A cidade de Camapuã, distante 133 km da Capital, comemora hoje 63 anos de história. Com uma população estimada de 14 mil pessoas, a cidade comemora a data com festa e lançamento de obras.

Às 14h, o prefeito Marcelo Duailibi (DEM) inaugura o PSF (Posto de Saúde da Família) da Vila Izolina, construído com recursos de pleitos extra-orçamentários viabilizados junto ao FNS (Fundo Nacional de Saúde).

A inauguração da instituição de saúde faz parte das festividades do aniversário de emancipação político-administrativa. A programação foi iniciada no dia 15 de setembro, com a entrega da primeira obra de aniversário: a reforma do hospital sociedade de proteção à maternidade e infância de Camapuã.

A reforma, que iniciou em agosto, recuperou entre setores como a sala de urgência e emergência, ambulatório, sala de parto e sala de recém-nascidos. Também foi construídos um posto de enfermaria, centro cirúrgico, capela, brinquedoteca e um arquivo novo.

Ontem, o prefeito Marcelo Duailibi inaugurou três importantes pontes para o município, sobre os córregos Membeca, Sapé e Córrego Fundo. São pontes que estavam se deteriorando com a ação do tempo e outras que foram refeitas. As pontes devem contribuir para o escoamento da produção da cidade, diminuindo a distância para chegar a MS 436.

  
 A programação de aniversário também está sendo marcada por shows musicais, como o do cantor sertanejo Sérgio Reis. A festa terá encerramento no próximo dia 2 de outubro com o Encontro de Motoclubes, Encontro de Som Automotivo e show com a Banda do Velho Jack.

Emancipada em 30 de setembro de 1948, Camapuã é localizada na microregião do Alto Taquari, e tem população estimada de 13.562 habitantes, em 2008. A cidade possui uma área de 10791,1 km² e faz divisas com os municípios de São Gabriel D’Oeste,Costa Rica, Figueirão, Água Clara, Bandeirantes e Ribas do Rio Pardo.

A principal atividade de Camapuã é a pecuária, sendo conhecida nacionalmente como Capital do Bezerro de qualidade.

Conheça a história de Camapuã

Em 1593, os jesuítas espanhóis, procedendo da região de Guairá, subindo o rio Paraná e depois o rio Pardo, se estabeleceram com uma redução à margem do ribeirão Camapuã, a 18 km do Porto de desembarque no Rio Pardo e a 03 km acima da atual cidade de Camapuã.

Essa redução dos jesuítas concentrou, na época, um grande número de índios catequizados, foi construída pelos paulistas, por volta de 1.650, tornando-se pouso das bandeiras que demandavam pelo rio Coxim, rumo às minas de Cuiabá.

A rota das longas viagens, de São Paulo a Cuiabá “obra de 530 léguas por via fluvial desde Araritaguava, salvo no varadouro de Camapuã, que os irmãos Lemes abriram, em 1.723, entre o sanguessuga, afluente do rio Pardo e o Coxim, criaram a necessidade de um sítio de abastecimento e proteção aos navegantes.

“Surgiu, então, a fazenda de Camapuã, apoiados na qual os seus fundadores, aqueles mal afortunados sertanistas correram, sem contradição alguma, o território que decorre entre as margens do Guatemy”.

“Por aí passou igualmente o mestre de campo Manoel Dias da Silva, quando em 1.739, organizou força em Goyaz para enfrentar os castelhanos”.“Abastecido conveniemente marchou para o Sul…”.

Uma vez terminada a febre do ouro, que coincidiu com o cessamento das penetrações das bandeiras, o local caiu em complexo abandono, assim permanecendo até quase os nossos dias.

Muitos aventureiros atraídos pela lenda de existência de tesouros fabulosos, deixados na fuga pelos jesuítas, estiveram na região fazendo escavações sem nenhum resultado.

Júlio Baís, um desses crédulos, ali fincou rancho, instalando-se com a sua comitiva e ao que parece, encontrou apenas ossadas humanas.

O início do seu repovoamento data do primeiro quartel do século XX, quando se encontrava na região inúmeras e prósperas fazendas de criação de gado e agricultura.Alguns desses fazendeiros, destacando-se Francisco Faustino Alves, Protázio Paulino de Melo, Joaquim Capestana, Benedito Bonfim, Camilo Bonfim e Lázaro Faustino, requereram por intermédio da Prefeitura Municipal de Coxim, a criação do Patrimônio de Camapuã.

Essa pretensão se realizou com a Lei orçamentária nº. 845 de 03 de novembro de 1921, no décimo parágrafo do art. 22, que autorizou o Governo a “reservar ou desapropriar 3.600 hectares, para patrimônio da povoação de Camapuã, no município de Coxim.

Em 1924, João da Mota costruiu, no lugar onde se localiza a cidade a primeira casa comercial. Logo, no desejo de tornar aquela localidade um núcleo de mais densa povoação humana, iniciou a construção de uma igrejinha, a qual não lhe foi possível concluir, por haver falecido.Entretanto, outros moradores foram-se radicando à localidade, entre os quais citam-se os nomes de: Tibúrcio Dias Firmino Borges, Lázaro Caiana, Francisco Gonçalves Rodrigues e Alaor Gonçalves Rodrigues.

Em 19 de maio de 1933, pelo Decreto nº. 272, foi criado o Distrito de Paz de Camapuã na Comarca de Coxim.Instalado a 22 de julho de 1.933, teve como primeiro Juiz de Paz, Manoel Alves Rodrigues e como primeiro Escrivão de Paz e Oficial do Registro Civil, Lafaiete Djalma Coelho.

O Decreto nº. 319, de 30 de outubro de 1933, reserva para o patrimônio da povoação de Camapuã, no Município de Coxim, mais uma área de 500 hectares, cujos limites descreve.

A Lei nº. 134, de 30 de setembro de 1948 elevou Camapuã à categoria de Município

Fonte: www.campograndenews.com.br