanos da cooperação com a OPAS, 8.459 (46%) são brasileiros formados no Brasil ou no exterior, e 483 (3%) são intercambistas estrangeiros.

RESULTADOS

Com os médicos do programa foi possível ampliar a assistência médica na Atenção Básica, com atendimento regular nas Unidades Básicas de Saúde, na composição de novas equipes de Saúde da Família ou em equipes que não contavam com profissionais no momento da adesão. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde, divulgado em 2016, apontou que o Mais Médicos, em municípios com até 10 mil habitantes, é responsável por 48% das equipes de Atenção Básica. E, no caso de 1.100 municípios, o Mais Médicos representa 100% da cobertura de Atenção Básica.

A avaliação da população sobre o Programa também é positiva. Pesquisa da UFMG/IPESPE identificou que 95% dos usuários disseram estar satisfeitos ou muito satisfeitos com a atuação do médico do Mais Médicos. Entre as razões dessa avaliação extremamente positiva, 85% afirmaram que a qualidade do atendimento melhorou; 87% que o médico é mais atencioso, e 82% que a consulta agora resolve melhor seus problemas de saúde.

Também, o relatório da Rede Observatório do Programa Mais Médicos conseguiu identificar redução nas internações hospitalares por causas sensíveis à Atenção Básica (AB), analisadas a partir do Sistema de Informação Hospitalar, tanto no Brasil quanto nas regiões e em agregados de municípios. Considerando que a taxa de internação por condições sensíveis à Atenção Básica vem diminuindo no Brasil de forma sustentada, a pesquisa mostrou que, nos municípios que participam do Programa Mais Médicos (PMM), esta redução foi 4% mais pronunciada do que nos demais municípios, comparando-se as internações de dezembro de 2013 e dezembro de 2014.

Além disso, a publicação “Good Practices in South-South and Triangular Cooperation for Sustainable Development”, desenvolvida pela ONU, apontou que o programa Mais Médicos foi uma das boas práticas relevantes para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, destacando que o programa “é replicável e seria potencialmente benéfico em qualquer país que decidisse adotá-lo”.

Fonte: www.saude.gov.br  

GESTANTES DE TODO PAÍS DEVEM ATUALIZAR CADERNETA DE VACINAÇÃO

Em parceria com o Ministério da Saúde, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e as Sociedades Brasileiras de Pediatria (SBP) e Infectologia (SBI) lançaram nesta quinta-feira (9), no Rio de Janeiro, campanha de vacinação focada nas gestantes. O objetivo é sensibilizar as mulheres para a importância de se proteger contra doenças durante a gestação e seus recém-nascidos. Dados do Ministério da Saúde apontam queda na cobertura vacinal de diversas vacinas neste público em 2017. A adesão à vacina dTpa (difteria, tétano e coqueluche), por exemplo, exclusiva para gestantes, foi de 38,5%, em 2017, enquanto a meta era atingir 95% do público-alvo. Esta vacina é ofertada no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) há três anos.

Com o mote: “Calendário de vacinação da gestante: um sucesso de proteção para mãe e filho”, a campanha circulará até o dia 8 de junho e foi idealizada com o objetivo de melhorar a cobertura vacinal entre as futuras mães. O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferta quatro vacinas para gestantes: dTpa (difteria, tétano e coqueluche); dT (difteria e tétano); hepatite B; e influenza, esta última ofertada durante campanhas anuais.

Outras vacinas para gestantes com coberturas abaixo do esperado são a dT (difteria e tétano), que imunizou 59% das mulheres em idade fértil de 2013 a 2017; a Hepatite B, com 56% das mulheres protegidas em 2017; e a influenza, com 79% das gestantes vacinadas na campanha do ano passado. As vacinas para gestantes são seguras e não causam problemas à saúde das mamães porque são de vírus inativado. Em determinadas situações epidemiológicas, vacinas de vírus vivo atenuado podem ser prescritas. É o caso da febre amarela, indicada para as gestantes de cidades onde há circulação do vírus com casos confirmados da doença. Nesses casos, a avaliação é individual, de acordo com o estado de saúde de cada paciente, e o profissional de saúde responsável pelo pré-natal da gestante deve orientar.

Para a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, a baixa adesão das gestantes às vacinas é um risco para a saúde das mães e bebês. “Durante a gestação as mães e os bebês estão suscetíveis a doenças que podem ser evitadas com a adesão à vacinação. A infecção de doenças como tétano, coqueluche, hepatite B, difteria e influenza na gestação pode ocasionar problemas graves de saúde nas mães e bebês e até levar a óbito. É importante que as futuras mães procurem as unidades de saúde e se protejam”, destacou Carla Domingues.

Além de zelar pela própria saúde, a gestante transfere os anticorpos obtidos com a vacinação — primeiramente por meio da placenta e, depois, pelo leite materno. Essa proteção é fundamental nos primeiros meses de vida da criança já que o sistema imunológico ainda está se desenvolvendo e fortalecendo. “Aproximadamente 11% dos nascidos no Brasil são prematuros, grupo extremamente suscetível a infecções, em especial às respiratórias. Vacinar a gestante pode reduzir a prematuridade, evitando que as crianças tenham baixo peso aos nascer”, explicou a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai.

 

CAMPANHA

A atriz Juliana Didon é madrinha da campanha da SBIm em parceria com o Ministério da Saúde. Serão entregues nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o país folhetos, cartazes e material para apoiar os médicos no momento da consulta, além de inserções em relógios de vias públicas. No mundo virtual, foi criado um site e uma página no Facebook para divulgar conteúdo informativo. Os internautas terão acesso a um e-book especial. A estimativa é a de que as ações na internet atinjam cerca de 19 milhões de pessoas.

Infecções de especial risco para a gestante e o feto

  • Gestantes, puérperas (45 dias após o parto) e crianças com até cinco anos responderam por 11,4% dos óbitos por influenza entre pessoas com fatores de risco no Brasil em 2017.
  • Ainda com relação à influenza, a fase mais crítica para o bebê é nos seis primeiros meses de vida, ou seja, antes da primeira dose da vacina. Estudos apontam que as chances de internação em UTI nesse período são 40% maiores se comparadas às de crianças entre seis meses e 12 meses.
  • Dos 2.955 casos de coqueluche registrados no Brasil em 2015, 1.850 (62,6%) aconteceram em menores de 1 ano. Das 35 mortes, 30 foram em menores de 3 meses.
  • Aproximadamente 11,1% dos casos de hepatite B verificados no Brasil entre 1999 e 2015 ocorreram entre gestantes. A transmissão vertical (mãe-filho), com 6,2% do total, é fonte de infecção importante.
  • Cerca de 90% dos recém-nascidos que contraem hepatite Ba durante o parto desenvolvem a forma crônica. Em adultos, o índice é de 10%.
  • O tétano neonatal matava 6,7 a cada 1.000 nascidos vivos no fim da década de 1980, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Graças às políticas de vacinação, apenas 15 países ainda não conseguiram eliminar a doença. A região das Américas alcançou essa conquista em setembro de 2017.

Fonte: www.saude.gov.br

 

 

MINISTÉRIO REALIZA 1º CENSO DE RADIOTERAPIA NO BRASIL

Questionário pretende complementar os dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e coletar informações técnicas específicas que contribuirão para o desenvolvimento de ações em radioterapia no Brasil

O Ministério da Saúde iniciou, nesta terça-feira, 6 de março, um levantamento inédito sobre a oferta e as condições de todos os serviços de radioterapia do país. O objetivo desse levantamento remoto é mapear em curto espaço de tempo a situação atual dos equipamentos que realizam atendimentos de radioterapia no Brasil, bem como a capacidade técnica de cada serviço.

O censo está sendo realizado pela Ouvidoria do MS e deverá entrar em contato telefônico com os 257 hospitais públicos e privados que tem serviços de radioterapia, durante o mês de março.

Entre os quesitos verificados estão, por exemplo, o tempo de uso e a estrutura instalada. A proposta é mapear as necessidades e identificar as regiões com maior carência de tratamento para o câncer. Segundo Sandro José Martins, coordenador geral da Atenção Especializada do Ministério da Saúde, além de permitir um planejamento estratégico para renovação de equipamentos que alcançam o limite de sua vida útil. “A coleta desse tipo de dados está de acordo com os objetivos do MS de realizar políticas públicas com inteligência e eficiência. ”

O MS publicará um documento analisando todos os dados coletados, de modo a registrar um panorama da radioterapia no país. Além disso, esses resultados serão usados para responder as demandas relativas ao setor de radioterapia, bem como para subsidiar novas ações políticas-assistenciais nessa área.

Com esse censo, projetos relacionados à radioterapia, como o plano de expansão para compra de novos aceleradores, poderão ser desenvolvidos apoiados em dados atuais e mais precisos. Já está previsto um reforço para os hospitais do SUS de 140 aceleradores lineares, dos quais 13 já foram entregues. A meta é que até 2019 todos os aparelhos estejam em funcionamento, beneficiando 70 milhões de brasileiros.

Fonte: www.saude.gov.br

MINISTÉRIO DA SAÚDE FARÁ MONITORAMENTO ONLINE DE PARTOS CESÁREOS NO PAÍS

Retrato por serviço de saúde ajudará na adoção de medidas para incentivar o parto normal no SUS e reduzir as cesarianas desnecessárias. Projeto Parto Cuidadoso será uma das ações. Também será lançada a Semana de Mobilização pela Saúde das Mulheres, com foco na redução da mortalidade materna

O Ministério da Saúde cria sistema de monitoramento online para acompanhar a quantidade de partos cesáreas nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Medida visa reduzir a realização desse tipo de procedimento quando desnecessário. Por isso, a pasta quer identificar os serviços, para que juntos possam realizar ações para aumentar o número de parto normal, como primeira opção para o nascimento. Objetivo é que a equipe e gestante discutam o plano de parto para que seja feita a escolha pelo melhor tipo de procedimento que não coloque em risco a vida da mãe e do bebê. Gestores e usuárias do SUS poderão acompanhar o monitoramento pelo site da Secretaria de Vigilância em Saúde, a partir do dia 19 de março. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta quarta-feira (7/3), durante cerimônia em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.

Confira apresentação completa

Em 2017, foram realizados 2,7 milhões de partos no país. Considerando apenas partos nos serviços de saúde públicos, o número de partos normais é maior, sendo 58,1% e 41,9% de cesarianas.

Para o ministro da Saúde, Ricardo Barros, esse é um passo importante e representa um grande avanço na continuidade das ações de monitoramento da saúde da mulher. “Precisamos garantir políticas que ampliem a assistência e garantam um atendimento adequado. As mulheres são as maiores usuárias do SUS e precisamos garantir acesso integral em todo país. Em relação a ação para coibir a realização de cesáreas desnecessárias, essa iniciativa vem ao encontro do fortalecimento de boas práticas para o parto normal. Temos que identificar os pontos fracos de cada serviço para que juntos possamos criar mecanismos que os ajudem a investir na realização de parto normal”, reforçou o ministro.

Para fortalecer a realização do parto normal, a pasta irá implantar o projeto Parto Cuidadoso em 634 maternidades do país. Inspirado no projeto Parto Adequado, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que conseguiu em três anos evitar que 10 mil cesarianas fossem realizadas desnecessariamente em 35 hospitais. Entre os hospitais que participaram do piloto estão o Hospital Israelita Albert Einstein e o Sophia Feldman (BH) e Agamenon Magalhães (PE).

Com essa medida, será possível investir na capacitação de enfermeiras obstétricas e obstetrizes para atenção ao parto normal, além de promover ações educativas na Atenção Básica, onde é realizado o pré-natal. Desde 2015 até 2017, O Ministério da Saúde capacitou 2.774 enfermeiras que trabalham em maternidades, hospitais, centros de parto normal em obstetras. Essas profissionais estão aptas a fazer o parto normal de risco habitual. Além disso, 611 serviços passaram a contar com enfermeiras obstetras e obstetrizes.

SEMANA SAÚDE DA MULHER

Para garantir mais acesso, cuidado, informação e saúde à mulher brasileira, o Ministério da Saúde institui a Semana de Mobilização pela Saúde das Mulheres no SUS, tendo início no dia 28 de maio quando é celebrado o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher. Este ano o tema será Redução da Mortalidade Materna. A medida visa criar uma agenda permanente de promoção à saúde da mulher na atenção básica.

Para garantir que os gestores invistam na saúde da mulher, a pasta irá liberar para os municípios R$ 14 milhões para ações prioritárias em saúde sexual e reprodutiva.  O edital que libera o recurso estará disponível no site do Ministério da Saúde, no dia 16 de março, com orientações e metas a serem alcançadas até 2022 como: redução da gravidez não planejada na adolescência de 17,5% para 15% até 2020; inclusão de mulheres idosas no planejamento das ações de saúde sexual e climatério; ampliar a oferta de DIU de cobre em 20% na Atenção Básica; ampliar o pré-natal do parceiro de 37% para 67%.

Até 2019, 852 serviços e 4.625 profissionais serão qualificados para implantação do DIU de cobre, garantindo acesso em todos os estados do país. O DIU é um método prático e altamente eficaz, livre de hormônio, com duração de até 10 anos e índice de segurança maior que 99%, é um método reversível, que pode ser retirado a qualquer momento e em que a fertilidade retorna logo após a remoção.

A secretária Nacional de Políticas para Mulheres, Fátima Pelaes, ressalta a importância de integrar as ações voltadas às mulheres existentes em todos os ministérios, para que juntos o governo federal tenha condições atender às necessidades desse público. “Queremos parabenizar o ministério pelas ações que ele vem desenvolvendo, garantindo os direitos da mulher. Algumas medidas podem parecer simples, mas mudam a qualidade de vida da mulher, como sair da maternidade já com o DIU de cobre, que é foi um grande avanço”, destacou.

AÇÕES DIGITAIS

Durante o mês de março, o Ministério da Saúde programou vários bate-papos sobre a Saúde da Mulher. São conversas ao vivo, na página do Facebook da pasta, com especialistas nos mais diversos assuntos do universo feminino. A primeira conversa, que aconteceu no dia 02 de março, teve como tema parto natural e a violência obstétrica. Entre as discussões que ainda acontecem durante o mês estão métodos contraceptivos, prevenção de ISTs, violência e saúde mental, sexualidade, entre outros. Acompanhe as atividades nos endereços facebook.com/minsaude e www.saude.gov.br.

TEMA

DATA

Métodos contraceptivos do SUS e prevenção de ISTs

08/03/2018 às 16:30

Violências e a saúde mental das mulheres

14/03/2018 às 15:00

Saúde da Mulher na Adolescência

23/03/2018 às 10:00

Sexualidade (adolescente, idoso, deficiência)

28/03/2018 às 15:00

MINISTÉRIO DA SAÚDE LIBERA R$ 61 MILHÕES PARA CIRURGIAS ELETIVAS

Recurso será destinado aos municípios que cumpriram a meta de produção estabelecida para realização das cirurgias. Gestores irão receber o dobro da verba para continuarem a realização de mais mutirões

Os estados brasileiros que cumpriram a meta de produção estabelecida em portaria para que municípios pudessem organizar a produção de mutirões de cirurgias eletivas, terão a oportunidade de receber o dobro dos recursos pagos no último semestre, ou seja, poderão realizar ainda mais procedimentos, diminuindo o tempo de espera dos pacientes que aguardam por uma cirurgia eletiva. O Ministério da Saúde liberou mais R$ 61,1 milhões para repassar aos 67 municípios de 17 estados brasileiros que atingiram a meta, conforme produção cirúrgica realizada. No total, foram feitas mais de 80,6 mil cirurgias eletivas em 2017.  

“Estados que já conseguiram organizar a fila única têm a oportunidade de reduzir ainda mais a fila de espera dos pacientes que aguardam por alguma cirurgia. A medida visa reforçar as estratégias de ampliação aos procedimentos eletivos, garantindo o melhor encaminhamento e tratamento dos pacientes. Essa iniciativa vai ajudar a diminuir a demanda e a reorganizar a lista de espera”, reforçou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Estão previstas entre as cirurgias eletivas procedimentos de média e alta complexidade, sem caráter de urgência, como cirurgias de pele, tecido subcutâneo, oftalmológicas; cirurgias das glândulas endócrinas; cirurgias do sistema nervoso central e periférico; cirurgias das vias aéreas superiores, da face, cabeça e pescoço; cirurgias e oncológicas; cirurgias do aparelho circulatório e digestivo e cirurgias do aparelho osteomuscular. Esses procedimentos fazem parte da rotina dos atendimentos oferecidos à população nos hospitais de todo o país, de forma integral e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde.

FILA ÚNICA

Em 2017, o Ministério da Saúde, em uma ação conjunta com estados e municípios, adotou o modelo de fila única para cirurgias eletivas em todo país. Foi feito um levantamento inédito de toda a demanda do SUS por estado para organizar a rede de saúde, acelerar o atendimento do cidadão e reduzir o tempo de espera. Para isso, além do valor repassado mensalmente, foram garantidos R$ 250 milhões extras. Parte desse valor já foi liberado para realização de mutirões, o equivalente a R$ 41,6 milhões.

Para receberem os recursos, estados e municípios deveriam, obrigatoriamente, estar com a fila única atualizada e cadastrada junto ao Governo Federal, o que garante mais transparência e agilidade no atendimento aos pacientes, que muitas vezes ficam sujeitos à lista de espera de um único hospital e deixam de concorrer a vagas disponíveis em outras unidades de saúde da região.

DEMANDA

Em julho de 2017, quando foi fechada a primeira lista para cirurgias eletivas no SUS, haviam 804.961 solicitações. Com base nesses dados, o Governo Federal realizou uma análise detalhada das informações recebidas e constatou algumas inconsistências, como a existência de duplicidade dos cadastros. Após a avaliação, feita pela Ouvidoria do SUS por contato telefônico, chegou-se à conclusão de que havia 667.014 pacientes aguardando por algum procedimento eletivo no país.

As três cirurgias mais demandadas são as do aparelho digestivo, órgãos anexos e parede abdominal (185.666), aparelho da visão (137.776) e aparelho geniturinário (121.205). Além dessas, também estão na lista pequenas cirurgias, cirurgias de pele, tecido subcutâneo e mucosa, das glândulas endócrinas, do sistema nervoso central e periférico, das vias aéreas superiores, da face, cabeça e pescoço, cirurgias oftalmológicas e oncológicas, do aparelho circulatório e do aparelho osteomuscular.

Os recursos extras poderão ser utilizados para ampliar o acesso da população aos procedimentos, reduzindo fila de espera para cirurgias eletivas nos municípios, mas os gestores locais podem utilizar também os recursos regulares de média e alta complexidade, repassados pela pasta mensalmente para todo o Brasil. Em 2017, a pasta repassou aos estados e municípios o montante de R$ 49,3 bilhões para custeio de ações, serviços e procedimentos, incluindo cirurgias eletivas.

MUNICÍPIOS CONTEMPLADOS COM RECURSOS NOVOS PARA CIRURGIAS ELETIVAS

UF

MUNICÍPIO

RECURSO (R$)

AL

DELMIRO GOUVEIA

385.800,00

BA

BRUMADO

34.731,53

CE

JUCAS

29.765,07

GO

GOIANIA

4.313.097,65

GO

RIO VERDE

186.312,43

GO

CATALAO

73.204,61

GO

GOIAS

55.728,00

GO

SAO MIGUEL DO ARAGUAIA

17.904,65

GO

JATAI

43.566,28

GO

SAO SIMAO

16.544,12

GO

IPAMERI

9.665,64

GO

CAIAPONIA

8.892,65

GO

IPORA

25.206,43

GO

ITAPURANGA

2.176,34

MA

MARANHAO

3.398.576,48

MA

BARAO DE GRAJAU

127.641,07

MG

BELO HORIZONTE

8.817.139,41

MG

POCOS DE CALDAS

263.532,71

MG

CONTAGEM

1.832.963,21

MG

PIRAPORA

87.471,51

MG

CONCEICAO DAS ALAGOAS

10.878,78

MG

SAO GOTARDO

54.653,88

MS

MATO GROSSO DO SUL

1.466.904,00

MS

COSTA RICA

30.427,30

MS

CHAPADAO DO SUL

28.241,64

MS

APARECIDA DO TABOADO

30.013,70

MS

COXIM

77.656,00

PA

BELEM

1.718.386,93

PA

ITUPIRANGA

78.449,22

PA

BARCARENA

165.032,05

PA

AGUA AZUL DO NORTE

3.660,05

PA

BREU BRANCO

4.971,12

PA

URUARA

9.225,27

PA

SAO DOMINGOS DO ARAGUAIA

17.234,83

PB

PARAIBA

2.527.008,09

PE

PERNAMBUCO

2.017.033,70

PR

UMUARAMA

33.092,12

PR

PATO BRANCO

96.874,76

RJ

RIO DE JANEIRO

5.404.950,34

RJ

SAO FIDELIS

1.905,08

RJ

PORTO REAL

13.712,90

RR

BOA VISTA

5.352,21

RS

NOVA PRATA

75.327,20

RS

SAPUCAIA DO SUL

124.881,54

RS

CANELA

42.794,49

RS

ILOPOLIS

1.464,62

SC

JOINVILLE

690.934,16

SC

JARAGUA DO SUL

202.921,62

SC

BLUMENAU

416.899,01

SP

SAO PEDRO

662.455,99

SP

SAO PAULO

23.159.144,40

SP

DIADEMA

184.159,34

SP

ITUVERAVA

49.979,61

SP

INDAIATUBA

256.670,89

SP

RIBEIRAO PRETO

342.490,38

SP

VINHEDO

89.580,25

SP

DESCALVADO

40.226,51

SP

ARARAQUARA

354.760,17

SP

PENAPOLIS

122.361,13

SP

GUARUJA

304.885,13

SP

ASSIS

120.887,75

SP

CARAGUATATUBA

91.105,28

SP

TAQUARITINGA

72.157,61

SP

RIO DAS PEDRAS

40.589,18

SP

COLINA

22.209,79

SP

BATATAIS

74.037,12

SP

PITANGUEIRAS

46.762,94

TOTAL

 

R$ 61.115.269,87

 

Fonte: www.saude.gov.br

ESCOLAS PÚBLICAS REALIZAM CAMPANHA NACIONAL DE HANSENÍASE E OUTRAS DOENÇAS

Além de reduzir a carga parasitária de geo-helmintos, a Campanha, que está na sua quinta edição, busca identificar e tratar casos de hanseníase, tracoma e esquistossomose

Com o início do ano letivo, o Ministério da Saúde promove, em 40 mil escolas públicas de do país, a V Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomoseslogan: “Hanseníase, Verminoses e Tracoma – em casa ou na escola, sempre é hora de prevenir e tratar”, para diagnóstico de doenças que possuem tratamento gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS).

A estratégia ocorrerá em 2,7 mil municípios brasileiros que aderiram à ação e envolverá mais de oito milhões de alunos, de 5 a 14 anos de idade. As atividades serão realizadas até o dia 30 de junho. Com ações específicas para cada uma das doenças, a campanha envolve profissionais da educação e os que atuam no SUS, em especial os profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF), das Unidades Básicas de Saúde e da Vigilância Epidemiológica dos municípios.

Para intensificar a estratégia, será realizada a Semana de Mobilização Nacional da V Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomose, que ocorrerá de 5 a 9 de março. O lançamento será dia 06 de março na Escola Estadual Professor Jercy Jacob em Várzea Grande, Mato Grosso com a presença da coordenadora-geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde, Carmelita Filha.

 

A Coordenadora-Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde, Carmelita Ribeiro Filha, explica que a ação no ambiente escolar potencializa os resultados dessa intervenção. “Vamos ao encontro dos alunos que estão num local que é familiar para eles, facilitando a abordagem para realizar ações educativas e identificando precocemente essas doenças”, observou a coordenadora.

Do total de municípios que aderiram à Campanha, 2.615 (95,4%) são considerados prioritários, devido à vulnerabilidade social e ao risco de adoecimento da população por essas doenças. Juntos, eles recebem do Ministério da Saúde mais de R$ 16,5 milhões para a realização das ações propostas. Outros 127 municípios participarão voluntariamente da Campanha. Todos recebem do Ministério da Saúde apoio técnico e os medicamentos necessários para a execução da Campanha. 

Acesse o material da campanha

CAMPANHA ANTERIOR

A quarta edição da campanha, que aconteceu em 2016 e 2017, contou com participação de 2.409 municípios. Ao todo, seis milhões de escolares receberam a ficha de autoimagem, 157 tiveram diagnósticos de hanseníase confirmados, além de 23 casos diagnosticados entre os contatos. Cerca de 4,9 milhões de escolares receberam a profilaxia para verminoses, 22.084 casos foram confirmados como positivos para tracoma e 381 para esquistossomose.

HANSENÍASE

Para detecção de casos de hanseníase, a estratégia consiste na utilização da ficha de autoimagem que contempla sinais e sintomas sugestivos da doença. A ficha é entregue a cada aluno, a qual é preenchida pelos pais ou responsáveis e posteriormente devolvida à escola. As fichas são triadas pelos profissionais de saúde e os casos com lesões suspeitas de hanseníase, encaminhados para avaliação e início do tratamento, caso confirmado o diagnóstico. Os contatos dos casos diagnosticados também devem ser examinados.

Na última década, o Brasil apresentou uma redução de 37,1 % no número de casos novos, passando de 40,1 mil diagnosticados no ano de 2007, para 25,2 mil em 2016. Tal redução corresponde à queda de 42,3% da taxa de detecção geral do país (de 21,19/100 mil hab. em 2007 para 12,23/100 mil hab. em 2016). Do total de casos novos registrados, 1,6 mil (6,72%) foram diagnosticados em menores de 15 anos, sinalizando focos de infecção ativos e transmissão recente, e 7,2 mil iniciaram tratamento com alguma incapacidade.

O diagnóstico e o tratamento da hanseníase são ofertados pelo SUS, disponível em unidades públicas de saúde. Por isso, na última campanha publicitária lançada no início do ano, o Ministério da Saúde alerta a população sobre sinais e sintomas da doença com o objetivo de estimular a busca pelos serviços de saúde e mobilizar profissionais de saúde na busca ativa por casos novos.

VERMINOSES, TRACOMA E ESQUISTOSSOMOSE

No caso das geo-helmintíases ou verminoses, os alunos recebem profilaxia com Albendazol 400mg em dose única. Esse medicamento é eficaz, não tóxico, e utilizado, há vários anos, em milhões de pessoas de diversos países. Quanto ao tracoma, os escolares são submetidos a exame ocular externo, realizado por profissionais capacitados. Os casos positivos e seus contatos domiciliares são encaminhados para tratamento.
Já os municípios que aderiram às ações para esquistossomose realizarão exame de fezes na população escolar e tratamento individual ou coletivo dos casos, com base nos percentuais de positividade encontrados.

Fonte: www.saude.gov.br