O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, divulgou no dia11/01, o novo mapa de risco para a dengue no Brasil. Agora, com a atualização do Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), passam de dez para 16 os estados com risco muito alto de epidemia; e de nove para cinco os com risco considerado alto. Pela manhã, Padilha e representantes de outros 12 ministérios e órgãos do governo federal se reuniram com a presidenta Dilma Rousseff para articular a formulação de ações integradas capazes de prevenir e controlar a doença, bem como garantir atendimento de qualidade, em tempo adequado, para a população acometida pela dengue.

“Queremos, no dia de hoje, reforçar duas coisas: a atuação intersetorial e a integração entre atenção à saúde e vigilância em saúde. Queremos estimular os estados e municípios a ampliarem suas parcerias no combate à dengue. O Governo Federal, os estados, os municípios e as pessoas: todos podem fazer mais no combate à dengue”, disse o ministro Alexandre Padilha.

No novo mapa da dengue no país, Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio de Janeiro são os estados com alto risco de enfrentar epidemia neste começo de ano. Roraima, Amapá, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul estão com risco alto para a dengue e também precisam reforçar as ações de prevenção e combate à doença.

PLANO DE CONTINGÊNCIA – O ministro também determinou que o Ministério da Saúde faça o acompanhamento sistemático da implantação dos planos de contingência para enfrentar epidemias de dengue nos 16 Estados que atualmente apresentam maior risco. O monitoramento será feito em parceria com as Secretarias Estaduais de Saúde e vai integrar as ações de vigilância, assistência e mobilização em saúde. Na próxima semana, o ministro se reunirá com secretários de Saúde dos 16 estados com risco muito alto de epidemia da doença. “A cobrança e a parceria do Ministério da Saúde com esses secretários é a implantação das diretrizes de combate à dengue e a rede de atenção. Os estados têm papel fundamental de apoiar municípios”, disse o ministro. 

O novo mapa da doença foi traçado com base no Risco Dengue, ferramenta lançada pelo Ministério da Saúde em setembro de 2010 que leva em consideração seis critérios básicos, dos quais quatro são do setor Saúde – Incidência atual de casos; incidência de casos nos anos anteriores, índices de infestação pelo Aedes aegypti e sorotipos em circulação. O quinto critério é ambiental – cobertura de abastecimento de água e coleta de lixo; e o último é demográfico – densidade populacional.

A mudança no mapeamento se deve aos novos dados do LIRAa e ao monitoramento do número de casos de dengue no início de 2011. Atualmente, de acordo com as Secretarias Estaduais de Saúde, cinco Estados apresentam aumento no número de casos da doença: Amazonas, Acre, Mato Grosso, Goiás e Espírito Santo.

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Em setembro de 2010, quando o Risco Dengue foi lançado, os Estados que estavam em risco muito alto de epidemia eram Amazonas, Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro. Nove Estados estavam em risco alto: Mato Grosso, Pará, Tocantins, Rio Grande do Norte, Alagoas, Espírito Santo, Minas Gerais São Paulo e Paraná.

70 MUNICÍPIOS – Com a aplicação do critério de densidade populacional (previsto no Risco Dengue) aos 178 municípios com alto índice de infestação pelo Aedes aegypti, o Ministério da Saúde identificou 70 considerados prioritários para o controle da dengue neste momento. De acordo com o LIRAa 2010, 24 cidades, incluindo Rio Branco e Porto Velho, estão com índice alto de infestação (acima de 4% dos imóveis pesquisados). Outras 154 cidades, incluindo 14 capitais, estão em situação de alerta (índice de infestação entre 1% e 3,9%).

“É importante nos antecipar a um crescimento de casos e óbitos de dengue. Para isso, estamos monitorando, nesses 70 municípios, o número de óbitos diariamente e o número de casos semanalmente”, informou o ministro Alexandre Padilha. O sistema de monitoramento de casos e óbitos nesses municípios será implantado em parceria do Ministério com as secretarias estaduais e municipais de saúde.

Padilha disse, ainda, que o Ministério divulgará o protocolo de atendimento de paciente com dengue junto às operadoras privadas de saúde; e estimulará estados e municípios a ampliarem suas parcerias no combate à dengue.

Outras ações realizadas ao longo de 2010 para reforçar o apoio do Ministério da Saúde aos estados:

Equipamentos e insumos:
• 40 picapes cabine dupla
• 375 nebulizadores costais
• 134 veículos fumacê na reserva estratégica nacional
• 5.544 kits para testes de laboratório, suficientes para realizar 530 mil exames
• 400 mil Cartões de Acompanhamento do Paciente
• 2,7 milhões de folderes educativos ( população geral, profissional e gestor de saúde)

Medicamentos:
• 2,77 milhões de unidades de paracetamol (gotas e comprimidos)
• 2,03 milhões de frascos de soro fisiológico injetável
• 562,7 mil envelopes de sais de reidratação oral

Remessas de inseticidas:
• Larvicidas: 3,42 toneladas
• Adulticidas: 219.236 litros