Diversas ações pelo país marcaram o dia nacional de combate à dengue, nesta quinta-feira, (19). O mosquitoaedes egypt, que é transmissor não só vírus da dengue, mas também dos vírus zyka e chikunguya. Nesta época de final de ano, por questões climáticas, como o aumento das chuvas, o alerta é redobrado, além disso, há suspeita de nova doença possivelmente relacionada à circulação do mosquito.
Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), os números de caso de dengue este ano triplicaram: são 1.495.708 casos notificados até o momento, porém 522.021 já forma descartados. Os dados mostram um aumento de 178% de casos notificados em relação ao ano de 2014. Dentre os casos confirmados já há um aumento do número de óbitos superior a 70% frente ao ano anterior. Foram confirmados 439 óbitos por dengue em 2014, já este ano são, até o momento, 775 confirmações.
É importante ressaltar o papel dos municípios na notificação dos casos de dengue, a partir dos dados coletados é que as ações de combate podem ser intensificadas em regiões mais afetadas. Outro dado importante é a incidência nacional do mosquito – todas as regiões do país têm casos relatados, não existindo mais prevalências das regiões norte e nordeste. Com a chegadas das chuvas torna-se essencial a intensificação das medidas de combate ao mosquito, que continuam sendo a eliminação dos focos de proliferação formados pelo acúmulo de água parada.
De acordo com Giovanini Coelho, Coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, é o maior número de casos confirmados em 30 anos, porém, não há novidade nos motivos do aumento. “O mosquito é adaptado ao ambiente urbano e na maioria dos lugares com grande número populacional, há problemas na coleta de lixo, no acúmulo de água da chuva, entre outros fatores que contribuem para a proliferação do vetor”. Segundo ele, não é possível tratar os doentes porque não temos uma droga e nem prevenir a população, pois ainda não há vacina. “Nos resta focar os trabalhos na eliminação do mosquito, que é o vetor não só da dengue, mas de outras doenças que estão se disseminando no país”
Chikungunya
O vírus que antes se restringia as regiões norte e nordeste já foi confirmado em 14 estados da federação. Ele é causador de doença infecciosa febril, que causa dores nas articulações, na cabeça e nos músculos e manchas vermelhas na pele, durando de três a 10 dias. Os sintomas surgem entre dois a dez dias após a picada do inseto.
Não existe transmissão entre pessoas, única forma de infecção é pela picada dos mosquitos. Em média 30% das pessoas infectadas não apresentam os sintomas clássicos da doença. O vírus pode afetar pessoas de qualquer idade ou sexo, porém os sintomas tendem a ser mais intensos em crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas
Giovanini ressalta que “apesar desse vírus estar presente apenas em alguns estados, a chance dele proliferar e virar uma epidemia, é alta pois a população não tem imunidade a ele”. Além disso, a pessoa contaminada com esse vírus pode desenvolver doenças crônicas que vão sobrecarregar os sistemas de saúde.
Confira os dados sobre dengue, zyka e chikunguya no Brasil.
Fonte: www.conasems.org.br