O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou nesta quarta-feira (13) a necessidade de considerar as diferenças e especificidades regionais na construção das estratégias de formação e fixação de profissionais no Brasil. “Temos que formar profissionais para um Brasil que mudou. Não podemos pensar que uma estratégia única vai dar conta da fixação de profissionais no país”, disse o ministro, durante a abertura do Seminário Nacional sobre Escassez, Provimento e Fixação de Profissionais em Áreas Remotas e de Maior Vulnerabilidade, que acontece dias 13 e 14 de abril, em Brasília.
Na ocasião, Padilha também reforçou a necessidade de abrir um canal de comunicação com as escolas de saúde, iniciativa fundamental para a elaboração de estratégias de fixação dos profissionais de saúde nesses locais. “O que estamos discutindo não é o esforço de multiplicar o número de profissionais. Temos plena convicção que, seja pelo esforço político ou técnico, devemos ter a questão da qualidade como decisiva na construção do SUS”.
Para o ministro, os direitos dos trabalhadores, a garantia de melhores condições de trabalho e o estímulo a processos permanentes de formação e aperfeiçoamento dos profissionais devem ser preocupações constantes. “Temos que trabalhar a formação médica a médio e longo prazo, estabelecendo diretrizes de critérios para definir a abertura de cursos e formação de profissionais onde eles são necessários. O compromisso pela qualidade é perceber que este país é diferente”.
ESTRATÉGIA NACIONAL – O evento prossegue nesta quinta-feira (14), no hotel Kubitschek Plaza. O objetivo é discutir e propor ações fundamentadas para o desenvolvimento da política de provimento e fixação de profissionais da saúde nessas áreas, com base em experiências nacionais e ações internacionais. A partir da garantia de condições de trabalho e educação permanente, refletindo na valorização do profissional do SUS, o evento trará ao debate temas como Estratégia de Provimento e Fixação de Profissionais no SUS, a partir da apresentação de experiências exitosas.
Participam do seminário representantes dos ministérios da Educação, Ciência e Tecnologia, Defesa, Trabalho e Casa Civil. Também gestores do SUS no âmbito federal, estadual e municipal; instituições de ensino, pesquisadores, técnicos, entidades representativas dos trabalhadores e parlamentares com atuação na área de saúde.
O seminário é promovido pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (CONASS), o Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
Fonte: Agência Saúde – Ascom/MS