Hoje, 838 unidades funcionam no país. Elas realizam gratuitamente cirurgias, tratamento de canal e para problemas na gengiva

O Brasil vai contar com mais 106 centros de tratamento gratuito de canal, problemas na gengiva, cirurgias orais menores e outros serviços de odontologia. O Ministério da Saúde liberou, esta semana, R$ 4,8 milhões para a construção dessas unidades em 21 estados, ampliando em quase 13% a oferta destes tipos de serviços. Atualmente, 838 Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) funcionam em todo o país.

Outros R$ 5 milhões foram destinados à habilitação de 134 Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias (LRPD). Com o credenciamento dessas novas unidades, a produção nacional de próteses dentárias passará para quase 490 mil unidades por ano – um aumento de 20,8% em relação à atual capacidade de produção (405,3 mil).

As duas ações – de ampliação da oferta de tratamento e de produção de prótese – estão inseridas no Programa Brasil Sorridente, voltado à promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal da população. A inclusão de equipes de Saúde Bucal na Estratégia Saúde da Família possibilitou uma nova visão de atendimento odontológico no Sistema Único de Saúde (SUS). “O cuidado em saúde bucal passa a ser feito por uma equipe de profissionais que se relaciona com a população, ampliando o acesso às ações e aos serviços que até então eram negligenciados no modelo de atendimento tradicional”, destaca o coordenador de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca.

Atualmente, são 19.648 equipes de saúde bucal atuando em 85% dos municípios. Elas fazem os primeiros atendimentos e encaminham os pacientes para os CEOs. “Lá, o paciente tem um atendimento especializado de odontologia, evitando-se, por exemplo, a extração desnecessária de dentes”, explica o coordenador.

MAIS ACESSO – Os 106 novos CEO’s serão distribuídos em 21 estados. Além de R$ 4,8 milhões para a construção dessas unidades, o Ministério da Saúde repassará recursos para custeio/manutenção dos Centros. Atualmente, os 838 centros em funcionamento no país recebem, do ministério, um total de R$ 84,3 milhões por ano para manter as atividades nos CEOs. Esse valor passará a R$ 100 milhões/ano com as 106 novas unidades.

São três tipos de CEO’s e cada um deles recebe do Ministério da Saúde um valor específico de incentivo para implantar, ampliar e comprar equipamentos. O valor de custeio também varia de acordo com o tipo de Centro, sendo R$ 6,6 mil para os de Tipo I, R$ 8,8 para os de Tipo II e R$ 15,4 para os de Tipo III:

PORTE DOS CEOs Recursos para construção
Tipo I com até 3 cadeiras odontológicas R$ 40 mil
Tipo II de 4 a 6 cadeiras odontológicas R$ 50 mil
Tipo III acima de 7 cadeiras odontológicas R$ 80 mil

AVANÇOS – Além de ampliar a oferta dos serviços, a instalação dos novos 134 Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias também vai permitir a contratação de mais dentistas e protéticos (profissionais que produzem as próteses) no SUS. O número de odontólogos vinculados ao Sistema cresceu 49% entre 2002 e 2009, passando de 40.205 para 59.958 profissionais.

Em 2009, o Ministério da Saúde investiu R$ 643,2 milhões – sendo mais de R$ 550 milhões para as equipes de saúde bucal da Estratégia Saúde da Família, R$ 78 milhões para os CEO’s e os outros R$ 11,6 milhões para os laboratórios de próteses. São recursos que permitiram, entre 2002 e 2009, a expansão de 250% na cobertura populacional do Programa Brasil Sorridente: passou de 26,1 milhões de pessoas para 91,3 milhões.

Fonte: Agência Saúde