A formação de profissionais que atuam na saúde indígena está sendo discutida por pesquisadores, lideranças indígenas, profissionais e gestores de 4 a 6 de Julho na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Rio de Janeiro. Este é dos temas estratégicos para a sustentabilidade do Subsistema de Saúde Indígena (SasiSUS).

O seminário “Povos indígenas educação e saúde: a formação profissional do agente indígena de saúde” tem por objetivo discutir os diversos aspectos que envolvem formação profissional dos agentes indígenas de saúde (AIS) e também apresentar experiências de formação desses profissionais no país. O evento que é promovido pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fiocruz e conta com a parceria e a presença de gestores da Secretária Especial de Saúde Indígena (Sesai) e da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde (SGTES), ambas do Ministério da Saúde.

Durante a abertura do evento, o secretário especial de Saúde Indígena, Antônio Alves, destacou a importância de se discutir a formação de profissionais para saúde indígena e falou da necessidade de se desenvolver um projeto nacional para a formação de profissionais indígenas e para saúde indígena.

De acordo com o secretário, o Ministério da Saúde pretende fazer parcerias não só com a Fiocruz, mas também com o Ministério da Educação e com as universidades federais para que o SasiSUS seja mais um dos campos para formação do profissional de saúde no país. “Nossa meta é formar profissionais e gestores indígenas para que num futuro próximo possamos ter indígenas à frente da gestão do Subsistema”, acrescentou.

Rede de Formação – A proposta de uma política nacional de formação profissional para saúde indígena também foi defendida pela coordenadora-geral de Ações Técnicas em Educação na Saúde da SGTES, Clarice Feraz. “É essencial pensarmos um projeto nacional de formação para saúde indígena que utilizem o potencial da Rede de Escolas Técnicas do Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje nós temos experiências isoladas para formação nessa área e o que queremos é uma política nacional”, destacou.

A Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS) é uma rede governamental criada pelo Ministério da Saúde e pelos Conselhos Nacionais de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) que visa fortalecer a educação profissional em Saúde por meio da articulação entre as 36 Escolas Técnicas do SUS.

O vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, Valcler Fernandes, também destacou a necessidade de integrar as diversas iniciativas existentes na Fiocruz com foco na saúde indígena, sejam elas nas áreas de formação ou de pesquisa.

O Seminário segue até quarta-feira com mesas-redondas que irão discutir, entre outros temas, a atenção diferenciada e o trabalho dos AIS e experiências de formação profissional de agentes indígenas de saúde no Brasil.

Fonte: www.saude.gov.br