O Ministério da Saúde orienta a testagem para o coronavírus de todos os pacientes que derem entrada em unidades de saúde (postos de saúde, UPA, hospitais) com quadro gripal leve ou grave – que estão internados – independentemente do histórico de viagem das pessoas ao exterior. A medida vale para amostras com resultado negativo para outros vírus gripais em cidades com casos confirmados da doença. Dessa forma, a pasta amplia a identificação dos casos de coronavírus e reforça o monitoramento da circulação no país. Com isso, o Ministério da Saúde adota a terceira definição da Organização Mundial de Saúde (OMS) de caso suspeito de coronavírus.

O atendimento a pessoas com suspeita de infecção pelo COVID-19 deve seguir o Procedimento Operacional Padronizado (POP) preconizado pelo Ministério da Saúde. Considerando-se as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas, e para algumas situações, medidas de precaução por aerossóis. As formas de transmissão do COVID 19 são semelhantes à da gripe.

Para um correto manejo clínico desde o contato inicial com os serviços de saúde, é preciso considerar e diferenciar cada caso. As definições operacionais estão descritas no Protocolo de Manejo Clínico para o coronavírus (2019-nCoV).

A definição da OMS para que sejam testados pacientes internados com casos graves tem o objetivo de identificar uma eventual transmissão comunitária, que ocorre quando não é possível rastrear a origem da infecção. Os testes para coronavírus serão realizados em pessoas que não viajaram ao exterior nem tiveram contato no Brasil com casos confirmados. Nesta situação, serão investigados os pacientes internados em cidades com casos já confirmados de coronavírus e que apresentam quadro grave, ou seja, Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

A outra situação é a realização dos testes para coronavírus em pacientes com gripe leve, ou seja, Síndrome Gripal (SG), atendidos nas Redes Sentinela, presentes em postos de saúde, Policlínicas e hospitais. A prioridade também será para as cidades com casos já confirmados de coronavírus. Nessas unidades de saúde, os quadros gripais já são regularmente testados por amostragem para diversos vírus, e agora também serão testadas para coronavírus.

“Com essas medidas, podemos identificar alguns casos de coronavírus que poderiam passar despercebidos pela nossa vigilância. As testagens serão realizadas tanto na rede pública de saúde como na privada, que deverá seguir o protocolo do Ministério da Saúde”, disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira.

O protocolo vai abranger amostras coletadas nas 114 Redes Sentinela distribuídas em todas as regiões do país a partir de 1º de março deste ano, de forma retroativa. O objetivo é identificar os vírus respiratórios circulantes, monitorar o atendimento dos casos hospitalizados e os óbitos para subsidiar decisões e novos posicionamentos do Ministério da Saúde e Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais.

A coleta da amostra vai servir também para compreender o perfil viral do coronavírus. Isso permite saber a sazonalidade de maior circulação do vírus, a transmissibilidade e comportamento no Brasil, e, assim, organizar melhor o sistema de saúde nacional. “Esse será o grande legado que o coronavírus deixará para o sistema de saúde brasileiro, como ocorreu com a pandemia de influenza A H1N1, em 2009, que proporcionou ao mundo o desenvolvimento de vacina e medicamentos utilizados atualmente para o enfrentamento da doença”, disse o secretário de Vigilância à Saúde do Ministério da Saúde.

Centro de Operações de Emergência (COE)

Você conhece o trabalho do Centro de Operações de Emergência (COE)? O grupo é acionado quando ocorrem graves problemas de saúde pública, como desastres ou epidemias. Ele está ativado, neste momento, para monitorar o coronavírus. Assista ao vídeo e entenda como ele funciona e como auxilia na tomada de decisões para a segurança e bem-estar da população.

Coronavírus: 32 casos confirmados e 930 suspeitos em investigação no Brasil

De acordo com informações divulgadas pelo MS nesta quarta-feira (11), são 32 casos confirmados da doença. Atualmente, são monitorados 893 casos suspeitos e outros 780 já foram descartados.

Para manter a população informada a respeito do novo coronavírus, o Ministério da Saúde atualiza diariamente, os dados na Plataforma IVIS, com números de casos descartados e suspeitos, além das definições desses casos e eventuais mudanças que ocorrerem em relação a situação epidemiológica.

Prevenção

Para evitar a proliferação do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.

Informações importantes

– Não existe necessidade de paramentação fora do ambiente hospitalar.

– Os atendimentos nas UBS devem ser realizados com máscara cirúrgica, exceto se for colher material de orofaringe (necessário máscara N95).

– Não existe necessidade de uso de máscara cirúrgica fora do serviço de saúde.

As  orientações, conforme cada etapa de atendimento, também estão descritas no  Boletim Epidemiológico 03no tópico Medidas de prevenção e controle para atendimento de casos suspeitos ou confirmados.

Fonte: www.conasems.org.br