NOVO SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ESTADO TOMA POSSE

 O novo secretário de Estado de Saúde, Carlos Alberto Coimbra, tomou posse nessa quarta-feira (13) durante solenidade realizada no auditório da governadoria, as 14h30. Ao lado do governador Reinaldo Azambuja, Coimbra assumirá a pasta, após a saída do médico Nelson Barbosa Tavares, que, por motivos pessoais e com espírito de dever cumprido, decidiu deixar o cargo.

Coimbra estava atualmente à frente da gerencia administrativa do Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) e já foi diretor do Hospital do Câncer Alfredo Abrão.

Coimbra afirmou que vai dar atenção especial para a ativação do Hospital do Trauma e do novo equipamento para radioterapia no Hospital do Câncer, a pedido do governador. À imprensa o novo secretário afirmou também que irá dar transparência à destinação de recursos.

Formado em direito, Coimbra  concluiu recentemente a especialização em Gestão Hospitalar pelo renomado Albert Eistein e também possui  pós-graduação pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) em Gestão Empresarial e Marketing.

Fonte: www.saude.ms.gov.br

DIA NACIONAL DE COMBATE AO AEDES MOBILIZA O PAÍS NESTA SEXTA-FEIRA

Representantes do Governo Federal participam das ações nas capitais do país. O ministro Ricardo Barros participa da mobilização em Teresinha (PI) e Campina Grande (PB). Serão feitas visitas domiciliares, mutirões de limpeza, distribuição de material educativo, entre outras atividades

As ações de combate ao mosquito transmissor da dengue, Zika e chikungunya serão intensificadas durante esta semana em todo o país. Nesta sexta-feira (08), acontece o Dia Nacional de Combate ao Aedes, simultaneamente em diversas cidades do Brasil. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, participa da mobilização em Teresina (PI) e, no sábado, estará presente na ação que acontece em Campina Grande (PB).

Em outros estados também ocorrem ações, que serão comandadas por ministros de Estado e outros representantes dos ministérios, além de autoridades dos governos locais, agentes de saúde e toda a população. O objetivo é reforçar a conscientização sobre importância de eliminar os focos do mosquito, especialmente antes da chegada do verão, período mais favorável à proliferação do mosquito.

Durante as ações, será feita distribuição de material educativo, visitas domiciliares, mutirões de limpeza, realizados pelos agentes de saúde, além de exposições educativas em escolas e outras ações voltadas para a comunidade local. Ministros de Estado, agentes de saúde e de defesa civil visitarão residências, escolas, órgãos públicos, canteiros de obras e outros locais, num esforço conjunto para o enfrentamento ao Aedes aegypti.  

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, destaca a importância desta ação. “O enfrentamento ao mosquito é prioridade do Governo Federal, por isso definimos um dia para essa grande mobilização, que é a Sexta Sem Mosquito. Isso demonstra o empenho e preocupação no combate ao Aedes para que possamos evitar todas as doenças causadas por ele”, declarou o ministro da Saúde.

INFESTAÇÃO – O novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2017, consolidado em 24 de novembro, aponta que 4.552 cidades de todo o país fizeram o levantamento, sendo que destes, 2.833 municípios estão com índices satisfatórios, ou seja, com menos de 1% das residências com larvas do mosquito em recipientes com água parada. Estão em alerta 1.310 municípios, com índice de infestação de mosquitos nos imóveis entre 1% a 3,9% e 409 em risco, com mais de 4% das residências com infestação.

O Mapa da Dengue, como é chamado o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), é um instrumento fundamental para o controle do mosquito. Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas. O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito Aedes aegypti.

CAMPANHA – Desde o dia 24 de novembro, circula em todo o país a nova campanha publicitária de combate ao mosquito Aedes aegypti, que chama a atenção da população para os riscos das doenças transmitidas pelo vetor e convoca a todos ao seu enfrentamento. O objetivo é mostrar que o combate à proliferação do mosquito começa dentro da própria casa, sendo responsabilidade de cada um, podendo gerar mudança positiva na vizinhança. O material alerta: “Um mosquito pode prejudicar uma vida. E o combate começa por você. Faça sua parte e converse com seu vizinho”. A campanha é veiculada na TV, rádio, internet e redes sociais.

As ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti são permanentes e tratadas como prioridade pelo Governo Federal. Desde a identificação do vírus Zika no Brasil e sua associação com os casos de malformações neurológicas, o governo mobilizou todos os órgãos federais (entre ministérios e entidades) para atuar conjuntamente, além de contar com a participação dos governos estaduais e municipais na mobilização de combate ao vetor.

Para isso, o Ministério da Saúde tem garantido orçamento crescente aos estados e municípios. Os recursos para as ações de Vigilância em Saúde, incluindo o combate ao Aedes aegypti, cresceram 83% nos últimos anos, passando de R$ 924,1 milhões, em 2010 para R$ 1,7 bilhão, em 2016. Para 2017, a previsão é que o orçamento de vigilância em saúde aos estados chegue a R$ 1,93 bilhão. Este recurso é destinado à vigilância das doenças transmissíveis, entre elas dengue, zika e chikungunya. O recurso é repassado mensalmente a estados e municípios. Além disso, desde novembro de 2015 foram repassados cerca de R$ 465 milhões para pesquisas e desenvolvimento de vacinas e novas tecnologias, além de destinar mais R$ 395,3 milhões para o eixo de assistência à saúde.

DENGUE – Até 18 de novembro de 2017, foram notificados 241.218 casos prováveis de dengue em todo o país, uma redução de 84% em relação ao mesmo período de 2016 (1.465.847). Com relação ao número de óbitos, também houve queda significativa, passando de 695 óbitos, em 2016, para 125 em 2017.

CHIKUNGUNYA – Até 18 de novembro, foram registrados 184.525 casos prováveis de febre chikungunya, o que representa uma taxa de incidência de 89,5 casos para cada 100 mil habitantes. A redução é de 32% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 272.805 casos. A taxa de incidência no mesmo período de 2016 foi de 132,4 casos/100 mil/hab. Neste ano, foram confirmados laboratorialmente 152 óbitos. No mesmo período do ano passado, foram 213 mortes confirmadas.

ZIKA – Foram registrados 16.927 casos prováveis de zika em todo país, até 18 de novembro, uma redução de 92% em relação a 2016 (214.418). A taxa de incidência passou de 104,0 em 2016 para 8,2 neste ano. Em relação às gestantes, foram registrados 2.205 casos prováveis, sendo 910 confirmados por critério clínico-epidemiológico ou laboratorial.

Fonte: www.saude.gov.br

SEMINÁRIO DISCUTE DESAFIOS PARA SUSTENTABILIDADE DO SUS

Discutir caminhos e alternativas para enfrentar os desafios e fortalecer o sistema único de saúde. Esse foi o objetivo do seminário “Cenários para sustentabilidade do sistema único de saúde”, ocorrido na Opas nesta segunda-feira (4). O evento contou com a participação de gestores de saúde municipais, estaduais e representantes do CONASEMS, CONASS, Ministério da Saúde, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), da Associação Brasileira de Economia da Saúde (Abres), Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), do Conselho Nacional de Saúde (CNS), pesquisadores da UFBA, UFPB, ENSP, Harvard, Fiocruz, entre outros. A atividade fez parte da agenda 30 anos do SUS proposta pela OPAS para contribuir com o debate técnico sobre as opções viáveis para a sustentabilidade do SUS.

O coordenador da Unidade Técnica de Sistemas e Serviços de Saúde da OPAS, Renato Tasca, coordenou a primeira manhã do evento, onde foram apresentados os resultados preliminares de duas pesquisas: Pesquisa Nacional para a Construção do Perfil dos Gestores Municipais de Saúde, ministrada pelo pesquisador André Bonifácio, da Universidade Federal da Paraíba; e o estudo da OPAS “Percepção de atores estratégicos brasileiros sobre o SUS”, que foi apresentada pelo sanitarista Renilson Rehem.

André Bonifácio chamou atenção para a necessidade de garantir mecanismo já existentes de fortalecimento do sistema. “Se não tivermos um controle social forte, por exemplo, podemos perder vários direitos e conquistas. É necessário aproximar os universos do gestor e do conselheiros e qualificar o processo de debate das políticas públicas”, afirmou. Já o sanitarista Renilson Rehem destacou que “não há como pensar em mudanças sem garantir as bases do sistema. Os princípios dos SUS estão postos e devem ser norteadores de possíveis reformas”.

Charles Tocantins, vice-presidente do CONASEMS, destacou, em relação a pesquisa, que a maioria dos gestores estão iniciando agora na gestão do SUS, o que torna o fortalecimento do sistema ainda mais desafiador. Charles também ressaltou a necessidade de inclusão do prefeito no processo. “A pesquisa mostra o papel de preponderância dos prefeitos. Nós, sanitaristas, precisamos incluir e ampliar as discussões com esse personagem tão importante”.

O pesquisador da ENSP, Assis Mafort, destacou o processo “precário” de descentralização do SUS e a gradativa responsabilização dos municípios. “A pesquisa aponta um aumento gradativo de responsabilidade para estados e municípios. Esse cenário de subfinanciamento e ajuste tende a fazer que essa situação se intensifique. A Emenda Constitucional 95, por exemplo, não se configura como um ajuste fiscal de fato, não houve debate com a sociedade”.

Para o representante do departamento de Atenção Básica, Alan Nuno, a rotatividade do gestor é um grande problema para a implementação das políticas públicas. “Sistemas universais de saúde necessitam ser baseados na atenção básica. Isso é uma premissa para qualquer país. A constante troca da gestão pode implicar em descontinuidade das ações”, disse Alan.

Fonte: www.conasems.org.br

TCU DISCUTE MANUTENÇÃO DE UPAS COM GESTORES MUNICIPAIS

Representantes do CONASEMS,  da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), e do Ministério da Saúde se reuniram  nesta terça-feira (21) para discutir  sobre a gestão de obras para a implantação de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A reunião ampliada que aconteceu na sede do TCU em brasília contou com mais de 200 prefeitos, além da diretoria da CNM e gestores municipais de saúde.

O ministro do TCU, Augusto Nardes, agradeceu a presença dos prefeitos e reforçou a importância de se trabalhar a governança. “Tenho trabalhado fortemente em torno de uma tese de governança no Brasil. O que foi feito foi falta de planejamento, ou seja, passar a responsabilidade para os Municípios. E eles tem uma série de exigências que não conseguem cumprir. A responsabilidade está posta não somente em relação às UPAs, mas também a creches”, disse.

O presidente do Conasems, Mauro Junqueira, expressou seu incomodo em relação ao tema. “Os municípios colocaram no último ano 24 bilhões além do mínimo constitucional. Muitas UPAS foram construídas com esse recurso mas não atendem à realidade do município. É preciso que estas estruturas sejam adequadas e atendam a população brasileira”, afirmou. Já o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, afirmou que “Quem está pagando o pato é o Município onde está a UPA”. Ziulkoski apontou a cooperação federativa o caminho para superação do problema, e que é preciso começar o debate sobre a governança, independente do tempo da resolução das questões.

Mauro Junqueira ainda ressaltou a dificuldade do gestor de saúde de fazer governança com mais de 8oo modalidades de repasse diferentes. “Estamos trabalhando para o cumprimento da lei 141, para que possamos receber o recurso em uma conta única. Não é possível trabalhar governança com mais de 800 caixinhas.”

Foi entregue ao presidente do TCU, Ministro Raimundo Carreiro, abaixo assinado solicitando a instalação de uma câmara técnica interinstitucional para discutir estratégias frente às situações enfrentadas pelos gestores municipais quanto à finalização, habilitação e manutenção das UPAs.

O Ministro Nardes acenou que o governo deve sancionar uma matéria a respeito da governança local nesta quarta-feira, 22 de novembro. Não descartou a possibilidade de emitir um posicionamento fechado a respeito da questão das UPAs nos próximos 15 dias.

Com informações da CNM

Fonte: www.conasems.org.br

REDE COLABORATIVA DO SUS: PELOS QUATRO CANTOS DO PAÍS

Você sabia que somente o estado da Bahia é do tamanho da França? E o município de Altamira, no Pará, é o maior do mundo em extensão territorial? O Brasil ocupa o quinto lugar entre os 10 maiores países e é o único com mais de 100 milhões de habitantes que possui sistema de saúde público universal. Diante dessa dimensão e realidade desafiadora, como fazer uma gestão eficiente do SUS no Brasil?

Uma das respostas pode estar inserida na regionalização e no fortalecimento das regiões de saúde. Essas regiões são agrupamentos de municípios delimitados a partir de identidades culturais, econômicas, sociais, de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde. Em 2011 foram estabelecidas 438 regiões de saúde no país, que consistem em uma grande rede colaborativa da gestão do SUS: municípios maiores com mais estrutura compartilhando serviços de saúde com municípios vizinhos. No entanto, esse “compartilhamento” deve estruturar-se a partir das redes de atenção nas quais as responsabilidades sanitárias são pactuadas em instâncias bipartite, como reuniões da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e Comissão Intergestores Regional (CIR).

Formação e Ação

Considerando o subfinanciamento histórico do SUS, a oneração dos municípios e a busca pela integralidade da assistência, como fortalecer os municípios na perspectiva da regionalização? Foi a partir dessa questão e do olhar para a experiência exitosa de alguns COSEMS que o Conasems elaborou o Projeto Rede Colaborativa Conasems-Cosems para Fortalecimento da Gestão Municipal do SUS, conhecido como Projeto Apoiador. “O apoiador é um elo entre a gestão da região de saúde e o COSEMS, além de ser um elo também entre os gestores da própria região. A função do apoiador é oferecer suporte técnico e levar informação de forma ágil aos secretários, além de tirá-los da zona de conforto convidando-os a participar dos espaços de gestão, enfatizando a importância das conferências municipais de saúde e do planejamento ascendente”, explicou o presidente do Conasems, Mauro Junqueira.

Os apoiadores não são figuras novas na gestão municipal. Idealizado há oito anos em Minas Gerais, o projeto também já estava presente em outros estados como São Paulo e mais recentemente cerca de dez COSEMS adotaram essa estratégia como estruturante para organização do trabalho frente aos municípios. “Baseado na experiência exitosa que tivemos em Minas e nos outros estados achei que seríamos capazes de ampliar para todo o país e estabelecer uma grande rede. O apoiador conecta o gestor municipal ao coordenador do COSEMS, os COSEMS se conectam ao Conasems e nós, que representamos as 5570 secretarias municipais de saúde, conseguiremos ter acesso às demandas de todos os municípios para sugerir e pactuar em CIT de forma eficaz”, comentou Mauro.

Em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), o Projeto está estruturado a partir da formação-ação de 160 apoiadores distribuídos nas 438 regiões de saúde, sendo cada apoiador responsável em média por três regiões de saúde. A quantidade de municípios por região não é fixa, em Minas existem regiões de saúde com mais de 60 municípios, mas em Roraima, por exemplo, só existem duas regiões de saúde que contemplam todos os 15 municípios do estado. Além dos apoiadores, o projeto tem 26 coordenadores do apoio nos COSEMS e cinco consultores regionais que acompanham o projeto nas regiões geográficas do país.

De Norte a Sul

A consultora da região Nordeste, Cristina Sette, comentou que o pré-requisito para a seleção, além do conhecimento técnico na área, era a experiência e vivencia no SUS. “O apoiador tem que conhecer as regiões de saúde que atua como a palma da mão. Os secretários estão mergulhados no cotidiano duro de gestão do próprio município e, na maioria das vezes, não conseguem enxergar a região de saúde como um todo, e aí entra o trabalho do apoiador – ele passa a visão macro da região para os secretários e a partir dessa noção da vizinhança, é possível elaborar um plano municipal de saúde mais eficiente”.

A consultora da região Sudeste, Kátia Barbalho, enfatizou que, neste primeiro momento, fazer publicidade dos COSEMS e do próprio trabalho será também papel dos apoiadores “Estabelecer vínculo de confiança com o gestor, fazer com que todos saibam da sua existência no apoio da gestão é de suma importância, pois o apoiador não estará presente fisicamente nas secretarias, o contato via plataforma, e-mail ou telefone deve ser direto e facilitado”.

“Gestão solidária, compartilhada, organizada e responsável” é para a consultora da região Norte, Rita de Cássia Viana, o ideal da regionalização da saúde. “O processo de organização do SUS é frágil e não facilitado. O secretário tem que lidar, diariamente, com um enorme arcabouço de portarias, problemas e processos sem apoio técnico. Muitos dizem se sentir sozinhos, desamparados. Oferecer a esse gestor um suporte qualificado é uma forma eficiente de fortalecer o SUS municipal”. A consultora também comentou sobre as especificidades da região Norte. “Temos vazios assistenciais muito grandes. No Amapá, por exemplo, todos os serviços se concentram na capital, até mesmo a Atenção Básica. A população não tem assistência médica nos 100 km que rodeiam os municípios onde vivem. Isso é um agravante que desestabiliza o Sistema, até porque temos municípios que ficam a três dias de barco distantes da capital”.

Na região Norte, Amazonas já contava com o trabalho dos apoiadores, antes dessa ampliação. “O retorno dos secretários é muito positivo e percebemos que onde os apoiadores atuam os secretários têm mais contato com o COSEMS e maior participação das reuniões da CIR”. Segundo ela, outro ponto importante do trabalho do apoiador é fazer com que o gestor tenha confiança para argumentação nos espaços de governança. “Munir o secretário de informação qualificada e o incentivar a discutir durante as reuniões com o estado é uma das grandes funções dos apoiadores. Isso vai fazer com que os gestores municipais tenham cada vez mais voz na tomada de decisões”, comentou Cássia.

Segundo Tiemi Oikawa, consultora da região Sul, fortalecer redes e regiões de Saúde tem sido um mantra para a gestão do SUS, no entanto, o desafio que está dado é como tornar esse mantra um fato concretizado. “O apoiador é um facilitador do diálogo. O que se pretende é conquistar a tão propalada autonomia dos entes e ao mesmo tempo exercitar a gestão solidária no território regional”. Em relação à educação permanente, “capacitar o gestor é um processo que não exclui a presença do apoiador, os processos não são excludentes, mas sim complementares. O apoiador garante uma continuidade das ações, a ideia é que não exista quebra no processo de trabalho. Acredito que promover o diálogo, conhecer bem a realidade sanitária da região e compartilhar boas experiências significa fortalecer a rede colaborativa e, consequentemente, fortalecer o SUS”.

A capilarização e a celeridade da informação é, para a consultora do Centro-Oeste, Lucélia Borges, o maior ganho proveniente do trabalho dos apoiadores. “Esse projeto chegou em um momento muito oportuno em que o modelo de repasse de recursos do SUS está sendo modificado. Mesmo os gestores mais experientes estão necessitando de auxílio sobre como montar o plano municipal de saúde e como ele passará a funcionar daqui para frente”. No entanto, a consultora acredita que o projeto apoiador está em uma fase experimental e precisa de tempo para se consolidar. “Já temos experiências exitosas que comprovam a eficácia desse trabalho, porém, os estados novatos precisarão entender a nova dinâmica e o papel dessa figura dentro da gestão, que é técnico e político ao mesmo tempo, porém, sem tirar o protagonismo do secretário”.

Em relação ao trabalho do apoiador neste cenário de mudança na forma de repasse de recursos do SUS, o representante do Ministério da Saúde, Marcos Franco, afirmou que os apoiadores serão peças-chave na implantação do modelo. “Melhorar a capacidade da gestão municipal é primordial para o bom funcionamento do Sistema como um todo. Os apoiadores são importantes na promoção de uma gestão descentralizada e eficiente, pois terão a responsabilidade de munir os gestores de informação e construir uma ponte entre eles”.

Chegando onde o SUS acontece

Dos 160 apoiadores, 50% são mulheres, 92 têm especialização, 18 fizeram mestrado, 19 apenas uma graduação, 12 possuem duas graduações e quatro já são doutores. Esse é o perfil dos apoiadores que estão espalhados pelo Brasil. Em relação à área de formação, 40% dos apoiadores são formados em enfermagem, outra grande parte em administração, psicologia, serviço social e odontologia.

A superintendente de sustentabilidade social do Hospital Oswaldo Cruz, Ana Paula Pinho, comentou que os apoiadores passaram por um processo de seleção criterioso e agora estão no processo de educação permanente. “Vamos acompanha-los durante toda trajetória, avaliando o trabalhado através de relatórios e cumprimentos de agendas específicas. As oficinas, como a que aconteceu em São Paulo em abril, é um espaço de encontro e de qualificação desses apoiadores. A próxima oficina será no Congresso Conasems, com a presença de todos novamente”.

De acordo com Ana Paula, a parceria com o Conasems é de suma importância, uma vez que é papel do PROADI-SUS investir em projetos inovadores que contribuam para o fortalecimento do SUS de forma nacional. “O recurso do PROADI, que vem de isenção fiscal, deve ser investido no SUS em projetos de âmbito nacional. O Ministério da Saúde, ao identificar seus principais gargalos como qualificação, pode contar, a partir de um projeto bem elaborado, com esse recurso para investimento nessas áreas. Sempre enfatizo que esse projeto dos apoiadores é uma construção conjunta entre o HAOC, Ministério da Saúde e Conasems. É um tripé que sustenta tudo isso”.

A apoiadora de São Paulo, Tânia Perinazzo, é médica, mas o trabalho no apoio à gestão municipal é o que marca há 11 anos sua carreira profissional. “Sinto-me muito mais inserida na gestão do que na medicina. Eu trabalho algumas horas no banco de leite por amor à profissão, mas minha dedicação maior é ao apoio à gestão, me especializei nisso durante anos para oferecer um suporte técnico maior para os gestores”. Tania era apoiadora do COSEMS SP desde 2011 e hoje integra o grupo dos 160 apoiadores do projeto nacional Rede Colaborativa Conasems-Cosems para Fortalecimento da Gestão Municipal do SUS. “Acredito que essa ampliação para nível nacional é extremamente importante, digo isso por experiência própria. A função do apoiador faz toda diferença e ter isso em todos os estados vai trazer benefícios grandiosos para o SUS. Conseguimos atingir bons resultados nas regiões de saúde onde os apoiadores estão presentes aqui em São Paulo. Atuo em duas regiões, ao todo são 21 municípios, a participação em CIR é quase 90%. Em uma das regiões realizamos também uma “pré-reunião” para preparar os gestores para o debate na CIR. “O envolvimento dos gestores é cada vez maior. Nós, apoiadores, provocamos as demandas e questões quando elas não são colocadas por eles. Acredito que isso é função do apoiador, temos que provocá-los, trazer as discussões para o debate conjunto”.

Inserido em uma realidade bem diferente, o apoiador Lincon Costa é responsável pelo apoio de todos os 15 municípios de Roraima, divididos em duas regiões de saúde. “Pode parecer que não são muitos municípios, mas o acesso é complicado, alguns se distanciam mais de seis horas. Outro problema que temos que acredito ser o pior é a falta de acesso à internet. Como o projeto é baseado na comunicação online, via plataforma, nós muitas vezes encontramos barreiras e temos que resolver indo até o município ou reforçando o contato por telefone”. Lincon conta que Roraima não possui reuniões de CIR e que a região de saúde ainda é pouco integrada. “Não existe uma receita de bolo de ‘como fazer dar certo’, cada região tem sua especificidade, mas aceitei esse grande desafio porque acredito que com muito trabalho vamos conseguir fortalecer a gestão municipal e melhorar o SUS em Roraima”.

Plataforma: Diálogos do cotidiano do SUS

A rede Conasems-Cosems para fortalecimento da gestão municipal desenvolve uma série de projetos que se complementam. Também para suporte ao projeto apoiador regional, foi desenvolvida uma Plataforma de comunicação e informação. Este espaço online promoverá a agilidade de comunicação e qualidade de informação para os secretários municipais de saúde de todo o país, apoiadores, coordenadores, consultores, COSEMS e Conasems que poderão manter contato via fóruns de discussão organizados por estado e região de saúde. Estarão disponíveis na plataforma conteúdos em forma de biblioteca, de vídeo-aulas e educação a distância (EAD) voltados para as prioridades de apoio da rede. A página individual da plataforma aparece personalizada, conforme as preferências e interesses do usuário. Dentre o conteúdo disponível estão as interações dos fóruns em que participou, atualização permanente da legislação e documentos de apoio, versão digital atualizada do Manual do Gestor Municipal e cartilhas orientativas, web-documentários sobre as experiências exitosas e web-aulas sobre os principais temas em discussão no âmbito do SUS.

O que é o PROADI?

O Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) é uma ação do Ministério da Saúde (MS) dirigida ao fortalecimento do SUS em parceria com hospitais filantrópicos de qualidade reconhecida, como, por exemplo, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Essa parceria reflete o comprometimento com a melhoria da qualidade das condições de saúde da população brasileira mediante transferência, desenvolvimento e incorporação de novos conhecimentos e práticas em áreas estratégicas para o sistema.

Baseadas em temas prioritários determinados pelo MS, as instituições parceiras apresentam projetos a serem executados em um período de três anos nas seguintes áreas: estudos de avaliação e incorporação de tecnologia, capacitação de recursos humanos, pesquisas de interesse público em saúde e desenvolvimento de técnicas e operação de gestão em serviços de saúde. O programa segue a orientação constitucional apoiada no tripé da universalidade, integralidade e equidade do SUS.

Fonte: www.conasems.org.br

 

 

MINISTÉRIO DA SAÚDE GARANTE R$ 150 MILHÕES PARA APAES

Serão beneficiadas as Associações que integram a Rede da Pessoa com Deficiência. Recursos vão qualificar e fortalecer os serviços de reabilitação ofertados no Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Os brasileiros com deficiência serão beneficiados com a ampliação de recursos federais para as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). O Ministério da Saúde garantiu R$ 150 milhões para qualificação da Rede da Pessoa com Deficiência no país. A maior parte, R$ 100 milhões, será destinada para a execução do Programa Nacional para qualificação e fortalecimento das ações e serviços de reabilitação no âmbito da Rede da Pessoa com Deficiência. Lançado nesta quinta-feira (10) durante o XXVI Congresso Nacional das Apaes, que acontece em Natal (RN), a ação poderá beneficiar mais de mil unidades.

Confira a apresentação completa (PDF)Confira a apresentação completa (PDF)

“É uma grande alegria falar com vocês no Congresso Nacional das APAEs. Vocês são voluntários, verdadeiros heróis brasileiros que trabalham com amor, dedicação, por uma causa tão nobre como é a reabilitação das pessoas com deficiência. Com esses recursos, estamos ajudando na reestruturação e no custeio das Associações em uma merecida homenagem a esse maravilhoso trabalho que vocês fazem e sempre fizeram”, anunciou o ministro da Saúde, Ricardo Barros em vídeo exibido na abertura do Congresso Nacional das Apaes.

Para ter acesso aos R$ 100 milhões do novo Plano as instituições participarão de chamamento público e devem apresentar projetos de qualificação da assistência à pessoa com deficiência. O edital será publicado ainda em novembro. Após a aprovação dos projetos apresentados, serão realizados convênios para o repasse da verba. Poderão ser beneficiadas até 1.068 instituições que hoje ofertam serviços pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Outros R$ 36 milhões são para reajustar os valores de cinco procedimentos de reabilitação previstos na tabela SUS e repassados pelo Governo Federal aos estados e municípios. O reajuste dos procedimentos de reabilitação vai ampliar e qualificar o acesso à estimulação neuropsicomotora em pessoas com deficiência, incluindo as crianças com a síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika, como a microcefalia. A medida beneficiará imediatamente 724 unidades que hoje já realizam esses procedimentos que hoje equivalem, em média, 63% do faturamento das Associações.

Para ampliar o acesso à Rede de Atenção no país, o Ministério da Saúde também garantiu mais R$ 14 milhões destinados a financiar serviços de reabilitação em instituições que ainda não oferecem esses procedimentos. Com o recurso, 344 APAEs poderão ofertar: acompanhamento de paciente em reabilitação em comunicação alternativa; acompanhamento neuropsicológico; acompanhamento psicopedagógico; atendimento nas múltiplas deficiências e desenvolvimento neuropsicomotor.

Os recursos serão repassados após contratualização entre os gestores e as instituições que serão beneficiadas. Os valores, então, serão incorporados aos Tetos de Média e Alta Complexidade dos estados e municípios, que são os responsáveis pela contratualização com estabelecimentos de saúde no âmbito local.

REDE DE CUIDADO – O Governo Federal tem buscado, por meio da formulação de políticas públicas, garantir a autonomia e a ampliação do acesso à saúde, à educação e ao trabalho, entre outros, com o objetivo de melhorar as condições de vida das pessoas com deficiência. A Rede de Cuidados da Pessoa com Deficiência está organizada nos seguintes componentes: Atenção Básica, Atenção Especializada em Reabilitação Auditiva, Física, Intelectual, Visual, Ostomia e em Múltiplas Deficiências e Atenção Hospitalar e de Urgência e Emergência.

Atualmente, 2.323 serviços integram a rede de reabilitação vinculada ao SUS para assistência às pessoas com deficiência. São 190 Centros Especializados em Reabilitação (CER), que trabalham também com a reabilitação de bebês e o cuidado às crianças com a síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika, 33 Oficinas Ortopédicas, 238 serviços de reabilitação em modalidade única, 1.862 serviços de reabilitação com as modalidades auditiva, visual, intelectual, física e múltiplas deficiências, credenciados pelos gestores locais. Além disso, conta também com 4.527 Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF, que realizam o atendimento da estimulação precoce) e 2.340 Centros de Apoio Psicossocial (CAPS, que atendem as famílias das crianças), presente em todos os estados do Brasil.

Fonte: www.fns.saude.gov.br

SERVIÇOS DE SAÚDE TERÃO O DOBRO DE RECURSOS PARA DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA

Ministério da Saúde vai triplicar o número de exames mais precisos para a identificação da doença e início do tratamento. Estima-se que em 2017, 58 mil mulheres terão esse tipo de câncer

No mês dedicado à prevenção do câncer de mama, o Ministério da Saúde aumentou em média 100% os valores de exames essenciais no diagnóstico da doença. A expectativa é triplicar o número de procedimentos mais precisos para a identificação do tumor. Por ano, serão mais R$ 9,4 milhões para esse atendimento. Em 2016, foram investidos R$ 4,1 milhões na realização desses procedimentos. A Portaria foi publicada no Diário Oficial da União e anunciada nesta segunda-feira (23) pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Para o ministro da Saúde, Ricardo Barros, essa medida visa estimular e ampliar o acesso ao exame e diagnóstico. “Precisamos ter mais agilidade na identificação da doença e na resposta dos resultados, para que tenha mais efetividade no tratamento ofertado. Nosso objetivo é garantir maior acesso aos exames que tenham mais resolutividade, de acordo com a indicação médica, no diagnóstico. Quanto mais cedo confirmar a doença, mais cedo se inicia o tratamento, aumentando as chances de cura”, ressaltou o ministro.

Confira a apresentação completa.

Em grande parte dos casos, o câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, aumentando as chances de tratamento e cura. Após a mamografia, são indicados exames para o diagnóstico definitivo da doença que vão apoiar a decisão médica no tratamento. Todos esses procedimentos tiveram reajuste e a expectativa é triplicar o atendimento dos três mais precisos: punção de mama por agulha grossa, biópsia e anatomopatológico. Em 2016, foram registrados 69,3 mil exames e, neste ano, o total deve ultrapassar 200 mil.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que cerca de 58 mil mulheres terão câncer de mama em 2017. Obesidade, sedentarismo estão entre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, diante do aumento de gorduras e da produção de hormônios.

EXPANSÃO – O Ministério da Saúde tem expandido a oferta de exames para identificação do câncer de mama. Atualmente, são destinados R$ 4 bilhões por ano para o tratamento do câncer no Sistema Único de Saúde. Nos últimos sete anos, os recursos para procedimentos como cirurgia oncológica, radioterapia, quimioterapia e iodoterapia, cresceram 87,5%, passando de R$ 1,6 bilhão em 2009, para R$ 4 bilhões em 2016.

Também é observado aumento de mamografias realizadas. Entre 2010 e 2016 registra-se um aumento de 35%, passando de três milhões para mais de quatro milhões de exames, sendo que 62,2% de mamografias em mulheres de 50 a 69 anos. Como o aspecto da mama muda com a idade, a realização de mamografia é mais efetiva no período pós-menopausa.

RADIOTERAPIA – O Ministério da Saúde firmou a compra dos 100 aceleradores lineares para todo o país. Serão priorizados novos serviços, desconcentrando a oferta dos serviços. Os projetos estão em andamento e serão executados dentro das atividades previstas do Plano de Expansão dos Serviços de Radioterapia. Cabe ressaltar que os aceleradores lineares são equipamentos de altíssima complexidade tecnológica e não podem ser instalados sem os devidos cuidados com a proteção radiológica. As instalações exigem espaço físico com características peculiares e distintas das construções tradicionais de estabelecimentos e unidades de saúde, uma vez que envolve, por exemplo, sistemas de climatização específicos, refrigeração da água, sistema elétrico diferenciado e maior espessura das paredes.

Nos últimos anos, observou-se uma crescente oferta da radioterapia no país. Em 2010, foram realizados 8,3 milhões procedimentos de radioterapia. Em 2016, realizou-se 10,45 milhões, um aumento de 25,9%. Vale ressaltar que essa ampliação também é resultado do investimento realizado pelo Ministério da Saúde na compra de aceleradores lineares por meio de convênios. Em 2016, foram realizados 26,5 milhões de procedimentos de radioterapia, quimioterapia e cirurgias oncológicas, além dos exames preventivos de mamografias e Papanicolau. Em 2017, entre janeiro até o momento, foram registrados 8,15 milhões de procedimentos. Atualmente, são 283 aparelhos de radioterapia no Brasil.

Fonte: www.saude.gov.br

COAP – POSIÇÃO DA CNM, CONASEMS E CONASS ACERCA DO PL 1645/17 E 2748/15

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) protocolaram nesta quarta-feira (18) ofício com o posicionamento das entidades sobre os Projetos de Lei nº 1645/15,  nº 2748/15 e Substitutivo, que tratam sobre o Contrato Organizativo de Ação Pública (COAP). O ofício foi encaminhado para os parlamentares da bancada da saúde, para o presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, deputado Hiran Gonçalves, e também para o Ministério da Saúde.

Foi apresentada junto ao documento uma análise técnica produzida pelas entidades, visando promover reflexões a respeito das proposições, assim como identificar potencialidades e lacunas. Também foi alvo de análise os possíveis impactos que a revisão do instrumento COAP pode gerar sobre a gestão municipal.

Confira o documento na íntegra.

Fonte: www.conasems.org.br

BRASIL E BOLÍVIA ASSINAM ACORDO DE COOPERAÇÃO EM SAÚDE NA ÁREA DE FRONTEIRA

s dois países mantêm diálogo constante sobre questões relacionadas à saúde. A cooperação busca identificar e resolver problemas que possam afetar as zonas fronteiriças da região

Brasil e Bolívia assinaram acordo de cooperação em saúde na área de fronteira. A cooperação entre os dois países foi firmada, nesta sexta-feira (6), em Brasília (DF), durante a visita do ministro das Relações Exteriores da Bolívia, Fernando Huanacuni. Do lado brasileiro, o acordo foi assinado pela secretária de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Gerlane Baccarin. Os dois países têm mais de 3.420 km de fronteira, que se estende por quatro estados brasileiros (Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia).

Por essa razão, a cooperação em matéria fronteiriça tem caráter estratégico. O “Acordo Interinstitucional Internacional em Matéria de Cooperação em Saúde na Fronteira” constitui um marco institucional para estimular esforços de coordenação na área de saúde na fronteira. Para implementá-lo, será criado um Grupo de Trabalho em Saúde na Fronteira Brasil-Bolívia, com o objetivo de identificar e propor soluções para questões de saúde que afetem as populações da zona fronteiriça dos dois países.

Além desse acordo, Brasil e Bolívia também têm cooperado em áreas como a capacitação em emergências de saúde, com transferência de tecnologias e conhecimentos do Sistema de Monitoramento de Emergência (SIME) brasileiro à Bolívia.

COOPERAÇÃO TÉCNICA – O Ministério da Saúde possui mais de 50 projetos de cooperação técnica internacional em andamento, e há mais de 70 projetos já concluídos. Com a Bolívia, está em negociação uma campanha de vacinação canina antirrábica conjunta, nos municípios bolivianos de Puerto Suarez e Puerto Quijarro. Em janeiro de 2017, o Brasil doou 70 mil doses de vacina de cultivo celular à Bolívia. O Ministério da Saúde do Brasil também apoiará o custeio de vacinadores do município de Corumbá (MS).

Fonte: www.saude.gov.br

CIT DISCUTE TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS DO FAEC PARA O MAC

A transferência de recursos financeiros do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC) para o MAC foi um dos principais temas da reunião da Comissão de Intergestores Tripartite (CIT), desta quinta-feira (28).

Foi pactuado a criação de um grupo de trabalho com representantes do Conasems e Conass para formulação de uma contraproposta. “Procedimentos como Mamografia e em especial cirurgias de glaucoma precisam de discussões de especificidades locais e debate nas CIB para uma nova programação”. A finalização para o glaucoma está prevista para outubro e demais procedimentos, para dezembro de 2017.

O projeto SUS Legis que consolida as portarias do SUS foi apresentado durante a reunião. De acordo com o professor Marcio Aranha na análise de mais de 17 mil portarias GM, menos de 5% traziam normas válidas para o funcionamento do SUS. “Elas serão substituídas por seis atos normativos, divididos em seis temas conforme sua função e utilização: organização e funcionamento do SUS, regras gerais da organização do sistema; políticas nacionais de saúde; redes e ações e serviços e financiamento”, explicou. (Saiba mais aqui).

A CIT também pactuou o Plano Operativo (2017-2019) da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais LGBT e o Plano Operativo (2017-2019) da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas no âmbito bem como a Minuta de Portaria que institui, para o ano de 2017, no âmbito do Componente de Vigilância Sanitária do Bloco de Financiamento de Vigilância em Saúde, repasse financeiro destinado à organização e fortalecimento do processo de descentralização das ações de Vigilância Sanitária – ANVISA. (Saiba mais aqui).

Além destes pontos de pauta, também foi pactuada a Minuta de Portaria que institui, para o ano de 2017, o repasse financeiro, referente ao Piso Variável de Vigilância Sanitária – PVVISA, destinado aos Estados e Municípios para fortalecimento das ações de Vigilância Sanitária relacionadas ao controle do risco sanitário nos estabelecimentos de Sangue, Tecidos e Células (STC) – ANVISA. (Confira aqui)

Foram apresentados os temas: Atualização sobre a situação das emergências em Saúde Pública para desastres – SVS/MS e Programa para o Fortalecimento das Práticas de Educação Permanente em Saúde no SUS – SGTES/MS. Os informes foram em relação a Serviços habilitados sem produção – SAS/MS, Política Nacional de Saúde Mental – SAS/MS, Panorama da situação e das estratégias de Controle do Aedes aegypti – SVS/MS.

Fonte: www.conasems.org.br