VACINAÇÃO CONTRA RAIVA É SUSPENSA PREVENTIVAMENTE EM TODO O PAÍS


O Ministério da Saúde decidiu, nesta quinta-feira (7), suspender preventivamente as campanhas de vacinação de cães e gatos contra raiva animal em todo o país. A decisão foi tomada após resultados preliminares de investigação laboratorial informados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O Ministério da Saúde recebeu a análise parcial nesta quarta-feira (6).

A investigação laboratorial, realizada com cobaias, indicou a ocorrência de efeitos graves e mortes depois da vacinação que, até então, não eram previstos na literatura científica disponível. Com base nesses resultados, como medida cautelar, o MAPA recomenda a interrupção temporária do uso da vacina, até que a investigação laboratorial seja concluída. Entre os efeitos que não eram previstos e que foram observados estão hemorragia, dificuldade de locomoção, hipersensibilidade de contato e intensa prostração. Vale ressaltar que os resultados laboratorias preliminares indicam alterações ocorridas apenas nas amostras colhidas nos estados. Essas alterações não haviam ocorrido nos testes iniciais feitos pelo MAPA para a liberação da vacina, nem na contraprova de amostras mantidas em estoque.

De acordo com o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, as informações sobre ocorrência de mortes e casos graves disponíveis até a última quarta-feira não eram suficientes para suspender a vacinação. Segundo Hage, embora os dados laboratoriais parciais ainda não sejam suficientes para afirmar a real causa das mortes, elas estão associadas temporalmente à vacina, pois os sintomas nos animais começaram em até 72 horas após a aplicação, além de ter ocorrido aumento de notificações por parte dos estados, nesta semana.

“Até então, tínhamos relatos de mortes e casos graves nos estados, mas sem evidências de estudos controlados em laboratório. Agora que temos essas informações, mesmo que preliminares, decidimos suspender a vacinação preventivamente, até que os estudos sejam concluídos”, explica Eduardo Hage.

A vacina que está sendo analisada é a RAI-PET®, produzida pelo laboratório Biovet, que desde 2003 tem registro no MAPA – responsável pela realização de testes de qualidade nas vacinas utilizadas em animais. Para a campanha de vacinação antirrábica em cães e gatos de 2010, o Ministério da Saúde comprou 30,9 milhões de doses da vacina, por R$ 23,4 milhões.

Do total de doses, já foram distribuídas 22,6 milhões aos estados. Atualmente, o Ministério da Saúde tem 7,3 milhões de doses da vacina em estoque. Com a recomendação de suspender a campanha, as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde devem manter as vacinas acondicionadas em ambiente refrigerado, entre 2 e 8 graus centígrados, até a conclusão dos estudos em andamento.

NÚMEROS NACIONAIS – Desde julho, a vacinação já foi iniciada em 22 estados e no Distrito Federal. Foram vacinados 7,9 milhões de animais. A meta é vacinar 28,5 milhões de cães e gatos.

De 12 de agosto a 6 de outubro, as Secretarias Estaduais de Saúde notificaram ao Ministério 1.401 eventos graves envolvendo animais, dos quais 217 mortes, ocorridas no Distrito Federal, Espírito Santo, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins. Nesses 11 estados e no DF, foram imunizados, até 6 de outubro, 5,8 milhões de cães e gatos.

O monitoramento dos eventos adversos graves vem sendo realizado pelo Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, desde a notificação das primeiras ocorrências, no Rio de Janeiro e em São Paulo. De acordo com a literatura científica, são consideradas reações graves, após a vacinação de animais, somente a anafilaxia (reação sistêmica à vacina) e a morte. Outras reações são consideradas normais, como dor e pequeno inchaço no local da aplicação (consideradas leves); e letargia, febre e sonolência (moderadas).

A vacina utilizada até o ano passado, a Fuenzalida & Palacios, assegurava proteção durante seis a sete meses. Por isso, nas áreas de maior risco (regiões Norte e Nordeste), eram realizadas duas campanhas anuais. A vacina RAI-PET assegura proteção durante um ano, o que levaria à realização de apenas uma campanha anual.

SOBRE A RAIVA – A raiva é uma doença viral transmitida ao homem quando um animal infectado o morde, lambe ou arranha. Os principais transmissores são os cães, gatos, saguis e morcegos. Como não é possível imunizar animais que vivem na natureza, a campanha de vacinação de cães e gatos é a principal forma de prevenir os casos da doença em humanos, que tem letalidade altíssima, próxima de 100%. Somente três casos no mundo conseguiram sobreviver – um deles foi um rapaz do interior de Pernambuco, em 2008.

Em 2010 foram notificados dois casos de raiva humana no Brasil – um no Rio Rio Grande do Norte, por ataque de morcego, e outro no Ceará, por ataque de cão. Os dois pacientes morreram.
De 1990 a 2009, o número de casos de raiva humana, considerando todas as espécies agressoras, caiu drasticamente – de 73 para 1. A partir de 2005, a intensificação das ações de vigilância permitiu uma redução ainda mais acentuada (veja tabela).

1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
73
70
59
50
22
31
25
25
29
26
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
26
21
10
17
30
44
9
1
3
2

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/casos_conf_raiva_hum_1990_2010.pdf  

O QUE FAZER – Ao identificar que cães e gatos estão com suspeita de raiva, os donos devem isolar os animais e chamar ajuda especializada, que pode ser a de técnicos do centro de controle de zoonoses local ou a de um veterinário da secretária municipal de saúde para que as providências adequadas sejam adotadas. Se a pessoa for agredida por qualquer animal, deve-se lavar imediatamente a ferida com água e sabão e procurar um profissional de saúde para obter orientações sobre indicação de profilaxia antirrábica (vacina e/ou soro).
Quando a agressão for por cães ou gatos, os animais deverão ser confinados por dez dias após a agressão, para observação de sintomas da doença e, se o animal morrer, deve-se informar o departamento de zoonoses do município imediatamente.

Caso seja detectada a presença de morcegos na região, deve ser realizada a notificação aos órgãos da saúde e agricultura local para adoção de medidas de controle e prevenção, como: iluminar áreas externas nas residências, colocar telas nos vãos de dilatação de prédios, janelas e buracos e fechar ou vedar porões, pisos falsos e cômodos pouco utilizados que permitam o alojamento de colônias deste mamífero.

Fonte: Ministério da Saúde

CAMPO GRANDE DEFINE AÇÕES PARA REDUZIR MORTES NO TRÂNSITO

 

Campo Grande será a primeira capital selecionada para o Projeto Vida no Trânsito a realizar o planejamento local das ações para reduzir o número de feridos e mortos nas vias urbanas. Nos dias 7 e 8 de outubro, representantes da prefeitura e integrantes da Comissão Nacional do Projeto reúnem-se para traçar um diagnóstico local da mortalidade no trânsito e definir as ações prioritárias para os próximos dois anos. Neste período, a prefeitura deve desenvolver ações de prevenção de lesões e mortes no trânsito e de promoção da cultura de paz e segurança viária.

A reunião terá representantes de diversos ministérios, como os da Saúde, Transportes, Cidades, Justiça, Secretaria Geral da Presidência da República, Secretaria Especial de Direitos Humanos, Secretaria Nacional da Juventude, além da Casa Civil e Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), entre outros parceiros.

Lançado no dia 18 de junho de 2010, o Projeto Vida no Trânsito é resultado de uma ação interministerial, desenvolvida em parceira com a Organização Mundial da Saúde (OMS), Opas e a Bloomberg Philanthropies, fundação internacional de promoção de atividades na área social. No Brasil, além de Campo Grande, integram o projeto as cidades de Teresina (PI), Palmas (TO), Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR).

PROGRAMAÇÃO – Na manhã do dia 7, o município de Campo Grande apresentará à comissão um panorama da situação relacionada às lesões e óbitos no trânsito, bem como a estrutura para o controle do tráfego na cidade, fiscalização e detecção de infrações e emissão de multas. Também serão conhecidos os sistemas de informação utilizados pelos órgãos da prefeitura para o monitoramento do trânsito e o impacto na área da saúde.

À tarde, a prefeitura apresentará os principais problemas a serem trabalhados na capital e iniciará o planejamento das ações locais, que será finalizado na manhã de sexta-feira, dia 8. As discussões serão entre 8h e 17h, na sala de reunião da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), na Avenida Gury Marques, 2.395, Bairro Universitário.

NO BRASIL – O Projeto Vida no Trânsito terá duas etapas, sendo que a primeira começa este ano e se estende até 2012. A segunda etapa será realizada entre 2013 e 2015. Até lá, as cidades selecionadas devem desenvolver experiências relacionadas ao trânsito e que possam ser reproduzidas por outras cidades brasileiras. Os municípios selecionados deverão, em um prazo de dois anos, planejar e implementar ações que reduzam as lesões e mortes provocadas pelo trânsito, além de estruturar mecanismos de monitoramento e avaliação das atividades e dos resultados alcançados.

Para nortear o planejamento das ações da primeira etapa, foram eleitos dois fatores de risco prioritários: associação entre direção e bebida alcoólica e o excesso ou inadequação da velocidade. Os municípios poderão acrescentar outros fatores de risco, de acordo com a realidade local.

A seleção e avaliação das capitais que integram o projeto incluíram critérios epidemiológicos e estruturais, como os altos índices de lesões e óbitos no tráfego urbano, fatores de risco como consumo de álcool antes de dirigir e precariedade da infraestrutura urbana, como a falta de faixa de pedestre. Também foram incluídas nos critérios a existência de programas de prevenção no município e a capacidade técnica e operacional para o desenvolvimento das atividades. Além disso, durante as visitas de avaliação, feitas por um grupo interministerial, as prefeituras assumiram o compromisso político de dar prioridade às ações do projeto.

No mundo, a ação global é chamada Road Safety in 10 Countries (RS 10), coordenada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Opas e Bloomberg Philanthropies. Além do Brasil, participam nove países: Rússia, Turquia, China, Egito, Índia, Camboja, Quênia, México e Vietnã.

Fonte: Ministério da Saúde

MINISTÉRIO DA SAÚDE LANÇA PROTOCOLOS DE 33 DOENÇAS

ACORDO COM BANCO MUNDIAL NA ÁREA DE AIDS INOVA

 

O Ministério da Saúde e o Banco Mundial (BIRD) assinaram acordo, nesta terça-feira (5), para financiar o projeto Aids-SUS. O objetivo é ampliar ações relacionadas à aids e outras doenças sexualmente transmissíveis (DST). O acordo prevê um empréstimo de US$ 67 milhões, pelo BIRD, e uma contrapartida nacional de US$ 133 milhões – totalizando US$ 200 milhões. A novidade dessa parceria em relação às anteriormente firmadas entre as duas partes é que, a partir de agora, o repasse de recursos aos estados e municípios será condicionado ao cumprimento de metas escalonadas até 2014.

Assinaram o acordo a secretária-executiva do Ministério da Saúde, Márcia Bassit, e o diretor do BIRD para o Brasil, Makhtar Diop. Bassit falou sobre a importância do acordo tanto para a gestão dos recursos quanto para os resultados esperados. “Esse novo acordo está focado no aperfeiçoamento da governança. Agora, os repasses financeiros estão condicionados ao cumprimento de metas. É um aperfeiçoamento semelhante ao que foi adotado pelo Ministério da Saúde desde que o ministro José Gomes Temporão assumiu a Pasta, ou seja, uma gestão baseada em resultados”, disse a secretária.

A nova parceria com o BIRD prioriza a melhoria do acesso aos serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento do HIV e outras DST. A proposta inovará ao implementar diferentes modalidades de incentivos aos estados e municípios, tais como o financiamento de bolsas, sistemas de premiação e sanções baseadas no alcance de resultados, além da premiação de soluções administrativas inovadoras. Em relação ao financiamento de projetos executados por organizações não governamentais, os instrumentos de contratação serão aprimorados. Também será medido o alcance de objetivos dos projetos.

O Aids-SUS prevê metas como o aumento do acesso ao diagnóstico e de preservativos pelas populações mais vulneráveis (gays, profissionais do sexo e usuários de drogas) e o aumento da capacidade de execução financeira e de metas pelo Ministério e secretarias estaduais e municipais de saúde. Além disso, destaca-se a implantação de mecanismos que aumentem a transparência e responsabilização dos governos locais, tais como maior divulgação em sites dos dados epidemiológicos, orçamentários e financeiros. A iniciativa prevê, ainda, o aumento da testagem entre gestantes para sífilis e HIV.

O Banco Mundial já repassou quase US$ 500 milhões para o Brasil, em três empréstimos anteriores, firmados desde 1993. Em termos de volume financeiro, o valor do novo acordo representará menos de 2% do orçamento do Ministério da Saúde para ações de DST/aids no país em 2011.

Fonte: Ministério da Saúde

DOURADOS VAI PARTICIPAR DA CAMPANHA “OUTUBRO ROSA”

A cidade de Dourados está entre as diversas cidades de todo o Brasil que aderiram à campanha "Outubro Rosa", que tem o objetivo de combater o câncer de mama entre as mulheres.

O movimento começa hoje na Rua João Rosa Goes, 696, a partir das 18h30, ocasião em que serão acesas diversas luzes rosas, cor que simboliza o movimento de prevenção.

Após a abertura da campanha acontece uma mesa redonda sobre a doença, com a presença de médicos especialistas na área.

“Entendemos a complexidade da doença, bem como a necessidade do diagnóstico precoce, e de conhecimento para a melhor possibilidade de cura”, diz a presidente da ACCGD (Associação de Combate ao Câncer da Grande Dourados), Virgínia Magrini.

A campanha continua por todo o mês de outubro, oferecendo atendimento à população e promovendo a conscientização sobre a necessidade de prevenção da doença.

CORUMBÁ INICIA OPERAÇÃO DE COMBATE À DENGUE

Corumbá inicia nesta semana, uma mega operação de combate à dengue que vai envolver Ladário e as cidades bolivianas de Arroyo Concepcion, Puerto Quijarro e Puerto Suarez.

A ação será desencadeada pela prefeitura corumbaense, coordenada pela Secretaria Executiva de Saúde Pública, ligada à pasta da Secretaria Municipal de Ações Sociais.

Os trabalhos começam amanhã, 5 de outubro, pela região central da cidade, com visita a 40 imóveis fechados ou desocupados, além de terrenos baldios, para eliminação de focos da doença.

A ação será semelhante aos trabalhos desenvolvidos a partir do final do ano passado e no primeiro semestre de 2010, envolvendo um grande número de parceiros, para evitar que a região volte sofrer uma epidemia da doença, a exemplo do que ocorreu em 2009.

O primeiro passo, em Corumbá, será visitar estes 40 imóveis, trabalho que será desenvolvido por duas equipes. O mutirão de limpeza contará com participação da Vigilância Sanitária, responsável pela abertura dos imóveis e autuação dos proprietários.

"Dois caminhões nos auxiliarão para retirada do lixo. Além disso, vamos fazer limpeza, tratamento e instalação de capas em reservatórios", afirmou Viviane Ametlla, gerente de Vigilância em Saúde da Prefeitura.

Os imóveis que serão visitados pela equipe um estão localizados nas ruas Manoel Cavassa, números 431 e 420; Ladeira Cunha e Cruz, 143; Alameda Portigual, 44 – 1 e 44 – 2; Euricles Campos, 10 e 10 – 1; General Rondon, 375, 01, 10, 621, 587 (quatro imóveis), e imóvel sem número no quarteirão 11; Antônio João, 107 e 163, e Tiradentes, 166.

A equipe dois vai visitar imóveis localizados na Alameda Portugal números 04, 67, 81 e 72; Euricles Campos, 31 e 42; General Rondon, 246; Manoel Cavassa, 423; Tiradentes, 166 (1 e 2); Delamare, 577 e 571, e na rua 13 de Junho, números 562 (três imóveis), 612, 600 (dois imóveis), 720 e 734.

A mega ação é fruto de uma parceria entre as Prefeituras de Corumbá e Ladário, e a Alcadia de Puerto Quijarro, com apoio do Exército Brasileiro, Marinha do Brasil, Quinto Distrito Naval "Santa Cruz", Alcadias de Arroyo Concepcion e Puerto Suarez, Polícia Ambiental, Embrapa Pantanal, Comitê Municipal no Combate a Dengue, ANVISA, Conselho Municipal do Meio Ambiente, PrevFogo, Corpo de Bombeiros, Sanesul, Unipav, Votorantim, Agesa, Andorinha cargas, Sanesul, Conselho Municipal de Saúde, Ministério Público Federal, entre outros.

 
 Fonte: Site ASSOMASUL

 

 
 
 
 
 

COMPRA DE TAMIFLU NÃO TEVE QUALQUER IRREGULARIDADE

 

A Controladoria Geral da União (CGU) divulgou nesta quinta-feira (30/09) resultado de auditoria que realizou nos contratos firmados entre o Ministério da Saúde e a empresa Roche, única fabricante mundial do antiviral fosfato de oseltamivir, conhecido comercialmente por Tamiflu. Após analisar oito processos de aquisição do medicamento, a CGU concluiu que “tudo ocorreu dentro da normalidade, sem quaisquer irregularidades, seja quanto às quantidades adquiridas, seja quanto ao preço, seja, ainda, quanto ao fornecedor, que, aliás, é o único fabricante mundial”.

Em 2009, em meio à pandemia de H1N1, o Ministério da Saúde adquiriu medicamentos suficientes para tratar 14,5 milhões de pessoas contra a gripe H1N1. Além de garantir a proteção da população para aquela pandemia, a compra também foi importante para recompor os estoques do medicamento, que também é o único existente para tratar outras gripes mais letais, como a aviária (mata 70% dos infectados). Desde 2005, a Organização Mundial da Saúde recomenda que todos os países mantenham estoque deste medicamento para uma eventual pandemia mais agressiva.

A conclusão da CGU reforça as informações que vem sendo fornecidas pelo Ministério da Saúde de que a quantidade de medicamentos adquiridos foi definida a partir de critérios exclusivamente técnicos e de que não houve qualquer intermediação na compra.

Leia o trecho do parecer da CGU que discorre sobre a compra do Tamiflu:

Compra do Tamiflu

Com relação à compra, pelo Ministério da Saúde, do Tamiflu, medicamento utilizado para o enfrentamento da pandemia da gripe H1N1, a CGU analisou oito processos de aquisição de cápsulas para uso final e de insumos para sua fabricação, concluindo que tudo ocorreu dentro da normalidade, sem quaisquer irregularidades, seja quanto às quantidades adquiridas, seja quanto ao preço, seja, ainda, quanto ao fornecedor, que, aliás, é o único fabricante mundial.

Sem possibilidade de disputa entre fornecedores, com preços previamente estabelecidos e internacionalmente divulgados pelo único laboratório fabricante, e adquirido nas quantidades recomendadas pela Organização Mundial de Saúde no âmbito de uma pandemia, não se vislumbrou qualquer espaço ou oportunidade para a alegada cobrança de propina no processo de aquisição desse medicamento, tal como denunciado por alguns órgãos da imprensa. Além disso, todo o processo de compra foi conduzido pelo Ministério da Saúde, sem qualquer participação de outras áreas do Governo.

Leia a íntegra do parecer no site da CGU:

http://www.cgu.gov.br/Imprensa/Noticias/2010/noticia11010.asp

Fonte: Site Ministério da Saúde

APROVADO O TEMA DA 14ª CONFERÊNCIA NACIOANAL DE SAÚDE

     Foi realizada, em21/09/10, mais uma reunião entre a Mesa Diretora do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

     Nesta reunião a  Mesa Diretora do Conselho Nacional de Saúde  apresentou ao Ministro o tema da 14ª Conferência Nacional de Saúde aprovado pelo Pleno na 213ª Reunião Ordinária, que será realizada em 2011 – “Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social – Política Pública, Patrimônio do Povo Brasileiro ”.

     A 14ª Conferência Nacional de Saúde acontecerá entre 30 de novembro e 04 de dezembro de 2011, em Brasília, e as etapas municipais devem ser iniciadas no mês de março. A proposta da Conferência é priorizar o debate nos Estados e municípios com o objetivo de qualificar as discussões e trazer para a Conferência a realidade do Sistema Único de Saúde pelo País.

    Fonte: Site CNS

BRASIL PRODUZIRÁ NOVO MEDICAMENTO COM BASE BIOTECNOLÓGICA

 

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou nesta terça-feira (28), um acordo de R$ 1,25 bilhão para a transferência de tecnologia em biotecnologia entre a multinacional americana Pfizer, a israelense Protalix e o Ministério da Saúde, por meio do laboratório público Biomanguinhos. Em cinco anos, o medicamento para o tratamento da doença de Gaucher, taliglucerase alfa, passará a ser produzido pelo laboratório brasileiro. O valor representa o total de compras para o tratamento dos pacientes atendidos pelo SUS (R$ 250 milhões por ano). O acordo, portanto, garante a aquisição do produto, a transferência de tecnologia e deve gerar uma economia de R$ 70 milhões aos cofres públicos no período. A Pfizer detém os direitos comerciais do produto em todo o mundo, exceto em Israel.

Temporão está nos Estados Unidos, onde comanda uma missão empresarial para incentivar investimentos e parcerias do setor produtivo dos EUA com o complexo industrial da saúde do Brasil. “O mais importante dessa parceria é tipo de conhecimento embutido. O medicamento, taliglucerase alfa, é uma enzima, ou seja, produzido por um processo biológico. A partir do domínio dessa plataforma de produção, o Brasil se capacita a produzir outros produtos do gênero”, afirma o ministro.

Um dos principais problemas que o país vivencia hoje, explica o ministro, é a dependência de tecnologia e conhecimento na produção de insumos para a saúde. Ele explica que, nos últimos anos, metade dos registros dos medicamentos inovadores tinha a biotecnologia como base tecnológica. Desta forma, entende-se que a área aponta para a nova trajetória do setor e a principal aposta deste mercado.

A produção do medicamento em território brasileiro é estratégica para o tratamento dos pacientes diagnosticados com a doença de Gaucher. Até agosto, o único medicamento com registro no Brasil e que poderia ser comprado pelo governo federal para atender a esses pacientes era a imiglucerase. Contudo, o remédio está em falta em todo o mundo desde que o único produtor mundial (a Genzyme) comunicou, em julho de 2009, a suspensão temporária da fabricação do remédio depois de contaminação de seus equipamentos por um vírus. Para isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu autorização antecipada de compra e distribuição da taliglucerase alfa antecipadamente. A expectativa é que o registro final deve ocorrer em fevereiro, assim como em países como os Estados Unidos.

“Ao longo dos cinco anos de vigência do acordo, o Ministério da Saúde economizará R$ 70 milhões. Estamos utilizando o poder de compra do governo federal para garantir a assistência aos pacientes, para capacitar o país em tecnologia e para gerar economia aos cofres públicos”, afirmou Reinaldo Guimarães, secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde. Segundo ele, outras negociações estão em curso com empresas americanas. Com a MSD (Merck & CO.), por exemplo, está sendo negociado a transferência de tecnologia do medicamento Raltegravir, que foi introduzido no coquetel contra aids oferecido pelo SUS, em 2009. O acordo se aproxima dos R$ 250 milhões por ano. O medicamento tem patente válida até 2019, e o processo de transferência de tecnologia deve terminar quatro anos antes, sendo, portanto, uma importante contribuição para garantir a sustentabilidade do programa DST/Aids do Brasil.

Outras três parcerias público-privadas foram anunciadas nesta terça-feira. Trata-se de medicamentos para esclerose múltipla (BetaInterferona 1ª, parceria entre Ache – Biosintética e Biomanguinhos), antiasmático (Formoterol + Budesonida, parceira entre Chemo e Farmanguinhos) e imunosupressor (Sirolimo, parceria entre a Libbs e Farmanguinhos). Todas somam R$ 350 milhões. O Ministério da Saúde articulou desde 2009 um total de 20 acordos de transferência de tecnologia, para 25 produtos, envolvendo nove laboratórios públicos e 17 privados (sete estrangeiros e dez nacionais). Além de incentivar a produção nacional, representam uma economia de R$ 250 milhões.

MISSÃO OFICIAL – O anúncio da parceria é parte da Missão Oficial de Cooperação Bilateral e Empresarial Brasil – Estados Unidos na Área de Saúde, comandada pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que segue até a próxima quinta-feira (29), como parte dos esforços empreendidos pelo governo brasileiro para fortalecer a indústria de saúde no País.

Desde 2008, essa é a quarta missão empresarial liderada pelo ministro Temporão, que já esteve na Índia, no Reino Unido e na China. Os países que estão entre os maiores produtores de medicamentos e insumos para a saúde.

Na última sexta-feira (24), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e sua correlata nos Estados Unidos – FDA (Food and Drug Administration) firmaram, na capital americana, um acordo de confidencialidade para a troca de informações. Na prática, a medida contribuirá, por exemplo, para agilizar o registro de medicamentos, diminuir a necessidade de inspeções e acelerar a avaliação sobre retirada de produtos do mercado.

Fonte: Ministério da Saúde

BRASIL LIDERA REAÇÃO DAS AMÉRICAS CONTRA O FUMO

 

O Ministério da Saúde do Brasil conseguiu aprovar nesta quarta-feira (29) na Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) uma resolução para que os países do continente se unam contra as manobras da indústria do tabaco. O texto, apresentado pelo ministro José Gomes Temporão na reunião do Conselho Diretor da OPAS, em Washington, Estados Unidos, representa uma reação das Américas contra as ações adotadas pelo setor tabacaleiro. A medida permite que os países possam se preparar ou ajudar as autoridades de saúde pública na proteção de sua população. A indústria do tabaco tem buscado na Justiça local, nos tribunais e organismos internacionais impor obstáculos às medidas de controle de exposição das pessoas ao fumo.

O texto aprovado pela Opas reforça a necessidade de que os países adotem as diretrizes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, um tratado internacional assinado por mais de 190 países e que está em vigor desde 2005, sob os amparo da Organização Mundial de Saúde. A convenção prevê, entre outras ações, a implementação de leis rígidas para banir o fumo em ambientes coletivos, a disseminação de advertências sanitárias fortes nas embalagens dos produtos, a restrição da propaganda e do patrocínio de eventos culturais e esportivos por marcas de cigarros. No caso específico do Brasil, tais ações são importantes para impedir o avanço do consumo dos produtos do tabaco.

Pela resolução brasileira, os países americanos rechaçam, em conjunto, as medidas adotadas pelas empresas do tabaco quando interferem ou criam obstáculos para as ações de saúde pública. Com o objetivo de ampliar o potencial dessa união continental, será promovido, por meio da OPAS, o monitoramento, que colocará em evidência as estratégias da indústria. A ideia é que, por uma comunicação conjunta e ágil, os países consigam reduzir a eficácia das estratégias da indústria e fortalecer as medidas regionais antitabagistas.

A proposta brasileira é uma reação à indústria do tabaco, que vem buscando por meio da Justiça e foros internacionais de comércio combater as leis e medidas do poder público contra o fumo. Em relação ao Canadá, as empresas questionam internacionalmente a lei que proibiu o uso de flavorizantes nos produtos do tabaco. No Uruguai, o embate nos tribunais nacionais e internacionais é contra a medida que vetou a utilização de mais de uma apresentação comercial por marca, que davam enganosa a impressão de haver variedades menos nocivas do produto. No Brasil, a indústria tabagista tentou, em 2008, evitar a utilização das novas advertências sanitárias nas embalagens dos produtos de tabaco.

“Com esse movimento, espera-se que os países das Américas continuem a obter resultados positivos na redução do consumo de tabaco”, afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O Brasil é hoje um dos principais atores no combate ao tabagismo no mundo. Uma pesquisa do IBGE, em parceria com o Ministério da Saúde, visitou 50 mil casas no Brasil, em 2008, e mostrou que a queda no consumo de tabaco entre 1989 e 2008 foi de quase 50%.

A pesquisa é resultado de uma ação realizada em 14 países, coordenada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Três em cada quatro entrevistados disse que viu, ouviu ou leu alguma informação sobre os riscos do tabaco para a saúde no mês anterior à pesquisa. Quase 100% responderam que sabem que o fumo causa doenças muito graves, como o câncer de pulmão, o infarto do coração e o derrame. Além disso, os entrevistados estão cientes de que até mesmo estar ao lado de quem está fumando faz mal.

Entre as medidas adotadas nos últimos anos no Brasil estão: a proibição de publicidade do tabaco, o aumento de impostos sobre o produto e a inclusão de advertências mais explícitas sobre os efeitos danosos do fumo nos maços. O Ministério da Saúde apoia ainda um projeto de lei que tramita no Congresso para acabar, de vez, com os fumódromos nos ambientes fechados e de uso coletivo.

Fonte: Site Ministério da Saúde