A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que autoriza os médicos de carreira militar a trabalharem para o Sistema Único de Saúde (SUS) foi aprovada nesta quarta-feira (7) pelo Senado Federal. Com isso, profissionais de Saúde do Exército, da Marinha e da Aeronáutica poderão acumular o cargo com funções na rede pública, em horários alternativos e fins de semana em plantão. A medida, defendida pelo Ministério da Saúde, vem ao encontro das propostas do Programa Mais Médicos, que visa suprir a falta de médicos nas áreas em que há carência desses profissionais.

A medida foi aprovada por unanimidade pelos senadores e agora deve passar por dois turnos de votação na Câmara dos Deputados. No final da manhã desta quarta-feira, o ministro reuniu-se com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, para pedir apoio e agilidade na votação da PEC.

“Esta é mais uma iniciativa fruto do esforço que o governo federal vem fazendo para levar mais médicos à população, sobretudo aos municípios em que não temos profissionais de saúde atendendo aos cidadãos”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que acompanhou a votação da proposta.

Padilha explicou que “a PEC vai autorizar que o médico militar, que hoje só pode atender dentro de hospitais militares, atenda também à população no SUS, nos municípios e região em que atua. Com isso, teremos mais médicos para prestar atendimento tanto na atenção básica como em especialidades, pois muitos desses médicos militares são pediatras, cardiologistas, cirurgiões”.

O ministro destacou a relevância da medida para a população. “Esse é um tema que ultrapassa os interesses de governo, é um tema em que o interesse é, em primeiro lugar, a população desses municípios que têm um hospital militar, uma estrutura da Marinha ou da Aeronáutica que poderiam também atender a essa população. É uma medida que também interessa aos profissionais médicos, que podem trabalhar em horários alternativos, quando não estiverem nas atividades militares, atender à população que mais precisa”, finalizou.  

Fonte: www.saude.gov.br