O COXCIP- 4, será distribuido a  cada município e terá a quantidade para atender a um mês de tratamento. Com este novo medicamento, ao invés do paciente tomar nove comprimidos por dia, ele passará a tomar quatro para curar a doença.
 
A expectativa é de que com a diminuição de ingestão de cápsulas os pacientes não desistam do tratamento, que deve ser por um período mínimo de seis meses, sem interrupção.
 
Para a introdução do medicamento na rede pública de Saúde, técnicos do Ministério da Saúde, no ano passado, realizaram reuniões com as coordenações regionais e municipais do Programa de Controle da Tuberculose do país, a fim de divulgar amplamente as modificações previstas no sistema de tratamento da doença.
 
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) vai disponibilizar no site (www.saude.ms.gov.br) os documentos que poderão ser consultados e acessados com todas as informações relacionadas às referidas mudanças, seja para a Atenção Básica como para Unidades de Referência, que destacam as particularidades sobre os novos esquemas (básico, para Meningite, especial e para multidrogarresistência) e as mudanças no Sistema de Informações Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).
 
A utilização do medicamento será utilizada na fase intensiva do tratamento (nos dois primeiros meses), para uso entre casos novos, recidiva ou reingressos após abandono. Cabe ressaltar que essa mudança se aplica exclusivamente aos pacientes com 10 ou mais anos, sendo que para os demais casos, continuam valendo os antigos esquemas. A partir deste mês, a solicitação dos técnicos para o novo medicamento deve ser feita utilizando o novo impresso, que está disponível no site da SES.
 
Em Mato Grosso do Sul, em 2008 foram registrados 892 novos casos de tuberculose, no ano passado o índice foi de 891.
 
Tuberculose
 
A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK) que afeta principalmente os pulmões, mas, também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). A doença ainda pode ser causada por algumas espécies de micobactérias: Mycobacterium bovis, africanum e microti.
 
Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos (meses). Contudo, na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais freqüentemente são tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza; e prostração.
 
Os casos graves apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acúmulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão). Se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica.
 
A transmissão é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Somente 5% a 10% dos infectados pelo Bacilo de Koch adquirem a doença. Pessoas com aids, diabetes, insuficiência renal crônica (IRA), desnutridas, idosos doentes, alcoólatras, viciados em drogas e fumantes são mais propensos a contrair a tuberculose.
 
Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças de até 4 anos, obrigatoriamente as menores de 1 ano, com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de Aids não devem receber a vacina. 
 
Fonte: Site SES