SENADO DEBATE POLÍTICAS DE SAÚDE

Senado Federal debate políticas de saúde

Ao seguir uma tendência mundial, o Brasil tem passado por processos de transição demográfica, epidemiológica e nutricional, desde a década de 60. Tais fatores resultam em mudanças nos padrões de ocorrência de patologias, com ênfase no aumento significativo da prevalência das doenças crônicas, como infarto, hipertensão arterial, câncer, diabetes. Neste contexto, visando fomentar o debate acerca de políticas e programas que trabalhem a prevenção e o controle das doenças crônicas, o Instituto Brasileiro de Ação Responsável promove, no dia 8 de agosto de 2013, o V Fórum Nacional de Políticas de Saúde no Brasil.

 

O evento, a ser realizado no Interlegis, Senado Federal, busca facilitar as interlocuções entre os gestores públicos e da iniciativa privada, nas discussões sobre políticas de saúde, que possam garantir a sustentabilidade do setor e o direito à assistência integral a saúde, com ações de prevenção das doenças, promoção da saúde e qualidade de vida. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site www.acaoresponsavel.org.br

Serviço: V Fórum Nacional de Políticas de Saúde

Data: 8 de agosto, quinta-feira, das 9 às 14h

Local: auditório Antônio Carlos Magalhães do Interlegis – Senado Federal (Brasília/DF)

Realização: Instituto Brasileiro de Ação Responsável

Coordenação: Agência de Integração à Saúde ,Meio Ambiente e Desenvolvimento

Social do Brasil – Íntegra Brasil – sob coordenação da doutora Edilamar Teixeira

Parceiras: Congresso Nacional; Ministério da Saúde; Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD; Agência Íntegra Brasil e Interlegis

Patrocínio: MSD, Sanofi, Medley e Bayer

Inscrições gratuitas pelo site www.acaoresponsavel.org.br

 

 

MAIS SOBRE O TEMA

 

O Plano de Ações estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022, lançado em 2011 pelo Ministério da Saúde, visa preparar o Brasil para enfrentar e deter, nos próximos dez anos, as doenças crônicas não transmissíveis, entre as quais o AVC, infarto, hipertensão arterial, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas. Importantes políticas de enfrentamento dessas doenças têm sido implantadas, como a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) que promove ações no campo da alimentação saudável, atividade física, prevenção do uso do tabaco e álcool.

 

Alinhado a esse propósito, ao Plano Brasil Maior, ao Plano Nacional de Saúde – PNS 2012-2015, e ao Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) no Brasil – 2011-2022, o V Fórum Nacional de Políticas de Saúde no Brasil, traz como tema principal a Política Nacional de Promoção da Saúde – PNPS, entendendo que debater e propor ações no campo da alimentação saudável, atividade física, prevenção do uso do tabaco e álcool, contribiu preventivamente para a melhoria das condições de vida e saúde do brasileiro.

Fonte: www.conass.org.br

MINSTÉRIO DESTINA R$ 579,1 MILHÕES PARA CIRURGIAS ELETIVAS

Estados e Municípios passam a contar com um reforço adicional de R$ 579,1 milhões para realização de cirurgias eletivas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O recurso será liberado pelo Ministério da Saúde em duas parcelas e deverá ser aplicado no prazo de um ano (de julho de 2013 a julho de 2014). De imediato, os gestores locais deverão receber R$ 231,6 milhões, 40% do valor total. A outra parcela, R$ 347,5 milhões, será liberada mediante análise da produção efetuada com o montante da primeira parcela.  

O objetivo do Ministério da Saúde é reduzir o espera para esse tipo de procedimento. Em 2012, foram realizadas pelo SUS 2,1 milhões de cirurgias eletivas. Em cinco anos, o país aumentou 43% o número de procedimentos deste tipo em relação a 2008, quando foram realizados 1,4 milhão de cirurgias. A Portaria  1.557, que estabelece as diretrizes e recursos por estado, foi publicada nesta quarta-feira (1°) no Diário Oficial da União.

As especialidades de maior demanda terão prioridade, como as cirurgias de catarata e ortopedia, que são as mais procuradas pelos usuários do SUS. Em 2012, foram realizadas em todo o país 457,5 mil cirurgias de catarata e 136,9 mil ortopédicas.

“O repasse de recursos vai possibilitar que os estados e municípios remunerem, de forma diferenciada, os seus prestadores, estimulando a realização de cirurgias eletivas”, explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O ministro lembrou que este adicional também vai permitir aos gestores locais a realização de mutirões. “Estamos trabalhando para ampliar a oferta de procedimentos e, com isso, reduzir o tempo de espera”, observa Padilha.

CIRURGIAS PRIORITÁRIAS – Os recursos serão repassados aos estados e municípios dentro do orçamento deste ano, para realização de cirurgias eletivas selecionadas como prioritárias, de acordo com as demandas apresentadas pelos estados. Do total de recursos a serem repassados de imediato (R$ 231,6 milhões), R$ 92,6 milhões são para realização de cirurgia de catarata e R$ 57,9 milhões para tratamento de varizes, cirurgias ortopédicas e nas áreas de urologia, oftalmologia e otorrinolaringologia, incluindo retirada de amígdalas. Outros R$ 81 milhões atenderão as demandas apresentadas pelos gestores estaduais, conforme a realidade de suas regiões.

Recursos destinados aos estados e municípios

 UF

Total Recurso

Acre

2.118.744,01

Alagoas

2.317.642,27

Amazonas

4.091.005,11

Bahia

20.709.165,00

Ceará

6.603.863,12

Distrito Federal

4.154.295,70

Goiás

19.676.795,39

Maranhão

2.461.664,02

Mato Grosso

3.103.818,36

Mato Grosso do Sul

2.580.329,93

Minas Gerais

45.605.282,34

Pará

4.203.932,74

Paraíba

3.939.461,09

Paraná

29.824.015,44

Pernambuco

8.522.795,19

Piauí

1.896.378,43

Rio de Janeiro

11.753.535,16

Rio Grande do Norte

2.992.722,66

Rio Grande do Sul

7.586.373,10

Rondônia

1.472.916,25

Roraima

110.067,50

Santa Catarina

7.731.364,48

São Paulo

33.567.241,70

Sergipe

1.496.287,01

Tocantins

3.132.183,07

Total

231.651.879,07

Fonte:www.saude.saude.gov.br

SANCIONADA LEI QUE ASSEGURA ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL

O governo federal anunciou, nesta quinta-feira (1,), a sanção, sem vetos, do projeto de lei n° 12.845 que prevê atendimento integral às vítimas de violência sexual em todos os serviços de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto, que foi aprovado por unanimidade no Congresso Nacional, transforma em lei as diretrizes já definidas pelo Ministério da Saúde, desde 2004, na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher. O texto entrará em vigor após 90 dias da publicação oficial.

O atendimento a vítimas de violência deve incluir o diagnóstico e tratamento de lesões, a realização de exames para detectar doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. A lei também determina a preservação do material coletado no exame médico-legal, além de prever o uso da anticoncepção de emergência (pílula do dia seguinte) em casos de estupro.

“Essas medidas já eram adotadas pelo SUS, transformando o que era uma recomendação em lei. Ou seja, os serviços passam a ter uma obrigação ainda maior de oferecer a crianças, adolescentes, pessoas com deficiência mental, homens e mulheres um atendimento humanizado, respeitoso”, esclarece o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O uso da anticoncepção de emergência é preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e visa reforçar os resultados já obtidos com o uso da pílula do dia seguinte pelo SUS. A oferta dobrou nos últimos quatro anos, passando de 513 mil cartelas em 2009 para 1 milhão em 2013. Com esta ação foi possível reduzir em 50% o número de abortos legais em cinco anos, quando em 2008 foram realizados 3.285 abortos passando para 1.626 em 2012. A estratégia do Ministério da Saúde tem como princípio a humanização do atendimento, a expansão das redes de atendimento das mulheres em situação de violência e a melhoria do acesso e da qualidade do atendimento.

A ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, reforça a importância da sanção do Projeto de Lei que garante à assistência a população em casos de violência sexual. “Esse projeto contribui para assegurar o atendimento e amenizar os danos causados às vitimas de violência sexual. Nós temos que ter solidariedade, humanidade, respeito com mulheres e crianças que sofrem violência sexual”, explicou.

O governo federal também anunciou que encaminhará projeto de lei para retificar dois artigos no texto aprovado pelo Congresso. Um deles é sobre o conceito de violência sexual e o segundo que estabelece, claramente, no inciso 4 do artigo 3º o uso e a administração da medicação com eficiência para gravidez resultante de estupro. “Do jeito que o texto estava poderia excluir, por exemplo, vitimas de estupro como crianças e pessoas com deficiência mental sem capacidade de discernimento do que é certo ou errado, com isso, poderiam ficar sem assistência psicológica, além do uso da medicação no tempo adequado para evitar gravidez em vitimas de estupro”, explica o ministro Alexandre Padilha.

Para o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, esta medida assegura que mais mulheres evitem recorrer ao aborto. “Esse projeto não abre brechas para o aborto. Essa ação que garante um apoio humanitário a vitima que passou por algum tipo de tortura. Estamos evitando que as pessoas venham a aderir à prática de realizar abortos legais. Estamos corrigindo o projeto para evitar dúvidas na interpretação do projeto, investindo num apoio humanizado”.

ASSISTÊNCIA – Nos últimos anos, o número de serviços de atenção à violência sexual vem apresentou aumento em 760%, passando de 82 serviços, em 2002, para 625 em 2012. O Ministério da Saúde também vem intensificando a qualificação dos profissionais de saúde que atuam nos serviços de atendimento aos agravos decorrentes de violência sexual. Entre as ações do governo federal deste ano, está o decreto que integra o atendimento às vitimas de violência sexual realizado por profissionais da segurança pública e do SUS.

A iniciativa humaniza o atendimento, além de agilizar a emissão de laudos periciais. As ações são realizadas em parceria entre os ministérios da Saúde e da Justiça, com apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, e integram o programa federal “Mulher: Viver sem Violência”, lançado em março. Até 2014, serão investidos R$ 265 milhões na integração e melhoria de serviços de proteção as vitimas de violência sexual.

O Programa garante desde o atendimento à atenção psicossocial, defensoria, procuradoria, atendimento humanizado, espaço de convivência, brinquedoteca (para as crianças da mulher que é atendida) e orientação profissional para a autonomia econômica.

Fonte: www.saude.saude.gov.br