A recomendação é do Ministério da Saúde aos estados e municípios que ainda não imunizaram 95% do público-alvo. As vacinas ficarão disponíveis até o dia 5 de julho nos postos de saúde

Embora a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite tenha encerrado na última sexta-feira (21), o Ministério da Saúde recomenda aos estados e municípios que não atingiram a meta a prosseguirem com a mobilização até o próximo dia 5 de julho. O balanço parcial divulgado hoje (27) indica que 11,3 milhões de crianças entre seis meses e menores de cinco anos foram imunizadas contra a doença em todo o país, o que corresponde a 87,6% do público-alvo, formado por 12,9 milhões de crianças. A expectativa é chegar 95%, ou seja, 12,2 milhões de crianças. 

De acordo com os números preliminares informados pelas secretarias de saúde até às 10h desta quinta-feira (27), dois estados já atingiram a meta: Acre (97,3%) e Roraima (96,7%). Os outros estados com as maiores coberturas vacinais são: Rondônia (94,8%); Santa Catarina (93,6%); Rio de Janeiro (93,5%); Goiás (93,5%); Paraná (92,8%); Maranhão (92,3%); Sergipe (91,6%) e Rio Grande do Sul (90,5%).  

Apesar da meta ainda não ter sido atingida na maioria dos estados, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, Carla Domingues, considera os números da campanha satisfatórios até o momento. “Esses dados ainda são preliminares e, só depois de consolidados, o Ministério da Saúde terá um panorama real da cobertura em todo o país”, observou.

 A coordenadora reforça a necessidade de manter a alta cobertura vacinal que ajudou a erradicar a doença no Brasil. “Quem ainda não conseguiu levar o filho para tomar as duas gotinhas, deve procurar qualquer unidade de saúde. É importante a conscientização dos pais sobre a importância desta imunização para que possamos manter o Brasil livre da pólio”, alertou.

Segundo a coordenadora, além da vacina contra a poliomielite, os pais que levarem as crianças aos postos de vacinação poderão aproveitar para atualizar as vacinas em atraso. “É fundamental que os responsáveis não se esqueçam de levar a carteirinha de vacinação de seus filhos para que os profissionais possam avaliar a situação vacinal da criança”, destacou.  

O último caso registrado de poliomielite no Brasil foi há 24 anos e, desde 1994, o país mantém o certificado emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de erradicação da poliomielite.  A paralisia infantil não tem cura e a vacina é a única forma de prevenção. A aplicação das gotinhas permite também a disseminação do vírus vacinal no meio ambiente, ajudando a criar a imunidade de grupo, reforçando a proteção coletiva em todas as crianças.

 

UF

Total

População

Doses

Cob. (%)

AC

75.986

73.914

97,3

RR

44.559

43.092

96,7

RO

120.632

114.329

94,8

SC

381.720

357.407

93,6

RJ

936.853

876.339

93,5

GO

407.632

381.130

93,5

PR

666.153

618.136

92,8

MA

583.645

538.631

92,3

SE

157.879

144.655

91,6

RS

601.135

544.280

90,5

AL

249.351

223.023

89,4

PB

265.576

237.234

89,3

AM

345.998

308.921

89,3

ES

229.641

203.873

88,8

MG

1.180.492

1.046.630

88,6

CE

594.060

525.694

88,5

SP

2.563.011

2.227.366

86,9

RN

218.286

187.123

85,7

PE

631.037

540.794

85,7

PA

679.716

572.664

84,2

PI

229.365

193.084

84,2

MS

180.505

147.359

81,6

BA

974.884

757.125

77,6

TO

114.320

88.610

77,5

DF

182.909

139.629

76,3

MT

228.510

169.446

74,1

AP

66.630

43.735

65,6

BRASIL

12.910.485

11.304.223

87,6