Em apenas 4 meses Mato Grosso do Sul supera o número de casos prováveis de dengue de todo o ano passado

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde, este ano Mato Grosso do Sul já registrou 31.140 casos prováveis de dengue, 4.592 casos mais que todo o ano de 2022, que contabilizou 26.548 casos.

De todos os suspeitos, 14.854 casos foram confirmados, sendo que 16 evoluíram para óbito e 5 estão em investigação. Os dados são até 18/04, semana epidemiológica nº15.

A pauta foi amplamente discutida na região da CIB-Comissão Intergestores Tripartite, realizada nesta quinta (20), em Campo Grande, com a presença dos gestores municipais de saúde.

“Esta é a segunda semana que estamos em queda de casos, devido a diminuição das chuvas. Mas a situação ainda é muito preocupante, 68 municípios estão em alta incidência, importante que todos os municípios estejam atentos para fazer a notificação, lançamento no sistema e o correto atendimento para evitar os óbitos”, conta José Lourenço Braga Liria Marin, Presidente do COSEMS/MS e Secretário de Cassilândia.

Presente da CIB, o Secretário Estadual de Saúde, Dr. Maurício Simões Corrêa,  fez um apelo aos gestores “ainda não passamos pelo pico da epidemia da dengue e está chegando o inverno, e com ele o aumento das síndromes gripais, ainda estamos com baixa cobertura vacinal para as doenças respiratórias, que podem ser evitadas com a vacina, precisamos aumentar a cobertura para que não pressione ainda mais toda a rede assistencial”.

Sobre a distribuição do inseticida utilizado no fumacê, o coordenador estadual de Controle de Vetores da SES, Mauro Lucio Rosa, explica “recebemos ontem um ofício do Ministério informando que a previsão de chegada no país do Cielo UVL será em maio, mas até que chegue aos municípios vai mais um tempo. Estamos ansiosos por conta da falta do insumo, mas precisamos entender que o inseticida é paliativo, não elimina ovos, larvas e nem pupas. Só elimina o mosquito se impregnar todo o corpo dele. A melhor ferramenta é o manejo ambiental, não devemos deixar o mosquito nascer”.

“A dengue é um conhecido antigo, a maioria dos focos estão nos quintais, enquanto a população realmente não olhar seus quintais vamos continuar e enfrentar a doença. Infelizmente nossos agentes de saúde se deparam com cada cenário que é inacreditável”, complementa José Lourenço, Presidente do COSEMS/MS.