Cuiabá está entre as capitais brasileiras que menos consomem frutas e hortaliças. Apenas 20% da população consomem 400 gramas ou mais desses alimentos diariamente. As outras capitais da região apresentam alto consumo de frutas e hortaliças em relação ao índice nacional (24,1%). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ingestão necessária é de pelo menos 400 gramas desses alimentos diariamente. Para estimular o consumo da alimentação saudável capaz de promover mais qualidade vida, reduzindo a obesidade, diabetes, hipertensão e outras doenças, o Ministério da Saúde lançou o livro Alimentos Regionais Brasileiros. A publicação traz dicas de como cozinhar com mais saúde e pratos típicos de cada região do país.

Confira os dados da pesquisa na apresentação

“A diversidade culinária e variedade de frutas e hortaliças do Brasil possibilita à população manter uma alimentação saudável. O livro Alimentos Regionais é um marco importante no compromisso do governo brasileiro para priorizar a alimentação segura e mais saudável, valorizando a cultura e os saberes das práticas regionais”, destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Os dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2014) mostram que o Distrito Federal, com 29%, Campo Grande (26%) e Goiânia (25%) estão entre as 10 capitais brasileiras que mais consomem frutas e hortaliças em cinco ou mais dias da semana.

Além de frutas e hortaliças, o Vigitel traz ainda outros dados importantes sobre a alimentação dos brasileiros. O estudo mostra que 29,4% da população ainda consome carne com excesso de gordura. Apenas o Distrito Federal apresenta índice (29,3%) semelhante ao nacional. No entanto, entre as oito capitais com o maior índice de carne com gordura, três estão na região Centro-Oeste: Goiânia (36,8%), Campo Grande (39,7%) e Cuiabá (43,7%).

A pesquisa apontou também que o brasileiro tem diminuído a ingestão de refrigerante. O consumo desse produto diminuiu 20% nos últimos seis anos. No entanto, mais de 20,8% da população faz uso de refrigerantes cinco vezes ou mais na semana. No Centro-Oeste, Campo Grande e o Distrito Federal estão entre as que menos consomem o produto, sendo 18% e 19% respectivamente. Já Goiânia (27%) e Cuiabá (26%) estão entre as oito capitais que abusam do consumo desse produto.

Quando se trata do alimento mais consumido pelos brasileiros, o Vigitel mostrou que o consumo regular de feijão em cinco ou mais dias na semana é de 66%. O Centro-Oeste é uma das regiões que apresentam maior consumo de feijão em todas as suas capitais, em relação à média nacional. Goiânia é a capital, da região, que mais consome, com 81,3%. Seguido pelo Distrito Federal (79,2%), Cuiabá (77,6%) e Campo Grande (72,7%).

ALIMENTOS REGIONAIS – Desenvolvido como complemento do Guia Alimentar para a População Brasileira, lançado em novembro de 2014, o Alimentos Regionais Brasileiros pretende incentivar especialmente o aumento do consumo de frutas, legumes e verduras. A publicação faz parte da premissa principal do Guia Alimentar que é a de a base da alimentação seja feita com alimentos frescos (frutas, carnes, legumes) e minimamente processados (arroz, feijão e frutas secas), além de recomendar que sejam evitados os produtos ultraprocessados (como macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote e refrigerantes).

Além de orientar sobre o tipo de alimento (características e uso culinário), o Alimentos Regionais traz informações de como comer e preparar a refeição, uma lista de possíveis substituições para as preparações desenvolvidas, ressaltando a diversidade cultural brasileira. A intenção é proporcionar a população o conhecimento das mais variadas espécies de frutas, hortaliças, leguminosas, tubérculos, cereais, ervas, entre outros existentes no país. 

Para a edição do livro, que revisa a versão de 2002, foram realizadas seis oficinas culinárias, uma em cada região do país e duas na região Nordeste. O foco foi o preparo de receitas culinárias contendo frutas, verduras e legumes disponíveis nos locais e pratos tradicionais da cultura alimentar dessas regiões, nas quais esses alimentos pudessem ser adicionados sem descaracterizar a comida. A versão digital  já está disponível no portal do Ministério da Saúde.

Fonte: www.saude.gov.br