A Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou laboratorialmente dois casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e um caso por vínculo epidemiológico causados pelo vírus A H1N1, todos na capital. É a primeira vez, neste ano, que o Estado registra confirmação de casos.

Os pacientes são duas crianças de 10 anos e uma com dois anos de idade. Ao saber do quadro de sintomas delas, todos os procedimentos indicados pelas autoridades em Saúde foram realizados: uma equipe da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande fez a monitoração das crianças, elas tomaram o medicamento Oseltamivir nas primeiras 48 horas da suspeita e nenhuma precisou ser internada. As três crianças já estão curadas e voltaram as suas rotinas. Os casos foram confirmados laboriatorialmente no dia 11, terça-feira.

A SES lembra que principalmente a chegada das estações do Outono e Inverno, onde as variações de temperatura são constantes e a probabilidade de se ter uma gripe é maior, a população não pode se descuidar com a prevenção contra a doença. Entre elas estão as básicas:

lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir e espirrar;
ao tossir ou espirrar cobrir o nariz, e a boca com um lenço, preferencialmente, descartável;
não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;
pessoas com qualquer gripe não devem freqüentar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas;
procure o seu médico ou a unidade de saúde em caso de gripe para diagnóstico e tratamento adequados;
não usar medicamento sem orientação médica. A automedicação pode ser prejudicial à saúde.

A secretaria ainda alerta que aquelas pessoas que, por algum motivo, não procuraram as unidades de saúde e estão em um dos cinco grupos de risco, definidos pelo Ministério da Saúde (trabalhadores de serviço de saúde, indígenas, crianças de seis meses a menores de dois anos de idade, gestantes, doentes crônicos, jovens de 20 a 29 anos e adultos de 30 a 39 anos) devem procurar uma para tomar a vacina.

 O fato de MS ter três casos confirmados não é motivo para que a população entre em pânico, pois todos os cuidados estão sendo realizados. Mesmo porque:

·         a vacinação em massa para a contenção da gripe A H1N1 não é o foco da estratégia estabelecida pelo ministério para o enfrentamento desta segunda onda da gripe em todo o mundo;

·         são objetivos primordiais para a estratégia de vacinação que está acontecendo proteger os trabalhadores de saúde, de modo a manter o funcionamento dos serviços de saúde envolvidos na resposta à pandemia (se houver), e para alguns grupos selecionados reduzir o risco associado à pandemia de influenza de desenvolver doença grave e morrer;

·         além disso, não há disponibilidade do produto em escala mundial em quantidade suficiente para atender a toda a população do mundo. E há, também, a limitação da capacidade de produção por parte dos laboratórios produtores, para entrega em tempo oportuno, ou seja, antes do inicio da segunda onda nos países do hemisfério Sul.

 Oseltamivir

 O medicamento Oseltamivir ou popularmente Tamiflu é distribuído pelo Ministério da Saúde para todos os Estado brasileiros. Para Mato Grosso do Sul, foram enviados 10 mil comprimidos.

 A SES fez a distribuição aos 78 municípios do Estado seguindo alguns critérios como de acordo com a população e ocorrência de casos notificados no ano passado.

 Na capital, a secretaria municipal distribui a medicação para a Farmácia Central que redistribui para as nove unidades de saúde 24 horas e também para o Hospital da Mulher. No interior, cada secretaria municipal de saúde é responsável pela estratégia e logística de distribuição.  

 Casos em MS

 Em 2009, desde quando surgiu a pandemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – conhecida popularmente como influenza A H1N1 –, foram notificados no Estado 366 casos da doença. Desse total, houve 19 óbitos, 76 confirmações, 194 casos foram descartados, 27 confirmados como gripe comum e 68 como inconclusivo.

 Este ano, até o momento, foram notificados 15 casos suspeitos de influenza A H1N1 onde 11 foram descartados, 1 é suspeito (a SES aguarda resultado laboratorial) e três são confirmados. Confira a tabela de imunização finalizada até ontem (12):

 Fonte: Site SES/MS