A Secretaria de Estado de Saúde, com a contribuição das secretarias de saúde dos vinte (20) municípios prioritários para vigilância, controle e monitoramento da dengue, divulga o Boletim de Resposta Coordenada no Monitoramento da Dengue referente a semana epidemiológica 23 de 2012. 

Os dados têm como foco apresentar o panorama da doença no período analisado, sendo um instrumento de auxílio para a elaboração de estratégias, ações e interlocuções entre as equipes técnicas.

 
O levantamento dos dados de dengue do ano de 2012 (SE 1 a 23) somam 9.347 notificações de casos suspeitos pela Planilha Simplificada (tabela 1). Na SE 23 (03/06 a 09/06) totalizamos 152 casos notificados, sendo que, todos os municípios prioritários da Resposta Coordenada, encaminharam os dados até a data estabelecida para o recebimento das informações.
 
A estratificação de risco para os municípios usa como ponte de corte valores de referência das taxas de incidência calculada com os números absolutos de casos suspeitos por 100.000 habitantes divididos pela população residente de cada município. Assim, os municípios são classificados como de baixa incidência abaixo de 100 casos por 100.000 habitantes, moderada de 100 a 300 casos por 100.000 habitantes e alta incidência acima de 300 casos por 100.000 habitantes.
 
Tabela 1 – Casos notificados, população e incidência de dengue por 100.000 habitantes segundo município de residência, Mato Grosso do Sul, 2012.
Fonte: PLANILHA SIMPLIFICADA/CEVE/DVS/SES/MS
Atualizado em 15/06/2012 
Dados sujeito a alterações
Legenda:

  Abaixo de 100 casos por 100.000 habitantes – Baixa incidência
  100 a 300 casos por 100.000 habitantes – Média incidência
  Acima de 300 casos por 100.000 habitantes – Alta incidência

 
Figura 1 – Casos de dengue segundo semana epidemiológica de início dos sintomas, Mato Grosso do Sul, SE 1 a 23 de 2011- 12.

 
Fonte: Planilha Simplificada/CEVE/SES/MS
A Resposta Coordenada no monitoramento da dengue considera como fonte de informações de notificações, a Planilha Simplificada que é enviada semanalmente pelos municípios do Estado. E o SINAN, para verificar, em especial, a ocorrência de casos graves e óbitos.

 Os municípios em monitoramento estratégico concentram 69,4% (1.668.883) da população estadual e 81% (123) dos casos suspeitos da doença, de acordo com a planilha simplificada de acompanhamento.

Segundo o LACEN, até a SE 23, foram coletadas 510 amostras de isolamentos virais. Dessas, 130 foram positivas, totalizando: 30 sorotipos de DEN 1; 60 DEN 2 e 40 DEN 4 (Mapa 1).

Mapa 1 – Isolamento Viral,Mato Grosso do Sul, 2012.

Fonte: LACEN/SES/MS

O LACEN/SES/MS informa aos municipios que estão realizado teste rapido para diagnóstico de Dengue, que conforme a Nota Tecnica Nº 20/2010 CGLAB/SVS/MS, estes são resultados presumíveis, portanto devem ser confirmados por outras tecnicas laboratoriais: sorologia MAC ELISA, Isolamento viral, detecção da proteina viral NS1 Ag., etc..

Panorama Estadual – Controle de Vetores
 
Atividades de Campo     
As informações referentes ao detalhamento das atividades de campo e bloqueio de transmissão, realizadas na semana 23/2012 foram enviadas na terça-feira subseqüente até as 16h00 pelos municípios prioritários, contendo as seguintes informações:    
 
Recomendações:
 
·         Analisar as áreas com baixa cobertura (<90%) e elevada pendência (>10%), utilizando mecanismos que possam diminuir os imóveis pendentes e/ou fechados, articulando com setores, como: Vigilância Sanitária, Secretaria de Obras, Vigilância Ambiental, etc.;
·    Com referência aos depósitos D2, articular com o serviço de limpeza urbana visando a ampliação e/ou regularização da coleta de resíduos sólidos. Ação imediata: Instruir sobre destino adequado. Não tratar, conforme recomendações seguidas do Manual de Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue/2009;
·    Nas atividades de bloqueio realizadas, verificar correlação com os casos notificados (aglomerado de casos) e nas atividades de controle espacial (UBV), verificar a aplicação de UBV pesado e portátil nos bairros com maior % de transmissão, nos dois casos agir conforme NT 41/2006;
·    Estabelecer rotineiramente na manutenção dos equipamentos costais e UBV pesada, a aferição de vazão, troca de bicos, para que os mesmos funcionem com a deposição correta dos inseticidas, no equipamento costal o preconizado é de 720 ml/hect e no UBV pesado é de 304,8 ml/hect, tendo em vista que o consumo médio de inseticida no Estado continua bem acima do preconizado pelo Ministério da Saúde e ambos os casos.