O Ministério da Saúde apresentou nesta quarta-feira (03), durante videoconferência com as secretarias de saúde, as ações que estão sendo realizadas para implantação do teste rápido de sífilis congênita na Atenção Básica. O objetivo é eliminar a transmissão da doença de mãe para filho, até o ano de 2015, conforme estabelece as Metas do Milênio. 
 
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, falou durante a reunião sobre a importância da detecção precoce da doença. “Nosso esforço é tratar a sífilis o quanto antes para que não haja transmissão da gestante para o bebê”, destacou. Por isso é importante a realização do teste rápido durante o pré-natal para que o diagnóstico e tratamento sejam eficazes. Até o fim do ano serão enviados 340 mil testes para que os estados utilizem o exame na estratégia Rede Cegonha, qualificando, assim, o pré-natal que é ofertado no Sistema Único de Saúde (SUS).
 
Dentre as estratégias de apoio do Ministério da Saúde para a implantação do teste na Atenção Básica está o material para capacitação de multiplicadores no âmbito da Rede Cegonha, que está disponível em www.saude.gov.br/redecegonha, assim como a nota técnica conjunta nº 391/2012 que contém orientações sobre a implantação do teste. Além da realização das videoconferências específicas com as coordenações de DST/Aids, Atenção Básica e Saúde da Mulher, que acontece mensalmente e estão servindo para acompanhar o andamento da implementação do teste rápido de sífilis e HIV na Atenção Básica no âmbito da Rede Cegonha e das ações de redução da mortalidade materna nos estados. 
 
O secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, também ressaltou a importância dos estados elaborarem um plano de eliminação da sífilis congênita. “Nós vamos dar todo apoio, mas é importante a mobilização de municípios e dos estados”, enfatizou. O Brasil se comprometeu com a eliminação da sífilis congênita, até 2015, nos Objetivos do Milênio. Dados de 2011apontam que são cinco casos de sífilis em mulheres para cada mil nascimentos. 
 
ATENDIMENTO – A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum e pode se manifestar de forma temporária, em três estágios. Os principais sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura. Com o desaparecimento dos sintomas, o que acontece com frequência é as pessoas se despreocupam e não buscarem o diagnóstico e o tratamento. Sem o atendimento adequado, a doença pode comprometer a pele, os olhos, os ossos, o sistema cardiovascular e o sistema nervoso. Se não tratada, a sífilis pode até levar à morte.
 
Além da transmissão vertical (de mãe para filho), a doença pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado e por transfusão de sangue contaminado. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenção.
 
A Rede Cegonha está qualificando e ampliando a assistência à mulher e ao bebê, com ações que vão desde o planejamento reprodutivo, passando pelo pré-natal, parto, pós-parto, até o segundo ano de vida da criança. A estratégia já conta com a adesão de mais de 4.759 municípios brasileiros. Estima-se que 91,5% do total de gestantes usuárias do SUS serão atendidas pelo programa.
Fonte: www.saude.gov.br