O cenário epidemiológico da Aids tem se modificado ao longo dos anos no Brasil.
A magnitude desta epidemia tem apresentado sua força ao caracterizar sua interiorização, não só no Estado, mas em diversas regiões do Brasil, principalmente na região Sudeste.

Mato Grosso do Sul não difere dos demais estados do país e segundo as informações disponíveis (1984 a 2009) tem-se a seguinte situação quanto á incidência da Aids:


1º – Rochedo – 44,64 / 100.000 habitantes
2º – Ribas do Rio Pardo – 29,03/ 100.000 hab.
3º – Figueirão – 29,03/1000.000 hab
4º – Cassilândia – 27,69 / hab
5º – Angélica – 26,79 / 100.000 hab
6º – Sidrolândia – 24,24 / 100.000 hab
7º – Mundo Novo – 24,23 / 100.000 hab
8º – Eldorado – 24,16 / 100.000 hab
9º – Campo Grande – 23,57 / 100.000 hab
10º – Corguinho – 22,86/ 100.000 hab

Importante ressaltar que em municípios de pequeno porte, poucos casos notificados tem um impacto grande na população;
Em Mato Grosso do Sul, desde 1984 até Dezembro de 2009 foram notificados um total de 5.329 casos, distribuídos nos 78 municípios do estado.

O total de casos de Aids notificados no Brasil é de 544.846 desde 1980 até junho de 2009.
Nosso estado representa a 4ª maior incidência de Aids do país em comparação aos demais estados da federação.
Do total de casos notificados no estado ( 5.329 casos) 64,78% é em homens e 35,22 % em mulheres ; a razão de sexo MF é de 1,3 : 1 ;
A feminização da epidemia em nosso estado é um fato real quanto menor a faixa etária, mais próximos ficam os números entre homens e mulheres.
Quanto à faixa etária, o maior número de casos tem entre 20 e 34 anos – 47% dos casos, demonstrando que a faixa etária mais acometida é jovem e em idade produtiva.

Quanto á categoria de exposição, a via sexual é a maior responsável pela infecção – 67% dos casos; observa-se que os heterossexuais representam 42% dos casos de infecção, 9% tem orientação homossexual, 6% bissexual e 10% definiram-se como heterossexual com parceiro de risco;

O uso de drogas injetáveis foi responsável pela infecção de 4% dos casos em nosso estado.
A transmissão vertical – mãe para filho ainda preocupa, nos últimos anos 2007, 2008 e 2009 nosso estado teve 07, 02 e 10 casos em crianças menores de 05 anos respectivamente. Considerando que os testes anti-HIV são ofertados no pré-natal, a transmissão vertical do HIV tende a diminuir devido a eficácia das intervenções tanto na mãe quanto na criança;

Em síntese: o cenário epidemiológico estadual, não difere muito do resto do Brasil, mas temos fatores agravantes com uma extensa área de fronteira seca com 02 países, grande expansão de indústrias e usinas sucro-alcooleiras com a vinda de mão de obra masculina (sexualmente ativa) de outros estados e que impactarão com certeza na saúde pública do estado;

Acrescido a estes fatores todos, temos a grande vulnerabilidade feminina, devido às relações ainda desiguais entre homens e mulheres, fazendo com que o preservativo não faça parte do universo feminino.

A responsabilidade pela prevenção é tanto do homem quanto da mulher, pois o HIV/Aids está presente em nosso Estado, em todos os municípios e acomete efetivamente aquelas pessoas que não se previnem.

Fonte: Site SES/MS