Na segunda etapa do Mais Médicos, 149 profissionais formados no exterior confirmaram sua participação no programa e tiveram seus documentos validados pelos consulados do Brasil nos países onde atuam. Esse grupo está distribuído em 70 municípios e a maior parte deles (65%) vai para áreas de extrema pobreza e periferias de regiões metropolitanas.

“O programa dá prioridade aos médicos brasileiros, mas os profissionais estrangeiros são muito bem-vindos para preencher os postos aonde nenhum profissional brasileiro quis ir”, defende o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Entre os selecionados, estão profissionais que atuam em 11 países diferentes, incluindo 44 brasileiros formados no exterior. Eles chegam ao país a partir da próxima semana e no dia sete iniciam o módulo de acolhimento e avaliação do programa, com duração de três semanas e conteúdo de saúde pública brasileira e Língua Portuguesa.

DISTRIBUIÇÃO –A maior parte (65%) dos 149 médicos vai atuar em municípios com 20% ou mais de sua população vivendo em situação de extreme pobreza, que fazem parte de um grupo de cidades com mais de 80 mil habitantes de menor renda per capita e periferias de regiões metropolitanas. Outros 51 profissionais escolheram vagas em capitais e um atuará em Distrito Especial Indígena (DSEI).

A região Sul receberá o maior número de médicos deste grupo (61), seguida da Sudeste (30). O Nordeste contará com 27 médicos, Norte com 23 e estão previstos oito para o Centro-Oeste. Entre os estados, Rio Grande do Sul terá o maior número de médicos (31), seguido de São Paulo e Paraná (17, cada), Santa Catarina (13), Rio de Janeiro (11) e do Ceará (10).

Ao todo, 1.602 médicos com diplomas do exterior se inscreveram na segunda seleção do Mais Médicos, sendo que, deste total, 532 concluíram todas as etapas da seleção, homologando sua participação. Ao todo, 149 de fato tiveram a documentação validada pelos consulados. O restante poderá atualizar a documentação para participar das próximas seleções. Também foram selecionados na segunda etapa 417 médicos brasileiros, que confirmaram sua atuação em 228 municípios e 09 Distritos Sanitários Indígenas.

Os 4.025 municípios e 25 DSEIs que aderiram ao Mais Médicos apresentaram demanda de 16.625 vagas, que serão preenchidas pelos profissionais selecionados em cada etapa do programa e por meio da cooperação firmada pelo Ministério da Saúde com a Organização Panamericana de Saúde (OPAS). Nesta segunda etapa, participam 2.000 cubanos.

O PROGRAMA– Lançado pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no dia 8 de julho, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país, como os municípios do interior e as periferias das grandes cidades.

Os médicos do programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em Atenção Básica.

Fonte: www.saude.gov.br