O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, cumpriu, ontem (4), uma extensa agenda em Mato Grosso do Sul, onde assinou duas portarias que ampliam a assistência aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) na região. Na ocasião, foi autorizado o repasse de mais R$ 24 milhões, por ano, para ampliar os atendimentos de média e alta complexidade na rede hospitalar do estado, especialmente na Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande.

Os recursos anunciados também permitirão a implantação da central estadual do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), um dos componentes da Rede Saúde Toda Hora, que integra os diferentes serviços de urgência e emergência no SUS.  A medida vai ainda permitir a adoção da Rede Cegonha, outro programa estratégico do governo federal, que prevê cuidados à mãe e ao bebê desde o planejamento da gravidez até os dois anos de vida da criança.

A assinatura das portarias foi feita durante a Reunião da Comissão Interventora da Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande. “O que estamos fazendo anunciando hoje aqui é prioritário para organização dos serviços de emergência a partir da rede Saúde Toda Hora. Queremos aprimorar a gestão, humanizar o atendimento e que o repasse dos recursos sejam acompanhados de resultados”, afirma o ministro Padilha.

RECURSOS – A ampliação dos recursos de média e alta complexidade ajudam a reforçar a atenção da rede hospitalar do estado, que poderá ampliar a oferta de procedimentos como internações, exames e procedimentos mais complexos. Em 2010, o Ministério repassou R$ 488,88 milhões ao Mato Grosso do Sul para esta finalidade. Desse total, R$ 220,75 milhões foram transferidos para o município de Campo Grande. Com a ampliação dos recursos, Mato Grosso do Sul terá a implantação de uma Central Estadual de Regulação do SAMU 192 em Campo Grande. O serviço, que já funcionava desde 2005, terá agora maior abrangência. Serão atendidos mais cinco municípios: Anastácio, Aquidauana, Corumbá, Coxim e Ladário. A  central vai atender 220.767 habitantes

SAÚDE INDÍGENA –Durante o encontro, Padilha também anunciou a ampliação do repasse para o Hospital e Maternidade Porta da Esperança, em Dourados (MS).  O valor anual passará a ser de R$ 1,44 milhão. Antes, era de R$ 720 mil. O acréscimo deve-se ao Incentivo para Atenção Especializada aos Povos Indígenas, destinado ao atendimento ambulatorial, hospitalar, diagnóstico e terapêutico à população indígena.

Essa é uma unidade de saúde de 74 leitos ofertados pelo SUS e que beneficia, em especial, os indígenas das aldeias Bororó e Jaguapirú,. O valor é repassado mensalmente à Secretaria Municipal de Saúde de Dourados, por meio do Fundo Nacional de Saúde. Com mais esta medida, o Ministério da Saúde pretende ampliar e qualificar a oferta de atendimento diferenciado e exclusivo a essa população no SUS.

À noite, em Campo Grande, o ministro participa da Conferência Estadual de Saúde do Mato Grosso do Sul, preparatória para a 14ª Conferência Nacional de Saúde, que ocorrerá de 30 de novembro a 4 de dezembro, em Brasília.

Fonte: www.saude.com.br